Are you mine?
15º capítulo – Are you mine?
“Eu gosto de pensar no destino como algo imutável. Uma força contra a qual nem mesmo Ginevra Weasley venceria. E todos nós sabemos que quando ela quer, ela consegue. Mas o futuro... Tão distante um minuto atrás, agora já é passado. E pensar em mudá-lo, em recontar a história e começar de novo... É só cansativo demais. Problemático demais. Então eu me convenço que ele é uma força imutável, e que não importa o quão diferente eu tivesse agido, tudo teria terminado da mesma maneira. Pelo menos assim a culpa não é minha... É só o destino.”
Huxley Rowell
Ele estava deitado imóvel no chão de um armário. De onde estava podia ver uma pequena aranha parada, provavelmente esperando algum pobre inseto para jantar. Ele escutou os passos apressados e a voz de uma garota, que parecia murmurar sozinha. Teria deixado passar se ela não tivesse derrubado alguma coisa bem pesada no chão.
Hux virou a cabeça e viu, por uma pequena fresta, um tênis branco e muitos cacos de vidro. O cheiro forte confirmava suas suspeitas: whisky de fogo. Infeliz, ele suspirou e se remexeu.
Era só alguém celebrando.
Um segundo depois a porta do armário foi escancarada e uma varinha apontada para o peito de Huxley. Ele não conseguiu ver quem era, e nem queria saber mesmo.
-Vai embora! – resmungou enquanto protegia os olhos daquela maldita luz.
-Huxley? – a voz surpresa da garota fez com que ele se sentisse mais miserável ainda.
A luz foi apagada e ele abriu os olhos. As tochas espalhadas no corredor ajudaram a ver com perfeição Dakota, a loira má (boa às vezes) que era toda alma Sonserina, mesmo sendo da Grifinória. Ele realmente não sabia o que pensar dela.
-Dakota, se você não se importa... – ele suspirou mais uma vez – Prefiro ficar sozinho.
-Huxley... – ela abriu um leve sorriso – Deixa de ser bebê. Você aniquilou o campeão eterno, a Grifinória, no último jogo. Aquela foi a final, não esse jogo patético.
-Nós perdemos a taça, Dakota.
-Hux – Dakota pulou o corpo dele e fechou a porta do armário. Em um segundo ela já tinha se ajeitado e sentado do lado dele – Draco só pegou o pomo porque desmaiou em cima dele. Vai por mim, a Corvinal é a vencedora.
-Eu não me sinto vencedor – ele continuou encarando o teto. A aranha não estava mais lá, o que o obrigava a pensar onde estaria aquele bichinho nojento.
-Você pretende ficar escondido aqui até quando? Curtindo essa miséria toda e sentindo pena de você mesmo? – ela cruzou os braços.
-Eu só não quero ficar na Corvinal agora – ele cruzou as pernas na altura do tornozelo – Parece que eu decepcionei o mundo todo.
-O time não é só seu, capitão Rowell – Dakota o cutucou de leve com a varinha – Eu já quebrei a bebida que tinha que levar na Sonserina, então nem vou aparecer por lá.
-Quer curtir minha miséria comigo? – ele abriu um mísero sorriso.
-Claro – ela piscou pra ele – Dizem que a miséria adora companhia.
***
Zéllie andou infeliz pela Torre de Astronomia. A festa que Gina dera ali tinha sido tão grandiosa e agora tudo parecia tão vazio e deprimente. Ela observou as estrelas piscando no céu, como se estivessem acenando um boa noite para todos.
A assustadora chuva da tarde tinha simplesmente... Evaporado! Agora o céu era só estrelas e a Sonserina era só festa.
-Zéllie? – Hayden chamou enquanto esquadrinhava o lugar com os olhos – Cadê você?
-Aqui – ela se aproximou dele e sorriu.
Ela se sentia a maior idiota do mundo por ter mandando aquela carta chamando Hayden até ali. Deuses, ela conhecia a reputação dele e o vira brincar com Faith e Lexie por meses! Mas ela estava tão cansada de se sentir acomodada... E de ver seu coração bater regular... Sem emoções. Sem nada.
-A Grifinória parece um grande velório – ele comentou enquanto se aproximava lentamente, as mãos no bolso – Acho que todo mundo estava com a Corvinal.
Ele era tão lindo! Era difícil confiar em meninos lindos como Hayden. E Zéllie não era idiota... Ele parecia tão comportando nas últimas semanas. Estava sempre por perto, ou matando aula com Faith e aterrorizando por aí, ou com os amigos... Ou mesmo ao redor dela. Quase como se a faceta galinha de Hayden tivesse sido devorada até deixar de existir.
-Você já achou o Huxley? – ele perguntou, um pouco inseguro. Ela parecia tão silenciosa e tão... Intensa!
-Na verdade não o procurei – ela abriu um leve sorriso. Era grandinha, conseguiria lidar com Hayden e sua personalidade. Claro que ia dar conta!
-Zéllie eu sinto muito – ele se aproximou mais – Sinto mesmo.
-Tudo bem – ela tocou os braços dele – É só um jogo.
