– Você sabe o que deu nela Mione?

– Não, esses dias a gente não tem conversado muito. Ela fica muito tempo naquela sala precisa ou fica debaixo da coberta no quarto escrevendo no diário.

– E o que ela escreve?

– Não sei Harry! – Hermione olhou-o como se estivesse ofendida – Eu não fico lendo o diário dela, nunca li, se ela quiser que eu saiba de alguma coisa ela vai me contar.

– Uhun, mas você não consegue descobrir nada?

– O que exatamente aconteceu naquela sala pra você estar tão preocupado com ela assim?

– Ela chorou Mione, chorou. – ele fez uma cara de desespero e olhou pro chão.

– Posso tentar – ela disse tentando reconforta-lo. – Mas porque ela chorou?

– Não sei, ela é sempre tímida perto de mim, a única coisa que fiz foi perguntar se ela tinha medo de mim. Ela disse que não e abaixou a cabeça. Cheguei perto dela e levantei seu rosto, foi quando vi uma lágrima escorrendo, aí ela virou e saiu correndo.

– Não se pergunta uma coisa dessa Harry! Principalmente para ela, que como você disse, é muito tímida.

– Foi brincadeira Mione.

– Eu sei, mas essa brincadeira de alguma forma a deixou mal. Vou tentar descobrir alguma coisa, mas não te garanto nada e vou deixar bem claro que não estou fazendo isso só porque você pediu, mas porque estou preocupada também.

– Brigado Mione.

– De nada, agora vamos, temos mais aula essa tarde.

– Eu sei, infelizmente sei.

Os dois foram para aula de herbologia onde encontraram Rony já sentado com a cara emburrada. Enquanto isso, Gina estava na aula de poções, mas nem sabia exatamente o que fazia quando o caldeirão que usava expludiu.

– Francamente Weasley. Não é possível que ninguém nessa família tem talento. – Snape disse enquanto lançou um feitiço que arrumou tudo – E 10 pontos a menos para Grifinória por causa da bagunça. Agora, comece de novo e trate de acertar.

Ela foi obrigada a prestar atenção no que fazia até o fim da aula, quando Snape voltou para observar seu caldeirão, fez cara de desgosto, mas deixou-a sair no fim da aula junto com os outros alunos, sem “prende-la” para ficar fazendo exercícios.

Ela saiu e foi direto a sala precisa.

– Imaginei que iria te encontrar aqui.

– Oi Mione...

– Gina, vou direto ao ponto, embora não faça muito isso, mas o que está acontecendo com você?

– Porque?

– Porque o Harry veio falar comigo.

– Menos mal, pensei que ele iria falar comigo, mas prefiro falar com você se eu tiver que explicar alguma coisa.

– E tem. Gina pode confiar em mim, você já devia saber disso, eu só quero te ajudar. Me explique para que eu possa te ajudar.

– Mas já não está na cara?

– Um tanto quanto, mas não para ele, ele não vai perceber, a não ser que alguém conte...

– O que ninguém vai fazer! – Gina completou rapidamente.

– Se você não quer... Agora me conte.

– Como você já percebeu, eu gosto do Harry, mas isso não está me fazendo bem. Mione eu sou muito tímida e não consigo ficar perto dele.

– Por isso você chorou?

– Mais ou menos.

– Como mais ou menos?

– Eu estava pensando nele quando ele chegou à sala, o que já me deixou bastante nervosa, mas quando ele me perguntou se eu tinha medo dele, eu não sei, doeu. Doeu muito, não sei explicar, foi como uma facada. Minha única reação foi abaixar a cabeça. E a dor que senti me fez chorar, quando ele me viu chorando eu corri.

– Não imaginava que você gostasse tanto dele assim.

– Nem eu, mas aquela dor foi horrível. Nunca imaginei sentir aquilo.

– Gina, eu sei que você já sabe disso, mas eu tenho que dizer, você precisa tira-lo da cabeça.

– Mas eu não consigo Mione – dizendo isso uma lágrima caiu.

– Não chore.

Hermione abraçou-a e ficou passando a mão em seus cabelos ruivos.

– Mione, vou tentar esquece-lo - disse saindo dos braços da amiga- e por favor não conte a ninguém, principalmente ao Harry.

– Ok, não vou contar.

– Obrigada, vou para o salão comunal da grifinória.

– Eu te acompanho.

Elas saíram da sala precisa e foram para o salão comunal. Chegando lá, Harry e Rony estavam sentados nas poltronas perto da lareira. Gina subiu direto para o quarto e escreveu: