- A Floresta Proibida

   Alguns meses se passaram desde que Alvo recebeu a carta de Lily e Hugo,e muitas coisas aconteceram desde então.
   Alvo e James andaram trabalhando muito para descobrir mais ainda sobre o misterioso homem encapuzado dos sonhos de Alvo,várias idas à biblioteca de Hogwarts em todos os segundos livres que eles possuíam,e a esse ponto já descobriram o bastante para seguir com o plano,e bem a tempo,pois as férias tinham acabado de começar.
   Scorpius continuava emburrado pelos cantos,ignorava Rose sempre que possível e até saía de perto quando simplesmente diziam seu nome,mas ninguém poderia culpá-lo por isso,poderia?;O nome do namorado de Rose era Andrew Kwigt,popular,inteligente,ótimo em feitiços,e isso deixava Scorpius mais irritado,sem contar que para Rose era só "Andrew isso,Andrew aquilo",o que acabou rendendo algumas detenções para Scorpius que sempre dizia que "Uma azaraçãozinha só talvez melhore aquela cara de fuinha com cólica que ele tem".
   Alvo estava sentado na beirada do lago comendo uns feijõezinhos de todos os sabores,observando o pôr-do-sol ao longe,fascinado e ao mesmo tempo entediado.Estava tudo pronto,porque não partiram ainda?Subitamente ele se levantou,quando se deu conta tinha batido de frente com alguém e agora ambos estavam no chão.Quando ele prestou atenção viu que Alyssa estava caída no chão com ele em cima dela,enquanto ela se debatia e repetia "Saia de cima de mim Potter!"

   - Aly! - Alvo levantou-se rapidamente,pegou os livros de Alyssa e olhou para ela,que continuava deitada no chão. - Desculpe,eu não te vi... - Ele então ofereceu sua mão para ajudá-la a levantar,porém era somente a empurrou para o lado e levantou-se sozinha tirando a poeira de suas vestes e de seu cabelo.

   - Não me admira,estou mais invisível do que nunca,não é Potter?

   - Diria que você roubou minha capa da invisibilidade,digo,a capa do meu pai... - Alvo corou levemente e então olhou nos olhos da garota,que permanecia de cara fechada para com ele. -  Desde quando você me chama de "Potter"?

   - Achei que fosse seu nome. - Alyssa continuou seu caminho ignorando Alvo,que passou a segui-la.

   - Bem,sim,é meu nome.

   - Então,e dai?Faz diferença de como uma qualquer invisível te chama? - Então ele a segurou pelo braço,fazendo-a parar.

   - Você não é uma qualquer invisível Alyssa,o que houve?

   - Me deixa. - Então ela conseguiu se soltar do aperto de Alvo e seguiu embora.O que será que tinha dado nela?"Que bicho mordeu ela?",pensou Alvo,quando sua pergunta foi respondida pelo seu irmão que se aproximava :

   - Esse é o "Bichinho do Ciúmes",bem conhecido sabe.

   - Deu pra ler mentes agora?

   - Nem é preciso maninho... - James seguiu andando,parecia que ele estava indo para a floresta proibida,mas não deveria ser isso pois estava escurecendo e eles teriam de voltar para o castelo e resolver o plano para partirem mais do que imediatamente.Nesse ponto Alvo se tocou que era de James Sirius Potter que se tratava,então correu ao seu encontro.

   - Onde pensa que vai?

   - Dar umas voltas sabe,pela floresta pro...

   - Nem termine essa frase,venha comigo nós precisamos...

   - Nem termine essa frase. - James deu um sorriso,o seu tipico sorriso maroto de sempre,e encarou seu irmão. - Ande,será divertido!

   - Eu não vou!

   - Está com medo não é?Frangote,nem merece o nome Potter,que coisa viu... tsc tsc tsc,isso sim é a coisa mais deprimente que eu já vi...

   - Cale a boca,se você disser mais uma palavrinha sequer eu serei o bruxo mais jovem de todos os tempos a ser condenado em Azkaban.E não me chame de "Potter".

   - Achei que esse fosse seu...

   - O que eu disse?

   - Ah esquece essa baboseira!Venha! - Então James Sirius começou a correr em direção à floresta proibida;Alvo percebeu que eles devem ter ficado alguns minutos conversando pois já havia escurecido.Sem opção ele resolveu seguir o irmão e ver no que essa história toda daria.

   Algum tempo depois ele conseguiu encontrar o irmão,ele estava sentado em uma clareira escura no meio da floresta,já estavam bastante afastados;Alvo encarou James com raiva,e apesar dele estar de costas ele se arrepiou,era um olhar que poderiam sentir as vibrações baterem em você e gelarem seu corpo inteiro.

   - O que você pensa que vai fazer aqui em?Vamos,ande logo,pegue umas pedrinhas de lembrança e vamos embora daqui!