Hayden respirou fundo. Ele se sentia um virgem perto dela. Suas mãos tremiam e ele não sabia bem o que fazer. Zéllie começou a sorrir quando percebeu o nervosismo dele. E então, sem que fosse possível saber quem tinha dado o primeiro passo, os dois estavam se beijando.
***
-Onde você se meteu? – Elisha disparou assim que Lexie entrou no quarto.
-Eu... Hã... Eu... – Lexie respirou fundo e colocou as mãos na cintura – Só estava com minha irmã.
Elisha ia contestar e perguntar onde ela tinha se enfiado enquanto a Sonserina levava a taça de quadribol, mas Lexie era hábil para mudar de assunto.
-E você e Rony Weasley, hein? – ela sorriu maliciosa e se virou para mexer no armário que dividiam.
-Ah sim! – Elisha sorriu e nem percebeu o sorriso aliviado de Lexie – Parecia que o mundo todo ia cair, estávamos tão tensos com o fim do jogo e ele foi realmente gentil.
-Os grifinórios são os melhores – Lexie se virou para a amiga e sorriu.
-Desde quando você acha isso? E todo seu stress com o Hayden? – Elisha olhou desconfiada para ela – Você está saindo com algum grifinório?
-Claro que não! – ela negou rapidamente – Você e minha irmã é que vivem dizendo isso.
-Sim, bem... – Elisha deu de ombros – Eu sei que ele não vai vir aqui na Sonserina comemorar o título, então estou pensando em ir atrás dele.
-Vai fundo! Só não assusta o garoto com tanta intensidade – Lexie aconselhou antes de pegar suas roupas para tomar banho.
***
Gina já estava pronta quando Hermione apareceu no salão comunal. As duas esperaram estar fora das paredes da Grifinória para voltar ao assunto que tanto as preocupava.
-Quem você acha que é? – Hermione disparou. Ela estava levando a jaqueta de Blaise nas mãos – Nós estávamos na Sonserina, então podia ser qualquer um.
-Não faço idéia – Gina suspirou. Ela estava com usando uma calça jeans escura e uma blusa de seda branca – Eu sei que não é o Terrence.
-Sim, não faz o perfil – Hermione olhou incomodada para os lados – Eu sei que você não gosta de falar nisso... Mas Tad andou usando magia e...
-Eu sei Hermione! – Gina a cortou – Eu me neguei a acreditar na época, mas tenho certeza que ele parou de usar agora.
-Sim, Harry disse o mesmo. O antídoto foi dado a ele com uma precisão científica – ela abriu um leve sorriso – Ele nunca mais vai ser capaz de usar magia negra.
-Ela é viciante, não é Mi? – a pergunta mal passara de um sussurro.
-A mais viciante das drogas – Hermione explicou – Mas é mais também. Como uma entidade, um espírito... Domina a pessoa. Tem gente que jura não se lembrar de nada depois que a magia a domina. Eu não duvido Gina, não mesmo.
-Eu sei que briguei com Harry e meu irmão... Até mesmo Draco – Gina olhou para a amiga – E agora eu não paro de me perguntar porque o Tad foi expulso, o que de tão ruim ele fez.
-Ninguém conseguiu descobrir, e eles realmente tentaram. Suborno, ameaças... Malfoy fez de tudo – ela tentou tranqüilizar Gina – Agora não importa mais, ele está a salvo. Tad não vai mais machucar ninguém.
-Eu sei Mi – Gina falou, tão infeliz – É que eu não consigo parar de pensar nisso. E ele machucou alguém, tenho certeza.
-Pergunta pra ele.
-Já pensei nisso... Mas eu tenho medo.
-Medo dele mentir?
-Não – ela olhou sombriamente para Hermione – Medo da verdade.
***
Blaise não conseguia parar de sorrir. Por qualquer motivo, por nenhum motivo. A taça era deles. Finalmente campeões de quadribol! Foda-se Grifinória e Corvinal. Draco e Noah estavam ao seu lado, ainda falando sobre os últimos momentos do jogo.
-Você está bem Draco? – Millie perguntou enquanto se sentava no braço do sofá – Você caiu de uma altura realmente boa.
-Amanhã estarei novo – ele colocou as mãos nas faixas que cobriam todo seu tórax. Ele tinha quebrado uma ou duas costelas e machucado mais algumas coisas.
-Você é o grande vencedor! – Stacie sorriu para ele.
-O herói da Sonserina! – Roxy completou.
Meses atrás, a mesma cena teria levado Blaise a loucura. Já agora, ele só queria comemorar a vitória, não importando para quem fosse todo o crédito.
-Parabéns otário! – Scarlett sorriu enquanto corria até ele – E parabéns você também Draco!
-Vocês arrasaram! – Terrence sorriu enquanto batia a mão com Blaise e Draco.
-Oi Draco – Pansy sorriu enquanto expulsava Millie e se sentava do lado dele – Ainda está sentindo dores? Estou com seus remédios.
-Está tudo bem – ele falou baixo. Não queria que ouvissem e tivessem pena dele.
Não naquela noite pelo menos. Era sua glória. Sua grande noite! Ele passara as férias de verão pensando nisso, e só nisso. Depois é verdade que sua mente foi um pouco desviada... Mas hei! Ele estava de volta e com tudo. Sairia de Hogwarts como o grande Draco Malfoy, não o capacho de ninguém.
