Reforços de Hogwarts?

O ar continuava pesado, insuportavelmente estático, as nuvens carregadas ainda obscureciam o céu reforçando os tons opacos de cinza e azul marinho do horizonte. Não havia frio ou calor, a brisa que outrora acariciava o gramado sob seus pés atravessavam seu corpo como se fizesse dele um fantasma preso num retrato mágico.

Seus olhos escuros estreitaram-se quando mais uma vez tentou enfrentar o horizonte. Tão distante, sereno, preso em um interminável por do sol, onde não existia tanta luz quanto escuridão, as ondas do lago negro congelaram no tempo e uma sombra mortal envolvia as copas das arvores.

Nenhum ruído poderia ser ouvido do interior da floresta e mal podia identificar as vozes do interior do castelo. Estava tudo tão difuso, ao mesmo tempo que se imaginava preso dentro de um sonho muito real, sabia que algo muito ruim estava para acontecer, poderia sentir em cada fibra de seu corpo que faltava pouco para isso.

Ele estava parado, de pé em frente ao lago negro, apenas com o uniforme sob o corpo, as mãos enterradas em seus bolsos e um olhar perdido no vazio do horizonte, a solidão que o cercava o impulsionava a desafiar sua própria razão. Não estava sozinho, tinha certeza absoluta disso, no entanto, aquele silêncio o confrontava com uma outra face da realidade.

Ouvira muitas histórias de seus pais a respeito desta escola, desde seus onze anos aprendeu a amar Hogwarts como uma segunda casa, seus amigos eram como parte de sua família. A partir do momento que o chapéu seletor o enviou para a casa que lhe correspondia, era como se ele tivesse assumido as rédeas do próprio destino.

-Onde esteve esse tempo todo?  O procurei por toda a escola!!!

Uma voz aflita o tirou de seus pensamentos. Ao seu lado uma garota trajando as vestes em cores amarelo e preto da Lufa-Lufa agarrava seu braço lançando-lhe um olhar aterrorizado ao por do sol. O garoto nada respondeu, dando de ombros seguiu mirando o vazio.

-Vamos entrar Krishna! Não é seguro aqui fora!

Insiste a menina o puxando pelo braço.

-Não é seguro em lugar algum!

Responde Krishna finalmente encarando a melhor amiga. Os cabelos escuros e encaracolados do garoto contrastando com a pele morena, não precisara de muito esforço para apontar a origem do jovem indiano em vestes corvinais.

A garota franze ligeiramente a testa antes de anunciar com um suspiro impaciente, afinal esteve procurando Krishna pelas ultimas duas horas, ele ao menos lhe deveria ser grato e falar direito com ela! Se ele estava frustrado de estar preso ali ela também estaria ainda mais por mal conseguir usar sua varinha.

-Não faz diferença! É proibido sair do castelo e o professor Lupin está nos esperando no grande salão! Ele disse que tem algo importante para nos dizer!

Anuncia soltando-se do braço do amigo e ficando a sua frente com as mãos na cintura. Ela era bem menor do que ele, mas a sua cara de brava poderia assustar qualquer marmanjo.

Sacudindo a cabeça com impaciência, Krishna lança um ultimo olhar ao horizonte antes de segurar uma das mãos da garota, desfazendo sua pose de durona e a  arrastando para o castelo.

-Onde está seu irmão Hayla? Não deveria estar no pé dele a essa hora?

Provoca o garoto recebendo um beliscão no braço em troca.

-Peter está nos esperando...

Começa indignada a menina.

-Lá dentro!

Completa apontando enfaticamente para o castelo. Krishna apenas sorriu de canto, seus melhores amigos eram Hayla e Peter Thomas, irmãos com pouco menos de um ano de diferença, sendo que Hayla seguiu para a lufa-lufa enquanto Peter entrou na corvinal ao lado do indiano um ano antes.

-Acha que teremos permissão para sair do castelo a parir de agora? Já esgotamos todas as reservas da escola!

Questiona Hayla enquanto o amigo estreitava os olhos em concentração, depois do ocorrido longas horas atrás, os professores proibiram os alunos de deixarem o castelo e seguiam procurando alguma saída pelas passagens secretas nas masmorras.

Porém, nada parecia mudar, o tempo literalmente parou, as horas não passavam, o sol continuava na mesma posição como se tivesse congelado no espaço, o lago negro, a floresta, o corujal... completamente sem vida, não encontravam animais, rastros, indícios de alguma criatura viva, mágica ou não.

-Não sei! Depois que os Potter's, Weasley's e Malfoy's sumiram duvido muito disso!

Responde Krishna sombriamente.

-Esqueceu de mencionar que Alice Longbottom, Teddy Lupin, Violet Black e Saphire Brown também desapareceram!

Enumerou Hayla vendo uma careta do amigo com o último nome citado.

-Doze alunos! Filhos de personagens importantes da última guerra... não é normal!

Murmura Krishna sem desviar os olhos do caminho.

-Não por isso, nossos pais também foram importantes e ainda estamos aqui! Não fugimos até agora!

Rebate Hayla insistente, afinal seus pais fizeram parte da armada de Dumbledore e enfrentaram inúmeros comensais durante a batalha de Hogwarts. No entanto, Krishna parou abruptamente levando Hayla a colidir em seu braço.

-Não há provas de que eles fugiram, se fossem sequestrados já teríamos alguma notícia, algum pedido de resgate ou ameaça eminente!

Diz o corvinal severamente, sua cabeça produzindo inúmeros e possíveis cenários para explicar o que realmente acontecera, no auge de seus quinze anos já era considerado um gênio mágico por seu raciocínio rápido e preciso.

