We Want To Kil Zac... Again
Narrado por Lily Evans.
Não sei se era Karatê, Judô ou Taekwondo, mas que Dorcas sabia dar um chute, ah, isso ela sabia.
-SIRIUS BLACK SEU ESTRUPÍCIO SEM CORAÇÃO! - berrava ela, no meio do saguão, olhando para Sirius, caído no chão.
Todos estavam esperando no saguão do hotel, com suas malas, para voltar para a estrada. Quando o meu elevador abriu, vi Dorcas praticamente voar pra cima do baterista da School of Rock. James correu para apartar.
-Dorcas! - exclamei, correndo pra perto – O que é isso?
-ESSE MONDRUGOLÓIDE...
-Não grita.
-Desculpe. Esse mondrugolóide teve a magnífica ideia de brigar com Lene! E agora ela quer ir pra casa!
Sirius parecia tão surpreso quanto eu.
-Quê? Mas ela que brigou comigo!
-E agora ela te odeia, parabéns! - retrucou Dorcas.
-Isso por acaso tem a ver com um pudim e com uma calça jeans nova? - perguntei, mas eles negaram – Então é sério. E novo. Eu vou lá pra cima falar com Lene, e James, por favor, amarra Dorcas e prende ela no porta-malas.
-Pede deixar – respondeu ele, rindo.
-Onde você esteve a noite toda? - perguntou Zac, enquanto eu chamava o elevador.
-Com Petúnia – respondi – Bem, isso foi antes dela voltar com Vernon e virar as costas para mim, a única pessoa que realmente se importa.
Ao abrir a porta do quarto das garotas, vi Marlene jogando suas roupas na mala com uma força desnecessária.
-Lene? - chamei, e ela se virou no exato momento que atirava um pacote de absorventes, e ele voava pela janela – Tudo bem?
-Claro que tá tudo bem, porquê não estaria? - respondeu ela, rapidamente.
-Talvez porquê... Você tá tentando enfiar o travesseiro do hotel em sua mala.
Ela parou no meio da ação e pareceu confusa.
-Bem, eu... Ah, ás vezes precisamos de travesseiros.
Sentei na cama já arrumada de Dorcas.
-Eu ouvi que você e Sirius brigaram – falei, e ela deu de ombros – E que você quer ir embora. Olha, eu não sei qual foi o motivo, e também não quero...
-Isso não te interessa! - gritou ela, se voltando para mim – E eu não tenho mais nada pra fazer aqui! Zac Perfeição assumiu meu lugar! Eu sou uma inútil!
E começou a chorar. Me ajoelhei ao seu lado e a abracei.
-Você não é uma completa inútil! - falei.
-Eu não falei nada sobre “completa” - resmungou ela.
-Todos aqui amam você! Todos se importam com você! - continuei – E Zac Bobão não assumiu o seu lugar! Ele só chegou pra, sei lá, ajudar.
-Isso não tá dando certo, Lily – disse ela, fungando – Essa banda. É melhor todos irmos para casa, não?
-Algumas semanas atrás, eu falei exatamente a mesma coisa para Dorcas – contei – E ela prometeu que, em um ano, conseguiríamos colocar a School Of Rock lá no topo. E agora eu prometo a você. Eu quero que isso dê certo. Estou sonhando com isso desde a sexta série. Mas eu preciso que todos fiquem unidos.
Marlene olhou para baixo.
-Se estivéssemos desistido quando perdemos a Batalha das Bandas, onde estaríamos agora?
-Provavelmente em um apartamento legal em Londres, cheias da grana e com um emprego bom – respondeu ela, dando uma risadinha.
-É, mas não seria tão divertido – falei – Não teríamos liberdade para sermos do jeito que queremos. Todo esse tempo, nos dedicando à banda... Vai valer a pena, Lene. Vai valer a pena.
Narrado por Dorcas Meadowes.
Lene jogou sua mala no porta-malas com tanta força que eu achei que ia morrer.
Eu já tive um namorado. Não lembro o nome dele. E também não lembro porquê nos separamos. Só sei que não fiquei mal assim como Lene.
-Vamos embora ou não? - gritou ela, já dentro da van e com o cinto de segurança, enquanto todos enrolavam para entrar – Temos um prazo, esqueceram?
-Como podemos esquecer – resmungou James, entrando no banco da frente ao lado de Zac – Você faz questão de nos lembrar disso toda hora.
-Cala a boca, James, e vai lavar o pé – respondeu ela. Todos a olharam confusos. Comecei a rir.
-O sapo não lava o pé. James não lava o pé – falei. Todos reviraram os olhos.
-Porquê Zac tá dirigindo? - perguntei, quando saíamos da cidade – Eu sei dirigir.
-Ah, é – ironizou Sirius – Não foi você que atropelou o instrutor?
-Não, essa foi Lily – respondi, e a garota riu.
-E agora a lei me proíbe de ficar a menos de trinta metros daquele cara.
-Eu me assustei com o adesivo ofensivo da traseira de um caminhão e arranjei briga com uma gangue de caminhoneiros – falei, me lembrando do ocorrido – E teve aquela vez que eu dormi na prova do vestibular.
-Não foi no avião? - perguntou James.
-Também. Eu dormi em Sydney e acordei em Paris – falei, enquanto eles riam – Acho que eu rolei pra baixo de um banco e as aeromoças não me viram.
-Nossa, vocês todos têm histórias fantásticas sobre suas vidas – ironizou Marlene, de braços cruzados. A janela estava aberta na cara dela, mas dava pra sentir o calor de sua raiva.
