O Embarque na Plataforma 9 1/2
No último capítulo:
–Fim... Quem quer ler agora?
–Eu. - falou Frank. Neville sorriu para seu pai (:
O ÚLTIMO MÊS DE HARRY na casa dos Dursley não foi nada divertido.
– Que novidade... – Disse Remus irritado.
É verdade que Duda agora estava tão apavorado com Harry que não queria nem ficar no mesmo aposento com ele,
Fred sorriu.
e Tia Petúnia e Tio Válter não trancaram Harry no armário nem o obrigaram a fazer nada, tampouco gritaram com ele, na verdade, sequer falaram com ele.
– Acho bom mesmo – Murmurou James
Meio aterrorizados, meio furiosos, agiam como se a cadeira em que Harry se sentasse estivesse vazia.
Rosnados.
Embora isso fosse sob muitos aspectos um progresso, tornou-se um tanto deprimente depois de algum tempo.
Harry ficava em seu quarto, com a nova coruja por companhia. Decidira chamá-laEdwiges, um nome que encontrara na História da Magia.
–Você leu História da Magia? – Perguntaram Fred, Jorge, Sirius, James, Rony, Frank e Neville. Todos chocados.
–Dei uma olhad-dinha. – Disse Harry, tremendo, pois Fred o sacudia como que para consertá-lo.
Seus livros de escola eram muito interessantes.
Harry fugiu do alcance dos gêmeos, que queriam sacudi-lo novamente. Oras ele não conhecia magia! É normal que ache livros sobre tal interessantes!
Deitava-se na cama e lia até tarde da noite.
Os gêmeos estavam quase chorando.
–Oh Harry! Você com aventura no sangue! Fica lendo até tarde! – choramingava Jorge.
Todos riam.
Edwiges voava para dentro e para fora da janela, quando queria. Era uma sorte que Tia Petúnia não aparecesse mais para passar o aspirador de pó, porque Edwiges não parava de trazer ratos mortos para o quarto.
As meninas torceram o nariz.
Toda noite, antes de se deitar para dormir, Harry riscava mais um dia no pedaço de papel que pregara na parede, para contar os dias que faltavam até primeiro de Setembro.
No último dia de Agosto ele achou melhor falar com os tios sobre a ida à estação no dia seguinte,
– Você foi avisá-los um dia antes? – Perguntou Mione de boca aberta.
Harry apenas deu de ombros. Fazer o que?
por isso desceu à sala de estar onde eles estavam assistindo a um programa de auditório na televisão. Pigarreou para avisar que estava ali e Duda deu um berro e saiu correndo da sala.
Régulus bufou, que menino mais medroso e mimado... Tudo bem que ele também foi umpouco mimado, mas aquilo já era exagero!
— Hum... Tio Válter?
Tio Válter resmungou para indicar que estava escutando.
— Hum... preciso estar amanhã na estação para... embarcar para Hogwarts.
Tio Válter resmungou outra vez.
– Onw meu filho é tão educado com gorilas anti-socias!- Falou Lily apertando as bochechas do filho.
– AI!- Lily apertou demais a bochecha de Harry.
Todos sufocaram as risadas.
— Será que o senhor podia me dar uma carona?
Resmungo. Harry supôs que quisesse dizer sim.
— Muito obrigado.
E já ia voltando para cima quando Tio Válter falou de verdade.
— Que modo engraçado de ir para a escola de magia, de trem. Os tapetes mágicos furaram todos?
– Acho que um furo não faria diferença para os tapetes mágicos- disse Mione pensativa no que Rony e Harry reviraram os olhos. Hermione sempre seria Hermione.
Harry não respondeu.
— Onde fica essa escola afinal?
— Não sei — disse Harry pensando nisso pela primeira vez.
– Unf! Essa foi uma das primeiras coisas que eu procurei nos livros! E achei isso e muito mais em Hogwarts... – Dizia Mione.
–... Uma História – Completaram os do presente.
Como já foi dito, Hermione sempre seria Hermione.
Tirou do bolso o bilhete de passagem que Hagrid lhe dera.
— Vou tomar o trem na Plataforma 9 e ½ às onze horas — leu.
A tia e o tio arregalam os olhos.
— Plataforma o quê?
–Que gente surda – Falou Frank.
— Nove e Meia.
— Não diga bobagens — repreendeu Tio Válter — Não existe Plataforma Nove e Meia.
– Oh claro! Porque pode existir uma sociedade bruxa! Mas uma plataforma escondida não! – Murmurou Régulus.
— Está no meu bilhete.
— Loucos — disse Tio Válter — De pedra, todos eles. Você vai ver. É só esperar. Está bem, levaremos você até a estação. De qualquer maneira tínhamos de ir a Londres amanhã ou nem me daria ao trabalho.
Então. Lembra-se da ‘listinha’? Ela não tinha mais nada de ‘inha’.
— Por que o senhor vai a Londres? — perguntou Harry, tentando manter a conversa cordial.
— Vamos levar Duda ao hospital — rosnou Tio Válter — Precisamos mandar cortar aquele rabo vermelho antes de mandá-lo para Smeltings.
Todos caíram na gargalhada depois dessa.
– Por quê? Ele já tem o resto! Nunca pensei que veria um porco sem o rabo – Dizia James.
* * *
Harry acordou às cinco horas na manhã seguinte
Os homens ali estavam de boca aberta!
– Cinco horas? Que crime é esse? – Dizia Sírius. – Eu com 11 anos mal conseguia acordar as 7:30 em Hogwarts.
–Eu tava empolgado tá? – Defendeu-se Harry.
Lily não disse nada, fez a mesma coisa no seu primeiro dia.
e estava demasiado excitado e nervoso para voltar a dormir. Levantou-se e vestiu o jeans porque não queria entrar na estação com as vestes de bruxo, mudaria de roupa no trem. Verificou novamente a lista de Hogwarts para se certificar de que tinha tudo de que precisava, viu se Edwiges estava bem trancada na gaiola e então ficou andando pelo quarto à espera que os Dursley se levantassem.
Duas horas mais tarde, a mala enorme e pesada de Harry fora colocada no carro dos Dursley. Tia Petúnia convencera Duda a se sentar ao lado do primo
– Coitado... – Dizia Remus
Todos o olharam com uma cara: õ.Ô
–... Do Harry – Completou – Seus impacientes.
e eles partiram. Chegaram à estação de King´s Cross às 10:30h. Válter jogou a mala de Harry num carrinho e empurrou-o até a estação, com um gesto curiosamente bondoso até Tio Válter parar diante das plataformas com um sorriso maldoso.
– Cuidado com o que diz Dursley – Alertou James
– Amor, querido, isso é um livro – Disse Lily se segurando para não rir.
— Bom, aqui estamos, moleque. Plataforma nove, plataforma dez. A sua plataforma devia estar aí no meio,
– Ela está aí no meio seu trouxa idiota! – ralhou Frank
– Frank, querido, um: isso é um livro, dois: ele é mesmo um trouxa. – Falou Aly lançando um olhar cansado a Lily que correspondeu com um sorriso. Homens...
mas parece que ainda não a construíram, não é mesmo.
Ele tinha razão, é claro.
Havia um grande número nove de plástico no alto de uma plataforma e um grande número dez no alto da plataforma seguinte, mas no meio, não havia nada.
Frank ia dizer alguma coisa, mas Alice lançou um abaffiato nele (N/Gio: esse feitiço era comum na época dos marotos ^.^’)
— Tenha um bom período letivo — disse Tio Válter com um sorriso ainda mais maldoso.
E foi-se embora sem dizer mais nada.
Se no primeiro livro a ‘lista’ já estava daquele tamanho... Bom, fariam mais um volume...
Harry se virou e viu o carro dos Dursley partir. Os três estavam rindo.
... Dois talvez.
Harry sentiu a boca seca. Que diabo iria fazer? Estava começando a atrair uma porção de olhares curiosos por causa da Edwiges. Teria que perguntar a alguém.