-Que outra explicação teria? Foram os únicos a escaparem do castelo antes de ficarmos parados no tempo!

Reclama Hayla estreitando os olhos para o amigo, ele estava muito estranho desde que soube que um seleto grupo de alunos estava em falta.

-Isso não encaixa! Nenhum deles deixaria a escola quando seus familiares ainda estivessem aqui!

Defende-se o moreno soltando a mão da amiga e ficando cara a cara com ela.

-Estamos em perigo Krishna e não em um quebra-cabeças!!! Não dá para solucionar tudo usando apenas a lógica!

Rebate ceticamente a lufa-lufa.

-Pensa bem Hayla! O professor Remus, o professor Sírius, assim como o professor Longbottom... eles são pais de três deles e padrinhos de quatro outros! Eles não fugiriam deixando-os para trás, não por vontade própria!!!

Explica o indiano quase em desespero.

-Kris... o que está insinuando?

Questiona curiosa e ao mesmo tempo preocupada a lufa-lufa.

-Eu... eu não tenho certeza ainda... mas, acredito que não foram eles que desapareceram de Hogwarts!

Revela o corvinal diminuindo o tom de voz. Os olhos da garota ampliaram-se em choque.

-Ok... sua teoria deixou de fazer sentido faz tempo... mas, agora você pegou pesado!!!

Interrompe Hayla cruzando os braços sobre o peito e lançando um olhar incrédulo para o corvinal.

-É a única explicação plausível! Eles provavelmente se quer saíram de seus salões comunais... porque quem sumiu da escola fomos nós Hayla! Todos nós!

Anuncia Krishna seriamente diante do olhar impressionado de sua melhor amiga.

-Doze alunos ficaram na verdadeira Hogwarts, porque esse era o plano! Nós estamos presos nessa fenda vazia do tempo, parados como...

Começa Krishna andando de um lado para o outro enquanto ia ligando as pontas soltas em sua mente quando de repente algo pareceu iluminar sua cabeça e um sorriso genuíno brotou nos seus lábios.

-Eu sei onde nós estamos!

Alerta o corvinal puxando a amiga novamente pelo braço, correndo em direção ao grande salão desesperadamente, agora mais do que nunca precisava falar com o professor Lupin!

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Arianna sentiu alguém puxá-la pelos ombros até que estivesse totalmente acordada. Ainda sentindo as pálpebras pesarem e a visão obscurecida pelo sono, ela obrigou-se a sentar com um suspiro profundo e angustiado.

Seu corpo inteiro parecia ter sofrido um ataque direto do salgueiro lutador, seus músculos tensos e rijos a faziam gemer a cada movimento brusco. Estava exausta como nunca estivera antes.

Demorou alguns breves segundos antes de se lembrar completamente de tudo o que acontecera ali, o ataque à escola, a fuga, o desaparecimento de seus colegas... o medo que sentiu... quando uma voz conhecida a chamou suavemente.

-Não se esqueça de mim Arianna!

Foi quase um sussurro. A loirinha sentiu um frio incomum a envolver dos pés a cabeça antes do rosto pálido e angelical de Juliet se formar à sua frente. A garota estava vestindo uma camisola branca, de linho, com algumas fitas de cetim trançadas nos punhos e gola.

Para a surpresa de Arianna, Juliet se encontrava sentada aos pés de sua cama com um sorriso fraco e um olhar triste nos olhos claros. Esfregando rapidamente os olhos, a pequena sonserina sente-se inquieta e ao mesmo tempo culpada.

Estava dormindo, aquecida, em segurança, enquanto sua amiga permanecia presa naquele espelho horrível, sozinha e esquecida.

-Eu não me esqueci de você! Mas, não posso sair agora, seria muito arriscado!

Justifica-se a Malfoy com determinação, mas com uma voz mais branda e preocupada, não desejando despertar James e jogar seu plano de salvar a amiga por água a baixo.

Desviando rapidamente o olhar para seus próprios pés descalços, Juliet abaixou a cabeça envergonhada.

-Sinto muito! Mas, é difícil ficar tanto tempo sozinha, simplesmente temi que me esquecesse Arianna... você é minha única amiga de verdade!

Murmura Juliet balançando os pés no ar sem encarar a sonserina, mas sentindo de longe como suas palavras surtiram o efeito desejado. Do outro lado da cama dossel, Arianna franziu a testa e apertou as mãos em punhos, precisava proteger sua nova amiga!

-Eu prometi que a ajudaria!

Diz Arianna respirando fundo e obrigando-se mentalmente a encontrar uma saída rápida para fugir da torre e procurar a pessoa que trancara Juliet no espelho.

-Eu sei! Por isso estou aqui, é o momento perfeito para escapar!

Insiste Juliet levantando o rosto com um brilho de esperança em seus olhos.

-Meu irmão tem um mapa, pode me ver escapando e se eu sair agora... ele vai me entregar!

Explica pesarosamente Arianna olhando tristemente para a cama onde James parecia dormir num sono um tanto agitado pela careta de impaciência que fazia.

-Ele...? Esse é seu amigo James?

Pergunta Juliet inocentemente com um semblante indecifrável, sem mais uma palavra levantou-se da cama de Arianna e se aproximou dele.

-Juliet não faça isso! Vai acordá-lo!

Desespera-se Arianna jogando longe os cobertores e preparando-se para puxar Juliet longe da cama de James.

-Se James é seu amigo vai ajudá-la! Ele não pode entregar você!

Insiste Juliet lançando um olhar estranho em direção ao garoto grifinório.

-James não acreditou em mim! Não somos mais amigos!

