Amortentia parte 1



Cap. 3 – Amortentia- parte 1


No dia seguinte tudo normal, exceto pela minha preocupação. Tá certo que o Malfoy me assegurou que não contaria a ninguém, mas eu não sou burra pra confiar nele ainda mais por pensar no que ele, provavelmente, me obrigaria a fazer, seria tipo correr feito uma doida pela escola só de calcinha, ou me jogar da torre de astronomia, ou pular com tudo dentro do rio nua (que mesmo nesses tempos é muito frio, ou será que pra esse ele esperaria ate o natal?) ai o medo me apertou o que será que a doninha estava planejando? Não demorou muito pra que eu descobrisse...


Eu sai da Torre da Grifinória apressada, havia passado muito tempo pensando por isso estava SUPER atrasada. Nossa próxima aula seria, infelizmente, com a Sonserina (porção). Na hora que eu entrei na sala, todos, que dizer quase todos, viraram pra mim a exceção foi o Harry claro ele estava vidrado demais em seus pensamentos, estava praticamente escrito na sua testa que ele estava pensando na Gina, aff, fazia um tempo que ele estava assim. Ninguém merece. Bem, o Malfoy estava de cabeça baixa escrevendo algo muito rápido, mas quando todos viraram para a porta ele simplesmente levantou o olhar, porém quando viu que era eu ele levantou a cabeça e deu um sorrisinho meio que me lembrando de que eu era sua escrava. QUE ODIO! Apresei-me em sentar antes que Snape começasse com suas ironias dignas dos sonserinos. A aula continuou e Snape resolveu fazer diversas perguntas, como já era de costume eu levantei a mão para respondê-las, mas ai o Snape indicou a pergunta para o Harry, pude ouvir as risadas sarcásticas vindas dos sonserinos, mas me controlei pra não dizer nada demais. Quando Snape percebeu que ele não sabia, como já esperava, ele continuou dizendo:


– Não sabe né? Claro que não, a não ser é claro que a aula esteja acontecendo no teto! - Falou ele praticamente jogando na cara dele que ele era burro, que no momento eu tive de me controlar pra não voar no pescoço daquela cobra - Agora, Granger, ande logo e mate essa sua sede por respostas - disse arrogante pro meu lado, já ia responder quando o Malfoy me interrompeu:


– Perdão professor, mas eu não acredito que a Sang... Granger saiba responder isso- e me olhou sarcástico, não estava acreditando que ele queria que eu não respondesse aquilo, seria, e foi, muita humilhação! Virei para o professor com cara de burra e falei simplesmente que havia levantado a mão pra arrumar o cabelo, foi ai que a Parkinson idiota se pronunciou:


– Pois continue Granger, não adiantou muito- Agrr! Nessa hora me deu vontade de estuporar ela de novo, pensei seriamente nas consequências de meus atos, quando decide que iria simplesmente ignorar seu comentário e as risadinhas irônicas. A aula continuou e eu não levantei a mão pra responder mais nada, dividia minha atenção entre a aula e o Harry, não me agradava nada ver como ele pensava nela, deu realmente muita raiva!


Queria, realmente, que ele me olhasse com outros olhos, mas, diferente de outras garotas, não mudaria nada em mim se quisesse gostar de mim seria DO MEU JEITO, até por que o Malfoy idiota me preocupava mais. Qual é? Agora a doninha ia controlar ate minha “sede por respostas” como disse o Snape. Hoje a noite mesmo iria colocar tudo em pratos limpos.


Antes de a detenção chegar, fiquei imaginando o que ia dizer para aquele idiota, desmiolado e SNNM (Sem Noção Nenhuma Mesmo). Com o passar das horas eu ficava cada vez mais impaciente. Nunca pensei que pensaria isso, mas eu estava louca pra ver o Malfoy.


