Desafios na noite londrina



Mais uma noite no Largo Grimmauld, pensava ela. Hermione estava farta de noites silenciosas e lentas que mal se esgueiravam pelo relógio até que o dia amanhecesse. Ela ergueu-se da cama, sentindo o frio com cheiro de orvalho atravessar a fresta da janela, e tocou o chão gelado em direção ao banheiro. Ao enxergar a imagem na penumbra, ela viu o próprio rosto já amadurecido pela insistência de solidão que a guerra a havia feito passar.


Ela, que após perdas sofridas escolheu permanecer na casa que hoje era de Harry, hoje sentia-se só e sem rumo ou metas próximas para que sua vida fosse direcionada.


“Não era triste assim pensar nisso antes.”- Soltou a voz da consciência dentro de sua cabeça, enquanto ela soltava os cabelos ondulados.


Ante suas expectativas inexistentes, ela vivia sob uma inércia da qual seus atos se ocupavam com rotina e mediocridade. Ela servia a vida, tal uma esposa conformada com um casamento infeliz: Com sorrisos, suportando os dias, sem uma dor que ela percebesse de forma consciente.  Não era amargura que mostrava aos amigos durante o dia, e sim o silêncio que começava a ser percebido como sinal de solitute pela amiga de perto, Gina Weasley.


A vida de Hermione Granger no pós-guerra se resumia ao estudo avançado em Bioquímica e Poções, a ser iniciado em Brillantmont no próximo verão. Enquanto aguardava uma vaga no Instituto, localizado na Suiça, ela permaneceu no número 12 do Largo Grimmauld, ao lado de Harry que frequentava a Academia de Aurores do Ministério.


Já era quase um ano e meio da morte de Voldemort, e aqueles aos quais ela podia referir-se como amigos e colegas, ainda se viam de forma frequente. Era quase como se todos os heróis de guerra permanecessem unidos em vias da publicidade maldosa e colunas de fofocas que ainda reinavam na Londres Bruxa. Um típico costume inglês era a moda dos “tabloides”, não sendo exclusivo da comunidade trouxa.  Agora, outros nomes se destavam na mesquinha modalidade jornalística Bruxa: Juditt Warwick, Catherine Pittow, Candice Mathews, tendo suas colunas de manchetes tais “Bolinhos de castanhas com lombo apimentado – Por chefe Guillard Luc- A comida predileta de Harry Potter!”, acompanhadas por fotos de Harry tiradas por Paparazis em algum restaurantes de Londres.O assédio da imprensa era forte não somente para Potter, como para todos que participaram da Batalha de Hogwarts, e isso inclui os membros da Ordem e o restante do trio de ouro, Hermione e Rony.


Ronald Weasley agora estava longe. Assim que acabou a guerra, Weasley engajou-se em um estágio de verão promovido pelo Ministério, meio no impulso de fazer algo por sua vida e agradar ao pai que esperava um destino burocrático para o filho. Dois meses depois, indo atrás de uma chance arrumada por Harry no Chudley Cannons, Rony entrou para o Time de base, fixando-se depois como um dos titulares e agora estrela da temporada britânica de Quadribol.


Para Hermione, a vida estava a se satisfazer nas pequenas coisas e prazeres que podia obter ao viver praticamente sozinha em Londres. Dentro dessa gama de coisas que sua vida permitia agora, estavam as periódicas fugidas com Gina para a noite Londrina. Ginevra introduziu Hermione para uma centena de Pubs e amigos que ela não fazia ideia que Gina pudesse conhecer.  Tomada pelo gosto musical ainda “alternativo ” nos bueiros de Londres (onde tudo que há de influenciar o mundo musical brota), Hermione tirava momentos de prazer em meio à escuridão vivendo uma agitada parte da cidade com Gina. Ninguém fazia ideia da vida que ela e Gina levavam secretamente, e Gina ainda antes dela. As duas saíam semanalmente enquanto todos dormiam. A ruiva fugia silenciosamente da toca e dos braços de Harry eventualmente para viver um pouco.



A solidão era daí. Cansou-se periodicamente da vida um tanto vazia e da falta de determinação em viver o dia, e não a noite.  Hermione precisava de um sossego, e precisava de vida, ao mesmo tempo.



 


Dessas idas e vindas noturnas e incursões em meio ao submundo londrino,  Granger foi apresentada por Gina a uma de suas amigas mais próximas: Pee Stern. A garota não era alta, mas tinha os cabelos batendo na altura do quadril, lisos próximos da raiz, e com cachos grossos nas pontas. Era completamente impulsiva e vivia de raspar seus saltos no meio fio londrino ao sair de um bar pra casa. A garota havia estudado em Hogwarts apenas nos três últimos anos, formando-se juntamente com Hermione. Foi daquelas que passaram despercebidas frente a tantos acontecimentos e personagens que rodearam os últimos anos do trio de ouro em Hogwarts.  Pee foi tradicionalmente criada em casa, e proibida de deixar a casa da família antes dos quinze anos, quando a guerra estourou. 