– Ao guardinha não! – Lamentou-se Lily ajoelhada no chão. Todo a encararam e ela corou. E se recompôs sem dizer mais nada.
Parou um guarda que ia passando, mas não mencionou a Plataforma Nove e Meia. O guarda nunca ouvira falar em Hogwarts e quando Harry não soube lhe dizer em que parte do país a escola ficava, ele começou a mostrar aborrecimento, como se Harry estivesse se fazendo de burro de propósito.
– Sei como é filho... Sei como é... – Disse Lily no que muitos riram.
Desesperado, Harry perguntou pelo trem que partia às onze horas, mas o guarda disse que não havia nenhum. Ao fim, o guarda se afastou, resmungando contra pessoas que o faziam perder tempo.
– Unf! Ele não mudou nada! – disse a ruiva.
Harry tentou por tudo no mundo não entrar em pânico. Pelo grande relógio em cima do quadro que anunciava os trens que chegavam, só lhe restavam mais dez minutos para embarcar no trem de Hogwarts e ele não tinha idéia de como ia fazer isso. Estava perdido no meio da estação com uma mala que mal podia levantar, o bolso cheio de dinheiro de bruxo e uma corujona.
– Perfeito! – Ironizou James.
Hagrid devia ter esquecido de lhe dizer alguma coisa que tinha de fazer, como bater no terceiro tijolo à esquerda para entrar no Beco Diagonal. Perguntou-se se deveria tirar a varinha da mala e começar a bater no coletor de bilhetes entre as plataformas nove e dez.
Todos riram, todos, claro, exceto Harry, que tentava se defender:
– Eu não sabia! – Dizia muito corado.
Naquele instante um grupo de pessoas passou as suas costas e ele entreouviu algumas palavras que diziam:
—... cheio de trouxas, é claro...
Os Weasleys e Harry sorriram, não tinha como esquecer aquele momento. Nunca.
– Bruxos! \õ/ - Comemoraram os do passado.
Harry deu meia-volta.
Era uma mulher gorda
– Harry... – Repreendeu Lily – Olha como fala dos outros!
Harry lançou um sorriso culpado aos Weasleys presentes que apenas sorriram. Não importava, sua mãe não era magra mesmo! E sabiam do amor mãe/filho que eles tinham ♥
que falava com quatro meninos, todos de cabelos cor de fogo.
Agora Lily, Mione, Remus e James se juntaram nos sorrisos, entendendo o que estava acontecendo.
Cada um deles estava empurrando à frente uma mala como a de Harry e levavam uma coruja. O coração aos saltos, Harry os seguiu empurrando o carrinho. Eles pararam e ele também, bem próximo para ouvir o que diziam.
– Nanana’ Harryzinho... – Disse Fred
–... É feio ficar ouvindo a conversa dos outros u.ù- Completou Jorge. No que todos riram, menos Harry, tadinho.
— Agora, qual é o número da plataforma? — perguntou a mãe aos meninos.
— Nove e Meia — ouviu-se a voz fina de uma menininha, também de cabelos ruivos que estava segurando a mão da mulher
Gina corou fortemente. E todos, que agora entendiam o que estava acontecendo, deram risinhos.
– Momento constrangimento! – Anunciou Sirius – Já estou até vendo!
— Mamãe, não posso ir...
O rosto de Gina estava bem camuflado nos cabelo vermelhos. E Harry a abraçou, como amava aquela ruiva. E seu pai reparou isso. “O gosto por ruivas é de geração a geração...” pensou.
— Você ainda não tem idade, Gina, agora fique quieta. Está bem, Percy, você vai primeiro.
O que parecia o menino mais velho marchou em direção às plataformas nove e dez.
Harry observou-o, tomando o cuidado de não piscar para não perder nada, mas assim que o menino chegou à linha divisória entre as duas plataformas, um grande grupo de turistas invadiu a plataforma à frente dele e quando uma mochila acabou de passar, o menino havia desaparecido.
— Fred, você agora — mandou a mulher gorda.
– Obrigado, obrigado – Disse Fred se alevantando e fazendo reverências a aplausos de sua cabeça.
– O médico mandou não discutir – Disse Gina.
Eles riram.
— Eu não sou Fred, sou Jorge — retrucou o menino — Francamente, mulher, você diz que é nossa mãe? Não consegue ver que sou o Jorge?
– Deem licença ao senhor indignação! – Anunciou Frank, no que muitos riram.
– Aposto que era o Fred mesmo u.u – Disse Sírius.
– Apoiado! – Disseram Remus e James.
Os gêmeos estavam surpresos! Já tinham reparado que James, Sírius e o Prof. Lupin era engraçados, mas pareciam muito bons nisso! Hum, investigariam mais depois.
— Desculpe, Jorge, querido.
— É brincadeira, eu sou o Fred — disse o menino, e foi.
– Rá! Nós dissemos! – Disseram os marotos fazendo uma dancinha estranha.
O irmão gêmeo gritou para ele se apressar, e ele deve ter atendido, porque um segundo depois, sumiu, mas como fizera aquilo? Agora o terceiro irmão estava se encaminhando rapidamente para a barreira, estava quase lá e, então, de repente, não estava mais em parte alguma.
–Como num passe de mágica - Disse Jorge, no que todos caíram na gargalhada.
E foi só.
— Com licença — dirigiu-se Harry à mulher gorda. (N/Giio: ¬¬’)
— Olá, querido. É a primeira vez que vai a Hogwarts? O Rony é novo também.
Ron ficou com as orelhas levemente vermelhas, mas ainda brincou:
–Vejamos o que Harry Potter achou de mim.
Harry parou de rir na hora! ~le pensamento censurado~ agora todos vão saber o que eu achava de tudo! Até da Cho, e da... Gina. Oh Meu Mérlin! Os ruivos vão me matar, pensou.
Ninguém pareceu notar, e continuaram a leitura.
Ela apontou o último filho, o mais moço. Era alto, magro e desengonçado, com sardas, mãos e pés grandes e um nariz comprido.
Rony ficou com uma cara de confuso e se autoavaliou.
– Espero que eu tenha mudado.
– Mudou sim Ron- Disse Mione – E pra muito melhor- Acrescentou baixinho.
Harry estava com vergonha, por que tinham que ver seus pensamentos Deus? Por quê?
— É — respondeu Harry — A coisa é, a coisa é que não sei como...
Lily e James deram sorrisos cansados. Queriam estar ali com seu filho. Mas tinham a impressão de que haviam pessoas dispostas a ajudarem seu herdeiro.
— Como chegar à plataforma? — disse ela com bondade, e Harry concordou com a cabeça — Não se preocupe. Basta caminhar diretamente para a barreira entre as plataformas nove e dez. Não pare e não tenha medo de bater nela, isto é muito importante. Melhor fazer isso meio correndo se estiver nervoso. Vá, vá antes de Rony.
Todos sorriram, realmente a Sra. Weasley era uma ótima figura materna para com Harry.
— Hum... ok.
E Harry virou o carrinho e encarou a barreira.
Lily estremeceu. Ela sentiu um pouco de medo na sua primeira vez. E olhando ao redor pode perceber que não foi a única.
Parecia muito sólida.
Os gêmeos apenas reviraram os olhos, o momento estava muito bonito para ser “estragado”, até porque teriam outras oportunidades.
Ele começou a andar em direção a ela. As pessoas a caminho das plataformas nove e dez o empurravam. Harry apressou o passo. Ia bater direto no coletor de bilhetes e então ia se complicar, curvando-se para o carrinho ele desatou a correr, a barreira estava cada vez mais próxima. Não poderia parar, o carrinho estava descontrolado, ele estava a um passo de distância, fechou os olhos se preparando para a colisão...
– Não vai haver – Disse Mione.
E ela não aconteceu... Ele continuou correndo.
Todos sorriram.
Abriu os olhos.