-Bem, se precisar me fala – Pansy falou baixinho e sorriu – Não precisa bancar o machão.
-Não vai ver seu namorado Pansy? – Millie perguntou irritada, claramente querendo sentar do lado de Draco novamente – Não precisa consolar o Potter por termos levado a taça esse ano?
-Claro que não Millie querida – Pansy abriu um sorriso desagradável – Harry já tem algumas taças na Grifinória e essa noite eu quero celebrar com meus amigos.
-Bem, parabéns de novo – Roxy sorriu ansiosa antes de puxar Millie e Stacie para longe dali. Blaise ainda pode ouvi-la repreender a amiga por se meter com a princesa.
-Ok, eu tenho taças! – Scarlett anunciou assim que os cinco conseguiram ficar sozinhos – Agora que o grande desejo foi realizado e estamos todos juntos, mesmo com tantos altos e baixos, acho que merecemos isso – ela abriu a sacola que tinha nas mãos e distribuiu uma taça para cada amigo – Consegui champanhe Cristal!
-Não acredito! – Pansy riu quando Scarlett ergueu a garrafa – Quem contrabandeou isso pra cá?
-Não me julguem, mas eu comprei com uma garotinha loira da Grifinória – Scarlett confidenciou enquanto Terrence enchia as taças – Ouvi umas garotas falando dela e fui atrás. Ela conhece alguém importante não sei da onde.
-Impressionante – Draco sorriu, o que era tão raro quanto um ato de bondade dele.
-A nós, queridos amigos! – Scarlett ergueu a taça.
-A nós! – os cinco repetiram juntos.
E eles estavam tão bonitos juntos que pareciam um comercial de alta costura. Um daqueles que te faz pensar na vida perfeita dos modelos e em como você queria estar ali dentro. Mesmo sabendo que nunca vai acontecer.
***
Faith entrou na Sonserina como a mais impactante das visões. Ela estava vestida para agradar o namorado Noah, com uma saia verde escura e um top prateado que pegara de Zéllie. Naquela noite ela desejara uma maquiagem forte nos olhos e cabelos lisíssimos, e foi isso mesmo que encontrou quando se olhou no espelho. Era difícil não exalar a confiança que ela exalava. A garota sabia que estava linda.
-Que piranha! – uma loirinha falou para Elisha, a ex de Colin e atual (será?) de Rony.
-Noah merecia mais – outra suspirou.
Faith ouviu, mas nem se incomodou em olhar para elas. Estava preocupada com outras coisas. Seus dedos estavam formigando daquele jeito delicioso, a magia percorrendo sua pele como se ela tivesse sido atingida por um raio. O salto altíssimo não fazia seus pés doerem ou suas pernas tremerem, inseguras. Ela era a garota mais poderosa da noite.
Pelo menos enquanto Gina não chegasse.
-Oi delícia! – um setimanista sorriu pervertido para ela.
-Quer ficar nua na minha cama? – outro gritou animado.
A música era bem alta, alguma banda inglesa de rock. Faith gostou. E quando ela desejou, a música só ficou mais alta ainda. E então ela decidiu que estava muito claro, e algumas tochas apagaram repentinamente.
Duas garotas foram compelidas para o lado quando ela passou, como se tivessem sido empurradas por uma mão invisível. Faith sorriu e então riu, alto. Feliz. Ela era a garota mais gostosa da noite e estava pirando com todo o poder que tinha.
-Faith! – Tad a puxou pelo braço – Que porra você está fazendo?
-Me solta – ela suspirou – Não estou fazendo nada.
-Está sim! – ele sibilou, irritado – Você parece o anjo negro da perversão nesse exato momento.
-Como é? – ela riu.
Tad olhou impaciente para ela. Era difícil explicar as coisas para Faith, como as asas negras que saiam das costas dela e, aparentemente, só ele conseguia ver. E todo aquele poder, a confiança. Deuses! Ela estava maravilhosa!
-Para de usar a magia, você vai perder o controle – ele continuou segurando o braço dela – Na próxima vez vai acordar do lado de um cadáver.
-Não seja ridículo Tad! – Faith fechou a cara e, por um segundo, seus olhos se tornaram negros como as asas – Eu controlo a magia, não o contrário.
-Eu também achava isso – ele insistiu – Não siga meus passos e faça algo que vá fazê-la se arrepender pelo resto dos seus dias.
-Você está chateado, eu entendi – ela suspirou e puxou o braço para longe do alcance dele – A magia negra foi demais para você e as coisas deram errado. Não vai ser assim comigo. Eu estou bem, mais que bem. E não vou tomar o maldito remédio que enfiaram em você, porque eu não preciso disso. Certo?
-Você vai se arrepender – ele olhou infeliz para ela – Eu te garanto.
-Só não me venha com esse remédio Tad – ela continuou – Não quero ficar como você, perder tudo isso. Aquele dia na ponte você disse que só quando estava comigo a magia se manifestava, era um sinal Tad. A magia me escolheu e abandonou você. O remédio só destruiu o inevitável. Você nunca mais vai sentir isso.