Justifica-se a sonserina com a respiração pesada, sem conseguir encarar o amigo enquanto dormia, as lembranças da briga horas atrás a machucavam demais.

-Oh... eu... eu sinto muito Arianna!

Desculpa-se Juliet desviando o olhar de James para a menina Malfoy.

-Isso não importa!

Rebate a sonserina dando de ombros, virando o rosto e empinando o nariz arrebitado com uma máscara de orgulho no rostinho delicado.

-Então você seguirá em frente mesmo sem ele?

Pergunta Juliet relutante e Arianna apenas confirma com um gesto do rosto. Sorridente, Juliet se aproxima da sonserina e sussurra algo em seu ouvido levando a Malfoy a ampliar os olhos em surpresa absoluta antes de desaparecer no ar.

A próxima coisa que Arianna sabia, era que acordava bruscamente, ofegante e trêmula em sua cama dossel. A chuva ainda caía do lado de fora da torre e não muito distante, James dormia profundamente com uma expressão tranquila, muito diferente de que se lembrava no sonho.

Mordendo o lábio inferior em dúvida, Arianna puxa suavemente o cobertor de cima do seu corpo e levanta-se silenciosamente até alcançar a cama de James, ela se ajoelha do lado do grifinório hesitante.

-Eu sinto muito James!

Sussurra e fecha os olhos com força antes de apontar a varinha para o rosto dele.

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-VOCÊ QUER  QUE EU FAÇA O QUÊ?????????

Uma exclamação exasperada tomou todo o salão onde se encontravam, levando ao alvo da sua cólera a estremecer com as mãos pressionadas sobre os ouvidos.

-Foi apenas uma sugestão!

Rebateu entre dentes o mais alto deles.

-Sugestão dos infernos!!! Prefiro ser engolido pelos cérberos de Morgana a voltar àquela forma humilhante de filhote de Hello Kitty carbonizado novamente!!!

Esbraveja Poodleon com os olhos azuis brilhando em ódio absoluto.

-Não seja idiota! Como espera encontrar Violet Black assim? Precisamos da confiança dela e seus amigo e não do contrário!

Alerta impacientemente Ares esfregando as têmporas enquanto Poodleon insistia em rebelar-se.

-Eu NÃO vou me rebaixar a isso novamente! Eu não vou dar uma de bichinho de pelúcia para aquela maníaca me torturar!!! E você me chamou de idiota????

Anuncia o garoto de olhos azuis profundos com uma carranca no rosto e cruzando firmemente os braços sobre o peito.

-Se não o conhecesse diria que tem medo da garota!

Murmura Ares, ignorando a ultima pergunta e olhando de soslaio para Poodleon que fica mais rubro que uma bandeira da casa grifinória antes de abrir a boca em obvia indignação ao seu amigo.

-O que disse???

Questiona o animago numa voz baixa e ameaçadora.

-Que não consegue suportar a ideia de obedecer a uma garotinha ou então morre de medo de voltar aos "cuidados" dela!

Provoca Ares com um meio sorriso arrogante levando Poodleon a ranger os dentes furiosamente.

-Eu. Não. Tenho. Medo. De. Nada!!!!

Sibilava ferozmente Poodleon quase partindo para cima de Ares que apenas levanta uma sobrancelha em resposta, sem se quer se mover do seu lugar.

-Não é o que parece!

Responde ceticamente Ares, dando de ombros e cruzando os braços, no fundo segurando a vontade de sorrir triunfante, bastava atacar o orgulho do amigo para conseguir convencê-lo a seguir seu plano.

-A culpa não é minha se ela é a reencarnação de tudo de maligno na face da terra!!! Ela é uma terrorista sarcástica e cruel os outros sonserinos a chamam de "pesadelo"!

Desespera-se Poodleon andando de um lado para o outro bagunçando os cabelos escuros numa expressão de desamparo exagerado.

-Está me descrevendo uma garota de dezesseis anos ou a bruxa mais perigosa desde Merlin???

Provoca Ares balançando negativamente a cabeça recebendo logo em seguida um olhar fulminante do animago.

-Continua tripudiando não é??? Se não te conhecesse bem diria que está adorando isso!!!

Rebate acidamente Poodleon apontando um dedo na direção do Grendel com um olhar acusador.

-Só estou deixando claro o seu lugar aqui!

Diz severamente Ares levantando a varinha e apontando para o amigo.

-Isso não é justo! Deveríamos estar fora desse maldito lugar enquanto é tempo!

Insiste Poodleon dando as costas para o velho amigo e olhando pela janela do salão onde se encontravam. A chuva continuava caindo pesadamente e o frio do castelo trazia uma sensação desagradavelmente conhecida para o animago.

-Eu já disse que não!

O corta Ares com impaciência.

-Eu sou o maior mago da história e agora estou condenado a obedecer seres inferiores como você e aquela pirralha malévola!!!

Choramingava o animago esfregando o rosto com as mãos freneticamente antes de bater a cabeça contra o vidro da janela repetida vezes.

-Pare de se auto vangloriar e pense numa saída melhor do que a minha já que é tão brilhante assim!

Responde Ares firmemente, apesar do tom de desafio em suas palavras, baixando a varinha e desviando os olhos de Poodleon para Ruby que ainda dormia profundamente sobre a poltrona amarela. Os cabelos vermelhos, longos e brilhantes caindo sobre o rostinho de menina, a respiração leve e constante e o os lábios suavemente entreabertos em seu sono.

Ela conseguira o impossível para ele e seu amigo, sozinha conseguiu libertá-los daquela câmara maldita e ainda devolveu uma nova fonte de vida para o castelo ao despertar o poder dos quatro fundadores. Ela confiara, discutira e lutara contra ele antes de abrir mão de um presente valioso que recebeu de sua mãe para tirá-los com vida daquela sala.