Depois da monitoria fomos (eu e o Malfoy) organizar os livros da biblioteca, essa seria nossa punição. Fazia muito frio e muito silêncio, até o Malfoy me assustar. O idiota apanhou um rato morto do chão e colocou em meu ombro, nessa mesma hora dei um grito assustador e alto que para minha sorte não acordou ninguém, ele, é logico, caiu em gargalhadas.


– Então vai ser assim?- perguntei me referindo à aula, mas o burrão pensou que fosse do susto.


– Qual é Sangue-ruim? Foi só um rato bobo


– Pra você! Mas não é disso que estou falando. É sobre a aula


– Não se preocupe com isso. Foi só o começo!


– Malfoy, eu te ODEIO!


– Coincidência eu também- ele fez questão de me jogar na estante, chegar bem próximo e cuspir junto com as ultimas palavras.


Passei a mão no rosto para limpar a saliva nojenta e a dondoquinha de quinta riu mais ainda.


Coloquei as mãos no tórax dele para tentar empurra-lo, o que nada adiantou, muito pelo contrario, ele agarrou meus pulsos e igualou-os com minha cabeça:


– Tá me machucando sabia?!- ele apenas riu- Malfoy, me solta!- comecei a me mexer


– Apavorada?


– Nunca seu idiota!


– Não é o que parece! – Eu estava desarmada e precisava fazer alguma coisa para aquele idiota me soltar. Foi quando tive uma ideia brilhante, nojenta, mas brilhante. Cuspi na cara dele. Ele ficou humilhado e me desprendeu pra limpar.


Continuamos na detenção, ambos calados e quase nunca trocávamos olhares. O dia seguinte foi muito normal, exceto por uns detalhes. Depois de uma terrível aula de poções eu vi a Parkinson ir ao estoque particular de Snape com um pergaminho. A principio achei estranho, mas ai lembrei que os sonserinos são os queridinhos de Snape, daí deduzi que ele, provavelmente, a autorizou a pegar ingredientes para uma poção em particular.


Até ai tudo bem. Depois do almoço lembrei que esqueci o livro de transfigurações junto com uns livros que andava lendo. Pedi licença a Harry e Rony e corri para a biblioteca, se eu aparecesse na aula de transfigurações sem o livro, de novo, Minerva me mataria. Ela podia ser a diretora da minha casa, mas era tão severa comigo como qualquer outro professor, com exceção de Snape, claro. Enfim, quando cheguei à biblioteca, fui a ultima mesa, que era também a minha mesa de costume. Os livros continuavam espalhados como havia deixado no dia anterior. Quando ia saindo notei que em cima de uma mesa escondida estava um livro aberto e aparentemente rasgado. Corri até lá para ver que livro era torcendo pra que já tivesse o lido, afinal, seria um grande desperdício. Ao me aproximar notei que era um velho livro de poções que já havia o lido umas mil vezes. Fiquei aliviada. Coloquei o cabelo atrás da orelha e toquei suavemente o livro, para analisa-lo, depois de alguns minutos, cheguei à conclusão que a página que estava faltando era a da poção “Amortencia” também conhecida como “Poção do Amor”, imediatamente lembrei-me da Parkinson no estoque de Snape, com um pergaminho na mão. Peguei o livro e saí o mais rápido possível, precisava urgentemente falar com Harry e Rony. No intervalo da aula aproveitei para lhes contar. Os dois ficaram pasmos. Não entendi o porquê, então eles me explicaram que a Parkinson tem todos os sonserinos aos seus pés, mas o que ela mais queria, só estava fingindo que estava com ela:


– Sabe essas coisas que só Fred e Jorge descobrem- falou Rony com um imenso sorriso


– E esse cara é, por acaso, Draco Malfoy?


– O próprio - Harry confirmou minha suspeita, caímos em risos altos no meio de um corredor. Nesse mesmo dia mais tarde resolvemos “espionar” a Pansy para ter certeza se ela seria capaz de preparar uma poção tão complicada e se daria certo.