   - Nem pensar,vá você! - James Sirius deitou-se nas folhas secas que se encontravam ali,respirou fundo e fechou os olhos com um sorriso maroto em seu rosto. - Esse lugar me acalma,sempre me acalmou desdo meu primeiro ano aqui em Hogwarts.

   - Bom saber. - Alvo permanecia com a cara fechada,os braços cruzados encarando James Sirius. 

   - Não preciso de babá.

   - Se morrer,grite. - Alvo deu as costas ao seu irmão e o deixou ali,sozinho.

   James Sirius levantou-se e começou a chutar as folhas secas e pedras no local,ele já estava fazendo isso a algum tempo quando notou uma pedra diferente,com um formato estranho.Ele se agachou mas não se atreveu a tocar a pedra,apenas a observou;Ele então notou um tipo de desenho na pedra,um desenho diferente,como se fosse um simbolo.Então ele a pegou e observou bem,levantou-se com a pedra apertada em uma de suas mãos,então ele fechou os olhos por alguns segundos (Não sabia porque o fez,só fez,como se fosse automático).Quando ele abriu os olhos tomou um susto :
   Todos estavam ali : Seus avós Lilían e James Potter,Sirius Black,Remo e Tonks,Fred,Severo Snape,Alvo Dumbledore e até Alastor Moody.Parados,prateados,sorrindo para ele.
   Então ele caiu para trás,ainda segurando a pedra em sua mão.Ele fechou os olhos bem forte por uns trinta segundos falando para si mesmo "Isso não é real,isso não é real...É?".Então ele abriu os olhos novamente,todos haviam sumido.Ele olhou ao redor,procurando por eles mas não houve nem sinal,então ele olhou a pedra e respirou fundo.

   - Devo estar ficando louco... - Então ele guardou a pedra em seu bolso e foi embora.

   Enquanto isso...

   Alvo estava andando aleatoriamente pela floresta proibida,ele não andava muito por ali então a chance dele estar perdido era muito grande.Ele ouviu alguns barulhos como se fossem duas pessoas discutindo e não estavam muito longe dali.Alvo escondeu-se atrás de um árvore bem grossa perto de uma pequena e mais escura clareira e aguardou.
   De repente um homem encapuzado apareceu seguido de uma garota que Alvo reconheceu ser uma garota do sexto ano da Sonserina cujo nome não veio à cabeça dele no momento.Ele apenas ficou ali,ouvindo e tentando ver o máximo que pode.

   - Eu te ajudei,fiz o que você pediu,porque não pode simplesmente me deixar ir em paz?

   - Porque você sabe demais querida Valerie. - Valerie,então esse era o nome dessa garota de pele parda e cabelos negros.Ela parecia com raiva,mas não expressava nenhum pingo de medo por estar em frente ao homem encapuzado que havia matado tantas pessoas,ela parecia confiante até demais na realidade.

   - Ah qual é,pode confiar,eu não vou revelar nada!

   - Sempre dizem isso,mas sempre é mentira.

   - Eu confiei em você sem nem ao menos ver seu rosto,dê-me um pouco de crédito pelo menos,confie Tom,pelo menos uma vez... - A garota andava ao redor do rapaz,mexendo nos cabelos longos e encaracolados e de vez em quando tocando no rapaz,acariciando-o,como se quisesse provocá-lo.

   - Boa tentativa. - Ela a puxou pelo braço e a manteve bem próxima.Ela então retirou o capuz dele,podendo ver perfeitamente seu rosto,quando seus lábios estavam para se tocar ele a empurrou contra um árvore fazendo-a ficar tonta,quase apagada.Ele se aproximou dela e sorriu debochadamente. - Você confia demais garota... - Ele deu três passos para trás e então gritou : - AVADA KEDAVRA! 

   Um lampejo de luz verde irrompeu da varinha do rapaz,que estava sorrindo muito satisfeito.A garota agora estava morta,e ele a encarava com um ar de satisfação.Alvo nunca desejou tanto não estar ali,aquilo foi horrível,ele nunca tinha visto alguém ser morto assim em sua frente,sem contar os sonhos,claro,mas ali...Era real,ele realmente estava ali,e foi horrível,ele não pode fazer nada e nem sabia o que fazer.Não podia correr,mas não podia ficar.
   Então o rapaz olhou na direção em que Alvo estava,encarou a árvore por algum tempo e então começou a andar vagarosamente em sua direção.Alvo nem respirava mais,não conseguia,o ar não entrava nem saía.Ele estava sem reação,e nunca desejou tanto na vida estar com sua capa da invisibilidade.Quando o homem ergueu a varinha em direção à árvore onde Alvo estava escondido algo o chamou atenção,ruídos de algo se aproximando,então ele colocou o capuz novamente e desapareceu.
   Enfim Alvo conseguiu respirar,ele soltou um grande suspiro e largou-se no chão,não conseguia se mover pelo choque.Foi tudo tão apavorante,e aquela garota estava ali,morta.Ele não poderia fazer nada,nem saberia o que fazer.Ele fechou os olhos e ficou assim por um bom tempo...

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