Ares poderia ter cometido muitos erros na sua vida, mas com Ruby ele queria acertar. Ao menos uma vez, ele precisava provar a si mesmo que não era o monstro abominável que todos anunciavam. Podia ser egoísta, arrogante, prepotente, insolente e até mesmo perigosamente agressivo, entre tantos outros pecados que o levaram a ser amaldiçoado naquela maldita câmara, mas algo que ele jamais seria, era um homem sem palavra! Ele prometera à Weasley que a ajudaria e seguiria até o fim para cumprir sua palavra.

-Só está fazendo isso por causa dela não é?

Poodleon se aproxima do Grendel, cortando-o de seus pensamentos. Em resposta, Ares apenas mantém-se em silêncio absoluto admirando o anel dourado em seu dedo.

-Pode estar jogando sua última chance no lixo!

Alerta o animago seriamente e pela primeira vez, Ares pode ver que ele não estava sendo sarcástico, estava o aconselhando.

-Eu dei a minha palavra!

Responde secamente o mais alto girando habilmente a varinha entre seus dedos, deixando a sensação reconfortante de ter a magia fluindo por seus dedos o impedir de olhar para Ruby ou Poodleon novamente.

-Não estou me referindo à sua promessa Ares! Mas, ela nunca poderia olhar para você e esquecer todo o seu passado! Ela e todo o resto do mundo conhecem a sua história e garanto que não ficariam nada felizes com o seu retorno ao mundo mágico!

Insiste o animago franzindo a testa ligeiramente preocupado.

-Seria impossível se aproximar dela novamente sem despertar suspeitas ou levantar olhares curiosos e carregados de desaprovação! Você tem que esquecer o que aconteceu na câmara pelo bem dos dois!

Completa severamente Poodleon fazendo Ares apertar a varinha com tanta força que surpreendeu o animago que ela ainda estivesse inteira momentos depois, a fúria de um Grendel era lendária, seria bastante sábio da sua parte não deixar o amigo perder o controle.

-O mundo só conhece uma parte da história! Ninguém sabe o que eu passei de verdade além de você!

Diz entre dentes o Grendel olhando sombriamente em direção ao amigo.

-Eu não posso fazer muito quanto a isso, nem mesmo toda a minha magia seria capaz de apagar seu passado! O que aconteceu vai ficar marcado na história para sempre Ares!

Responde solenemente Poodleon ao amigo.

-Algumas cicatrizes levamos pelo resto da vida... eu não tenho vergonha de ser quem sou! Mas, não me peça para aceitar uma vida que não é minha! Eu não sou o homem que me descrevem nos livros de história e ponto final!

Completa Ares friamente, se afastando de Poodleon e indicando um caminho pela janela apontando de longe para o salgueiro lutador.

-Aquele lugar... aquele lugar pode nos levar no tempo!

Diz ignorando toda a conversa anterior e tentando firmar o foco de sua discussão para seu plano inicial.

-Temos que criar a armadilha perfeita para levar o viajante do tempo até lá e depois disso estamos livres de Hogwarts para sempre!

Anuncia com determinação Ares.

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Violet prendeu a respiração quando seus olhos assustados seguiam o bruxo das trevas a procurando furiosamente por todos os lados. Estava tudo muito escuro, frio e tenebroso, contudo, ela ainda podia ver a figura sombria caçá-la como um animal selvagem em busca de sua presa.

Seu coração parecia ter parado de bater quando os profundos e brilhantes olhos do bruxo viraram em sua direção, a sonserina simplesmente congelou em choque. E tão rápido como ele mirou em sua direção, sua atenção foi tomada para o caminho oposto ao corredor do castelo.

A morena ofegou, era pior do que estar presa dentro de um pesadelo, a tão segura escola de magia mais parecia um cenário de pós-guerra pelo silêncio fúnebre que os cercava, o único som era advindo das gotas de chuva caindo violentamente contra as janelas não contribuía muito para tranquilizá-la.

Os passos do bruxo das trevas batiam secamente contra o chão, contínuos e intermináveis como os ponteiros de um relógio seguindo para encerrar seu ciclo com uma estrondosa batida à meia-noite, ecos fantasmagóricos daqueles passos os tornavam mais próximos e ameaçadores do que realmente seriam.

Violet estremeceu ao relembrar que a poucos minutos atrás estava a ponto de perder as esperanças, ser capturada por nada mais  nada menos que ele, era praticamente sinônimo de suicídio!

Ela podia sentir as mãos dele a prendendo com força, a voz ameaçadora em seu ouvido a mandando ficar quieta fazendo seu estômago revirar... ele a teria matado sem grandes esforços, e se quer usara de magia para atacá-la!

Engolindo em seco e fechando os olhos com força numa prece angustiada, a Black, obrigou-se a manter silencio absoluto, apesar das batidas frenéticas de seu  coração hiper acelerado que parecia capaz de ensurdecer seus ouvidos.

Os braços que rodeavam sua cintura e a mantinham de pé eram a única coisa presente que a impediam de enlouquecer, era o único sinal de que alguém se importava o bastante com ela para protegê-la.

-Vem comigo e tenta não fazer barulho!

Sussurra Logan ao seu ouvido a levando para o interior de um dos armários de vassoura do castelo sob a proteção da capa da invisibilidade, a sonserina apenas assentiu com um gesto nervoso de seu rosto segurando sua mão com força.

O ruivo entrelaçou seus dedos pequenos com os deles percebendo como estavam frios. Ela nem mesmo saía do lugar! Preocupado, o grifinório a segura pela cintura, praticamente a arrastando com ele.

