Uma nova profecia?
ATENÇÃO: Esse cap.contém uma palavra do sexto livro, portanto quem ainda não leu e não quiser saber, sugiro que não leia!
- Me conte o que está acontecendo? - Henry se sentou ao lado dela naquela noite em frente a lareira na sala comundal da grifinória.
Hayssa olhava fixamente pro fogo e não respondeu:
- Ainda são aquelas "dúvidas"? - Henry perguntou amigavelmente e ela virou o rosto pra ele, seus olhos delicados e verdes estavam marejados: - Porque só eu não posso saber a história da minha família?
- Alguém lhe incomodou?
- Eles me olham como se tivessem medo... - ela falou indignada - Mas medo do que?!
- Porque não pergunta a alguém? O que John lhe disse sobre seus pais...
- Disse que minha mãe morreu quando nasci e que não sabe onde meu pai está... - ela disse tristemente olhando pra Henry que também estava com o olhar triste - Tem uma foto deles?
- Não... - ela respondeu respirando profundamente.
- Eu vou lhe ajudar a encontrar uma. - ele disse decididamente.
- Acho que ninguém tem... - ela falou já desistindo de obter as informações que tanto queria.
- Vou te ajudar! - ele disse novamente e ela sorriu, em cumprimento o abraçou carinhosamente por alguns minutos. - Obrigada por ser meu amigo.
***
Na manhã seguinte, após a aula de transfiguração, Henry segurou na mão de Hayssa e puxou ela até a mesa da prof. Minerva:
- Professora, precisamos ver o Professor Dumbledore.
- Podem me dizer o porque?
- Ah é que a Hayssa precisa muito falar com ele.
Minerva baixou seus olhos sobre a garota e sorriu brevemente:
- Claro, venham comigo. - ela falou arrumando alguns rolos de pergaminhos em cima da mesa e saiu caminhando de sua sala até o gárgula que dava entrada ao escritório do diretor. Disse alguma coisa em voz absurdamente baixa e a estátura começou a girar para cima:
- Vai você... - Henry disse.
- Pode vir junto se quiser.
- Ah é melhor não, além do que combinei com Matt e Nancy para fazermos um dever juntos...
- Certo, então encontro com vocês mais tarde.
Henry acenou desejando-lhe sorte e ela começou a subir os degraus, antes de bater na porta, esta se abriu sozinha.
- Eu sabia que a Srta. viria...srta.Potter! - Dumbledore disse girando na cadeira atrás de sua escrivaninha. Ela entrou olhando em volta os milhares de quadros que se encontravam na parede. Muitos murmuravam "Que horror" ou "Saia daqui" e alguns até tapavam os olhos para não vê-la.
- Sente-se minha querida. - Dumbledore disse com um sorriso por baixo da grande barba prateada. Hayssa desviou sua atenção para o diretor e de inicio sentiu grande simpatia por ele.
- O que lhe trás aqui? - ele perguntou quando ela se sentou na sua frente.
- Professor Dumbledore... - ela começou - Já fazem algumas semanas que, eu vim para Hogwarts e noto certas coisas que...
- Certamente... - Dumbledore falou a interrompendo - Tenho visto como as pessoas lhe tratam.
Hayssa não respondeu, apenas baixou a cabeça e ele continuou:
- Felizmente a srta. fez ótimas amizades, como o senhor Henry e Mattew e é claro a srta. Nancy.
- Eles têm sido legais... - ela finalmente sorriu.
- Nossas amizades são como tesouros não é verdade?! - Dumbledore riu de forma calma e depois continuou:
- Suponho que não tenha vindo aqui para falar apenas isso?!!!
- Na verdade senhor... - uma pausa - Eu gostaria de fazer perguntas, perguntas que minha vida toda sempre quis saber...
Dumbledore foi abrir a boca para falar e ela continou:
- Sei que sou muito jovem, como meu tio John disse...mas eu gostaria de saber.
- O que quer saber? - Dumbledore perguntou notando os olhos marejados dela.
- Porque todos fogem de mim? - ela perguntou com a voz fraca.