Uma locomotiva vermelha a vapor estava parada à plataforma apinhada de gente. Um letreiro no alto informava “Expresso de Hogwarts 11 horas”. Harry olhou para trás e viu um arco de ferro forjado no lugar onde estivera o coletor de bilhetes com os dizeres “Plataforma 9 e ½”.
Novamente, todos eram só sorrisos. A sua querida estação.
Conseguira.
Eles comemoraram.
A fumaça da locomotiva se dispersava sobre as cabeças das pessoas que conversavam, enquanto gatos de todas as cores trançavam por entre as pernas delas. Corujas piavam umas para as outras, descontentes, sobrepondo-se à balbúrdia e ao barulho das malas pesadas que eram arrastadas. Os primeiros vagões já estavam cheios de estudantes, uns debruçados às janelas conversando com as famílias, outros brigando por causa dos lugares.
Harry empurrou o carrinho pela plataforma procurando um lugar vago. Passou por um garoto de rosto redondo que estava dizendo:
— Vó, perdi meu sapo outra vez.
Neville corou fortemente, enquanto os do futuro deram sorrisinhos para ele. O amigo mudou bastante, agora era mais seguro, mas sempre seria tímido e quieto.
— Ah, Neville — ele ouviu a senhora suspirar.
Frank e Alice sorriram para o filho, e Aly virou-se para o ‘namorado’:
–Culpa sua! Aposto que herdou sua habilidade de esquecer as coisas.
E todos riram dos dois Longbottons corados.
Um garoto com cabelos rastafári estava cercado por um pequeno grupo de meninos.
— Deixe a gente espiar, Lino, vamos.
Os gêmeos sorriram á menção do melhor amigo (N/Gio: esse capítulo tá só sorrisos ¬¬).
O menino levantou a tampa de uma caixa que carregava nos braços e as pessoas em volta deram gritos e berros quando uma coisa dentro da caixa esticou para fora uma perna comprida e peluda.
As meninas gritaram, e os gêmeos e marotos deram sorrisos idênticos.
Harry continuou andando pela aglomeração até que encontrou um compartimento vago no final do trem. Primeiro pôs Edwiges para dentro e começou a empurrar e a forçar com a mala em direção à porta do trem. Tentou erguê-la pelos degraus acima, mas mal conseguiu suspender uma ponta e duas vezes deixou-a cair dolorosamente em cima do pé.
Todos fizeram caretas de dor, mas a pior foi a de James, que lembrou como seu PAI o ajudou no primeiro ano. Ele estava muito triste pelo filho. Poxa! James sempre tivera tudo para ser feliz! E seu filho... Não. E ele realmente merecia. Ao contrário dele.
— Quer uma ajuda?
Era um dos gêmeos ruivos que ele seguira para atravessar a barreira.
– RUM’ ótimo. Vamos ser eternamente conhecidos como ‘um dos gêmeos’! – Falou Jorge.
– Temos nome sabia Harry?- Acrescentou Fred
– Na verdade, eu não sabia – Disse Harry com um sorriso. No que todos riram, e os gêmeos ficaram encantados. Onde estava aquele senso de humor todo esse tempo?
— Por favor — Harry ofegou.
— Fred! Vem dar uma ajuda aqui!
– u.u É claro que tinha que ser o mais educado a ir oferecer ajuda! – Disse Jorge modestamente.
Com a ajuda dos gêmeos a mala de Harry finalmente foi colocada a um canto do compartimento.
– Somos foda õ/ \õ – Disseram em coro.
— Obrigado! — disse Harry, afastando os cabelos suados dos olhos.
— Que é isso? — perguntou de repente um dos gêmeos apontando para a cicatriz de Harry.
– Oh não! Até vocês? – Perguntou Remus. E os gêmeos coraram.
OS GÊMEOS CORARAM! Todos os do presente os encaravam de boca aberta.
— Caramba — disse o outro gêmeo — Você é...?
– Como alguém disse uma vez? – Perguntou Sirius fingindo pensar.
–Acho que era algo como Mais um momento: Será mesmo Harry Potter? O.Õ – Disse Jam... RÉGULUS?! Sim, os irmãos estavam se dando bem. E James reparou nisso. E bem... Não gostou.
— Ele é — disse o outro gêmeo.
— Não é? — acrescentou para Harry.
– O quê? – Perguntou James um pouco confuso, imagina se fosse com ele!
— O quê? — indagou Harry.
— Harry Potter — disseram os gêmeos em coro.
— Ah, ele — disse Harry — Quero dizer, é, sou.
Todos riram, e Harry novamente se defendeu:
– É estranho quando todos falam de você na 3ª pessoa!
Isso devia ser verdade.
Os dois garotos olharam boquiabertos e Harry sentiu que estava corando. Então, para seu alivio, ouviram uma voz pela porta aberta do trem.
— Fred? Jorge? Vocês estão aí?
– Estamos indo mamãe! – Disseram os gêmeos sorrindo.
— Estamos indo, mamãe.
Dando uma última espiada em Harry, os gêmeos saltaram para fora do trem.
– Esse mundo está perdido mesmo! Se até eles dois tratam o Harry assim.
– Hey! – Disseram a dupla de dois.
– Brincadeirinha – Disse Sirius.
Todos riram.
Harry sentou-se à janela onde, meio escondido, podia observar a família de cabelos ruivos na plataforma e ouvir o que diziam. A mãe tinha acabado de puxar o lenço.
– Que feio Harry! – Disseram os Weasleys.
— Rony, você está com uma crosta no nariz — o menino mais novo tentou fugir, mas ela o agarrou e começou a limpar aponta do nariz dele.
Todos riram de um Rony muito corado.
— Mamãe, sai para lá — desvencilhou-se.
— Aaaah, o Roniquinho está com uma coisa no nariz? — caçoou um dos gêmeos.
– Novamente... ‘Um dos gêmeos’ – Disse um dos gêmeos... Quero dizer, Fred, fingindo-se de magoado.
Mas todos estavam muito ocupados rindo dos tons de vermelho que Rony estava adquirindo.
— Cale a boca — disse Rony.
— Onde está o Percy? — perguntou a mãe.
— Está vindo aí.
O garoto mais velho vinha vindo. Já vestira as vestes largas e pretas de Hogwarts e Harry reparou que tinha um distintivo de prata reluzente com a letra “M”.
– Que triste – Disseram James e Sirius, que não entendia o porquê do amigo o estar ‘evitando’, sendo apoiados pelos gêmeos.
– Hey! – Remus fez-se de indignado. Afinal ele fora monitor – Estamos esquecendo quem é o monitor chefe este ano não? – Perguntou com um sorriso maroto.
James fez careta.
— Não posso demorar, mãe — falou ele — Estou lá na frente, os monitores têm dois vagões separados...
— Ah, você é monitor, Percy? — perguntou um dos gêmeos, com ar de grande surpresa — Devia ter avisado, não fazíamos idéia.
– O quê?!? Ele realmente não disse isso o verão inteiro? – perguntou Frank tipo ºOº
James e Sírius apenas tinham sorrisos marotos no rosto, conseguiam ver uma brincadeira ou ironia de longe! Mas pra quê estragar o show?
— Espere ai, acho que me lembro de ter ouvido ele dizer alguma coisa — disse o outro gêmeo — Uma vez...
— Ou duas...
— Um minuto...
— O verão todo.
Todos riram, os gêmeos eram realmente muito engraçados. E os marotos repararam nisso...
— Ah, calem a boca — disse Percy, o monitor.
– Ironia Harry? – Disse Neville
–EU?! – Disse Harry – Que calúnia!
— Afinal por que foi que o Percy ganhou vestes novas? — disse um dos gêmeos.
— Porque é monitor — disse a mãe com carinho — Está bem, querido, tenha um bom ano letivo. Mande-me uma coruja quando chegar.
Ela beijou Percy no rosto e ele foi embora.