Embora hoje viva como um rastro de gente, ela já teve uma consciência considerada brilhante por aqueles que lhe dirigiram a palavra.  Ao que Hermione sabia, os pais de Pee haviam desaparecido durante o seu segundo em Hogwarts, logo após mandar a garota para o castelo por achar que lá ela teria um pouco mais de segurança do que no castelo da Familia em Sussex. Hoje Pee alternava as noites em Londres e sussex, sendo completamente privada de uma vida determinada.


As três haviam passado por diversas situações juntas, e hoje Stern estava quase que inclusa no mesmo contexto social de Hermione e Gina, visto que já havia passado a frequentar A’toca e eventualmente rondar por Hogsmade em companhia do trio, ou de algum de seus amigos Corvinais.



-“Tarde demais pra voltar atrás.”-Dizia a voz de Pee na memória de Hermione ao lembrar da garota virando um cosmopolitan no The Swan, tradicional pub próximo ao Russel Gardens em Londres. Essa era a frase que definia a personalidade da nova amiga.



A manhã que começara cedo, mal terminava de arrastar-se com a falta de sol matinal britânica,  quando Granger saiu do quarto devidamente arrumada para o almoço. Domingo, ela sabia. Molly tinha criado o costume de cozinhar no número doze aos domingos, um costume que fora passado a todos que ainda restaram da ordem. Esse era o dia onde todos se reencontravam e confirmavam a quantas caminhava a vida.


Ao descer as escadas, pode ver de cima das escadas empoeiradas que na sala estavam Remo, Tonks, Arthur e Harry. Dois degraus pra baixo, pode vislumbrar a cozinha, de onde saia Gina com uma colher de doce na boca.


“Mione!”- Harry gritou.- “Gina ia subir te chamar pro almoço.”


“Bom di.. Tarde. Passei da hora hoje, acho.”- Ela respondeu dando um olhar discreto à porta da frente que acabara de ser aberta por um barulho repentino.


E ele entrou. Severus Snape, em sua versão mais “clean”. Snape, embora muito descreditado pela comunidade bruxa que alegava que ele apenas aproveitou a oportunidade para salvar a própria pele, ainda fazia parte da “família criada” dentro da Ordem. Ele mantivera o mesmo ar de insuportabilidade a contextos sociais, com seu sarcasmo bem calculado e amargura declarada, embora a aparência tenha mudado um pouco. 


Enquanto Snape comprimentava Arthur e Remo, Hermione permaneceu parada aos pés da escada, vidrada nas vestes pretas de Snape que balançavam enquanto ele se mexia.


“Hrmm”- Gina limpou a garganta parando ao seu lado, encarando maliciosamente a amiga e sua aparente falta de atenção com a chegada do mestre de poções.


“Nem comece.”- Hermione alertou, torcendo o canto dos lábios e pronunciando uma fina linha reta na boca, lembrando muito bem uma senhora diretora da Grifinória.  Gina ergueu as sobrancelhas em sinal de reclusão e riu baixo.


“Começar com o que?”-Perguntou Harry perdido frente as internas da namorada e da melhor amiga.


“Sua namorada tem a mania insistente de observar reações alheias e tirar as próprias conclusões. Erradas, como sempre.”-Mione voltou-se para Gina que continha o riso e saía abraçando Harry por trás. –


“Ainda a piadinha com o Snape???”-Harry riu, sendo surpreendido por um olhar de canto de olho de um Severo, que ainda em conversa com Arthur passou despercebido.


“Pelo amor de Merlin, parem com isso. Um dia desses o professor vai ouvir uma piada dessas e levar a sério.”- Ela tentava encerrar o assunto, dando mais trela à bobagem que o casal de amigos tentava fazer de piada.


Snape não mais usava dos cabelos negros e compridos como de habitual aparência do mestre de poções. O seboso das masmorras havia adotado um visual mais conforme, por assim dizer, após a queda do Lord das Trevas. O cabelo agora repousava não curto, mas não comprido, e naturalmente foi ficando mais grisalho ao longo do ultimo ano. A mudança de visual do “morcegão”, como Gina se referia a Snape, havia sido tópico de discussão entre os amigos, na ultima vez que se reuniram no ultimo verão.  Harry, Rony, Gina, Neville, Luna e Hermione, comentavam sobre o atual status de “meio herói e ainda cara mau” que Snape assumiu, frente aos tabloides bruxos e em meio a discussão Rony havia dito que “Embora Snape pareça ser um herói público, ele jamais vai ser tão adorado pelas mulheres como ele e Harry são.” Depois de um tapa de Gina, uma meia olhada de Harry querendo esganar o amigo, Hermione, inofensivamente lançou a defesa de Snape: - “Sinceramente, o professor Snape ainda tem o seu charme. E posso garantir que existe uma meia dúzia de meninas por aí que preferiria correr atrás de um homem feito do que de dois moleques como vocês. Snape deve ter, sim, seu meio grupo de fãs enlouquecidas!”