Violet nunca deixou transparecer qualquer sinal de fraqueza, mas agora estava visivelmente abalada, bastava olhar para o rosto pálido e tão frágil, seus olhos com aquele brilho desafiador, agora mostravam apatia e temor. O Weasley amaldiçoou-se mentalmente, afinal se Violet estava assim, era por sua culpa!

Ela escapara por muito pouco das garras do bruxo das trevas e fora um golpe de sorte do grifinório alcançá-la antes dele. Nem Merlin conseguiria prever o que poderia ter acontecido se ele não estivesse com a capa de Ignotus Peverell.

Agitando a varinha habilmente no ar, Logan abriu caminho silenciosamente até o segundo andar verificando qualquer sinal do inimigo. Violet o acompanhava completamente muda. Ela estava com medo! Maldição ele também estava, ele viu a forma como o bruxo a perseguia bem de perto.

O grifinório respirava pesadamente enquanto os olhos azuis brilhavam com fúria em direção ao caminho seguido pelo bruxo inimigo. Esperou até que estivessem a uma distância segura e abriu o armário, lançando uma série de encantos para se assegurar que ninguém os encontraria ali.

-Vamos!

Insistiu Logan puxando Violet consigo, com mais desespero do que esperava transparecer, aquele silêncio era mais perturbador do que a fúria da sonserina ao xingá-lo e até mesmo enfeitiçá-lo a cada oportunidade possível.

Ao esconderem-se na segurança do apertado armário de vassouras, a dupla se deixou cair ao chão, arrastando as costas sobre as paredes empoeiradas até sentarem-se em extremidades opostas, ficando frente a frente.

Mas, Violet parecia não vê-lo, simplesmente o ignorou e agarrou-se aos joelhos como uma garotinha de sete anos de idade... como no dia que Logan a conheceu na casa de Sírius. Assustada e indefesa.

- Ele quer nos matar!

Sussurra Violet sombriamente chamando a atenção do ruivo.

-Conseguimos escapar dele antes!

Defende-se Logan estreitando os olhos pelo tom derrotado da garota. Maldição ela não era assim, deveria estar gritando com ele, o xingando, o batendo, até mesmo o enfeitiçando até sentir-se dignamente vingada!!! 

-Ele... ele quase me levou com ele!

Murmura a garota com um suspiro agitado, engolindo em seco antes de encará-lo.

-Não enquanto eu estivesse por perto! Eu não saí do seu lado por mais de cinco minutos!

Rebate ferozmente o ruivo, seriamente frustrado com o comportamento apático e derrotado da sonserina.

-Ele teria matado a nós dois sem precisar tomar a varinha em suas mãos!

Insiste Violet horrorizada e o grifinório fecha os olhos e joga a cabeça para trás a batendo com força contra a parede, praguejando mentalmente por tê-la deixado sozinha na torre de astronomia.

-Eu já disse que não deixaria que ele te machucasse Polly-pocket!

Disse o ruivo entre dentes sem ao menos encará-la, provocando uma risada fraca e sarcástica da Black.

-Me protegeria como protegeu a sua própria irmã Sardento???

Desafia a sonserina finalmente captando a atenção do grifinório que agora a fitava com fúria nos olhos, os ombros tensos e os dentes trincados poderosamente.

-Seria inútil lembrá-la que a causa da minha distração foi salvar a SUA VIDA!!!

Vociferou o Weasey agarrando os joelhos de Violet com força antes de obrigá-la a fitá-lo.

-Não pedi que me salvasse!

Responde insolente a sonserina sustentando o olhar furioso nos olhos cinzentos antes de prosseguir.

-Sinceramente nem sei porque o fez! Teria a chance perfeita de se livrar de mim e agora teria Ruby segura ao seu lado! Quem sabe até mesmo Poodleon estivesse bem!

Completa arfante, sem dar-se conta de que seus olhos seguravam lágrimas ardentes, ansiosas por caírem.

Logan emitiu um grunhido quase selvagem na garganta, não precisaria de muito esforço para perceber que travava uma batalha ferrenha para controlar a própria raiva e não pular no pescoço da pequena serpente sonserina.

-Eu teria todo o direito de jogá-la daquela escadaria por cada humilhação que já me fez passar desde o dia que nos conhecemos... Mas, eu não o fiz! Mesmo que você merecesse eu não conseguiria deixar você cair!!!

Diz o ruivo sem deixar seus olhos abandonarem o rosto pálido de Violet.

-Você me odiou desde o primeiro momento... dedicou cada minuto do seu tempo a me prejudicar de todas as formas possíveis! Quanto mais eu te ajudava, mais você me maltratava!

Anunciava o grifinório secamente, ignorando o gemido de protesto da sonserina.

-Sem nunca me dar uma mísera explicação pelo ódio que tinha por mim! E apesar de tudo eu não consigo hesitar quando é você que está em jogo! Por mais que eu me esforçasse você sempre pareceu me odiar com uma força incompreensível!

Continuava o ruivo enquanto uma corrente de lembranças o cegava naquele momento.

-Eu tinha meus próprios motivos!

Defendeu-se Violet fracamente, quando suas lembranças a torturavam dolorosamente.

-Que malditos motivos eram esses? Eu tenho o direito de saber!

Bradou o ruivo com o rosto ficando assustadoramente vermelho e Violet fechou os olhos com força quando as lágrimas escapavam do seus olhos assustados.

-Você não pode me obrigar!

Gritou Violet soltando-se do grifinório e levantando-se bruscamente, movimento que foi acompanhado de perto pelo Weasley.

-Qual o seu problema? Não consegue me suportar porquê? O que raios eu te fiz para me odiar?