– Para nooooooooooooossa alegriiiaa – Cantaram os gêmeos
Então, virou-se para os gêmeos.
– Momento discurso - Falou James com voz de apresentador de programa de televisão.
— Agora, vocês dois, este ano, se comportem. Se receber mais uma coruja dizendo que vocês... vocês explodiram um banheiro ou...
Os marotos deram sorrisos idênticos. Explodir um banheiro? Interessante.
— Explodiram um banheiro? Nunca explodimos um banheiro.
Os sorrisos marotos aumentaram.
– Nós faremos essa honra meus caros – Disse Sírius.
Os gêmeos não disseram nada. Deixe-os pensarem que serão os primeiros a fazerem isso. ;)
— Mas é uma grande idéia, obrigado, mamãe.
Lily gemeu e eles riram.
— Não tem graça. E cuidem do Rony.
— Não se preocupe, Roniquinho está seguro com a gente.
Nessa hora os gêmeos apertaram as bochechas do ‘Roniquinho’ que não conseguiu escapar.
– Sempre cuidaremos do nosso irmãozinho não é Fred? – Disse Jorge.
– Com certeza Jorge.
– Calem a boca!
— Cale a boca — mandou Rony outra vez.
Certas coisas nunca mudam.
Já era quase tão alto quanto os gêmeos e seu nariz continuava vermelho onde a mãe o esfregara.
— Ei, mãe, advinha? Adivinha quem acabamos de encontrar no trem?
Harry recuou o corpo rápido para que eles não o vissem olhando.
Todos estavam rindo, não só das observações de Harry, mas também de como ele estava corado.
— Sabe aquele menino de cabelos pretos que estava perto da gente na estação? Sabe quem ele é?
— Quem?
— Harry Potter!
James ia falar alguma coisa mas Lily interrompeu:
–Deixe Frank ler James! ¬¬ Sim foi mais um momento Será Mesmo Harry Potter? – Fazendo com que o namorado se calasse. Ahh!
Harry ouviu a vozinha da garotinha.
— Ah, mamãe, posso subir no trem para ver ele, mamãe, ali, por favor...
Gina corou muito! E todos riram. Menos Harry que tinha um sorriso bobo no rosto.
–Ah Gina... – Murmurou – Você podia ter subido ali...
Gina corou mais, se é que isso era possível.
– Vocês repararam que o Harry parecia um animal em exposição? – Disse Rony rindo com os outros. E o casal corado pediu para que Frank continuasse a ler. Demorou mas ele conseguiu.
— Você já o viu, Gina, e o coitado não é um bicho de zoológico para você ficar olhando. É ele mesmo, Fred? Como é que você sabe?
– Onw Mama Weasley \õ/ - Disse Harry no que todos o olharam tipo o.Õ (?)
– Que foi? – perguntou – É a convicencia com vocês!
— Perguntei a ele. Vi a cicatriz. Está lá mesmo, parece um raio.
— Coitadinho. Não admira que estivesse sozinho. Foi tão educado quando me perguntou como entrar na plataforma.
Lily sorriu. Sempre gostou muito de Molly Weasley, não importa que nunca tivessem se falado muito. Mas ela era ótima! E sempre seria grata por ter cuidado do seu menino.
— Deixa para lá, você acha que ele se lembra como era o Você-Sabe-Quem?
De repente a mãe ficou muito séria.
E ela não era a única.
– Tenso – Disse Sírius.
— Proíbo-lhe de perguntar a ele, Fred. Não, não se atreva. Como se ele precisasse de alguém para lhe lembrar uma coisa dessas no primeiro dia de escola.
Harry deu um sorriso lindo. Amava a Sra. Weasley como uma mãe! Mas... Agora podia ter a sua! Isso era simplesmente fantástico! Porém os Weasleys sempre estariam em seu coração. Sempre.
— Está bem, não precisa ficar nervosa.
Ouviu-se um apito.
— Depressa! — disse a mãe, e os três garotos subiram no trem. Debruçaram-se na janela para a mãe lhes dar um beijo de despedida e a irmãzinha começou a chorar.
Gina corou MAIS.
— Não chore, Gina, vamos lhe mandar um monte de corujas.
— Vamos lhe mandar uma tampa de vaso de Hogwarts.
— Jorge!
Risos gerais.
— Estou só brincando, mamãe.
O trem começou a andar. Harry viu a mãe dos garotos acenando e a irmã, meio risonha, meio chorosa, correndo para acompanhar o trem até ele ganhar velocidade e ela ficar para trás acenando. Harry observou a menina e a mãe desaparecerem quando o trem fez a curva. As casas passaram num relâmpago pela janela.
Todos estavam sorrindo bobo... Lembrando a sua primeira viajem na locomotiva vermelha.
Harry sentiu uma grande excitação. Não sabia onde estava indo, mas tinha de ser melhor do que o lugar que estava deixando para trás.
– Com certeza! – Disseram todos.
A porta da cabine se abriu e o ruivinho mais moço entrou.
Rony sorriu para Harry que retribuiu o sorriso. Não importava o tempo, algumas brigas, as diferenças, NADA, a amizade deles era algo impenetrável e insubstituível.
— Tem alguém sentado aqui? — perguntou, apontando para o assento em frente ao de Harry — O resto do trem está cheio.
Harry respondeu que não, com um aceno de cabeça, e o garoto se sentou. Olhou para Harry e em seguida olhou depressa para fora, fingindo que não tinha olhado. Harry reparou que ele ainda tinha uma mancha preta no nariz.
Os gêmeos riram.
– É o que dá não ouvir a mamãe Ronyquinho! – Disse Fred
– Éh! Ficar aí com o nariz sujo... Nanana’- Completou Jorge
Rony corou.
— Oi, Rony.
Os gêmeos estavam de volta.
– Para noooooossa alegriia – Cantaram.
— Escuta aqui, vamos para o meio do trem. Lino Jordan trouxe uma tarântula gigante.
— Certo — resmungou Rony.
— Harry — disse o outro gêmeo — Nós já nos apresentamos? Fred e JorgeWeasley. E este é o Rony, nosso irmão. Vejo vocês mais tarde, então.
— Tchau — disseram Harry e Rony.
Os gêmeos fecharam a porta da cabine ao passar.
— Você é Harry Potter mesmo? — Rony deixou escapar.
Mione fulminou Rony com o olhar. Mas Remus interviu.
–Não deve ser fácil também, sei lá... Ter uma conversa normal com Harry pelo menos no começo, sem pediu nada. Ele é tipo uma lenda não?
Todos concordaram e Frank continuou a leitura.
Harry confirmou com a cabeça.
— Ah, bom, pensei que fosse uma brincadeira do Fred e do Jorge e você tem mesmo... sabe... — apontou para a testa de Harry.
Harry afastou a franja para mostrar a cicatriz em forma de raio.
Rony olhou.
— Então foi aí que Você-Sabe-Quem...?
— Foi, mas não me lembro.
— De nada? — perguntou Rony ansioso.
— Bom... lembro de muita luz verde, mas nada mais.
— Uau! — ele ficou parado uns minutos olhando para Harry, depois, como se de repente tivesse se dado conta do que estava fazendo, olhou depressa para fora da janela outra vez.
Todos riram novamente. Até mesmo Rony. Oras! Se não pode contra eles junte-se a eles!
— Todos na sua família são bruxos? — perguntou Harry que achava Rony tão interessante quanto Rony o achava.
Rony sorriu. Eram uma dupla perfeita!
— Hum... são, acho que sim. Acho que mamãe tem um primo em segundo grau que é contador, mas ninguém nunca fala nele. (N/Gio: tem vários contadores na minha família *0* ROON somos pareeentes ♥3)
— Então você já deve saber muitas mágicas.
Os Weasley aparentemente eram uma dessas antigas famílias de bruxos de que o menino pálido no Beco Diagonal falara.