Embora espontânea em sua defesa, e completamente livre de intenções conscientes*, a partir daquele momento nascia uma nova razão para se zoar Hermione Granger. O suposto tesão enlouquecido que ela devia guardar dentro de si quanto a mestre de poções.  Todos ficaram estáticos com a declaração que Granger havia dado, e quando ela centrou em si a cagada, já era tarde. Gina já a olhava com a piada maliciosa na ponta da língua a cada vez que o professor de poções apontava na porta do Largo Grimmauld, 12.


Não que Hermione nunca houvesse pensado em Snape como um homem, mas a defesa que fez em nome do professor naquela conversa, havia sido apenas uma forma de intimidação que encontrou para irritar Rony já que este se comportava como um astro do Rock, trocando de garotas por semana. E logicamente que tudo que é vivido ao longo do dia, acha um lugar de ir parar no subconsciente, escorregando para os sonhos de vez em quando. Mas se com uma declaração sobre o suposto ‘charme’ de Snape , os amigos já faziam pó dela, se ela contasse que havia sonhado com os braços, as pernas, o tronco de Snape...


Feita a piada, Molly chamou a todos para a mesa da sala e o almoço de domingo estava servido. Em meio a garfadas insistentes de Rony, que comia feito um saco de farinha furado, risos controlados de Luna, o carinho expresso de Lupin por Tonks, Snape comia silenciosamente próximo a ponta da mesa, oposto ao lugar que Hermione ocupava ao lado de Harry e Gina.


Assim que terminou a refeição, Snape agradeceu de forma discreta à Senhora Weasley, e fazendo um sinal de cabeça a Arthur ergueu-se da mesa virando o corpo para Hermione que já o observava de longe, desde que ele começara a comer. Assim que percebeu o olhar de Snape vindo em sua direção, ela tentou de forma frustrada desviar para a taça de suco de Graviola que tomava em mãos, conseguindo apenas um engasgo e a atenção dos amigos ao redor.


“Senhorita Granger, poderia me dar um instante, por favor?”- Sim, ele estava falando com ela! E com a impassividade do professor, em seu habitual tom de voz grave e falta de emoções na fala. Ela tremeu por dentro imaginando que ele lhe faria uma inquisição quanto ao tal boato de que ela “reconhecia seu charme interior”- E EXTERIOR TAMBÉM!- Gritou uma vozinha dentro de sua cabeça.


“Claro... Professor.”- Ela pousou a taça, e limpou o queixo com o guardanapo de tecido que acabara de retirar do colo.


Assim que se levantou, tentou não olhar para o lado, porque sabia que iria encontrar o olhar debochado de Gina Weasley pra ela, ou Harry tentando manter a respiração sem rir.


Seguindo o rastro deixado pela capa de Snape, em direção a antessala, ela andou de cabeça baixa e com a respiração irregular. Quando o professor parou subitamente e virou-se para ela, mantinha a posição rígida de sempre, acompanhada da expressão de “não-aguento-sua-presença-serei-breve”.


“Senhorita Granger...”- Ele começou o discurso falando sob os dentes cerrados como era passível de sua personalidade.


“Professor, deixe-me explicar...”- Hermione franziu as sobrancelhas, temendo pelo pior, angustiada pelo quanto a situação podia estar ridícula. Ao ver a cara de desentendimento de Snape que parava a sua frente, ela simplesmente engoliu o resto do discurso de justificativa que havia bolado no caminho de saída da mesa de almoço.


“Não que eu me importe com suas piadinhas, ou menções ao meu nome enquanto conversa com seus amigos, mas sugiro que preste atenção em silencio em quanto lhe faço uma proposta de seu interesse.”- Ele ergueu uma sobrancelha, e falou mexendo os lábios o menos possível, mantendo a natureza grave daquela voz que tanto inspirava Mione nas madrugadas.


“Proposta? (...)”- Hermione engoliu seco e subitamente se lembrando da habilidade de Legilimência que Snape possuía, tentou fechar a mente a possíveis invasões do Mestre.


“É, senhorita Granger. Pro-pos-ta.”- Ele ditou como quem fala a uma criança.- “Remo me contou sobre seu inesperado interesse em poções e em uma vaga no Instituto Brillantmont. Mencionou que em uma conversa, a senhorita havia dito que não seria má ideia ter uma carta de recomendação minha.” – ‘Maldito Lobo, ela pensou’- “Estou repondo o estoque de poções da Enfermaria de Hogwarts, tudo que foi perdido ao longo da destruição da batalha final e preciso de uma ajudante para a função.”


“(...)”- Hermione já havia se perdido em meio aos olhos de veludo do “morcegão”, cogitando sobre a possibilidade de trabalhar com ele em Hogwarts de forma temporária.


“Se houver interesse de sua parte, não me importaria em escrever uma carta que faça jus a alguma habilidade que tenha em troca do trabalho.”-Snape continuou a encara-la por aproximadamente dez segundos, até que Hermione se tocou que ele esperava por uma resposta vinda da boca dela.


“Hm, er, é.. Professor, seria realmente muito bem vinda uma recomendação sua.  E como não tenho nenh...


“Certo. Vou lhe esperar às oito horas.”- E com um aceno de cabeça, Snape virou a capa esvoaçante saindo pela porta.