Tad a observou partir, se sentindo impotente. Já Faith, ah... Ela caminhou como uma dama negra em direção a Noah, beijando-o na frente de toda a Sonserina e fazendo as meninas murmurarem irritadas e os meninos suspirarem invejosos.
***
Draco queria se bater com a garrafa de whisky ou beber até cair desmaiado no chão. Ele queria morrer para fazer seu estúpido coração parar de bater daquela maneira. Se alguém perguntasse ele seguiria o protocolo: ia olhar com desdém, uma pitada de tédio, ia beber um gole de whisky e então dizer que não sabia se Gina Weasley estava ali.
Claro que no momento em que ela colocou os lindos pés nas masmorras ele a viu. Era como a porra de um imã amaldiçoado.
-Ah sim! – Scarlett falou enquanto revirava os olhos – A rainha.
-O fato de você e todo o resto do castelo chamá-la assim é tão perturbador – Pansy riu e fixou os olhos em Gina.
Ela era tão exibida e irritante. Aquela cara blasé, o arzinho de “sou melhor que vocês todos”, o salto alto e o vestido indecente. Pansy tinha uma avó ruiva, tão ruiva quanto Gina, e sempre ouvia todos falando que a magia começara nos ruivos. Que os cabelos cor-de-fogo eram uma benção dos deuses e que até o fim dos dias somente os ruivos seriam 100% mágicos.
Claro que ela nunca contaria isso para ninguém, mas invejava o lindo cabelo de Ginevra. Aqueles mil tons de vermelho.
-Você está encarando! – Terrence brincou enquanto colocava a mão no ombro de Pansy – Gina não precisa de vocês quatro encarando para se sentir uma estrela, então parem com isso.
-Não estamos encarando! – Draco, Pansy, Scarlett e Blaise falaram ao mesmo tempo.
-Ah sim... – Terrence riu.
Draco ignorou a vontade de socar a cara de Terrence e voltou a olhar Ginevra. Ela e a nerd estavam cruzando o salão comunal naquele momento. Era meio irritante vê-la ali tão dona do lugar. O amor era uma coisa esquisita, um tanto louca. Como uma vertigem com os pés no chão. Seu corpo estava seguro... Mas sua mente estava toda ferrada.
Ele também percebeu Blaise com seu olho comprido na nerd. Era só o que faltava mesmo. Maldita casa da Grifinória.
-Você sabe que pode partir o coração dela – Pansy sussurrou para Draco – Ginevra brinca com você porque sabe que é o centro do seu mundo.
-O que você sugere? – Draco a observou com seriedade.
-Dê o troco! Agarre alguma vagabunda na frente dela – Pansy sorriu e tomou um gole de champanhe – Aposto que ela vai pirar.
Draco voltou os olhos para Gina. Sua mente fervilhando com mil idéias.
***
Lexie bebeu com os amigos, riu com os amigos... E não conseguiu deixar de pensar em Colin a noite inteira. Ela não via a hora das pessoas começarem a ir dormir, só assim ela poderia invadir a Grifinória e beijar os lindos lábios do seu namorado.
-Hei Lexie! – Elisha chamou toda ansiosa – Você tem que me ajudar.
Lexie não se deu ao trabalho de se despedir das pessoas curiosas ao redor dela. Agora todos iam passar a noite imaginando o que as infames Lexie e Elisha iam fazer.
-Que foi? – Lexie reclamou quando Elisha a puxou pelo salão comunal.
-Precisamos invadir a Grifinória! – os olhos dela brilhavam como luzes de Natal.
-Que porra é essa Elisha? – Lexie arregalou os olhos – Você está tão encanada no Weasley?
-Lex, a festa está uma droga completa – Elisha suspirou dramaticamente – Estou entediada até a morte e preciso de distração.
-Ah... E Rony Weasley é sua distração? – Lexie sussurrou. Roxy e Stacie estavam de olho nas duas.
-Sim! – Elisha cruzou os braços e olhou decidida para a amiga – Você vai ou não?
-Claro que sim, retardada! – Lexie deu o copo que tinha nas mãos para a primeira pessoa que passou do seu lado – E vamos agora.
Elas deram os braços, daquele jeito que só melhores amigas fazem, e saíram da grande festa da Sonserina só pra invadir a casa que tinham odiado a vida inteira. É, as coisas mudam.
***
Brooke ignorou os olhares irritados de Lyss e Wynter e se concentrou na conversa com Colin. Rich, Valentin e Myron estavam na grande mesa de madeira do salão comunal jogando snap explosivo. Eles não paravam de soltar risadas engraçadas.
-Hei, quer dar uma volta? – ela perguntou baixinho – Não agüento mais os olhares feios das duas ali.
-Claro – Colin levantou e esticou a mão para que ela pegasse – Iremos para onde?
-Sei lá, só andar – Brooke sorriu aliviada quando saíram da Grifinória – Aquelas duas me dão arrepios.
-Elas só estão infelizes com o gelo social que Gina decretou – Colin explicou com um sorriso triste. Ele estava com saudade de Lexie, sua Branca de Neve Malvada.
Brooke era uma boa companhia, e eles estavam rindo quando ela caiu no chão. Colin a ajudou a se levantar, sem dar atenção para o que tinha feito ela cair.
