O bom de ser monitor

                                      CAPÍTULO 11

Narração por James


Não vou negar que foi uma semana difícil.

Mesmo não querendo, meu coração batia mais rápida e dolosamente quando eu via Lily abraçada com aquele idiota do Diggory, já que agora os dois estavam namorando e ficavam o tempo todo se agarrando por ai. O ciume era inevitável, a vontade de avançar naquele idiota também. E cada vez que isso acontecia, eu agarrava a garota que estava mais perto de mim.

Não que eu esteja reclamando, lonje disso.

Quer dizer, estou reclamando em partes.

Nenhuma delas se compara a Lily, até os beijos que eu roubava da ruiva, na minha opinião, eram melhores do que os dessas garotas, que me beijam por livre e espontânea vontade.

Era minha noite de ronda, e depois de mandar todos para a cama (com a ajuda de Lily, é claro, ela realmente tem uma garganta boa) e fui para os corredores desertos do segundo andar.

Como sempre, passava chutando as portas dos armários de vassouras, espantando os casais escondidos, que saiam me xingando e reclamando de como a vida é injusta.

Ora, eles estavam se agarrando e ainda reclamam? Eu queria ter uma namorada para agarrar.

E eu poderia ter, se a garota que eu amo não fosse tão cabeça dura.

E foi ai que eu vi Mary McDonald. Ela sem dúvidas é uma das garotas mais bonitas de Hogwarts, pele bronzeada, com os olhos castanhos esverdeados um pouco mais escuros do que o meu, um corpo para ninguém por defeito, cabelos castanhos um pouco abaixo dos ombros, lisos com as pontas cacheadas, e é do nosso ano, além de ser da Grifinória...

E James Potter parte para o ataque.

- O que uma moça tão linda e indefesa faz sozinha nos corredores? Já passou da hora de andar pelo castelo... - Eu sussurrei em seu ouvido, ela de costas para mim. 

- Desculpe senhor monitor, esqueci que você agora é responsável. - Ela falou, virando lentamente para me encarar, seus olhos verdes me fitando com desejo, um sorriso brincando nos lábios.

- Sabe qual é a vantagem de ser monitor? - Eu perguntei, me aproximando mais um pouco dela. Coloquei uma mecha atrás de sua orelha. 

- Não, que tal me contar? - Ela respondeu, colocando seus braços em meu pescoço. 

- É que os monitores podem ficar nos corredores depois da hora... - E a puxei para uma sala vazia.




Narração por Lily


Amos e eu andávamos cada vez mais juntos. Eu o ajudava com as lições, e ele me ajudava com Herbologia, o meu ponto fraco.

Ele havia se tornado um grande amigo. E em uma tarde, caminhávamos pelas margens do Lago Negro. Ele com um braço envolto em meus ombros, e eu com o braço em sua cintura, me virei rapidamente e o beijei. 

Sim, eu, Lily Evans, tomei a iniciativa e beijei Amos. E estamos juntos dez de então. 

Não estamos namorando, mas também não somos apenas amigos.
Estamos... "ficando".

Oh Mérlin, aonde eu estou com a cabeça? 

Não que eu não goste dele, eu gosto, e gosto muito, mas não do jeito que ele gosta de mim. Não o amo. E sinto que ele está se envolvendo cada vez mais... 

E eu não consigo dar um fim. Não posso dizer que acabou, não posso magoar os sentimentos dele. Mas também não posso continuar com isso. 

Depois de ter mandado todos para a cama, Potter saiu para sua ronda, e eu sai também. 

Enquanto ele ia para para o 2º andar, rumei para o 5º andar, onde ficava a Torre da Corvinal. 

Juro que não havia feito a ligação. 

Estava andando pelos corredores, quando ouvi passos atrás de mim.
Me virei rapidamente, a varinha em punhos, e suspirei aliviada quando vi Amos correndo em minha direção. 

- Amos, quer me matar do coração? O que faz aqui fora? Hoje não é seu dia de ronda... - Perguntei levantando uma sobrancelha.

- Lily, eu preciso falar com você. - Amos me olhou sério, enquanto eu confirmava com a cabeça, e ele me puxava para o Salão Principal. 

Ele me levou até um canto do Salão, e virou-se para mim. Podia ver a agonia em seus olhos, e então ele suspirou. 

- Lily, sinto você tão distante, mesmo estando aqui do meu lado. Eu percebo Lily, pode não parecer, mas eu percebo que você não gosta de mim. Ou pelo menos não me ama. E eu também sei que você ama alguém, mas tenho certeza que esse alguém não é eu. E é por isso que eu te chamei aqui, porque enquanto cada dia que passa eu gosto mais de você, você fica mais distante, mais aérea. Vive suspirando, com o olhar perdido, e não adianta negar Lily, eu já vi você chorando pelo castelo, já vi suas amigas consolando você, Remo e Sirius vivem lembrando você de alguma promessa. E é por isso que eu vou terminar com você Lily, para libertar você, te deixar ser feliz, porque você não está feliz comigo. - Ele terminou de falar, e afagou meu rosto. 

E tudo veio á tona. Não precisava me fazer de forte enquanto estava com ele. Em um gesto súbito, eu abracei Amos, enterrando minha cabeça em seu peito, minhas lágrimas, que escorriam febrilmente, encharcando sua camisa. Ele não fez objeção, me abraçou forte, em um gesto de proteção. Afagou meus cabelos, enquanto eu soluçava. Ele sentou no chão, com as costas apoiada na parede, e me puxou para sentar no colo dele. Seus braços ainda me envolviam e ele continuava a afagar meus cabelos.