– Unf’! Nunca nos compare aos Malfoys! – Disseram os Weasleys magoados. Ou pelo menos pareciam.
Após um tempo de desculpas de Harry para/com os ruivos. Frank continuou.
— Ouvi dizer que você foi viver com os trouxas. Como é que eles são?
— Horríveis... bom, nem todos. Mas minha tia e meu tio e meu primo são, eu gostaria de ter tido três irmãos bruxos.
–Só três? – Perguntaram os gêmeos com sorrisinhos sarcásticos.
– Harry, vamos anotar seu pedido!- Disse James dando um sorriso malicioso a Lily.
— Cinco — por alguma razão, ele pareceu triste — Sou o sexto de minha família a ir para Hogwarts. Pode-se dizer que tenho de fazer justiça ao nosso nome. Gui e Carlinhos já terminaram a escola. Gui foi chefe dos monitores e Carlinhos foi capitão do time de Quadribol. Agora Percy é monitor. Fred e Jorge fazem muita bagunça, mas tiram notas muito boas e todo mundo acha que eles são realmente engraçados. Todos esperam que eu me saia tão bem quanto os outros, mas se eu me sair bem, não será nada de mais, porque eles fizeram isso primeiro. E também não se ganha nada novo quando se tem cinco irmãos. Uso as vestes velhas de Gui, a varinha velha de Carlinhos e o rato velho do Percy...
Os gêmeos não fizeram piadas. Brincavam com Ron e tudo... Mas agora viam o que ele sentia. E eles não gostavam de fazer ninguém que amassem se sentir assim. Então só ficaram quietos.
Rony meteu a mão no bolso interno do paletó e tirou um rato cinzento e gordo que estava dormindo.
Os marotos franziram o cenho, enquanto os do presente se contorciam de raiva.
— O nome dele é Perebas e ele é inútil, quase nunca acorda. Percy ganhou uma coruja de meu pai por ter sido escolhido monitor, mas eles não podiam ter... quero dizer, em vez disso ganhei Perebas.
As orelhas de Rony ficaram vermelhas. Parecia estar achando que falara demais, porque voltou a olhar para fora pela janela.
Harry e Rony trocaram sorrisos. NADA importava na sua amizade.
Harry não achava nada de mais que alguém não tivesse dinheiro para comprar uma coruja. Afinal, ele nunca tivera dinheiro algum na vida até um mês atrás, e disse isso ao Rony, e disse também o que sentira quando usava as roupas velhas de Duda e jamais ganhara um presente de aniversário decente. Isto pareceu animar Rony um pouco.
– Isso aí filho – Murmurou James para Harry– Deixe seus amigos bem – Sorriu.
—... e até Hagrid me contar, eu não sabia o que era ser bruxo nem quem eram meus pais nem o Voldemort.
Frank estremeceu.
Rony ficou pasmo.
— Que foi?
— Você disse o nome do Você-Sabe-Quem! — exclamou Rony parecendo ao mesmo tempo chocado e impressionado — Eu achava que de todas as pessoas você...
Harry revirou os olhos.
–Sabe, não tem nada demais de falar VOLDEMORT, porque VOLDEMORT não amaldiçoou o nome... –Parou. Informação demais!
— Não estou tentando ser corajoso nem nada dizendo o nome dele. É que nunca soube que não se podia dizer. Está vendo o que quero dizer? Tenho muito que aprender... aposto — acrescentou, pondo pela primeira vez em palavras algo que o andava preocupando muito ultimamente — Aposto que vou ser o pior da classe.
–Hahahahahahaha o filho do James e da Lily ser o pior da classe? NUNCA! Pode não ser o melhor. Mas o pior não. Nem estressa – Disse Remus
Harry sorriu para o futuro ex- professor.
— Não vai ser não. Tem uma porção de gente que vem de famílias de trouxas e aprende bem depressa.
– Cof cof, Lily – Disse Sirius
– Cof cof Mione – Disse Rony.
Enquanto conversavam, o trem saiu de Londres. Agora corriam por campos cheios de vacas e carneiros. Ficaram calados por um tempo, contemplando os campos e as estradinhas passarem num lampejo. Por volta do meio-dia e meia ouviram um grande barulho no corredor e uma mulher toda sorrisos e covinhas abriu a porta e perguntou:
— Querem alguma coisa do carrinho, queridos?
– Tia dos lanchinhos \õ/ - Comemorou James – Sua linda!
Harry, que não tomara café da manhã ergueu-se de um salto, mas as orelhas de Rony ficaram vermelhas outra vez e ele murmurou que trouxera sanduíches.
Harry foi até o corredor. Nunca tivera dinheiro para doces na casa dos Dursley e agora que seus bolsos retiniam com moedas de ouro e prata, estava disposto a comprar quantas barrinhas de chocolate pudesse carregar, mas a mulher não tinha barrinhas.
–vPor mais que chocolate seja a melhor coisa já inventada trouxamente pelos trouxas. No mundo bruxo há coisas melhores Harry – Eexplicou Frank
–Sim sim... Eu já sei... Sabe, com sete anos nesse mundo a gente descobre algo... – Defendeu-se Harry
– Até coisas que não deveríamos saber! – Lembrou Mione
– Bom saber que não gastamos 7 anos com você Potter – Essa fala do Rony lembrou algo aos do presente. Haha’
Tinha Feijõezinhos de Todos os Sabores, balas de goma, chicles de bola, sapos de chocolate, tortinhas de abóbora, bolos de caldeirão, varinhas de alcaçuz e várias outras coisas estranhas que Harry nunca vira na sua vida.
Todos sorriram á menção de seus doces prediletos.
Não querendo perder nada, ele comprou uma de cada e pagou à mulher onzesicles de prata e sete nuques.
– Roubo!
Rony arregalou os olhos quando Harry trouxe tudo para a cabine e despejou no assento vazio.
— Que fome, hein?
– Eu diria que é mais curiosidade do que fome! – Disse Mione.
— Morrendo de fome — respondeu Harry, dando uma grande dentada na tortinha de abóbora.
MIONE ERROU! O MUNDO ACABA HOJE!
Rony tirara um embrulho encaroçado e abriu-o. Havia quatro sanduíches dentro. Abriu um e disse:
— Ela sempre se esquece que não gosto de carne enlatada.
— Troco com você por um desses — propôs Harry, oferecendo um pastelão de carne — Tome...
— Você não vai querer isso, é muito seco. Ela não tem muito tempo — acrescentou depressa — Você sabe, somos cinco.
Novamente até os gêmeos estavam quietos.
— Tome... coma um pastelão — disse Harry, que nunca tivera nada para dividir com alguém antes, aliás, nem ninguém com quem dividir.
Lily estava muito sorridente. Mais um coisa que o filho puxara do pai: Amigos são a coisa mais importante que possui. E ela estava muito orgulhosa das ações do filho.
Era uma sensação gostosa, sentar-se ali com Rony, acabar com todas as tortas e bolos de Harry (os sanduíches ficaram esquecidos).
— Que é isso? — perguntou Harry a Rony, mostrando um pacote de sapos de chocolate — Eles não são sapos de verdade, são? — estava começando a achar que nada o surpreenderia.
Os puros-sangues riram. Mas os que conviveram com trouxas a maior parte da vida ficaram quietos. Aquilo era verdade.
— Não. Mas vê qual é a figurinha, está me faltando o Agripa.
– Eu tenho ô/ - Disse James – Troco por Morgana.
Rony e James começaram a negociar.
— O quê?
— Claro que você não sabe, os sapos de chocolate têm figurinhas dentro, sabe, para colecionar, bruxas e bruxos famosos. Tenho umas quinhentas, mas não tenho oAgripa nem o Ptolomeu.
– Essa eu tenho ô/ - Disse Frank – Preciso de Mérlin.
Frank entrou na negociação.
Harry abriu o sapo de chocolate e puxou a figurinha. Era a cara de um homem. Usava óculos de meia-lua, tinha um nariz comprido e torto, cabelos esvoaçantes cor de prata, barba e bigode. Sob o retrato havia o nome Alvo Dumbledore.