Dumbledore ficou calado por alguns instantes e depois disse:
- Ah, srta. Potter, existem coisas em seu passado que seus colegas de escola, nem ao menos podem imaginar...
- Eu queria que contasse mais sobre...meus pais... - ela pediu, se sentia muito confiante e confortável perto do diretor.
O diretou entrelaçou os dedos e respirou profundamente:
- Sabe minha jovem, seus pais foram grandes alunos dessa escola, ambos da grifinória...Seu pai foi um grande jogador de Quadribol, um dos melhores que a escola já teve é claro e depois um ótimo auror que trabalhou pro Ministério da Magia....sua mãe por outro lado era a melhor aluna... - Dumbledore riu um pouco se recordando do jeito de Hermione - Sabia tudo, pode crer, tinha paixão por livros e por ficar na biblioteca...se quiser, pergunte a Madame Pince sobre ela, tenho certeza que irá se recordar.
Hayssa sorriu e ele continuou:
- Depois de se formar, ela se tornou uma repórter muito bem aceita pelo Profeta Diário. Alguns anos depois, seu pai foi contratado para protegê-la de ameaçar que ela recebia por escrever criticas sobre bruxos poderosos. Nesse meio tempo eles se apaixonaram... Nunca ninguém desconfiou para falar a verdade, e meses depois você nasceu...
Hayssa não conseguia esconder a emoção:
- E o que aconteceu com eles?
- Sua mãe infelizmente acabou falescendo durante o parto... - uma pausa na qual Dumbledore também parecia estar se controlando - E seu pai ficou tão chateado...não teve mais vontade de viver e fugiu. Nunca mais ninguém o encontrou...
- Eles deviam se amar muito então... - ela disse com um sorriso nos lábios.
- Muito... - Dumbledore falou.
- Senhor, desculpe lhe estar incomodando, é que...
- Peça?!
- Eu gostaria de uma foto deles. - ela sorriu graciosamente passando a mão pelos olhos.
- Infelizmente não tenho uma minha querida...aposto que Hagrid poderia lhe providenciar uma.
- Eles eram amigos de Hagrid? - ela perguntou surpresa.
- Muito amigos eu diria... - Dumbledore disse sorrindo e se levantou de modo a evitar que ela fizesse tantas perguntas.
- Obrigada... - ela também se levantou e foi até ele estendendo a pequena mãozinha. Dumbledore sorriu e antes que pudesse apertar a mão dela, Hayssa já tinha abraçado ele pela cintura de um modo fraterno, sentindo-se absolutamente feliz por ele ter lhe contado algumas coisas.
O ânimo da garota tinha melhorado muito depois de conversar com Dumbledore, ela saiu caminhando apressadamente até a biblioteca onde os três estavam.
- E como foi lá com Dumbledore?
- Foi ótimo... - ela sorriu radiante - Não podia ser melhor.
- Que ótimo! O que ele disse? - Mattew perguntou e sentiu uma cotovelada vinda de Nancy.
- Não ligue pra ele Hayssa. - e lançou um olhar de sensura a ele.
- Preciso falar com Hagrid! - ela disse animadamente.
- Vamos com você então... - Henry disse fechando os livros - Já estou cansado desses deveres idiotas de poções.
- Se tivesse feito antes não é?! - Hayssa disse finalmente.
- Ora essa, por favor... - ele falou colocando a mochila nas costas - Ainda temos alguns minutos antes da próxima aula!
- Vamos andando então! - Nancy também concordou arrumando suas coisas.
Os quatro sairam da biblioteca acenando para Madame Pince e depois de caminharem um pouco, finalmente chegaram na cabana de Hagrid. Henry se adiantou a frente e bateu com força na porta. Minutos depois, um girante com cabelos e barbas emaranhados apareceu na entrada sorrindo.
- Olá! - ele disse fazendo sinal para entrarem.
- Bom dia Hagrid! - Hayssa disse e Hagrid fechou a porta para que todos entrassem.
- O que vieram fazer aqui uma hora dessas? - ele perguntou se sentando numa enorme poltrona.