Estática, ela permaneceu na antessala dos Black por alguns minutos, mantendo a exata posição que ocupava enquanto Snape lhe dirigia a palavra. “Trabalhar com ele?! Como diabos isso poderia funcionar?”- A mente da garota funcionava em turno duplo tentando cumprir com a lógica da situação. – “Só uma carta de recomendação daquele homem me tiraria do sufoco em uma entrevista na Suiça.”


Hermione virou-se nos calcanhares mantendo o queixo cerrado enquanto os olhos, acompanhando os pés, voltavam para a sala onde todos ainda conversavam à mesa. Enquanto sentava-se na mesma cadeira de antes, considerava a rotina sob uma nova perspectiva. Uma nova meta, uma nova rotina. Pessoas metódicas como ela, tendem a necessitar de um plano de vida imediato para organizar as ideias. Trabalhar, mesmo que por um breve período, com tarefas pré-determinadas a faria brilhar novamente. E mesmo que sem sua consciência plena, Hermione poderia redirecionar o cérebro para longe da vida decadente que levava nos últimos meses.


Por outro lado estava o peso: Trabalhar com Snape. Ou ‘para’ Snape, pensou. Certamente trabalhar no mesmo laboratório que ele não significa um trabalho científico no qual ambos iriam compartilhar crédito acadêmico. Hermione serviria de mula de carga para tarefas alienantes as quais Snape não pretendia submeter-se.


Ainda mantendo-se alheia ao espaço a seu redor, ela focou no que poderia ser a pior consideração sobre o tal “trabalho” de Inverno que assumiria em Hogwarts: A proximidade com o mestre de poções. Por Merlin que aquele era o fantasma de suas madrugadas e de sua vida social ultimamente. Certamente que aceitando o trabalho pediria mais “sutilidade” aos amigos, mas isso não quer dizer que ela conseguiria se portar de forma sutil tão próxima assim de Snape.


“Pudim?”- Ofereceu uma Luna sorridente a sua frente com uma tigela flutuante carregada do que parecia ser a sobremesa de Molly.


“Ah, claro!”- E um insensato sorriso foi devolvido aos lábios de Hermione, talvez roubado muitos meses antes em meio a batalha final.


Gina não conseguia conter-se na cadeira. Estava quase que pulando sobre o colo de Harry para cutucar a amiga em vias de obter uma resposta sobre o que Snape queria falar “tão particularmente” com a amiga.          


Hermione virou-se para os amigos com um olhar um tanto inseguro quanto inconsciente para sua situação no momento. A garota tinha uma calma reestabelecida dentro de si. Um sentimento de que novamente tudo poderia ficar bem. Sentia a empolgação dentro de si, transparecida como o oposto, deixando os amigos mais incertos sobre como a conversa com Snape poderia tê-la afetado.


Assim que as conversas cessaram, e aos poucos todos foram se retirando da mesa, Hermione pode ficar a sos com os amigos para explicar a situação e acabar com a curiosidade evidente.  Embora privacidade não fosse algo muito ‘aprecidado’ na Mui Antiga e Nobre Casa dos Black, ela teve o momento que precisava para contar a Gina sobre a proposta feita por Snape.


“Ele. Você. Laboratório.”- A Weasley tentava por as partes em ordem mesmo que em voz alta.- “Snape propôs isso de livre e espontânea vontade? Do fundo do coração dele? Cheio das boas intenções em te ajudar?”


“Não acredito que a intenção tenha sido pura. Não faz o perfil do professor Snape.”- Hermione completou o raciocínio da amiga, trazendo as atenções do grupo para ela, que novamente se enrolava em um comentário inocente pela malícia alheia.- “Não!!! Parem! Sem olhares debochados, maliciosos, ou maldosos! Snape me chamou porque me parece que Lupin comentou com ele sobre minha intenção de estudar na Suiça.”


“E...?”-Rony não parecia acompanhar  a conversa toda. Sua personalidade aérea sempre foi um fardo para Hermione.


“E preciso de uma carta de recomendação!”-Ela virou irritada para Rony que permanecia com boca de peixe encarando a amiga.


“Que vai ganhar de forma honesta e sem trocas físicas como Pee havia proposto.”- Harry ironizou, fazendo referencia a amiga ausente. Era típico da personalidade de Stern satirizar toda e qualquer situação, com toda e qualquer pessoa. Dentro de seu circulo social a garota era conhecida pelas citações infelizes que fazia.


“Certamente não pretendia levar o conselho da Pee tão a sério. Mas não ia deixar de pedir a carta ao Snape antes do Inverno acabar. ”- Hermione respondeu a Harry.


“Falando nisso, vou ficar por aqui hoje.” – Gina cutucou o braço do namorado, ao qual ela permanecia enganchada enquanto todos conversavam em pé na sala da tapeçaria dos Black.


“Ótimo! Mas o que isso tem haver com o assunto?”- Harry perguntou à namorada, indicando certa desconfiança. Não era de hoje que ele andava desconfiado que alguma coisa acontecia entre as garotas que ele deveria saber.