— Então este é Dumbledore! — exclamou Harry.
— Não me diga que nunca ouviu falar de Dumbledore! Quer me dar um sapo? Quem sabe eu tiro o Agripa. Obrigado.
Harry virou o verso da figurinha e leu:
Harry virou de novo o cartão e viu, para seu espanto, que o rosto de Dumbledore havia desaparecido.
— Ele desapareceu!
Todos riram.
— Ora, você não pode esperar que ele fique aí o dia todo. Depois ele volta. Não, tirei a Morgana outra vez e já tenho umas seis... você quer? Pode começar a colecionar.
Os olhos de James estavam manhosos.
– Eu quero uma...
Novamente todos riram
Os olhos de Rony se desviaram para a pilha de sapos de chocolate que continuavam fechados.
— Sirva-se — disse Harry — Mas, sabe, no mundo dos trouxas, as pessoas ficam paradas nas fotos.
– Estranho... – Falaram os puros-sangues.
— Ficam? O que, eles não se mexem? — Rony parecia surpreso — Que coisa esquisita!
Harry arregalou os olhos quando Dumbledore voltou para a figurinha e lhe deu um sorrisinho. Rony estava mais interessado em comer os sapos do que em olhar os bruxos e bruxas famosas, mas Harry não conseguia despregar os olhos deles. Logo não tinha só Dumbledore e Morgana, como também Hengisto de Woodcroft, Alberico Grunnion, Circe, Paracelso e Merlim.
– Não acredito! – Disse Frank. – Ele conseguiu um monte de figurinhas raras! Ç.Ç
Por fim ele despregou os olhos da druidisa Cliodna que estava coçando o nariz, para abrir o saquinho de Feijõezinhos de Todos os Sabores.
– ALERTA! PERIGO! – Gritaram todos. Menos Harry, Régulus, Neville, Aly, Lily e Mione.
— Você vai ter que tomar cuidado com essas aí — alertou Rony — Quando dizem todos os sabores eles querem dizer TODOS OS SABORES. Sabe, todos os sabores comuns como chocolate, hortelã e laranja, mas também espinafre, fígado e bucho. Jorge achou que sentiu gosto de bicho-papão uma vez.
Todos riram, menos Rony é claro, mas Jorge quase chorava de rir! Não acreditava na ingenuidade do irmão mais novo.
Rony apanhou uma balinha verde, examinou-a atentamente e mordeu uma ponta.
— Eca! Está vendo? Couve-de-bruxelas.
Eles se divertiram comendo as balas. Harry tirou torrada, coco, feijão cozido, morango, caril, capim, café, sardinha e chegou a reunir coragem para morder a ponta de uma bala cinzenta meio gozada que Rony não queria pegar, e que era pimenta.
–É buxa ter que comer os feijõezinhos que os amigos acham suspeito não é Harry? – perguntou Remus, no que Harry concordou sob os protestos dos outros.
Os campos que passavam agora pela janela estavam ficando mais silvestres. As plantações tinham desaparecido. Agora havia matas, rios serpeantes e morros verde-escuros.
Ouviram uma batida à porta da cabine e o menino de rosto redondo, por quem Harry passara na Plataforma 9 e ½, entrou. Parecia choroso.
Neville corou.
— Desculpem, mas vocês viram um sapo?
Quando os dois sacudiram a cabeça, ele chorou.
— Perdi ele! Está sempre fugindo de mim!
— Ele vai aparecer — consolou Harry.
— Vai — disse o menino infeliz — Se você vir ele...
– Não disse? Tudo culpa sua Frank! – disse Aly divertida.
E Lily novamente sentiu aquele calor no peito. Seu filho era tão educado *-*’
E saiu.
— Não sei por que ele está tão chateado — disse Rony — Se eu tivesse trazido um sapo ia querer perder ele o mais depressa que pudesse. Mas, trouxe Perebas, por isso nem posso falar nada.
– Éh! Porque sapos são legais ù.ú – Disse Alice.
O rato continuava a tirar sua soneca no colo de Rony.
— Ele podia estar morto e ninguém ia saber a diferença — disse Rony desgostoso — Tentei mudar a cor dele para amarelo para deixar ele mais interessante, mas o feitiço não deu certo. Vou-lhe mostrar. Olhe...
– NÃO! Rony me diga que você não acreditou no que eu lhe disse? – Disse Jorge com um sorriso entre divertido e suplicante.
–T-talvéz. – disse Ron e corou.
Remexeu na mala e tirou uma varinha muito gasta. Estava lascada em alguns pontos e havia uma coisa branca brilhando na ponta.
— O pêlo de unicórnio está quase saindo. Em todo o caso...
Tinha acabado de erguer a varinha quando a porta da cabine abriu outra vez. O menino sem o sapo estava de volta, mas desta vez tinha uma garota em sua companhia. Ela já estava usando as vestes novas de Hogwarts.
Dessa vez quem corou foi Mione. E nessa hora o trio lembrou dos primeiros meses de convivência entre eles.
— Ninguém viu um sapo? Neville perdeu o dele.
Tinha um tom de voz mandão, os cabelos castanhos muito cheios e os dentes da frente meio grandes.
– Harry! – Exclamou Mione
– Foi mal! Eu não posso controlar meus pensamentos de primeira impressão!- Defendeu-se Harry, de novo.
– Mas você melhorou muito Mione... – Disse Ron, um pouco corado – Muito mesmo.
Depois do casal corado se livrar das atenções, a leitura continuou.
— Já dissemos a ele que não vimos o sapo — respondeu Rony, mas a menina não estava escutando, olhava para a varinha na mão dele.
— Você está fazendo mágicas? Quero ver.
Sentou-se. Rony pareceu desconcertado.
— Hum... está bem.
–Oh não! – Lamentou-se Jorge apoiando a cabeça nas mãos, juntamente com Rony.
Pigarreou.
— Sol, margaridas, amarelo maduro, muda para amarelo esse rato velho e burro.
Risos de todos os presentes, menos de Ron.
– JORGE! – Gritou para ser ouvido.
– Ok, ok... Essa foi fatal. Mas como eu ia saber que você ia cair nessa? – Defendeu-se Jorge.
Ele agitou a varinha, mas nada aconteceu. Perebas continuou cinzento e completamente adormecido.
— Você tem certeza de que esse feitiço está certo? — perguntou a menina — Bem, não é muito bom, né? Experimentei uns feitiços simples só para praticar e deram certo. Ninguém na família é bruxo, foi uma surpresa enorme quando recebi a carta, mas fiquei tão contente, é claro, quero dizer, é a melhor escola de bruxaria que existe, me disseram. Já sei de cor todos os livros que nos mandaram comprar, é claro, só espero que seja suficiente, aliás, sou Hermione Granger, e vocês quem são?
Frank precisou respirar muito fundo depois dessa.
– Nossa! Você fala muito! – Deixou escapar, no que todos riram do vermelho vivo que Hermione estava adquirindo.
–Opa, opa, opa! Você decorou TODOS os livros??? – Disse Regulus assustado. – Como alguém faz isso?
– Eu estava ansiosa! E não sabia o que esperar! – Defendeu-se
Ela disse tudo isso muito depressa.
– Eu que o diga – disse Frank.
Harry olhou para Rony e sentiu um grande alivio ao ver, por sua cara espantada, que ele não aprendera todos os livros de cor tampouco.
– NUNCA! – Confirmou Rony.
— Sou Rony Weasley.
— Harry Potter.
— Verdade? Já ouvi falar de você, é claro. Tenho outros livros recomendados, e você está na História da Magia Moderna e em Ascensão e Queda das Artes das Trevas e em Grandes Acontecimentos do Século XX.
– Está? – Perguntaram os do passado.
— Estou? — admirou-se Harry sentindo-se confuso.