- Eu estive falando com Dumbledore hoje... - Hayssa disse - Sobre meus pais e... - de repente notou que o sorriso na face de Hagrid tinha sumido. Quando ele notou o que tinha feito, tentou fingir um sorriso novamente:
- E no que posso ser útil?
- O professor disse que você tem uma foto deles! - ela falou animada, porém desconfiada pela atitude dele.
Hagrid exitou por um momento e depois se levantou fazendo o chão tremer um pouco.
- Devo ter uma em algum lugar por aqui... - ele falou abrindo uma enorme gaveta e começou a tirar muitas coisas de dentro, entre elas ossos, peles, pergaminhos, penas, até que finalmente tirou uma foto colorida e a entregou a Hayssa.
- Está vendo? Esse moço de olhos verdes, óculos...é o Harry... - ele apontou pra foto que Hayssa segurava com delicadeza nas mãos - E do lado está sua mãe...Hermione, com esses livros e do outro lado o Rony.
Henry se aproximou sorrindo quando ouviu o nome do pai.
- Eles estavam no 7º ano quando tiraram essa foto!
A foto se mexia tranquilamente, os três amigos rindo provavelmente de alguma cena engraçada que estavam vendo. Hayssa não consguiu dizer nada, apenas contemplava a foto em silêncio, afinal estava finalmente "conhecendo" seus pais.
- Obrigada Hagrid! - ela disse erguendo os olhos pra ele e uma fina lágrima escorreu por suas bochechas rosadas.
- Acho que já tem de ir para a próxima aula! - Hagrid disse adiantando-os até a porta, não queria se emocionar na frente deles, até porque era tortura para ele, ver os irmãos tão próximos e não poder falar a verdade.
- Sua mãe era linda... - Nancy disse enquanto caminhavam de volta ao castelo.
- Isso é verdade. - Henry concordou, era estranho mas conhecia aquela mulher de algum lugar, porém achou melhor ficar calado.
- Temos aula do que agora? - Mattew perguntou.
- Poções! - Nancy disse olhando decepcionada olhando o horário. - Podem crer, não gosto dele.
- Ué, mas ele não é o diretor da sua casa?
- Isso é verdade Matt, mas...vocês dois tem sorte da Minerva ser diretora da casa de vocês.
Hayssa não conseguia falar nada, apenas continuava olhando a foto com um sorriso leve no rosto.
Foram caminhando por entre os corredores até chegarem na fria e escula sala de Snape. Ele já estava sentado a sua escrivaninha e alguns alunos da Sonserina começaram a cochicar ao ver a garota entrando. Snape não escondeu sua felicidade de ver o que estavam fazendo.
A aula correu tranquilamente, ou pelo menos, estava...
- A srta. pode me falar as propriedades de uma das poções das artes das trevas? - Snape se aproximou com os olhos estreitos dela e esta respondeu:
- Desculpe professor...eu não sei.
- NÃO SABE!? - Um garoto da Sonserina tinha se levantado ao fundo - Como não sabe?! Depois de tudo que seu pai fez, e depois dizem que "Você-sabe-quem" era mal!
Snape continou calado olhando pra ela não conseguindo esconder a satisfação:
- A Srta. deveria saber... - Snape disse tranquilamente com a voz baixa.
- Não vejo motivos para saber senhor.
O professor sorriu de um modo falso e depois voltou a sua escrivaninha:
- Menos 10 pontos de Grifinória. - ele disse arrancando risos dos sonserinos, menos de Henry e Nancy.
***
- O que está fazendo? - Henry perguntou naquela mesma noite quando a maioria dos alunos já havia ido se deitar e Hayssa estava sozinha escrevendo rapidamente.
- Estou escrevendo uma carta a John, para....falar as novidades. - ela sorriu.
- Não acha que ele vai ficar bravo?
- Não....creio que não. - ela respondeu o olhando e depois falou tranquilamente - Fico feliz em ser sua amiga Henry.
