Amizade em suspensão - Parte I
Quente, quente e quente... Aquele quarto deveria ser mais arejado, ou será que suas roupas estavam tolhido-a? ‘Deve ser a roupa’, ela pensou sordidamente.
Céus! Como aquilo estava voluptuoso, insano e deliciosamente excitante... Ela não sabia como tinha conseguido arrepiar ainda mais os cabelos revoltos de Harry, muito menos onde estava sua blusa ou ainda onde estava a dele e seu cinto (dele)...
Harry lhe acariciava fazendo-a sentir-se completamente dependente daquilo, seus beijos, ela necessitava. Faminta por seus olhos, com medo de perder contato... As mãos dele simplesmente a levavam ao céu, fazendo-a delirar de um modo que nunca, em toda vida, lembrava ter acontecido. Ele tirava todo seu alto controle... Suas mãos rapidamente abriram o zíper da calça dele.
Harry, a tempo, tinha se perdido em toda mulher que era Hermione. Ele não sabia porquê demorou a fazer isso (descartando a lembrança de que a amiga havia dado o primeiro passo). Certo que ver, melhor dizendo, rever, o que se quer esconder é praticamente impossível. Mas quando um toque faz idéias surgirem, reações inesperadas acontecerem... você não tem para onde correr, admita, essa luta está ganha, você foi o perdedor... ou vencedor?
Ele descobriu (redescobriu) que amava a mulher mais perfeita (ao menos para si) de toda Terra, a amiga mais leal e sincera que tive e terá, a mulher mais bela e inteligente que conhecia, a mais doce e sarcástica garota, que amava Hermione Jane Granger, ou apenas, sua Mione...
Estavam perdidos no próprio universo paralelo que criaram para eles, se uma bomba explodisse a alguns metros deles era capaz de não perceberem nada. Era uma insanidade gostosa.
A bermuda dela esquecida a um canto, quase perdida...
Os beijos mais famintos poderiam ser vistos agora, saboreando, compartilhando sensações. Eles não temiam, incorporavam-se ao outro, sentindo-os, no cerne da alma. As mãos dele encontraram suas costas e chegaram até o sutiã sem alça, desabotoando-o. E por um instante ele se afastou, o olhar brilhante, aquecendo Hermione... Não era apenas desejo que ela via ali, isso não lhe deixava temer, era uma mistura quase completa, só não encontrou o medo nos verdes, mais que luminosos, dele.
Ele voltou a beijá-la, as mãos do homem subindo por suas pernas, ela queria tanto senti-lo... Hermione puxou o lábio inferior de Harry, e depois o mordiscou e tudo voltou a ser um encontro sedento de línguas. Harry tocou outra parte sensível dela, sua reação foi... Quase metódica e instantânea: Hermione gemeu na boca dele, arranhando suas costas... Um arrepio perpassando por si, ela prendeu uma das pernas dele com a sua.
***
Eu não sei o que me domina
E mesmo assim não penso em me livrar
Num fascínio de alma gêmea
Você em mim constrói o seu lugar
O amor se fez me levando além onde ninguém mais
Criou raiz, ancorou de vez, fez de mim seu cais
Lendo a rota das estrelas
Hermione acordou, no entanto não abriu os olhos, sua mão fora direto para o lado. Mas lá, só não esperava encontrar o lençol. – talvez um corpo ‘estranho’ - Abriu os olhos repentinamente. O que significava?
Não poderia ter sido um sonho! Não podia ser um delírio... Sentou-se na cama e então percebeu: estava nua.
A não ser que fosse sonâmbula, e tinha absoluta certeza que não era (uma sonâmbula louca...), aquilo significaria outra coisa, diferente do que acontecera (ou que imaginava ter acontecido? – Droga! ).
Olhando a volta, conseguiu sair da cama e catar suas roupas. Foi pro banheiro. A água passando por seu rosto, corpo. Nem se importava. Estava sentindo-se mal, e aquele sentimento não condizia com o que havia ocorrido, apreciado, na noite anterior... E sabia bem demais qual dos dois aproveitara melhor...
O que, afinal, havia acontecido em... – que horas eram? – cinco horas?
Saiu logo depois e pôs uma roupa qualquer. A mulher respirou fundo, fechando os olhos, prendeu o cabelo em frente ao espelho. E, com lentidão, desceu as escadas e se dirigiu para a sala. Quase se atirou no sofá, não sentia ânimo para comer. Não tinha ânimo pra nada.
O que estava sentindo? Abandono? Desmazelo? Também, mas nada superava a... Raiva, muita raiva! Mas aquele maldito, ordinário, falso, ousado, safado – que é, além disso, um homem inteligente, gentil, cortês, lindo, o amigo por quem, ’curiosamente’ , estou apaixonada... - ouviria muito quando chegasse segunda-feira.
Só poderia dar errado – levando em conta que eu não sou sonâmbula – sabia disso e insistira?
Isso não se chama demência?!
Que ótimo. Isso certamente me consola!
Se quer saber, meu trabalho não é remunerado, e não estou aqui pra dizer o que quer ouvir...
Então não fala nada!
Eu...
Calada! Já basta uma Hermione por aqui.
Ouviu um barulho, e vinha da cozinha, o que diabos era aquilo? Alguém invadiu sua casa? Nem em momentos assim tinha sossego? Era ‘lasca’. Contrariada, se levantou.
Quando chegou a porta da cozinha, sentiu um alívio tremendo, quase como se a felicidade tivesse voltado a si. Harry Potter, só de calça, encontrava-se fazendo a comida. – de qualquer modo, lembrou depois, nem estava com varinha a mão se, no caso, houve um ladrão ou algo parecido...