Eles riram.
— Nossa, você não sabia, eu teria procurado saber tudo que pudesse se fosse comigo — disse Hermione — Já sabem em que Casa vão ficar? Andei perguntando e espero ficar na Grifinória, me parece a melhor, ouvi dizer que o próprio Dumbledore foi de lá, mas imagino que a Corvinal não seja muito ruim. Em todo o caso, acho melhor irmos procurar o sapo de Neville. E é melhor vocês se trocarem, sabe, vamos chegar daqui a pouco.
Novamente Frank precisou respirar.
– UOW!
– Concordo com você sobre as casas – Disse Frank.
– Sei lá, tem bastante gente metida na Corvina – Disse Sirius.
–E muita gente que fica bancando o herói na grifinória. – Disse Régulus, como quem não quer nada.
– Mas acho que tem muita gente competitiva demais nas quatro casas – Encerrou Harry.
E foi-se embora, levando o menino sem sapo.
— Seja qual for a minha Casa, espero que ela não esteja lá
– Que lindo Rony ¬¬’ – disse Mione
– Hey! O Harry também não gostava de você no começo! – Defendeu-se Ron
– Hey²! Não me bote no meio disso!
— comentou Rony e jogou a varinha de volta na mala — Feitiço besta. Foi o Jorge que me ensinou, aposto que sabia que não prestava.
– Eu?! Por que eu faria isso? – Disse Jorge na maior cara de pau.
— Em que Casa estão os seus irmãos? — perguntou Harry.
— Grifinória — a tristeza parecia estar se apoderando dele outra vez — Mamãe e papai estiveram lá também. Não sei o que vão dizer se eu não estiver. Acho que a Corvinal não seria muito ruim, mas imagine se me puserem na Sonserina.
– Não acho que isso importaria muito Ron – Falou Fred – Todos nós sentimos orgulho de você, sendo apenas você.
Todos de calaram. Nunca tinham visto Fred falar tão sério, ou Jorge ficar tão sério.
— É a Casa em que Vol... Quero dizer... Você-Sabe-Quem esteve?
— É.
E afundou novamente no assento, parecendo deprimido.
— Sabe, acho que as pontas dos bigodes de Perebas ficaram um pouquinho mais claras. — disse Harry, tentando distrair o pensamento de Rony das Casas — Então, o que é que os seus irmãos mais velhos fazem agora que já terminaram?
Harry estava imaginando o que fazia um bruxo depois que terminava a escola.
– Alguns atuam em filmes trouxas – Brincou James.
– Outros vão viver com trouxas, e inventam histórias a nosso respeito – Disse Régulus.
— Carlinhos está na Romênia estudando dragões e Gui está na África fazendo um serviço para o Gringotes. Você soube o que aconteceu com o Gringotes? O Profeta Diário só fala nisso, mas acho que morando com os trouxas você não recebe o jornal. Uns caras tentaram roubar um cofre de segurança máxima.
– Como? – Perguntaram os do passado.
Harry arregalou os olhos.
— Verdade? E o que aconteceu com eles?
— Nada,
– UOU
– É por isso que é uma noticia tão importante. Não foram pegos. Papai disse que deve ter sido um bruxo das trevas poderoso para enganar Gringotes, mas estão achando que eles não levaram nada, isso é que é esquisito. É claro que todo o mundo fica apavorado quando uma coisa dessas acontece porque Você-Sabe-Quem pode estar por trás da coisa.
Os do presente suspiraram tristes... Como estavam certos...
Harry repassou as noticias mentalmente. Estava começando a sentir um arrepio de medo toda vez que Você-Sabe-Quem era mencionado. Supunha que isso fazia parte do ingresso no mundo da magia, mas tinha sido muito mais confortável dizer Voldemort sem se preocupar.
– Concordo comigo mesmo õ/ - disse Harry.
— Qual é o seu time de Quadribol? — perguntou Rony.
— Hum... não conheço nenhum — confessou Harry.
Sirius fingiu levar uma facada no peito.
— O quê? — Rony parecia pasmo — Ah, espere ai, é o melhor jogo do mundo.
E saiu explicando tudo sobre as quatro bolas e as posições dos sete jogadores, descreveu jogos famosos a que fora com os irmãos e a vassoura que gostaria de comprar se tivesse dinheiro. Estava mostrando a Harry as qualidades do jogo quando a porta da cabine se abriu mais uma vez, mas agora não era Neville, o menino sem sapo, nem Hermione Granger.
Todos franziram o cenho.
Três garotos entraram e Harry reconheceu o do meio na hora: era o garoto pálido da loja de vestes de Madame Malkin. Olhou para Harry com um interesse muito maior do que revelara no Beco Diagonal.
– Não busque encrencas Harry! – Alertou Lily.
– Mas eu nem fiz nada! – Assustou-se Harry
– Ainda – Disse Mione.
– Quer dizer que você se meteu mesmo em encrencas! – Acusou Lily.
– Obrigada Mione¬¬ - Disse Harry
– Oras Lily! Se ele não se metesse em encrencas ele não seria filho do James! – Comentou Remus. No que todos concordaram.
— É verdade? — perguntou — Estão dizendo no trem que Harry Potter está nesta cabine. Então é você?
– Está vendo mais alguém com uma cicatriz em forma de raio ali Malfoy? – Murmurou Neville.
— Sou — respondeu Harry.
Observava os outros garotos. Os dois eram fortes e pareciam muito maus. Postados dos lados do menino pálido eles pareciam guarda-costas.
— Ah, este é Crabbe e este outro, Goyle — apresentou o garoto pálido displicentemente, notando o interesse de Harry — E meu nome é Draco Malfoy.
– Nããão! O Malfoy reproduziu mesmo! – Disseram Remus, Sírius, James e Frank.
– Infelizmente. – disse Neville, ele não gostava nem um pouco de Draco (N/Gio: q por acaso eu amo).
Rony tossiu de leve, o que poderia estar escondendo uma risadinha.
Malfoy olhou para ele.
— Acha o meu nome engraçado, é? Nem preciso perguntar quem você é. Meu pai me contou que na família Weasley todos têm cabelos ruivos e sardas e mais filhos do que podem sustentar — virou-se para Harry — Você não vai demorar a descobrir que algumas famílias de bruxos são bem melhores do que outras, Harry. Você não vai querer fazer amizade com as ruins. E eu posso ajudá-lo nisso.
– Aposto que Harry fará isso muito bem sem sua companhia! – Disse James.
Ele estendeu a mão para apertar a de Harry, mas Harry não a apertou.
– Isso aew Mini-Prongs õ/ - Disse Sirius oferecendo um toca aqui para Harry. Que aceitou \õ.
— Acho que sei dizer qual é o tipo ruim sozinho, obrigado — disse com frieza.
Harry e James se encararam. Pensavam a mesma coisa muitas vezes.
Draco não ficou vermelho, mas um ligeiro rosado coloriu seu rosto pálido.
— Eu teria mais cuidado se fosse você, Harry — disse lentamente — A não ser que seja mais educado, vai acabar como os seus pais. Eles também não tinham juízo. Você se mistura com gentinha como os Weasley e aquele Hagrid e vai acabar se contaminando.
– Olha como fala da gente Doninha Albina! – Disseram os Weasleys.
Harry e Rony se levantaram. O rosto de Rony estava vermelho como os cabelos.
– Harry Potter! Te proíbo de lutar com esse garoto! – Disse Lily.
– M-mas...
– SEM MAS!
Silêncio.
Até que todos começaram a rir da cara de medo de Harry. Aaah quando Lily lesse os livros...
— Repete isso.
— Ah, você vai brigar com a gente, vai? — Draco caçoou.
— A não ser que você se retire agora — disse Harry com uma coragem maior do que sentia, porque Crabbe e Goyle eram bem maiores do que ele ou Rony.
– Você é mais esperto e ágil Harry, mas uma dica: comece a analisar os pontos fracos do oponente, e seus fortes e...