-Que vergonha! – Brooke murmurou enquanto deixava Colin ajeitar o casaco dela.
-Colin? – uma voz insegura ecoou no corredor antes deserto.
-Elisha? – Colin se virou para encontrar a ex... E Lexie. Que tinha os olhos mais ferozes que e ciumentos do mundo – Oi!
Ele tentou não olhar para Lexie, sabia que não podia ser tão bom ator e Elisha ia perceber tudo.
-Colin – Elisha continuou – Você por acaso sabe do Rony Weas...
-OH MEU DEUS! – Brooke arfou horrorizada.
Os três se viraram para ver o que tinha acontecido.
-Caramba... – Lexie andou até a parede – Isso é sangue?
-Provavelmente – Colin se juntou a ela. Os dois tocaram as palavras escritas. O sangue estava seco – Deve estar aqui há horas.
-Como ninguém viu? – Lexie sussurrou.
-Todos estão preocupados com quadribol essa noite... – Colin correu os olhos pelo chão – Ali! – ele apontou perto de Brooke – No seu pé Brooke.
-Ah não! – os olhos de Brooke se encheram de lágrimas – Algum maldito matou esse esquilo para escrever isso na parede?
-Vejam só – Elisha esticou a varinha até que toda a frase estivesse visível – “A Rainha Vadia e Seus Leais Súditos Devem Morrer”.
-Colin – Brooke começou – Você acha que estão falando da...
-Gina? – Lexie a cortou – Definitivamente.
-E eu aposto que está falando também do Tad – Elisha completou.
-E Draco Malfoy! – Colin falou para as três garotas – Precisamos fazer alguma coisa.
-Não hoje! – Elisha olhou com nojo para o esquilo morto – Está tarde e não vai adiantar nada. Amanhã vamos atrás disso. Agora cuidem de seu... Namorinho.
Lexie nem mesmo olhou para Colin quando ela e Elisha seguiram caminho.
***
Hermione riu e deixou que Theodore Nott enchesse seu copo com mais whisky. A festa estava sendo surpreendentemente agradável, ou ela só estava bêbada demais. Faith e Gina estavam com os namorados, recebendo toda a atenção da festa... Hermione só queria se divertir e beber.
-Quando o Huxley Rowell começou a sair com você, juro que não entendi – Theo sorriu enquanto girava Hermione – Eu meio que entendo agora.
-Ah claro! – Hermione sorriu para ele – Eu sou a nerd divertida.
-Eu não acho você uma nerd! – ele piscou para ela.
Hermione riu e fechou os olhos por um segundo. Quando os abriu novamente o mundo estava girando violentamente. Theodore a segurou pelos ombros. Os dois riram.
-Calminha aí! – ele a guiou para uma poltrona e expulsou a garota que estava sentada – Vou buscar água.
Theo mal tinha dado dois passos quando Blaise apareceu. Hermione cerrou os olhos e tentou vê-lo realmente. Era meio difícil com a visão embaçada.
-Bebendo nerd? – ele comentou casualmente enquanto parava na frente dela com os braços cruzados – Bebendo com estranhos? Você não aprende nada?
-Do que está falando? – ela cruzou as pernas e sorriu.
-Você acha mesmo uma boa idéia sair com o Nott? Dar mole pra ele enquanto está bêbada desse jeito? – Blaise olhou irritado para ela.
-Zabini, por favor! – ela continuou sorrindo – Não é porque fizemos uma ou outra coisinha de madrugada que você é meu amigo.
-Você podia mostrar mais gratidão para quem te ensinou a jogar quadribol e nadou de noite naquele estúpido lago gelado – Blaise suspirou irritado – Não sei porque você continua fazendo as coisas da estúpida lista da Weasley.
-Porque é divertido! – ela deu de ombros – Agora se você me dá licença...
Blaise olhou, sem acreditar, Hermione levantando e andando até Theodore com a confiança da uma verdadeira sonserina e então o beijando. Ou será que ele tinha beijado? Impossível saber.
-Porque você dá tanta atenção pra nerd? – Scarlett olhou curiosa para ele.
-Me deixa em paz Scarly! – Blaise começou a se afastar – Vai atrás do seu namoradinho. Ou você já perdeu ele?
***
-Uau! – Zéllie sorriu quando Hayden saiu de cima dela – Se eu soubesse que você é tão bom assim teríamos feito isso antes.
-Assim você infla muito meu ego – ele riu.
Os dois estavam deitados em cima das roupas e estavam em um ponto em que era possível observar o céu estrelado. Tinha chovido tanto e agora era tudo só... Estrelas. As mais brilhantes que ela já vira.
-Como será que está a festa na Sonserina? – ela perguntou.
-Absolutamente um tédio sem nós dois – ele sorriu e a beijou novamente.
***
Faith piscou e abriu os olhos. Ela sentiu os olhos encherem de lágrimas quando percebeu Noah desacordado e mole na cama. Ela não se lembrava de ter chegado no quarto ou do que tinha acontecido ali. Mas alguma coisa tinha acontecido.
-Droga... – murmurou baixinho enquanto se levantava e fechava a saia.