Vociferava o ruivo a agarrando pelos ombros e a empurrando com força contra a parede a fazendo ofegar.

 

18 de Fevereiro do ano de 2008 - Largo Grimaudi

Era uma manhã nublada, as nuvens cinzentas carregadas de chuva ameaçavam o céu pálido enquanto vozes alteradas enchiam o ar. A lareira agitava-se em chamas esmeraldas na constante movimentação do flu.

Na sala da casa Black, Sírius, Remus, Tonks e Amelia Bones discutiam febrilmente. Fora preciso a chegada de Harry Potter e Ronald Weasley para conter o ex-prisioneiro de Azkaban.

Noite passada, fora deixada a seus cuidados uma menina com pouco mais de sete anos de idade, pequenina, de cabelos compridos e escuros e olhos tão profundos e cinzentos quanto os dele. O padrinho de Harry jamais recebera choque maior em toda a vida.

-Ela é sua filha Sírius!

Bradou Remus furiosamente ao melhor amigo.

-Eu saberia se tivesse um filho!

Defendia-se o Black ainda em choque.

-Kate não teve coragem de contar a você!

Interfere Amelia seriamente antes de continuar.

-Temia que levasse a criança dela!

E isso era a única coisa que Violet ouviu antes de correr as escadarias desesperadamente e trancar-se no primeiro quarto disponível que encontrara no caminho.

Assim que adentrou, bateu a porta com força e jogou-se sobre a cama, afundando o rosto vermelho sobre os travesseiros enquanto abafava os soluços violentos que sacudiam seu pequenino corpo.

Acabara de escapar de uma tragédia incomparável. Vira sua mãe ser atacada por um bruxo sem rosto, vestindo uma capa completamente negra e assim que lançou a maldição da morte em sua direção, olhou para a menina encolhida num canto entre a cortina e o pequeno sofá de linho e um uma risada sinistra ecoou.

Percebera que era uma mulher naquele instante. Cabelos tão escuros quanto a noite, os olhos de um brilho quase animalescos de tão perigosos. Não se deu ao trabalho de enfeitiçar a pobre criança, apenas agitou a varinha no ar e uma coluna de chamas engoliram aquela que era a sua casa.

Violet gritou  com toda a força por sua mãe, chamou por seus vizinhos, clamou por ajuda, mas de nada adiantou. Seus tão desesperados esforços foram em vão, a casa, bem como a sua mãe foram levados pelas chamas naquela tarde de fevereiro sem que ela tivesse a chance de se despedir.

Vivia numa casa simples nos subúrbios londrinos, sua mãe uma mera garçonete e a única coisa que sabia dela era que trabalhava em algum lugar chamado Caldeirão Furado. Nunca tivera contato com o que chamavam de mundo mágico, até aquele dia.

Um grupo de homens apareceram do nada no seu jardim, a segurando com força enquanto apontavam as varinhas para a casa em chamas, um deles, era um ruivo alto e bastante forte, a levantou ate tirar seus pés do chão e a aparatou dali.

Mais tarde descobrira ser Ronald Weasley, que a serviço do ministério conseguiu descobrir o paradeiro da sua mãe quando perseguia Pansy Parkinson, ele alertou os aurores. No entanto, estes chegaram tarde demais.

Estava tão perdida em suas tristes lembranças que não percebeu a presença de mais alguém no quarto. A pessoa em questão se aproximou lentamente, estendendo um pequenino globo de vidro em sua mão.

Um som suave de pequenos sinos encheu o quarto e Violet levantou-se bruscamente alarmada com o barulho. Seus olhos cinzentos voltaram-se quase de imediato para a bolinha de cristal a sua frente.

Ficou hipnotizada. Havia uma pequena miniatura de um castelo, rodeado por um lago de azul profundo enquanto pequeninos flocos de neve que mais assemelhava-se a estrelas caindo do céu e tocando o solo.

Cada vez que um dos flocos de neve alcançava o chão ou as muralhas do castelo, o som de sinos ecoava lindamente pelo globo de vidro que os envolvia.

-É mágico!

Explica pacientemente o estranho e pela primeira vez ela consegue desprender os olhos do globo de vidro e encara o menino.

-Pode ficar com ele se quiser! É coisa de menina mesmo, mas tem que prometer parar de chorar ou o Teddy vai achar que eu te machuquei!

Diz dando de ombros um garoto de cabelos cor de fogo, algumas sardas engraçadas espalhadas pelo nariz, mas algo que realmente chamou a atenção da menina, foram os olhos azuis tão vivos quanto o céu durante o verão.

Ela nunca o tinha visto antes, a única criança na casa era um garoto de cabelos coloridos que vivia tropeçando nos próprios pés. quem seria ele? Amigo? Inimigo? Ela não queria ninguém por perto.

-Eu não quero! Eu não quero nada que seja mágico!

Gritou Violet furiosamente voltando a chorar enterrando o rosto nos travesseiros. o Ruivinho a assistia surpreso, e com uma expressão confusa se aproximou dela novamente.

-Você tá mesmo com raiva né?

Pergunta o menino franzindo a testa ligeiramente.

-Não te importa!

Respondeu a morena com a voz entrecortada.

-Quando a Ruby tá assim só tem um jeito de resolver!!!

Anuncia o ruivinho antes de subir na cama, deixando o globo de lado ele puxa Violet e começa a fazer cócegas nela até suas lágrimas de tristeza se convertessem em risadas altas e desesperadas.

As risadas da menina eram tão vivas e contagiantes que o garoto mal se conteve e caiu ao lado dela chorando de rir também. Segundos depois, ele percebeu o erro fatal de ter atacado a menina de surpresa.