- Me desculpe fazer você passar por isso. Eu gosto de você, mas não é amor, eu tenho você como um grande amigo, eu confio em você. Eu queria realmente me apaixonar por você, Amos, mas a gente não manda no coração. - Falei entre soluços, lembrando da frase que Lene havia me dito á uns dias atrás. Ele apenas beijou minha testa, e apoiou sua cabeça na minha, cantarolando baixinho uma música de ninar trouxa.




Narração por James


A morena tinha fôlego. Mas ainda assim faltava algo. Algo que nenhumas das 50 garotas que fiquei nessa semana tinham. Faltava um certo perfume de flores, um certo cabelo ruivo, uma certa garota baixinha, com olhos muito verdes que transpareciam a alma, e com um gênio muito forte. Faltava ELA.

Como de costume, dei uma desculpa qualquer para Mary, que fechava os botões de sua blusa, e fui para o Salão Comunal terminar minha ronda.

Mas quando passava pela porta, minha visão me impediu de continuar. Amos estava sentado no chão, com lágrimas nos olhos, e afagava os cabelos de Lily, que estava aos prantos sentada em seu colo.

Eles estavam na parede rente a porta, de modo de não conseguiam me ver, mas por precaução coloquei minha Capa. Precisava descobrir o que deixou os dois naquele estado, nunca havia visto Lily tão desesperada.

- Lily, se acalme, não é fim do mundo. Você nem gostava tanto de mim para chorar tanto. - Ele falou, enquanto bagunçava os cabelos dela, e limpava as lágrimas do rosto. O que ele queria dizer com aquilo? 

- Amos, não diga isso, está me fazendo chorar mais. - Ela respondeu enquanto dava leves risadas. Amos secava as lágrimas de seu rosto. 

- Eu sempre vou estar do seu lado ruiva, mesmo agora que terminamos, eu sempre vou estar aqui para te fazer cafuné. - Ele abriu um sorriso de lado, enquanto ela o fitava. 

Eles haviam terminado? Era esse o motivo do choro? 

Eu não podia continuar ali. Mesmo querendo saber o motivo, minha consciência dizia que era errado, ficar ali espiando um momento tão íntimo dos dois. 

- Quer um conselho? Vá falar com ele. Não vale a pena sofrer por pouca coisa, Lily. Se você gosta dele, vá, lute, corra atrás. Não deixe que seu orgulho atrapalhe isso. - A ruiva voltou a chorar em seu peito, e ele, a chorar junto com ela. 

Não pude mais continuar ali, dei meia volta e subi correndo para a Torre da Grifinória.

Abri a porta do modo mais silencioso que pude. Por um milagre, os Marotos já dormiam. Agradeci a Mérlin por isso, a única coisa que desejava era um interrogatório dos meus amigos. Deitei na cama sem mesmo trocar de roupa e fechei o cortinado, descansando minha cabeça no travesseiro.

Amos e Lily haviam terminado.

Meu coração bateu com alívio.

Lily amava algum garoto e não queria admitir.

Meu coração doeu.

Mas esse garoto podia ser eu.

Meu coração bateu freneticamente.

Amanhã, Grifinória jogaria contra Sonserina, e depois da nossa vitória, eu iria falar com Lily. Iria insistir mais uma vez, a útima vez.
Precisava saber quem Lily amava.

Amanhã seria um dia decisivo.

Adormeci com a imagem de Lily em minha cabeça, aonde estávamos deitados em uma cama, e sua cabeça apoiada em meu peito, seus cabelos espalhados por minha barriga. E eu a abraçava protetoramente, mantendo Lily comigo. 

Afinal, ali era o seu lugar.




Narração por Lily


Não sei quanto tempo ficamos ali, chorando sozinhos no Salão Principal. 

Amos me pegou no colo, e me aninhou em seus braços enquanto me levava para a Torre. A Mulher Gorda, vendo meu estado, deixou Amos entar sem perguntar a senha, e agradeci internamente por isso. Ele me deixou nos pés da escada. 

- Você vai ficar bem? - Ele me perguntou, arrumando meu cabelo, que estava molhado devido nossas lágrimas. 

- Vou. - Prometi a ele. - Obrigada por cuidar de mim. 

- Não fiz mais do que minha obrigação. - Ele me lançou um sorriso, e dando um beijo em minha testa, saiu do Salão. 
Subi as escadas lentamente, repassando a cena em minha cabeça, as palavras de Amos martelando em meus pensamentos. Como ele sabia que eu amava alguém?

Como podia ter adivinhado apenas olhando em meus olhos? 

Amanhã, era o jogo da Grifinória. Lembrei da promessa que fiz a Remo e Sirius. Suspirei.

E como eu faria para derrubar meu orgulho, e lutar pela minha felicidade?

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MAIS UM CAPÍTULO!

O próximo será o último.... vamos ver se finalmente eles se acretam. 

ou talvez eu dê uma de má e faça lily ficar com amos. 

não nego que estou pensando nessa possibilidade.....

enfim, tenho que terrminar rápido pq minha mão está gritando para  sair do pc

então não vou poder agradeçer aos comentários como deveria

MAS OBRIGADA A TODOS QUE COMENTARAM!!!!!!!!!!!

SINTAM-SE ABRAÇADOR E BEIJADOR POR MIM

e mordidos também porque eu adoro mordidas

enfim, boa noite, amo você meus leitores! 

 

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