– James pare de levar meu filho pro mal caminho!
– Você prefere que eu deixe NOSSO filho apanhar Lírio?
Lily ficou quieta e Frank prosseguiu.
— Mas não estamos com vontade de nos retirar, estamos, garotos? Já comemos toda a nossa comida e parece que vocês ainda têm alguma coisa.
– Tente algo para com meu afilhado Malfoy! Apenas tente! – Disse Sirius.
Goyle fez menção de apanhar os sapos de chocolate ao lado de Rony. Rony deu um pulo para frente, mas antes que encostasse em Goyle, este soltou um berro terrível.
Perebas, o rato, estava pendurado em seu dedo, os dentinhos afiados enterrados na junta de Goyle. Crabbe e Draco recuaram enquanto Goyle rodava e rodava o braço, urrando, e quando Perebas finalmente se soltou e bateu na janela, os três desapareceram na mesma hora. Talvez achassem que havia mais ratos escondidos nos doces, ou talvez tivessem ouvido passos, porque um segundo depois, Hermione Granger entrou.
– Pelo menos aquele rato desgraçado serviu pra alguma coisa – Murmurou Rony.
— Que foi que aconteceu? — perguntou, vendo os doces espalhados no chão e Rony apanhando Perebas pela cauda.
– Unf’! Depois sou eu o curioso! – Disse Harry
Mione apenas corou.
— Acho que apagaram ele — disse Rony a Harry. E examinou Perebas mais atentamente — Não... não acredito... ele voltou a dormir.
Todos riram. Inútil.
E dormira mesmo.
— Você já conhecia Draco Malfoy?
Harry contou o encontro deles no Beco Diagonal.
— Já ouvi falar na família dele — disse Rony sombrio — Foram os primeiros a voltar para o nosso lado depois que Você-Sabe-Quem desapareceu. Disseram que tinha sido enfeitiçado. Papai não acredita nisso. Diz que o pai de Draco não precisou de desculpa para se bandear para o lado das Trevas — e virou-se para Hermione — Podemos fazer alguma coisa por você?
– Sempre educado – Ironizou Fred.
— É melhor vocês se apressarem e trocarem de roupa. Acabei de ir lá na frente perguntar ao maquinista e ele me disse que estamos quase chegando. Vocês andaram brigando? Vão se meter em encrenca antes mesmo de chegarmos lá!
— Perebas andou brigando, nós não — disse Rony, fazendo cara zangada — Você se importa de sair para podermos nos trocar.
– Legume insensível ~cof, cof~ - Disse Gina.
— Está bem. Só vim para cá porque as pessoas nas outras cabines estão se comportando feito crianças, correndo pelos corredores — disse Hermione em tom choroso — E você está com o nariz sujo, sabia?
– Você não esperava que um monte de crianças bruxas, que estão tendo praticamente seu primeiro contato com o mundo bruxo se comportassem feito adultos não é? – Disse Sírius.
Mione corou.
– E você! – Apontou Rony – o que tinha no seu nariz?
Todos riram.
Rony amarrou a cara quando ela se retirou.
Harry espiou pela janela. Estava escurecendo. Viu montanhas e matas sob um céu arroxeado. O trem parecia estar diminuindo a velocidade. Ele e Rony tiraram os paletós e puseram as vestes longas e pretas. A de Rony estava um pouco curta, dava para ver as calças. Uma voz ecoou pelo trem.
– O maquinista que fala – Disseram os marotos.
– Como vocês sabem? – Perguntou Aly, curiosa.
– Como se eles não fizessem questão de descobrir tudo sobre Hogwarts ás próprias custas... – Disse Lily.
— Vamos chegar a Hogwarts dentro de cinco minutos. Por favor, deixem a bagagem no trem, ela será levada para a escola.
O estômago de Harry revirou de nervoso e ele reparou que Rony parecia pálido sob as sardas. Os dois encheram os bolsos com o resto dos doces e se reuniram à garotada que apinhava os corredores. O trem foi diminuindo a velocidade e finalmente parou. As pessoas se empurraram para chegar à porta e descer na pequena plataforma escura.
Harry estremeceu ao ar frio da noite. Então apareceu uma lâmpada balançando sobre as cabeças dos estudantes e Harry ouviu uma voz conhecida.
– HAGRID! – Disseram os grifinórios.
— Alunos do primeiro ano! Primeiro ano aqui! Tudo bem Harry?
O rosto grande e peludo de Rúbeo Hagrid sorria por cima de um mar de cabeças.
— Vamos, venham comigo. Mais alguém do primeiro ano?
Aos escorregões e tropeços, eles seguiram Hagrid por um caminho de aparência íngreme e estreita. Estava tão escuro em volta que Harry achou que devia haver grandes árvores ali. Ninguém falou muito. Neville, o menino que vivia perdendo o sapo, fungou umas duas vezes.
Neville corou.
— Vocês vão ter a primeira visão de Hogwarts em um segundo — Hagrid gritou por cima do ombro — Logo depois dessa curva.
Todos sorriram, Ahh, a primeira vista é ainda a melhor...
Ouviu-se um ooooh muito alto.
Novamente sorrisos. Isso nunca mudaria.
O caminho estreito se abrira de repente até a margem de um grande lago escuro. Encarrapitado no alto de um penhasco na margem oposta, as janelas cintilando no céu estrelado, havia um imenso castelo com muitas torres e torrinhas.
E os Marotos se alevantaram e começaram a cantar:
– Hogwarts, Hogwarts, Hoggy Warty Hogwarts, Nos ensine algo por favor…
– CALADOS! – Berrou Lily. – O livro vai dizer essa musica depois! Não se preocupem ¬¬ (N/Gio: eu axei um P*** falta de sacanagem tirarem a musica do file HP4 ¬¬’)
Silêncio. E Frank continuou.
— Só quatro em cada barco! — gritou Hagrid, apontando para uma flotilha de barquinhos parados na água junto à margem.
Harry e Rony foram seguidos até o barco por Neville e Hermione.
— Todos acomodados? — gritou Hagrid, que tinha um barco só para si — Então... VAMOS!
E a flotilha de barquinhos largou toda ao mesmo tempo, deslizando pelo lago que era liso como um vidro. Todos estavam silenciosos, os olhos fixos no grande castelo no alto. A construção se agigantava à medida que se aproximavam do penhasco em que estava situado.
— Abaixem as cabeças! — berrou Hagrid quando os primeiros barcos chegaram ao penhasco, todos abaixaram as cabeças e os barquinhos atravessaram uma cortina de hera que ocultava uma larga abertura na face do penhasco.
– Ele não avisou pra gente – Falaram os marotos fazendo careta
– Avisou sim! Vocês que não prestaram atenção – Disse Aly risonha.
Foram impelidos por um túnel escuro, que parecia levá-los para debaixo do castelo, até uma espécie de cais subterrâneo, onde desembarcaram subindo em pedras e seixos.
— Ei, você ai! É o seu sapo? — perguntou Hagrid, que verificava os barcos à medida que as pessoas desembarcavam.
— Trevo! — gritou Neville feliz, estendendo as mãos.
Frank e Aly sorriram, seu filho acho o sapo \õ/
Então eles subiram por uma passagem aberta na rocha, acompanhando a lanterna de Hagrid e desembocaram finalmente em um gramado fofinho e úmido à sombra do castelo. Galgaram uma escada de pedra e se aglomeraram em torno de enorme porta de carvalho.
— Estão todos aqui? Você aí, ainda está com o seu sapo?
–Sim \õ/– disse Neville sorridente.
Hagrid ergueu um punho gigantesco e bateu três vezes na porta do castelo.
– Fim do capítulo! Quem é agora?
– Eu e meu ser ruivo aqui \õ/ -disse Gina.
Frank passou o livro para Gina um pouco assustado.
– O Chapéu Seletor.
(CAPÍTULO DE GI)
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