Várias almofadas e travesseiros foram arremessados furiosamente sobre ele antes que tivesse a chance de gritar por socorro, a menina nanica era realmente vingativa.

Poucos minutos depois, estavam correndo pelo quarto jogando todos os brinquedos que viam pela frente em direção ao outro. Violet já não pensava mais na confusão do andar abaixo, ou na tarde do incêndio.

Ela só queria correr atrás do cabelo de fogo e fazê-lo chorar depois que descontasse as cócegas que fizera nela momentos antes. Tinha o rosto vermelho e muito ofegante quando o alcançou.

-Eu desisto! Você é rápida demais!

Resmunga o ruivinho cruzando os braços com um muxoxo.

-Não faz mais isso!

Bradou a menina batendo o pé no chão ritmicamente enquanto as mãos iam para sua cintura numa pose de mandona.

-Não tá chorando mais! Deu certo!

Completa mais animado sorrindo em sua direção, deixando a menina aturdida. Ele fizera tudo isso para ela parar de chorar???

-Meu nome é Logan! Qual o seu?

Apresenta-se ainda mais sorridente o sardento e a confusão da morena transforma-se em medo em questões de segundos.

Ele era bom para ela, mas gostar das pessoas era algo ruim, ela perdera a mãe que tanto amava, assim como a seus amiguinhos da escola primária e seus vizinhos do subúrbio.

Todos eles se esqueceram dela por alguma magia que os aurores fizeram e  ela não podia entender, era tão assustador! Mas, não podia gostar de outra pessoa, era ruim fazer amigos.

Uma hora um bruxo mau poderia aparecer e ou perder a amizade dele seria mais doloroso ainda.

-Me deixa sozinha!

Gritou a morena pisando com força o pé de Logan e o empurrando para a porta do quarto. ela jamais diria a ninguém, mas aquele globo de vidro esteve debaixo de seu travesseiro desde então.

 -Eu nunca te odiei Weasley! Por mais que eu me esforçasse eu nunca consegui!

Revela Violet fechando os olhos com força, odiando-se por ter dito isso tão tarde.

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Remus, Sírius, Neville, Flitwick, Vector, Filch, Pomfrey, Slugorn, Binns e McGonagall estavam sentados na mesa principal do grande salão ostentando semblantes sombrios. O peso de uma decisão arriscada pairando sobre seus ombros e a vida de centenas de estudantes em suas mãos.

O silêncio no interior do castelo era fúnebre, os olhares assustados das crianças do primeiro ano, as perguntas sem fim dos monitores e alunos mais velhos, as dúvidas instigadas pelos corvinais, a revolta dos sonserinos, a postura desafiadora dos grifinórios e a determinação dos lufa-lufa... isso era que ainda estava movendo o castelo e os impedindo de perderem a razão.

Tinham mais de sessenta alunos por casa, dentre eles três sonserinos e nove grifinórios desaparecidos, não encontravam meios possíveis, mágicos ou não, para pedir ajuda, Remus e Sírius buscaram em cada passagem secreta de Hogwarts uma saída, mas nenhum deles obteve êxito em suas buscas.

Os elfos desapareceram, os fantasmas sumiram, os retratos não se moviam e os animais viraram pó. Sentiam-se como bonequinhos encurralados e impotentes presos numa casinha de brinquedo, servindo de fantoche ou distração para os planos de um bruxo realmente poderoso, capaz de derrubar por terras todas as defesas da escola.

-Estamos quase sem suprimentos, em breve não poderemos mais transfigurar alimentos suficientes para nossos alunos!

Alerta Flitwick estreitando as sobrancelhas em preocupação.

-Os relógios não andam, os quadros não se movem... é como se tudo que fosse mágico aqui tivesse morrido! Precisamos levantar mais barreiras de proteção sobre a escola caso contrário seremos alvo fácil para ataques!

Insiste Pomfrey severamente, a medibruxa temia não poder cuidar sozinha de tantos alunos sem contar com a magia presente no castelo, as lembranças da batalha final em Hogwarts assombrando sua memória.

-Não somos o alvo! Seja lá quem nos colocou nessa situação não pretendia nos machucar, apenas nos anular como ameaça potencial! Presos em Hogwarts não poderíamos interferir no que realmente está acontecendo lá fora!

Garante Remus seriamente, as mãos fechadas em punhos furiosos e a respiração mais acelerada que o normal. O lobisomem era um dos mais afetados pela condição de Hogwarts, seu filho único fora levado, faltando apenas mais um dia para sua transformação e a segurança da escola comprometida... em menos de vinte e quatro horas ele estaria transformado e cada bruxo dentro daquelas paredes estaria ameaçado mortalmente.

-Continuar com as buscas no castelo já não é mais uma escolha válida! Temos que preparar um grupo para seguir pela floresta proibida! Em direção à Hogsmead!

Anuncia Neville com determinação recebendo olhares horrorizados de todos os docentes da mesa.

-Neville não dispomos de pessoas suficientes para deixar o castelo e explorar à própria sorte a floresta proibida!

Rebate McGonagal severamente, estreitando os olhos em sua direção.

-Não estou sugerindo que os professores deixem a escola, eu me disponho a ir com uma equipe de alunos de duelo!

Defende-se o Longbottom com firmeza deixando a diretora sem palavras tamanha estupefação.

-Está sugerindo que coloquemos os estudantes em perigo???

Recrimina Flitwick.

-Estamos em perigo dentro ou fora de Hogwarts! Não podemos continuar nos escondendo esperando que uma solução caia do céu!!! Neville tem toda razão!

Intervém Sírius pronunciando-se pela primeira vez naquela reunião.