Noah estava pálido como um fantasma e sua respiração era fraca. Dessa vez quando ela desejou que ele acordasse, o poder veio como um furacão. Parecia sair da sua pele em ondas, contaminando todo o quarto. A janela abriu e o vento forte, não natural, chacoalhou tudo. Um vidro de perfume quebrou e o cheiro forte a deixou momentaneamente tonta.
Era isso. Ela estava ficando fora de controle. Faith era esperta o suficiente para saber que precisava de ajuda.
***
Elisha estava tão distraída em sua caçada por Rony que não achou estranho Lexie sumir no andar do sexto ano. Ela estava focada no prêmio. Um delicioso prêmio ruivo e alto, que não era indiferente como Blaise e nem ia partir seu coração como Colin. Ela não deixaria.
Não vou difícil achar o quarto, a garotinha que elas ameaçaram para conseguir a senha da Grifinória explicou certinho.
O quarto estava escuro, apenas uma tocha acesa, e ela podia ouvir uma música suave em algum canto. Todas as camas estavam com as cortinas abertas... Todas menos uma.
-Elisha? – Rony se assustou quando ela abriu as cortinas de veludo que rodeavam sua cama – O que você está fazendo aqui?
-Não sei Rony – ela revirou os olhos – Estava passando por aqui.
I'm a puppet on a string
Tracy island, time-traveling diamond
Could've shaped heartaches
Elisha riu alto quando ele a puxou para a cama com força. Um segundo depois as cortinas foram firmemente fechadas e a tocha apagada.
***
Gina estava conversando com algumas garotas da Sonserina que pareciam realmente ansiosas em agradá-la. Tad estava com o braço ao redor de sua cintura, conversando com alguns garotos do time. Todos estavam ficando seriamente bêbados. Menos ela. Naquela noite Gina estava se sentindo vulnerável demais pelo ciúme para encher a cara. Ela não podia arriscar fazer uma cena e por tudo a perder.
Draco estava sendo rodeado por várias garotas prontas para ajudar a curar as “feridas” que ele fizera na partida. Todas umas vadias, na opinião de Gina. Não que ele tenha beijado qualquer uma delas. Isso não.
-Gin – Tad chamou baixinho – Vou ter que dar uma saidinha, você se importa?
-Não – ela abriu o seu mais glamoroso sorriso – Já vou dormir também. Estou cansada.
-Então até amanhã – ele a beijou e saiu rapidamente na direção dos dormitórios.
Gina ficou mais cinco minutos conversando e se cansou. Todos estavam tão irritantemente bêbados e sem limites... Ela queria desligar o som e acabar com a maldita festa da vitória. Duas garotas estavam sentadas nos braços da poltrona que Draco ocupava. Gina foi até eles sem pensar duas vezes.
-E como vai nossa rainha? – Draco zombou. A raiva fluindo de seus lindos olhos gelados – Veio nos dar a honra da sua presença?
-Desapareçam! – Gina falou para as duas garotas.
-Tchau Draco! – elas murmuraram apressadamente enquanto desapareciam.
-O que você está fazendo? – ele olhou curioso pra ela – Quer ser a única estrela na minha vida Ginevra?
-Você sabe que eu sou a única – ela sorriu levemente para ele – Eu sou a única que você deseja, a única que você quer na sua cama e a única que está no seu coração.
-Se você tem tanta certeza disso, porque veio marcar território como uma namorada ciumenta?
-Porque a triste verdade é que eu sinto ciúmes – ela colocou as mãos na cintura e suspirou – Você é uma doença da qual não consigo me livrar.
-Cinco minutos. Sala precisa – ele sussurrou com urgência.
They' ve come to find ya fall in some velvet morning
Years too late
She's a silver lining, lone ranger riding
Through an open space
In my mind, when she's not right there beside me
-Dois minutos! – ela sorriu com malícia enquanto saia de lá.
***
Dakota sentou no chão duro do armário e bocejou. Ela não se lembrava do momento exato em que pegara no sono, esperava que não tenha sido durante uma conversa com Huxley. Ele estava dormindo de lado, o lindo cabelo caindo gentilmente em seus olhos fechados.
Ela se sentia meio patética fazendo isso, observando-o dormir como uma lunática, mas ela estava cada vez mais apaixonada por ele. Hux era uma daquelas raridades de Hogwarts, os bons moços. Fazia parte do seleto grupo liderado por Harry Potter. Os meninos perfeitos para casar.
Com cuidado ela saiu de lá.
O corredor estava gelado e assustadoramente desertado. Uma janela tinha ficado aberta e um vento agourento ameaçava apagar a única tocha acesa.
Foi perto da curva do corredor que ela viu. Parecia um bicho morto. Com a luz da varinha Dakota o examinou. Era um corvo. Tinha sangue ao redor dele, manchando o chão... E algumas gotas que pareciam seguir até a parede, poucos metros a frente.
-Caralho! – ela arfou quando viu as ameaçadoras palavras na parede. Algum doente tinha escrito aquilo com sangue.
“Morte à Monarquia!”
***
Tad não precisou esperar muito. Ele podia sentir Faith fazendo alguma burrada colossal. Só precisou seguir o rastro gelado de magia negra. Ele bateu três vezes até ela abrir a porta.