“Pee vem pra cá também.”-Hermione rapidamente tomou a vez de Gina em responder, evitando qualquer possível desastre em uma resposta não planejada. A garota lançou um olhar de precaução para a Ruiva que rapidamente completou a fala.


“Noite das garotas!”-Gina sorriu falsamente para o namorado.


“Divirtam-se. Eu não suportaria dez minutos com vocês falando sobre menstruação e unicórnios.”- Rony bufou dando as costas e puxando Harry pelo ombro pra fora.


“Sinceramente, Gina. Se pretendemos continuar saindo por aí, seria bom dar um jeito de segurar a confiança do Harry do seu lado.”-Mione falou e Gina apenas assentiu.


O dia foi passando com as nuvens encobrindo Londres, e o tradicional cinza já cobria boa parte do céu por volta do chá. Hermione permaneceu na sala jogando xadrez bruxo com Harry, sem deixar de comentar que ‘aquilo era jogo de barbaros’ a cada peça estraçalhada.  Pela noite, só restavam ela, Potter, Gina, e Remo, na casa. Lupin fez uma pequena manutenção no sótão, parecia que uma espécie de fungo mutante tinha se instalado por lá.


Por volta das oito da noite a campainha tocou, e Lupin apressado em ir embora avisou que atenderia a porta.


“Alguem pediu comida trouxa chinesa???”- Uma figura brilhante na porta, apareceu toda maquiada e produzida como se para uma festa ‘balada’ de trouxas.


“Pee!!! Sua diva!!!”-Hermione saltou do chão abraçando a amiga reluzente.-“Pra que tanto brilho??? Só vamos ficar por aqui hoje.”- Continuou mordendo os lábios e fazendo um sinal indireto para que Stern fizesse um esforço em não dar tanta bandeira.


“Aii, sério? Achei que quisessem sair pra comemorar a nova secretária gostosa de Severo Snape!”- Sim, ela era de fato a pessoa a fazer os comentários mais indesejáveis e risíveis do universo.


Stern tirou o par de Loubotins preto que usava dando um beijinho estalado na bochecha de Harry.  Gina vinha logo descendo as escadas em um robe de mãe, similar aqueles que Molly usava para se esquentar nos invernos d’A’toca.


“Um dia desses ainda flagro você no colo do Harry.”- A ruiva berrou dos degraus.



 



 


“Então, é fato que vai aceitar o trabalho de assistente do Snape?”- Perguntou a menina baixinha dos cabelos negros sentada na cama esperando enquanto as amigas se arrumavam em plena madrugada para sair.


“Não creio que tenha muita opção para conseguir minha recomendação.”- Respondeu Hermione direcionando o olhar para Pee através do espelho, enquanto passava blush sobre a face.


“Eu te dei uma opção muito mais interessante!”- Pee riu cutucando Gina, que colocava um vestido dourado trabalhado em paetês próxima à cama.


“E eu fiz questão de lembra-la de sua sugestão hoje. Sem sucessos. Hermione parece não ter coragem de admitir todo o tesão reprimido pelo Morcegão”- Gina era ajudava por Pee a prender o zíper do vestido sem arrasta-lo de vez sobre os quadris.


“Cresçam. Serio.”-Hermione virou-se pronta para a noite.


Era fato que embora seu gosto não fosse evidentemente “promíscuo” ao se vestir, tenha mudado um pouco por inlfuencia das amigas nos últimos meses. Hermione trajava uma blusa frente única, bege lisa, solta na cintura sob a saia justa preta que cobria-lhe um palmo e meio de coxas. 



“Nada mal, ‘bitch’”-Pee deu um tapinha na bunda da amiga antes de dirigir-se ao banheiro retocar as olheiras.



 


Embora a noite estivesse agradável para o Inverno londrino, não era possível permanecer na rua por muito tempo sem o uso de um casaco pesado. As três aparataram próximo a uma estação de metrô trouxa, sugerida por Hermione como um “caminho mais seguro”. A opção da noite foi um boteco desconhecido das três, mas que ambas já ouviram em citações de um ou dois conhecidos como sendo um lugar underground o bastante para que não houvessem moleques abestalhados por lá.


E de fato era. A entrada do bar parecia uma ruína, e não foi feita de forma proposital para que não chamasse a atenção dos trouxas na rua. O ambiente escuro era típico, mas o publico um tanto quanto diferenciado.


“Media de idade... 35, 40?”-Pee perguntou enquanto retirava o casaco dirigindo-se à chapelaria.


Com uma música reconhecida por Hermione, e que estava denteo do padrão para seu gosto musical, ela pode reconhecer o que a banda tocava.  Wild Child- Lou Reed.


Tão... Ingles. Era assim que o lugar soava a ela.


Enquanto Ginevra ainda se livrava do casaco, Stern e Hermione entraram e foram para o bar servir-se de qualquer composto alcoolico do lugar.


- “Um brinde à nova piada sobre Hermione Granger: Assedio Sexual no laboratório do Seboso!”- Stern virou uma tequila fundo à garganta, sentindo raspar o gosto do sal engolido para apreciar a bebida.