-Ah, não enche – respondeu Sirius. Os dois se encararam furiosamente.
-Nossa, até deu pra sentir a temperatura esfriando – comentei.
-Eu liguei o ar-condicionado.
-Ah.
Narrado por James Potter.
Um cara pinta o cabelo de verde e automaticamente começa a sofrer bullying.
Sirius sempre foi idiota e ninguém se importa, cadê a justiça?
Eu sempre sofri bullying, na verdade. Desde pequeno o Word não aceita que James Potter é um nome de verdade, sempre muda para Jadílson Anoplosterno. Isso me traumatizou, sabe?
Fora isso, minha vida foi de boa. Bem, sem contar os trezentos e setenta e oito foras que eu levei de Lily Evans. Não foi exatamente esse número. Só disse isso pra socializar.
-Falta muito pra chegar?
Suspirei, já irritado.
-Sirius, pela milésima vez, estamos parados – respondi.
A Lanchonete Brilho de Sol tinha tudo menos claridade. Era meio brega, naquele estilo de anos setenta. Mas as fritas eram ótimas.
-Ain dug stei nope dlol? - falou Sirius, com a boca cheia de hambúrguer.
-Quê?
-Ele perguntou se você vai tomar sua Coca – disse Marlene, com um ar cansado. Estávamos reunidos em volta de uma mesa, literalmente comendo tudo que víamos pela frente. Éramos os únicos clientes dessa lanchonete à beira da estrada, mas a jovem garçonete parecia muito feliz com isso. Inclusive, não parava de olhar para meu cabelo.
Viu só? Sou irresistível.
-Vou sim – falei, puxando meu copo para mais perto de mim, no meio de um monte de embalagens – Lene, você tem o dom. Eu conheço Sirius há mais de dez anos, e na maioria das vezes não faço a mínima ideia do que ele está falando.
-Com licença – disse a garçonete, se aproximando cautelosa – Desculpe, mas eu o conheço de algum lugar?
Lily largou sua pizza e me lançou o olhar número 223: “Explique-se ou morra”. Esse é bem comum nas garotas.
-Depende. Você estudou em Hogwarts? - perguntei, e ela negou – Frequenta a Venda do Seu Zé? Mora no centro de Londres? Tem uma tara por caras de cabelo colorido? Gosta de pôneis? Batatas? Rock? Triângulos? Ou talvez pôneis? Já falei isso?
-Não, espera – ela me interrompeu – Rock!
Sirius e Remus se entreolharam.
-Uh. - disse Remus – Isso é novo.
A garçonete pareceu pensar por um tempo. Depois seus olhos brilharam.
-Claro! - exclamou – Vocês são a School of Rock! Eu, tipo... AMO VOCÊS!
-Com certeza isso é novo – continuou Remus – Você por acaso não tem um fusca azul, não é?
-Meu Deus, isso é fantástico! - gritava a garçonete, dando pulinhos de alegria – Uma das bandas mais épicas da história, aqui, comendo batatinhas no Brilho do Sol! Ah, o grupo não vai acreditar quando eu contar... A propósito, eu sou Sarah.
-Espera, grupo? - perguntou Dorcas.
-É! Eu conheço uns vinte, mas deve ter três vezes mais. São pessoas fanáticas pela School of Rock – contou Sarah, puxando uma cadeira e se enfiando entre mim e Zac – Elas andam pela cidade, prendem cartazes, picham muros, com as letras de suas músicas! É incrível!
-Uau. - falei – Nossos fãs são uns maníacos.
-Claro, maníacos por vocês – riu Sarah. Não sei se era felicidade ou maconha, mas ela parecia muito animada – Ah, nem devia estar parada – ela se levantou de um salto – Ah, e quando vai ser o próximo show de vocês?
Todos olhamos para Zac.
-Ahn... No Festival de Birmingham – respondeu ele.
-Ah, qual é? No festival da Agropecuária? - riu Sarah – Só os perdedores vão lá!
Voltamos a olhar para Zac, que deu de ombros.
-Acho que nesse exato momento somos exatamente isso.
Narrado por Remus Lupin.
Eu nunca disse que não éramos perdedores. Mas ouvir isso do nosso próprio criador... Não faz a mínima diferença.
-Duvido – continuou a garçonete maluca. Porque todos nossos fãs são malucos? Eles podem gostar da gente, mas porquê nos imitar? - Enfim. Pena que não dá mais para comprar os ingressos, tão em cima...
-Como assim? - perguntei – Falta mais de uma semana!
Ela me olhou como se eu fosse doido. As pessoas costumam fazer isso, é.
-Você está louco, baixista da School Of Rock? - pelo o menos ela não acha que eu sou o garoto da manutenção – Os ingressos já estão esgotados. E faltava uma semana há mais de uma semana. O show é amanhã.
Nesse exato momento, todos queríamos matar Zac. Acho que o Zac queria matar o Zac.
Tenho a leve impressão que isso já aconteceu antes.
Comentários (1)
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk eu jurava que tinha lido esse capitulo. Mas não li :/ É que minha cabeça tá cheia esses dias, muiuta coisa pra fazer, pouco tempo e pouca vontade :( Bem, mas ameiiiiii o capiutlo. Todo mundo querendo matar o Zac, sempre isso. Bem pelo menos eles tem fãs maniacos *------------------* essa menina é uma prova de que nem tudo está perdido....Bjoos *-*
2013-01-05