Algumas semanas depois, descobrimos que a doida preparava a poção nos arredores da floresta proibida. Ela não era tão burra e ao mesmo tempo, era. Que aluno em sã consciência teria coragem de entrar na floresta proibida ou pelo menos chegar perto sabendo dos seres que tem e que podem ter lá dentro? Mas por outro lado os horrores da floresta proibida poderiam ataca-la e acabaria com a nossa diversão antes mesmo de começar, seria hilário ver o babaca do Malfoy correndo atrás da babaca da Parkinson.


Depois de quase um mês a poção estava pronta.


– Nossa diversão vai começar!- exclamamos eu, Harry e Rony. Numa noite típica de domingo, pelo menos pra uma parte de Hogwarts, seguimos a doida debaixo da capa da invisibilidade do Harry. A maluca nos levou até uma sala afastada no castelo. E eu tenho que admitir que apesar de toda a burrice ela usou a cabeça. Afinal, era mais fácil ser pega na própria casa e deixar vestígios, do que na sala mais afastada do castelo.


Quando estramos vimos o Malfoy já impaciente esperando por ela.


– E aí, trouxe as respostas?- ele falou se levantando rapidamente do sofá, ela levantou o braço e disse:


– Estão aqui!- Ele sorriu e se aproximou dela.


– Muito obrigado- ele quis pegar, mas em um gesto rápido ela afastou os pergaminhos de perto da mão dele.


– Que tal brindarmos? Sei que você não dispensa um Whisky caro – Pansy se aproximou de uma mesa e conjurou uma garrafa de bebida e dois copos


– Não quero ficar bêbado- ele disse se jogando no sofá


– Ah Draquinho


– Que nojo- sussurrei os meninos estavam se segurando para não rir da situação


– E logo você que é acostumado a beber não ficará bêbado! A não ser de amor- ela falou a ultima parte sussurrando enquanto colocava amortencia em um dos copos.


– Tá né, já que você insiste...


Pansy se aproximou e deu a ele o copo com a poção. Poucos minutos depois ele caiu no chão e começou a se debater, sinal de que a poção estava funcionando. Pansy saiu correndo.


– Que egoísmo dela – falei já me livrando da capa


– Hermione, fique aqui! – disse Harry


– Vocês vão precisar mais do que eu! Andem! Sigam a Pansy! – era estranho falar com eles, afinal, eu não os via – Vou ficar e olhar o que raios de respostas são aquelas – dirigi o olhar a o Malfoy – Não se preocupem, vou ficar bem. Ele só terá olhos para a Pansy


– Ok! – Disseram os dois em uníssono


Quando eles saíram me encaminhei a mesa onde estavam depositadas as folhas. Pude observar que eles falavam das respostas da próxima prova de poções


– Hermione, é você? – ouvi a voz do Malfoy atrás de mim


– É, sou eu sim. E a Pansy saiu em direção as masmorras – nem me dei o trabalho de virar, sabia -ou pelo menos achava que sabia- que ele estaria LOUCO pela Parkinson neste momento


– Eu não a quero, quero você – ele falou suavemente em meu ouvido. Apesar de arrepiada me virei rapidamente, o Malfoy me queria! Shaushaushuashaushaushaus, isso só podia ser brincadeira. “Tem alguma coisa MUITO errada!”. Pensei rápido e me lembrei do livro que a Parkinson usará “Caso cozinhar de mais a ‘vítima’ se apaixonará pela primeira pessoa que ver depois de ingeri-la”. Só podia ser isso! Ela provavelmente não gosta de ler as letrinhas miúdas!


Antes que pudesse pensar em algo mais, Draco Malfoy passou a mão em minha cintura e me beijou como se não houvesse amanha. O beijo foi... o que estou falando? Bem, o beijo foi bom, porém rápido, pois meu cérebro não parará de funcionar...

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.