-Essa ideia é absurda!

Protesta Vector veementemente.

-Não temos muitas opções fora esta! Se ficarmos aqui corremos o risco de perder o pouco de mantimentos que ainda restam!

Intervém Neville alterando a voz, sua paciência já estando no limite máximo.

-Ele tem razão Minerva, eu mesmo já pensei em seguir para a floresta proibida, mas, pela minha condição preferi não arriscar! O grupo de duelo conta com os melhores alunos de Hogwarts e o professor Neville é cuidadoso o bastante para não colocá-los em mais perigo do que o necessário!

Aconselha Remus sabiamente, recebendo uma expressão de desgosto da velha diretora. McGonagall simplesmente não suportava a possibilidade de seus alunos estarem em perigo e não poder fazer muito para impedi-lo.

-Realmente diretora, creio que seja a nossa última opção! Nunca passei por nada remotamente parecido com o que estamos vivendo agora!

Concorda Slugorn com um aceno da cabeça.

-É imprudente, impensável e altamente precipitado!

Insiste McGonagall severamente.

-Mas, até agora nos parece a única saída!

Rebate Sírius estreitando os olhos em determinação.

-Se... por acaso... esta ideia chegar a ser levada adiante, a quem pretende levar Longbottom?

Questiona a diretora voltando-se para Neville.

-Krishna Radesh, Travis Bones, Peter e Hayla Thomas, Benjamin Montague, Ophelia Terence, Philip Creevey e Gwendoly Timothy!

Anuncia Neville sem nenhum resquício de hesitação. Eram os melhores bruxos que tinha ao seu alcance cujo destaque estavam em combates no grupo de duelo e nas habilidades em DCAT.

Sírius levantou a sobrancelha para o Longbottom, foi bastante ardiloso ao desenhar uma equipe tão equilibrada, dois corvinais, dois lufa-lufa, dois grifinórios e dois sonserinos.

-Um pequeno exército!

Murmura Flitwick estreitando os olhos para Neville.

-Não apenas isso! São os descendentes diretos dos últimos heróis da guerra!

Interrompe Remus percebendo a linha de raciocínio de Neville.

-Exatamente, seja lá quem nos tenha colocado aqui, queria nossos filhos por alguma razão! Se mais crianças podem sumir, com toda certeza estarão entre eles!

Confirma o Longbottom severamente.

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Séculos mais tarde no topo de uma torre antiga tomada por teias de aranha e poeira, Mariana escrevia mais um capítulo da fic!!! O_O Oks... não tem torre porque tenho medo de altura e nem aranhas porque me deixam apavorada U_U maaaaaaaaaas finallllllllllllllllmentee mais uma atualização!! WOW meu Merlin que demora!!! hauhauhauhauhaua mas de volta ao que interessa, personagens novinhos na área, bem como a aparição de Neville e Lupin ... massss ainda vou atualizar as respostas dos comentários ;D enquanto isso espero que gostem do capítulo!!!

Bem, sem mais delongas apresento a vocês o grupo de resgate de Hogwarts! Sim é importante saberem quem são eles já que vão agitar avida dos nossos heróis e de um certo bruxo maligno das trevas XD
Vamos começar pelo primeiro corvinal da fic, o geniozinho indiano ----- > Krishna

Hayla e Peter Thomas

Travis Bones 

Ophelia Terence

Benjamin Montague
 

Yes! Essa é a equipe que nosso velho conhecido Neville vai guiar até a floresta proibida!

Super Merokuuu quero saber o que achou do capítuloooooooo!!!
 

Jade meninaaaaaaaaaaaaahhhh!!! Espero que seu natal e sua virada de ano tenham sido fantásticas!!! huahauhauhauhauauhaa!!! Demorei sim como previsto, mas como prometido trouxe um capítulo mais cheinho e com direito a flashback da Violet para vocês! A história dela com Sírius e a raiva mal disfarsada pelo Weasley vai ser explicada aos poucos! Infelizmente não consegui encaixar o Draco ou o Rony no capítulo, mas garanto que iá se surpreender, especialmente com o Malfoy!

Super hiper mega DIVA Jhennyyyyy!!! hauhauhauhauhauha Nossa como estava sentindo falta de escrever comentários assim *-* hauhauhuahuahauhuahauhauah!!! Oks... (levanta os braços e canta com a Jhenny) Ownnn que bom que gostou do Poodleon!!! XD Logan vai se arrepender de ter deixado a Violet sozinha, especialmente agora que ele descobrir por que a relação dos dois sempre foi tão explosiva!!! ;D Ahaaahh agora estou ansiosa para descobrir sua reação quanto ao passado da Violet!!! Ela só descobriu ser filha do Sírius aos sete anos, e até lá (com a tragédia da morte da sua mãe) vivia como uma trouxa comum!!! Depois dessa confusão conheceu o Weasley da forma mais inesperada possível! 

Coveiro-samaa!!!! (reverência ninja) hauhauhauhauahuah!!! Nunca me abandona *-* hauhauhauahuahuah o que será que vai achar desse capítulo de hoje hein? Não tem muita ação como o anterior com o duelo de Draco e Lúcius ou nada tão angustiante como o interrogtório do Rony! Esse capítulo trouxe mais reviravoltas e personagens à tona! Arianna seguindo os conselhos da amiga, Poodleon e Ares teimando com o passado do Grendel, a outra face oculta de Hogwarts e finalmene as lembranças da Violet... Ufa! hauhauhauhauahuah será que esqueci alguma coisa??? Estou cruzando os dedos para conseguir uma "nota" positiva no conceito do Coveiro-sensei-sama!!!!

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