“Fato...”-Hermione concordou cerrando os lábios e pedindo um cosmopolitan para ela. Assim que pegou o copo em forma de cone invertido, pode vislumbrara Gina dando as costas a um homem próxima da trada do bar e dirigindo-se ao lugar em que as duas estavam.


Era costumeiro que entre os passeios noturnos, vez por outra algum homem deslizava olhares para uma das três moças. Impreterivelmente elas chamavam atenção. Em nenhuma das três faltava atributos de charme, e muito menos de bagagem cultural em uma suposta conversa. Todavia as investidas de rapazes e senhores, Gina jamais se deixava levar pelo ambiente soturno ou pela companhia ocasionalmente agradável de algum moço. A ruiva mantivera a ordem de apenas aproveitar a noite, que nunca coubera muito bem aos olhos de Harry.


Para Stern os passeios serviam como um deleite dos sentidos.  As invariáveis investidas masculinas eram de lhe abrir o paladar, totalmente desconexo de moralismos. O círculo social familiar estava longe dos lugares que as três costumavam frequentar, facilitando a fuga da realidade para todas. Não longe das amigas, Hermione funcionava como um meio termo. Internamente não se considerava promíscua, mas de longe podia ser pudica a ponto de castrar a juventude.


No ponto alto de uma madrugada, Hermione Granger podia sentir o corpo levemente desconectado dos sentidos. A música já passava a guiar-lhe os pensamentos, sendo o agente de prazer que a saída poderia lhe causar.  Entre as conversas já perdidas de sentido entre uma ou outra tragada de marijuana, ainda não perdia força o comentário sobre Snape.


“Deveriamos mandar uma coruja elegante em nome da Mione pra ele.”- Gina rolava o punho sobre o balcão gargalhando sob efeitos antinaturais da ingestão de alguma substancia. ‘tetrahidrocarbinol’- A cabeça da irritante-sabe-tudo Granger gritou.


“Coruja elegante? Com uma gravatinha no pescoço???”-Pee era uma total idiota. Não fazia outro sentido de resposta.


“E escreveriam o que?”- Hermione tragou o cigarro comum mantendo a classe em vista das amigas com a alma completamente devastada pela droga. – “Caro professor Snape, embora tenha uma vida muito agitada e cheia dos homens jovens e bonitos, demonstro um apetite sexual insaciável. Duas colegas sugeriram sabiamente que eu lhe convocasse um desafio de satisfação. Deixo aqui meu desejo explicito que se mostre cordial em retribuir a afeição que lhe devo. Assinado ‘Hermione-Granger-com-desejos- e-fetichismos-ninfomaníacos. ’”


“Gravou, Gina? ”-Pee sugeriu a Gina- “Esse discurso certamente encerra qualquer duvida que tínhamos sobre o fato de você NÃO pensar em Snape com alguma gota de desejo reprimido.”


“Você ainda se incomoda, Mione?”-Gina perguntou a ela, dando uma rápida recobrada de consciência preocupando-se até que ponto Hermione estaria aceitando a brincadeira que havia se tornado perpétua nas conversas de ultimamente.


“Esse assunto precisa acabar.”- Disse uma Hermione seca, apagando o filtro do cigarro na madeira encerada do balcão.


“Ótimo! Pois juro que contenho toda e qualquer piada que paire sobre minha garganta que envolva você, uma cama, e o Morcegão das masmorras, se ganhar uma aposta que eu lhe fizer.” – Maldito sorrisinho sarcástico, pensou a garota olhando para a amiga provocativa a sua frente. Ao mesmo tempo a vozinha da consciência de Hermione gritava: “Cama??? Sofa, parede, chão.


“Vá em frente...”- A meia pata de seus sapatos incomodavam a ponta do pé, e Hermione mal podia se concentrar na conversa sem que o álcool lhe lembrasse de como a cama da casa dos Black podia ser um bom refúgio a essas horas.


“Eu...”-Pee começou seu discurso parando para ofegar e erguer-se do banco tocando o indicador sobre os lábios.- “...Te digo para provar que não sente nenhuma atração pelo Snape.”


“Mas qual a graça se...”-Gina interrompeu Stern levando uma brusca palma de mão erguida em sua direção indicando para que não interferisse. Hermione poderia de alguma forma dar um cala boca na história, se ouvisse tudo até o final.


“Dê-me suas memórias. Entro em sua mente rapidinho e faço a forra procurando por qualquer sonho erótico que tenha invadido suas madrugadas com o Severinho.”-Stern era uma cadela que sabia provocar. A garota sabia que Hermione jamais iria expor sua intimidade de uma forma tão explícita.


“E se eu não quiser te mostrar cada pedaço de vida que eu tenho guardado?”-Hermione ergueu uma sobrancelha em resposta a morena a sua frente.


“Posso lhe sugerir que eu e Gina vamos acabar com qualquer papo sobre as masmorras se cumprir com um pequeno desafio. ”-Stern se mantinha firme.


“(...)”-Hermione ainda repousava sentava sobre o alto banco de metal e engolia seco pensando que apenas por não deixar que a amiga varresse sua mente já seriam gerados novos comentários. -“Vai, fala.”