-Bom dia, dorminhoca! – ele sorriu ao vê-la, o sorriso ficando menor ao observá-la melhor.
Ela sorriu, sorriso largo, contagiante, aliviado... Sem hesitação foi ao seu encontro, Harry lhe abraçou pela cintura e lhe deu um selinho, puxando-a para si. Hermione sentiu o cheiro que vinha da curva dele, antes de se afastar para encará-lo, seus rosto a centímetros, seus lábios rentes.
Harry dessa vez tocou seus lábios (nada acidentalmente, por sinal), Hermione só sabia que estava mais uma vez sendo tomada por sua boca. Ao seu ver, ela sabia que não cansaria de beijá-lo, nunca. As mãos dela, nada envergonhadas, caminhavam por toda extensão de Harry, este apenas a trazia, empurrando devagar, mais para trás, encostando-a numa parede.
-Agora sim, bom dia – suspirou antes de beijá-lo mais uma vez.
***
Ela não estava o xingando até algum tempo atrás?
Mas também, como iria imaginar (e ela deveria!), que Harry não havia ido embora?
Certo, certo... Desta vez ele não tivera culpa. Sabia que Harry nunca, nunca mesmo, faria isso com alguém, muito menos com ela... Sentia-se culpada por pensar assim, tão mal, dele...
Mas era medo, ela gosta tanto dele, tanto que às vezes machuca só de imaginar... Não é bom quando você se decepciona... Ainda mais por alguém que você respeita e gosta, que conhece há anos. Mas ela deveria saber que ainda como Harry e sua opinião são importantes a ela, para ele Hermione significa muito...
Nesse abraço se fez um ciclo
Que não tem fim e é todo o meu viver
É como alcançar o infinito
Reflete em mim e volta pra você
Ela se sente perfeita com ele, seria algo inexplicável se não houvesse essa única palavra: Amor.
E o melhor é que isso não ficava só na imaginação, ela podia expressar, sem temer.
Nesse abraço se fez um ciclo
Que não tem fim e é todo o meu viver
É como alcançar o infinito
Reflete em mim e volta pra você
Senti-lo foi maravilhoso, poder amá-lo sem mascarar, sem agir como apenas melhor amiga, sem tentar esquecer que gostava muito mais, sem prestar atenção no que sua consciência gritava nervosamente, sem pensar no que os outros irão pensar ou reagir, foi melhor ainda...
Ela o queria para si, ele a queria para si, o que há mais de complicado?
***
O amor se fez me levando além onde ninguém mais
Criou raiz, ancorou de vez, fez de mim seu cais
Lendo a rota das estrelas
Estavam na sala, Hermione deitada no colo de Harry, este estava no tapete com um cacho dela na mão. Silêncio reconfortante entre eles.
-Precisamos conversar...
Uma coruja branca entre na sala, interrompendo-o.
Hermione se senta ao seu lado, deixando livre um espaço para a coruja.
-Olá Edwiges – Harry acariciou a coruja. – Uma carta pra mim, certo? – a coruja piou, estendendo a pata. – Tudo bem.
(N.: Não me responsabilizo mais, por aqui! >.<)
Por que achava que não deveria abrir?
Ele suspirou.
-Vamos lá, Harry! – ela estranhou a hesitação dele. - Não pode ser tão ruim assim, é apenas uma carta - Hermione afagou sua mão. – Deve ser apenas um comunicado do ministério.
Então ele abriu:
Caro Harry,
Primeiramente, bom dia...
Desculpe incomodá-lo, onde quer que esteja. Mas de qualquer modo é importante, estou tentando entrar em contado com você desde sábado. Mandei irem no seu apartamento mais ninguém o encontrava, ninguém sabia de você por aqui, e a Srta. Hermione Granger não teve expediente esses dias, também não achei interessante incomodá-la com meus assuntos. Me restou usar sua coruja, como me disse um dia, ela sempre te encontra.
Bom, serei breve, estou escrevendo apenas para avisá-lo sobre uma nova missão... Eu prometo, que desta vez, você conseguirá férias (cumprida a tarefa), senhor Potter.
Segunda-feira você deve estar aqui, no departamento, às seis horas da manhã, sem atraso, com malas prontas para uma viajem de alguns dias. Você receberá todas as informações aqui. Não é algo difícil, não pra você, tenho certeza que apreciará.
Atenciosamente,
Ivan Kitller
O amor surgiu como um em mil, por você eu vim
E assim será a me conduzir, sem mandar em mim
Como o vento e o barco a vela, que nos leva sem fim
Eles se entreolharam.
Final perfeito, não?
Harry não sabia bem o que dizer, mas havia de dizer algo... Começando por onde havia parado.
-Realmente precisamos conversar...
Hermione não queria pensar agora, ela só queria ficar quieta, com Harry a seu lado, pensar depois...
Ele continuou:
“Você sabe o quando eu...“
Calando-o, pondo a mão em sua boca. – Eu não quero falar do que vai acontecer, Harry... Vamos deixar tudo correr, está bem? – pediu - O futuro inexiste... – ela sussurrou.
Harry apenas acariciou a face da amiga, da amante.
-Está bem...
***
(continua)
***
Oie...
Eu disse... Eu não to muito bem...
Me perdoem...
Essa continuação ficou totalmente podre, eu ia fazer outras coisas mas não deu tempo...
Bem Acho que esse cap terminou...
Essa música é do Jorge vercilo -Ciclo; Eu a acho linda!
E quando ouvi só vi H² (obviamente...)
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!