-Que porra você está fazendo? – ele perguntou ameaçadoramente – Matando o namorado?
-Cala a boca Tad! – ela fungou. Tinha estado chorando – Ele está bem. Agora.
-O que você fez Faith? – ele se sentou na cama e analisou Noah, que dormia profundamente – Você sabe que drenar a magia de um bruxo é o crime mais alto, depois da maldição da morte.
-Tad algo ruim aconteceu! – ela se sentou do lado dele, parecia frenética e desalinhada – Eu apaguei, perdi mais de meia hora dessa noite... Não sei o que fiz com o Noah.
-Nada muito grave, pelo que posso perceber – ele segurou as mãos dela.
-Você sente inveja, não sente? – Faith o observou com seus lindos olhos azuis – Eu sei que você não consegue mais praticar magia negra. Parece que Snape o estragou.
-Outras pessoas diriam que ele me curou – Tad falou com sarcasmo – Essas pessoas não sabem como é ficar... Vazio.
-Você tem que me ajudar Tad! – ela apertou as mãos dele com força, seus olhos pareciam tão inocentes quando os da Faith do verão – Não tente me forçar a abandonar isso. Se trabalharmos juntos, podemos vencer. Eu sei disso!
-Controlar a magia? É isso que você quer? – ele sussurrou. Não ousava falar em voz alta – Você realmente acha que consegue controlar a magia negra?
-Se você me ajudar, eu consigo – ela continuava olhando-o, e a sensação de névoa começou a sugar o raciocínio de Tad – Eu quero que você me ensine tudo o que sabe, os feitiços, os segredos. Tudo! Essa droga nunca mais vai me controlar Tad, nunca mais!
E a raiva nos olhos dela era como um incêndio no céu.
I go crazy cause here isn't where I wanna be
And satisfaction feels like a distant memory
And I can't help myself,
All I wanna hear her say is "Are you mine?"
Well, are you mine?
Are you mine?
Are you mine? Alright
-Eu quero ser uma grande feiticeira – Faith começou a sorrir. O olhar inocente substituído pelo de uma raposa – Eu quero ser capaz de fazer feitiços sem nunca precisar de uma varinha. Veja bem Tad, eu não quero fazer coisas ruins com ninguém... Nunca! Mas eu quero poder. Quero como nunca quis nada em toda a minha vida.
Aquele era o momento de Tad perceber que Faith já estava se perdendo para a magia, que a doce grifinória jamais cobiçaria poder com tanta intensidade... Mas o feitiço desnorteador que Faith jogara em Tad o confundiu e ele acreditou que fazia sentido.
Acreditou que as asas negras que cercavam Faith eram as coisas mais belas que ele já vira.
-Eu te ajudo!
***
Colin entrou no quarto vazio e tirou a camisa sem abrir os botões. Ele estava cansado e chateado. Lexie devia estar pensando mil coisas, e ele bem sabia como ela podia ser criativa quando queria.
Eles brigariam, o que ele odiava, e ela ia sair irritada de lá. Provavelmente não o procuraria por dias.
Colin tirou a calça jeans e jogou no guarda-roupa. Ele era sempre organizado e meticuloso. Mas não estava com paciência para isso no momento.
-Você demorou – Lexie reclamou enquanto abria as cortinas que rodeavam a cama de Colin e se colocava de pé – O passeio foi proveitoso?
-Lexie! – ele olhou chocado para ela, um sorriso se formando nos lábios.
-Oi. – ela cruzou os braços e olhou irritada pra ele.
-Você veio aqui – ele não conseguia segurar mais o sorriso – Pensei que fosse sumir por dias.
-Eu deveria? – ela ergueu uma sobrancelha.
-Você é a única na minha vida Lexie – ele a abraçou com força – Sempre foi e sempre vai ser. Minha Branca de Neve Malvada.
-Eu não gosto dela – Lexie murmurou contra o ombro dele – Então não fica dando voltinhas por aí.
-Eu não vou – ele prometeu.
I guess what I'm trying to say is I need the deep end
Keep imagining meeting, wished away entire lifetimes
Unfair we're not somewhere
Misbehaving for days
Great escape, lost track of time and space
She's a silver lining, climbing on my desire
Colin ainda estava sorrindo quando a beijou.
***
Gina estava do lado da porta quando Draco entrou. Ela o jogou contra a parede como a mesma rapidez com que conseguia arruinar reputações pelo castelo. Suas mãos pequenas e delicadas percorriam-no desvairadamente. Bagunçando os cabelos loiros que ela amava, desabotoando a camisa verde, abrindo a calça jeans.
As mãos dele eram grandes e fortes, e praticamente rasgaram as roupas dela com um puxão. E então o penteado foi desfeito e os cabelos ruivos caíram por todos os lados como fogo.
Ele beijou os ombros delicados e salpicados por minúsculas sardas. Ele a segurou pelo queixo e observou os olhos verdes esmeralda... Os lábios vermelhos.
Ela se segurou com força contra o corpo dele, rodeado a cintura de Draco com as pernas enquanto ele a levava para a cama.
And the thrill of the chase moves in mysterious ways
So in case I'm mistaken,
I just wanna hear you say you got me, baby
Are you mine?