“Eu e Gina? Que tenho com isso? Não existe qualquer coisa que a Mione possa fazer que faça parar de rir quando alguém sugira a suposta atração dela pelo Snape.”- Gina chutou Stern na canela com a sola do salto que calçava.


“Ai ai. Sossega, véi. A Hermione só teria que seduzir o Snape. Se ela conseguir arrancar algum sinal de desejo do Morcegão e provar que não teve nenhum envolvimento com ele, a gente sossega o facho!”- Um sorrisinho dançava nos lábios de Pee.


“Lógico!”-Hermione gargalhou.- “E por onde devo começar? Pelo pescoço dele em meio ao laboratório?”


“Se isso te sugere algo... Como for mais divertido pra você.”- Stern concluiu virando o resto do copo de cerveja e saindo da bancada.


Garota insana. Hermione não podia deixar de pensar que a situação era improvável, porém tentadora. Ela não iria atacar Snape, a personalidade do mestre jamais permitiria qualquer aproximação mesmo que trabalhando em um mesmo laboratório. Era taciturno e se ela conseguia admitir, era ali que residia qualquer charme que possuía. A respiração controlada, os gestos sutis, a voz aveludada. Sua espinha tremia só de imaginar a imagem de um Snape encarando-a com a camisa branca e a boca entreabertas. Sugerir que ela o seduzisse era uma covardia com suas fantasias, embora ela pudesse liquidar qualquer fofoca a seu respeito se fosse bem sucedida na tarefa.


“Não.”- Ela apenas respondeu à amiga inquieta.


“Não? Ok. Saiba que Severo não se importaria com alguma atividade sua sobre ele.”-Pee provocou. Sabia muito bem que provocaria a curiosidade das duas apenas por referir-se a ele como Severo.


Era de conhecimento de toda a ordem que Snape possuía laços com a família Stern, tenho conhecido Pee desde pequena, chegando a chamar a garota pelo primeiro nome em algumas aulas de Hogwarts. Ele fora seu mentor e protetor uma vez que a garota deixou Sussex, e após a morte dos pais dela manteve o auxilio que prestava. Se havia alguém com quem Snape conversava e chegava a rir e utilizar do Sarcasmo com bom humor, era Pee. Embora a garota levasse uma vida independente de todos depois da maioridade, a proximidade com Snape permaneceu, e nenhuma das amigas sabia até que ponto essa intimidade era levada.


“Então quer dizer que ele não repousa apenas nos meus sonhos... Nunca tive intimidade para me referir a Snape como Severo.”- Hermione questionou Pee, desviando a conversa para fora de seu desafio.


“Desista. Meu carinho pelo Snape é quase que paternal. Mas o que nunca mencionei é até que ponto nossas conversas possam ter avançado...”- Stern sugeriu, charmosa, colocando a boca sobre uma nova taça de maças verdes que lhe havia sido servida. -“Ou a quem ou o que ele já pode ter se referido enquanto conversava comigo.”


“Mentirosa. Insinuar que o Snape possa ter dito que sente alguma atração por mim é canalhice.”- Hermione torceu o canto da boca, batucando as unhas impacientemente  sobre a coxa.


“E eu não disse.”- Ela soltou, retirando caretas confusas de Gina.- “E não deixei de dizer.”


“Serpente.”- Hermione sibilou  cerrando os olhos, sem se lembrar que a simples menção que Pee fizera iria inundar sua consciência de questionamentos por toda a noite.


“Corvinal.”- Stern corrigiu retardadamente.


“Com uma linhagem inteira Sonserina, ao que me consta. Seu Severo mencionou isso em algum almoço da ordem esses tempos, dizendo que era impossível pensar que com tal temperamento e família tenha caído como Corvinal.”- Hermione tentou de alguma maneira remanejar ao assunto para fora de suas entranhas, moldando em Pee o tópico. A amiga tornou o semblante antes debochado em um profundo desconforto pela menção da família na conversa.


“O que há de tão pavoroso na sua família que te faz calar a boca a cada citação que é feita?”- Gina finalmente pode questionar Pee quanto a isso. Havia um singelo boato entre a ordem de que a família da garota possa ter apoiado o Lord das trevas enquanto ele estava em seu auge na primeira Guerra bruxa.


“Certamente que meus pais não estavam do lado que venceu a Guerra.”- A vida de Stern antes de ir para Hogwarts era um mistério completo. Embora soubessem, via boatos dos membros mais velhos da ordem, de alguma forma chegando via Snape, que a família foi brutalmente assassinada há alguns anos, ninguém sabia o exato caminho que todos passaram antes disso. Quando se conheceram, Pee fez questão de estabelecer que nunca foi dada às artes das trevas, mas que não podia dizer o mesmo de sua família.


“Mas eu não pretendo me prostituir pelo silêncio de vocês. Não acho que seduzir o Snape seja recompensa a altura do sacrifício.”- Granger achou melhor intervir. Não era nada agradável ver Stern tão quieta. Hermione podia compreender que ela tinha seus fantasmas e não fazia questão de revive-los. O próprio estilo de vida que levava já provava que a garota exorcizava os possíveis demônios da família diariamente.