O garoto sorriu passando a mão pelo cabelo nervosamente, e depois segurou a mão dela:
- Não vou deixar que lhe façam nada.
- Tive sorte de encontrar vocês aqui... Meu tio estava certo, talvez eu não devesse ter vindo para cá.
- Ah por favor, não diga bobagens. - Henry disse rapidamente - Você é uma das melhores alunas do nosso ano!
- Obrigada. - ela sorriu em resposta.
- Bom....então acho que já vou indo dormir! - ele se levandou espreguiçando-se demoradamente.
- Boa noite. - ela disse segurando a pena novamente.
Ele acenou levemente subindo as escadas em direção ao dormitório masculino. Hayssa continuou sentada sozinha na sala comunal levemente iluminada pela fogo na lareira. A garota tirou uma foto de dentro do bolso, a mesma que Hagrid havia lhe dado naquela manhã e ficou contemplando-a, os olhos ficando marejados a cada sorriso que ela via nos rostos de seus pais.
- Queria tanto ter conhecido vocês... - ela disse passando os dedos pela superfície do papel e sorriu levemente - Porque todos não me querem? - ela perguntou quando uma fina lágrima escorreu por seu delicado rosto. Hayssa fechou os olhos brevemente e depois os abriu novamente olhando a foto:
- Mamãe... - ela disse vendo Hermione sorrir alegremente ao lado e Rony e depois - Papai......preciso tanto de vocês. - ela disse e mais lágrimas escorreram pelo seu rosto e pingaram no pergaminho no qual ela estava escrevendo a carta para John. Ela apertou a foto contra o peito e depois de alguns minutos nos quais ficou daquele jeito, guardou-a novamente no bolso, limpou o rosto no tecido do pijama e continuou escrevendo a carta para o "tio".
- Ah não... - ela disse pra si mesma quando viu a mancha que suas lágrimas tinham feito ao final de uma frase. Mas estava demasiada cansada para escrever tudo novamente e continou embaixo:
"Consegui uma foto de papai e mamãe, realmente eles são muito lindos como o sr. havia me contado tio, só não entendo porque nunca quis me dar uma foto deles, como continuo sem entender muitas coisas. As pessoas daqui não gostam de ficar perto de mim, parecem que têm medo ou algo assim. Apesar de que é claro, fiz vários amigos, Nancy, Mattew e Henry Weasley que é filho do Se. Rony...ele também está na foto.
Bom, vou me despedindo, está tarde e amanhã temos muitos deveres para fazer, espero que as coisas por ai estejam bem.
Sua afilhada que te ama
Hayssa Potter"
Hayssa terminou de escrever voltando a pena ao tinteiro e dobrou o pergaminho cuidadosamente. Guardou dentro do bolso e foi dormir. Na manhã seguinte, antes que todos acordasse ela se levantou e foi ao corujal enviando a carta ao seu tio.
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"Querido tio John, Hogwarts realmente é fascinante como o senhor havia falado em todos esses anos, os professores são muito legais, não gostei exceto do professor de poções Snape, ele realmente não gosta de mim. O guarda-caças de Hogwarts também é incrível. Eu, Matt, Nancy e Henry já somos amigos dele, apesar daquele tamanho todo, parece muito sensível e tem um gosto estranho por bichos um tanto ferozes.
O único acontecimento que estragou essa vinda para a escola foi que tem coisas que realmente me incomodam tio, não aguento certas pessoas me dizendo coisas que eu não sei o porque e não posso nem ao menos me defender." - John estava lendo com as mãos trêmulas em seu quarto a carta da "sobrinha". Após ler isso tinha um pedaço em branco de mais ou menos 2cm pois continua uma mancha de tinta e John rapidamente supôs que fosse causada por alguma lágrima. Depois continuou lendo:
"Consegui uma foto de papai e mamãe, realmente eles são muito lindos como o sr. havia me contado tio, só não entendo porque nunca quis me dar uma foto deles, como continuo sem entender muitas coisas. As pessoas daqui não gostam de ficar perto de mim, parecem que têm medo ou algo assim. Apesar de que é claro, fiz vários amigos, Nancy, Mattew e Henry Weasley que é filho do Sr. Rony...ele também está na foto.