Ela gemeu quando ele deixou um chupão em sua pele, o arranhou quando ele a beijou com força. Draco nem mesmo se lembrou dos curativos, machucados e as recomendações da enfermeira.
-Você estava com ciúmes – ele sussurrou contra o ouvido dela.
-Eu sempre tenho ciúmes – ela sussurrou de volta. Uma confissão impublicável.
-Eu amo você.
Gina não respondeu. Ela preferiu fechar os olhos e esquecer qualquer pensamento coerente que poderia ter. Ela seria, ainda que por alguns momentos, a submissa Ginevra Weasley que nunca conseguira ser.
Ela deixou Draco fazer o que quisesse, o deixou beijá-la por todo seu corpo, e o beijou. Ela deslizou os dedos pelos músculos definidos da barriga tanquinho de Draco, arrancando gemidos dele enquanto descia mais e mais.
She's a silver lining, lone ranger riding
Through an open space
In my mind when she's not right there beside me
Porque Tad podia ser um namorado atencioso e o caramba… Mas ele não era Draco Malfoy. E nem nunca seria.
Os dois giraram na cama, tão concentrados um no outro que o castelo podia ter sido invadido naquele momento... E eles não poderiam se importar menos.
***
Delilah olhou para a parede pichada. Quem visse a garotinha de onze anos, olhando impassível todo aquele sangue e o bichinho morto perto da parede ficaria um pouco aterrorizado.
A verdade é que Delilah não tinha se surpreendido porque ela já esperava por isso. Ela ainda estava no começo da vida acadêmica, mas, assim como Hermione, era uma aficionada por livros. História era sua grande paixão.
Ela sabia muito bem que todo tipo de poder gerava revolta por uma parcela da população. Alguns gostavam de se proclamar anarquistas e não queriam líderes. Outros gostavam do comunismo e realmente acreditavam na ridícula idéia de igualdade.
Delilah era pequena, mas já era bem escolada nisso tudo. Ela sabia que o poder era importante para todos. Claro, ele tendia a corromper boas pessoas e arruinar almas solidárias... Só que era um preço baixo a se pagar pelas vantagens.
Ver a parede, com a ridícula frase de ameaça a Gina e seus súditos, só confirmou a informação que ela já tinha há semanas. Vejam bem.... A revolta não era culpa de Gina... Mas era obrigação dela arrumar tudo.
***
Gina saiu cuidadosamente da sala precisa. Draco dormia como um anjo malvado contra os lençóis desordenados.
Ela estava considerando tantas coisas depois desse momento. A decisão de Draco, de se afastar, realmente partira seu coração. E hoje a noite, vê-lo com as vadias da Sonserina, só provou o que ela já sabia. Seu estúpido coração só poderia ser dele. Ela precisaria ter cuidado com Tad... Talvez convencê-lo a terminar com ela. Armar algum flagra.
-Oi Delilah – ela sorriu distraída quando viu a loirinha – Sozinha por aqui?
-Eu estava esperando você – Delilah olhou seriamente para ela.
Gina sentiu o estômago afundar enquanto olhava o que estava na parede. “A Rainha Vadia e Seus Leais Súditos Devem Morrer”.
-Você sabe quem fez isso Delilah? – ela perguntou. Horrorizada demais para ficar irritada com a grosseria.
-Está acontecendo Gina – Delilah olhou a parede – O que eu te falei está começando a acontecer. Algum grupo está reivindicando poder, eles querem ser a nova monarquia.
-Ginevra? – Dakota encarou Gina e Delilah – Tem uma coisa na parede do...
-Escreveram em outro lugar? – Gina perguntou.
-Sim – Dakota se aproximou da parede – Nada tão dramático quanto isso daqui.
-O que você vai fazer? – Delilah perguntou.
-Você já sabe quem fez isso? – Dakota riu – Caramba, você é rápida.
-Já ouvi falar deles – Gina andou em círculos, sua mente fervilhando de idéias e planos – Recebi um convite no final do verão para entrar no grupo.
-Perfeito então – Dakota sorriu – Vai e destrói a pessoa. Simples.
-Você não entende Dakota – Gina balançou a cabeça – Não é tão simples. Não estou lidando com garotas mimadas e infelizes no amor. Eu sequer sei quantos são.
-De quem diabos você está falando? – Dakota cruzou os braços e ignorou os calafrios.
-É um grupo Dakota – Gina continuou – Eles querem abolir a monarquia instalada no colégio. São organizados, rápidos e espertos. Eles gostam de ser chamados de rebeldes. A última resistência contra a monarquia.
I go crazy cause here isn't where I wanna be
And satisfaction feels like a distant memory
And I can't help myself,
All I wanna hear her say is "Are you mine?"
Well, are you mine?
Are you mine tomorrow?
Are you mine? Or just mine tonight? Are you mine?
(R U Mine – Arctic Monkeys)
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N/A - Gente segue dois caps incríveis hein!!! E os próximos vão ficar melhores ainda! Cap 16 já adianto que o nome vai ser: Os Rebeldes, e eu vou mostrar todos eles. Ou quaase todos!
Espero que gostem. E estou amando muito ver que ainda tenho gente entrando nesse site e comentando na fic. bjoooooo
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