“Frouxa.”- Pee exclamou ainda cabisbaixa. – “E como informação adicional às duas: Semana passada eu não passei bem e Severo passou a noite em Sussex tomando conta de mim. Conversamos muito, e demos muita risada. Vocês podem não fazer ideia, mas ele é muito divertido.  Contei a ele sobre o aniversário da Mione mês passado...”- E na simples menção, as duas demonstraram vontade de matar Stern.


Impossível que ela pudesse ter mencionado aquela noite em uma conversa com Snape. Tudo que aconteceu ali não deveria ser mencionado nem em um confessionário com o Papa do outro lado. –“Acalmem-se. Não comprometi a moral puritana de ninguém, exceto a minha. Estava apenas contando da minha vida. Acontece que mencionei meio indiretamente essa  história da Hermione atentar para todo o charme dele.”


“Corra. Tem dois segundos antes de eu ser mandada para Azkaban por te matar.” – Hermione simplesmente não queria acreditar em seus ouvidos. Como aquela vadia podia ousar...?


“E ele riu. Não pareceu nem um pouco incomodado.”- Pee respondeu desvencilhando-se por trás de Gina que apartava os tapas que Hermione insistia em tentar dar nela.- “Severo Snape apenas declarou que não fazia ideia de que todo seu charme inundava as calcinhas grifinórias!”-E BAM, um tapa atingiu a orelha de Pee.


Elas podiam trocar farpas constantemente, mas eram grudadas. Stern representava uma parte de Hermione importante para desvencilha-la de toda a agonia por ter perdido a família e a vontade de manter-se em pé após a batalha de Hogwarts. E embora as personalidades não se encaixassem perfeitamente, havia muito carinho envolvido na relação das duas. Quando não estavam se provocando, ou bebendo, estavam certamente rolando abraçadas ou falando uma da outra.


A noite terminou como qualquer outra nas quais elas já se embrenharam. Com Pee tropeçando nas canelas, Hermione a arrastando e Gina correndo feito uma criança a frente das duas, com os pés descalços sobre o asfalto. Enquanto rumavam para a estação de metro na qual aparataram mais cedo na mesma noite, Hermione não podia deixar de pensar que às oito horas da manhã deveria se apresentar nas masmorras. – “Ou em três horas e meia.”- Pensou.


Firmemente ela poderia levantar-se no dia seguinte para seguir rumo a Hogwarts, ainda mais se as amigas ainda estivessem dormindo. Sem os questionamentos ou lembranças quanto ao desafio jogado por Pee, a manhã poderia ser suportável. Suportável a menos que ela se lembrasse da imagem que tanto teimava em invadir sua mente: A figura alta que lhe mordiscava o pescoço e arrastava os dedos pelo seu corpo até que ela atingisse o êxtase sozinha, fazendo restar apenas o desejo reprimido por pensar no mestre de poções como instrumento de seu prazer.


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Nota da Autora: Ei!!! Olá, você que está lendo! Peço desculpas pelos possíveis erros gramaticais, repetições e erros de concordância nesse capitulo. Boa parte dele foi escrita em meio à madrugada e não passou por grandes revisões antes de ser postado. Segue como um "teste drive" da trama. Se for bem aceito, serei muito mais meticulosa em relação a esses erros nos próximos capitulos.
Quanto a curiosidades:

-Brillantmont existe! É uma escola tradicional suiça, se não me engano próxima à cidade de Laussane. É um castelo TROUXA, naturalmente, e não passa de um internato. Mas fiz questao de aproveitar a referencia! (http://www.brillantmont.ch/)
-The Swan é um pub tradicional que realmente existe proximo ao Russel Square, em Londres.
-"Pee Stern" não passa de um anagrama para Serpente! Isso mesmo, senhores. Nossa personagem tem um que de mistério que há de ser revelado a vocês logo logo. Mas já adianto que as intenções dela sao sempre boas, embora tomem certa malicia no meio do caminho. Stern se provará uma amiga fiel e sincera a Hermione! Aguardem!

No proximo capitulo???
Bem, podemos dizer que veremos Hermione ser apresentada a suas funções em meio às frias paredes de pedra das masmorras de Hogwarts... Mais do que isso? Sugestões são aceitas! Essa é a maravilha das fanfics, são interativas! Ou seja, se você que leu quiser opinar e sugerir, por favor, faça-o! Minha história é dinâmica o bastante para comportar sua opinião!
Não pretendo demorar a postar o próximo capitulo, em uma semana estourando! 


 


 


 


 


 


 


 


 


 

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Comentários (2)

  • Diênifer Santos Granger

    Ameeeeeei o cap! Perfeitooo!

    2013-12-14
  • Mel Black

    OOOOOOI AMORE! Passando aqui pra deixar meu comentário. Amei o capítulo e estou amando a Pee, continue assim, está muito boa meeeesmo! *_* Super feliz que tu voltou a escrever beijos! 

    2012-07-10
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