Primos não se escolhem



- Olá, James - Rose sorriu afetivamente - Sente-se aqui. Al está vindo com alguma coisa para comermos, quer ficar conosco?


- Não, valeu, Rose - James agradeceu - Só passei aqui pra ver se você estava bem.


- Estou sim, obrigada por perguntar - disse Rose, voltando a atenção para o livro - O que foi que McGonagall fez com vocês?


- Não foi muita coisa, só disse que vai mandar uma carta para os meus pais.


Não foi muita coisa? - disse Rose, fechando o livro - Tia Gina vai ficar uma fera com você, e Tio Harry vai ficar muito decepcionado.


- Não vai não, ele vai entender, já deve ter passado por isso!


- E passou, mas foi porque tinha um maníaco com sete vidas a mais procurando por ele! - Rose se exaltou - Escute, James, eu sei que é chato e que crescemos ouvindo esse tipo de coisa, mas Tio Harry e meus pais só fizeram isso porque tinham que fazer, e não pense que foi só diversão como foi com Malfoy hoje...


- Então você achou divertido?
- Não disse isso, disse que talvez você achasse, porque...


- Deixa pra lá, ok? Vou deitar e descansar um pouco.


- Certo, então - Rose deu de ombros.


Ela sabia que nunca fora uma boa ideia tentar conversar com James, ele era rebelde demais para poder compreender alguma coisa que realmente fazia sentido. A única pessoa, pelo menos do sexo masculino, que ela sabia que podia contar sempre era seu primo Alvo.


- Quem quer bolinhos? - ele chegou, sorridente, trazendo uma bandeja.


- Eba, são de quê? - disse Rose, agora se livrando completamente do livro.


- Tem sabores variados - disse Alvo, mas ao ver a expressão preocupada no rosto da prima apressou-se a explicar - Ah, não, eu quis dizer que tem vários sabores, morango, chocolate, amora, uva.


- Ai, ufa - Rose deixou escapar - Eu aqui com uma fome dessas e você me prega esse susto.


- Foi sem querer - desculpou-se Alvo, ainda rindo - E cadê James?


 Disse que foi descansar. McGonagall vai escrever cartas aos seus pais.


- Isso não é nada bom, mamãe vai redrobrar os cuidados.


- Foi o que disse a ele - Rose concordou - Mas ele simplesmente não está nem aí. Ele tem andado muito desleixado, se quer saber a minha opinião.


- Pois eu não queria saber a sua opinião mesmo - brincou Alvo.


- Bobo - repreendeu-o Rose com uns leves tapinhas no braço - Mesmo que não quisesse, eu sou livre para expressar minha opinião.


- Quem te disse isso? - Alvo riu mais ainda.


- Foi minha mãe, e não ria disso! - Rose disse, agora ela mesma rindo - Ela disse que não devo ter medo de expressar a minha opinião e que não devo deixar ninguém me intimidar.


- Nem seu primo lindo e maravilhoso? - perguntou ele.


- Que primo é esse que eu não sabia que tinha?


- Infantil...


- Ah, cala a boca - Rose gargalhava - Você tá ficando igual ao James.


- Eu te amo, prima.


- Eu também, Al.

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