Bom, vou me despedindo, está tarde e amanhã temos muitos deveres para fazer, espero que as coisas por ai estejam bem.
Sua afilhada que te ama
Hayssa Potter"
O homem fechou o pergaminho com cuidado colocando-o em cima de uma pequena mesa e passou a mão pela rala barba em seu rosto suavemente, se sentia preocupado com ela, talvez tivessem pessoas ali que queriam ela longe. De alguma maneira tinha que deixar Dumbledore em alerta, resolveu então ir a Hogwarts o mais depressa possível.
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- Já colocou sua carta no corujal? - Nancy perguntou no café da manhã.
- Hum hum... - respondeu Hayssa concentrada num livro a sua frente.
- O que é isso? - Henry perguntou se cansando de vê-la ler.
- Caso não saiba... - ela tirou os olhos do livro e olhou pra frente - É hoje nossa prova de herbologia, estou lendo novamente para guardar as propriedades curativas e parasitas dos "Bundimuns" para os seres humanos.
- Fale uma aí? - Henry pediu enquanto colocava uma bolacha na boca.
- Espere aí? Você não estudou não é?! - ela disse cruzando os braços e Matt ergueu a mão sorrindo - Então somos dois.
- Ah francamente.
- Hayssa, pare de show e diga...
- Dizer o que?
- As propriedades do "BUM" não sei mais o que.... - Matt começou a rir antes de terminar, mas ela continuou séria.
- "Bundimun". - ela falou rapidamente e continou - Eu não devia falar mas...
- Como é nossa querida amiga, você deveria. - Henry disse.
- Certo... como propriedades temos a "Mucosa verde" que ele solta enquanto anda, pode ser usada para diversos tipos de queimaduras. E como parasitas temos o "ácido urticante" que ele solta se alguém se aproxima bruscamente.
- HÁ, então ele é um "queimador" e um "curador" ambulante certo? - Henry perguntou elevando uma das sombrancelhas. Hayssa não respondeu e ele disse batendo a mão em sua própria cabeça - CERTO! Está guardado.
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-Professor Dumbledore...me disseram que o sr. estaria em seu escritório! - John bateu na porta colocando a cabeça para dentro da sala do diretor. Este em resposta abriu um enorme sorriso convidadando John a se sentar.
- O que lhe trás aqui John? - Dumbledore perguntou.
- Preocupações com Hayssa. - ele disse rapidamente não escondendo de fato a preocupação na voz.
- Entendo, ela deve ter lhe escrito.
- Sim senhor e creio que Hogwarts não seja o lugar adequado para ela.
- Se me permite interferir John... Hayssa e Henry precisam de uma escola de magia, para aprenderem a se defender sozinhos.
- Mas e se eu colocasse ela em outra escola, em outro país.... - ele começou a falar mas foi novamente interrompido.
- Não, não John...o lugar deles é aqui como bem sabe você. - Dumbledore se levantou andando de um lado para o outro e depois disse com a voz serena - Sabe, estive pensando em certas possibilidades...
- Que possibilidades? - John perguntou curioso e o diretor virou-se lentamente para ele.
- Já pensou que...Harry Potter poderia não ter sido o "Escolhido" como todos achavam. Talvez a profecia estivesse errada ou Voldemort interpretou ela errada mais uma vez e selou um vínculo com Harry e se deu conta do erro quando o chamou para trabalhar pra ele.
- O que quer dizer senhor? - John estava confuso.
- Como eu já lhe falei John... - Dumbledore repetiu - A profecia pode ter sido interpretada de forma incorreta por todos. Deve se lembrar do que dizia não é? - este perguntou e começou a recitar em mesmas palavras:
“Aquele com o poder de vencer o Lorde das Trevas se aproxima...nascido daqueles que o desafiaram quatro vezes ,nascido ao terminar o sétimo mês...e o marcará como seu igual,mas ele terá um poder que o Lorde das trevas desconhece...e um dos dois deverá morrer na mão do outro pois nenhum dos dois poderá sobreviver enquanto o outro sobreviver...aquele com o poder de vencer o Lorde das Trevas nascerá quando o sétimo mês terminar...”
- Impossível! - John disse rapidamente - Harry enfrentou Voldemort muito mais de quatro vezes e...
- Harry sim, mas...a Sra. Hermione não. - Dumbledore disse o interrompendo novamente. Uma pausa - Além disso, eles nasceram no dia...
- 31 de Julho! - John falou agora surpreso pela coincidência.
- Isso mesmo... - o diretor concordou com a surpresa de John e disse calmamente - Talvez um dos dois seja o escolhido, que nós nunca poderíamos imaginar, nem mesmo Harry, e nem mesmo Voldemort.
- Acha mesmo que esse erro de interpretação poderia ter acontecido Dumbledore?
- Meu caro John, muitas coisas não sabemos sobre Voldemort... - o diretor começou a dizer de um modo pensativo - Mas não podemos descartar esta hipótese não é mesmo?!
- Então...no caso, acha que Henry deve saber de tudo?
- Creio que não seja o momento certo, ainda são muito jovens, não têm preocupações, deixe que sua mente permaneça calma e tranquila até chegar o dia em que os dois deverão saber de tudo. - uma pausa na qual o diretor deu um longo suspiro - Não quero cometer o mesmo erro que cometi com Harry.
- Não foi culpa sua senhor...
- Oh não não, mas é claro que Harry foi informado sobre coisas muito importantes desde criança, e isso não lhe fez bem, como é óbvio que não faz bem a nenhuma criança
- Mas e quando Voldemort descobrir o seu erro, vai querer vir atrás dos dois não?!
- É possível... - Dumbledore falou - Mas não agora, ele ainda com certeza está fragilizado, afinal deu grande parte de seus poderes a Harry. A nossa única sorte foi que Harry abandonou Voldemort a tempo, se os dois continuassem trabalhando juntos, realmente teria sido o fim.
- Mas agora não sabemos onde Harry está.
- Talvez ele mesmo não queira ser encontrado John.
John olhou para Dumbledore de um modo preocupado e o diretor perguntou:
- Deseja ver a srta. Hayssa?
- Eu gostaria muito! - ele disse com um sorriso enorme estampado nos lábios.
- Vou mandar que a chamem. - Dumbledore disse e ordenou isso a um dos quadros. - Em breve estará aqui.
Os dois ficaram conversando quando ouviram uma batida na porta depois de alguns minutos.
- Entre. - Dumbledore falou e Hayssa abriu a porta com cuidado - Com licença senhor...o senhor mandou me... - mas antes que ela terminasse viu John sentado sorrindo pra ela. Ela se adiantou correndo até ele com os braços abertos.
- Olá minha querida. - John disse abraçando ela com carinho.
- Tio, o que o senhor está fazendo aqui?
- Decidi ver como estava. - ele disse e Dumbledore se levantou - Vou deixar que conversem em paz, além disso quero ver os doces que teremos para o almoço. - o diretor colocou a mão na cabeça na garotinha sorrindo e saiu fechando a porta atrás de si.
- E como está heim?
- Estou bem tio, são só aquelas coisas que eu lhe disse na carta. - ela falou ainda com um ar de chateação. - Estava com saudades do senhor. - ela disse o abraçando novamente.
- Eu lhe disse para não se preocupar com as coisas que ouvir, minha querida. - ele se ajoelhou ficando na altura dela - O que importa é que eu amo muito você.
- Eu sei. - ela sorriu carinhosamente e John disse - Não importa o que os outros digam, não importa como você seja... - uma pausa na qual ele segurou o rosto dela - Você sempre será a minha princesinha.
N/A: Oi pessoal, espero que estejam gostando e para saber isso preciso de comentários. Mandem críticas, sugestões, enfim...aceito tudo, rs, mas por favor não me "esculachem". Milhares de agradecimentos a todos que estão lendo.
Bjos. *Hermione Granger* (Nayara)
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