Cap. 3
Capitulo 3
Graças a Merlin acordei no horário na manhã seguinte. Fui ao banheiro trocar de roupa e fazer minha higiene matinal antes de pegar minha bolsa com os livros que usaria de manhã. Desci as escadas em direção ao salão comunal e vi que Harry, Ron, Lilá e Gina estavam sentados em um dos sofás em frente à lareira. Aproximei-me deles e dei um ‘Bom dia’ antes de me sentar em uma poltrona ao lado deles. Vi que Harry e Gina estavam abraçados, e que Gina tinha um enorme sorriso estampado no rosto. Antes que qualquer um deles pudesse dizer alguma coisa, comecei a olhar com cara de brava para Gina. Acho que ela percebeu pois me perguntou
- O que eu fiz Mi? Para que essa cara de brava?
- E você ainda tem coragem de perguntar o que fez! – falei em um falso tom bravo – Quando você pretendia me contar Ginevra?
- Contar o que? O que minha irmã fez? – Perguntou Ron.
Eu, Ron e Lilá olhamos para Gina esperando uma resposta, e ela olhou para Harry. Ele então nos disse:
- Bem, eu e Gina estamos namorando!
Já desconfiava que fosse esse o motivo de tanta felicidade logo de manhã, mas quando virei meu olhar para Ron vi que ele estava tão vermelho quanto um tomate e só não havia acertado Harry, pois Lilá o estava segurando pelo braço e tentando acalmá-lo. Depois de um minuto de tensão, Ron se acalmou, mas não perdeu a oportunidade de dizer para Harry “To nem ai pra você ser meu amigo, mas se Gina se machucar de qualquer forma que seja Voce-sabe-Quem vai ter escolher outra pessoa para matar!” É claro que todos nós – menos Harry – morremos de dar risada.
Depois de conseguir controlar as risadas, Lilá disse “É melhor nós irmos logo se não quisermos perder a primeira aula”
- Vamos, por favor! Não quero pegar outra detenção com o Seboso – disse Harry.
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À noite fui novamente me encontrar com o professor Dumbledore. Agradeci a Merlin por Harry e Ron estarem entretidos com suas namoradas, pois assim não precisei dar satisfação da onde ia.
Quando percebi, já estava sentada na frente do diretor. “Boa noite, senhor”
- Boa noite Srta. Gostaria de dizer alguma coisa antes de começarmos?
- Não senhor. Podemos começar já.
- Ótimo. Ontem vimos que Tom ficou animado ao descobrir que era bruxo, e que recusou minha companhia na viagem para o Beco Diagonal. O ano letivo chegou e junto dele veio Tom Riddle, um menino quieto em suas roupas de segunda mão, que entrou na fila para ser sorteado. Ele foi posto na Sonserina quase no momento em que o chapéu tocou sua cabeça. Não sei em que momento Riddle descobriu que o famoso criador de sua casa podia falar com cobras, talvez naquela mesma noite. Esse conhecimento somente excitou-o e aumentou seu senso de auto-importância. Como era um talentoso e muito bonito órfão, ele chamou a atenção e a simpatia dos professores quase que no momento em que chegou à escola. Ele parecia correto, quieto e sedento por conhecimento. Todos tinham uma boa impressão dele. Arrisco-me a dizer que a srta. tem a mesma reputação que Tom tinha naquela época.
‘Na medida em que ele crescia na escola, ele formou à sua volta um grupo de amigos dedicados a ele; chamo-os de amigos, por não haver uma palavra melhor do que esta, pois Tom não sentia nenhuma afeição por qualquer um deles. Este grupo tinha uma espécie de encanto, um glamour obscuro dentro do castelo. Os integrantes do grupo eram bem diferentes; uma mistura de fracos procurando proteção, ambiciosos procurando uma repartição de glória e uma atração violenta por um líder que mostrava a eles as mais refinadas formas de crueldade. Em outras palavras, eram os futuros Comensais de Morte, e, de fato, alguns deles se tornaram os primeiros Comensais depois que saíram da escola. Rigidamente controlados por Tom, eles nunca foram pegos fazendo alguma coisa errada, apesar de seus sete anos de Hogwarts terem sido marcados por incidentes suspeitos aos quais eles nunca estavam satisfatoriamente ligados; o mais grave de todos foi, é claro, a abertura da Câmara Secreta, que resultou na morte de uma garota. Como você sabe, Hagrid foi falsamente acusado deste crime.
Como disse há Harry alguns meses atrás, tive muita sorte em conseguir essa lembrança.
Agora srta. se aproxime, por favor.’
Aproximei-me e pela terceira vez tive a sensação de estar caindo. Quando abri os olhos estava novamente em frente à casa dos Gaunt, mas que agora parecia muito mais velha e suja. Havia um homem jogado em uma poltrona perto do fogo. Uma batida na porta o fez acordar erguendo uma varinha na mãe direita enquanto segurava uma faca na esquerda.
Na porta, segurando uma velha lamparina, encontrava-se um garoto alto, pálido, cabelos escuro, e – sou obrigada a admitir – muito bonito. Dumbledore apontou para o menino e me disse “Aquele é o jovem Tom Riddle”. Engoli em seco, me amaldiçoando internamente por ter achado o inimigo bonito. Vi que Voldemort e o homem da poltrona estavam se encarando seriamente, até que o homem começou a gritar:
- Você! Você! - E correu em direção a Riddle, varinha e faca prontas para atacar.
- Pare - Riddle sibilou algo na língua de cobra. A partir desse momento, Dumbledore começou a traduzir a conversa para mim. O homem escorregou e bateu na mesa, derrubando as panelas. Olhou assustado para Riddle. Houve um grande momento de silêncio enquanto se olhavam. Até que o homem falou:
- Você também fala?
- Sim, eu falo - disse Riddle. Ele entrou na casa, batendo a porta por atrás de si. - Onde está Servolo?
- Morto - disse o outro. - Morreu a alguns anos atrás.
Riddle franziu a testa. - Quem é você, então?
- Sou Morfino, não sou?
- Filho de Servolo?
- Claro que sou, então... - Morfino tirou o cabelo de seu rosto para poder ver Riddle melhor e eu pude ver que ele usava em sua mão direita o anel contendo a jóia negra que pertencera a Servolo. - Pensei que você fosse aquele Trouxa - sussurrou Morfino. - Você se parece muito com ele.
- Que trouxa? - Perguntou Riddle asperamente.
- O Trouxa que minha irmã gostava, o Trouxa que morava na mansão do outro lado - disse e
cuspiu inesperadamente no chão. - Você se parece exatamente com ele. Riddle. Mas ele está mais velho agora, não está? Ele é mais velho que você, agora vejo... - Morfino olhava fixamente e chegou pro lado um pouco, ainda se apoiando na quina da mesa. – Ele voltou...
Voldemort olhava para Morfino, pensando em suas possibilidades. Moveu-se um pouco mais perto de Morfino e disse “Riddle voltou?”
- Er, ele a largou, e que isso sirva de lição a ela, casamento imundo - disse Morfino, mais uma vês cuspindo no chão. - Nos roubou, antes de fugir. Onde está o colar, o colar de Slytherin?
Voldemort não respondeu. Morfino estava ficando irado novamente, sacudiu a faca e gritou
- Ela nos desonrou, sim, ela nos desonrou, vadia imunda! E você, vindo aqui e perguntando coisas a respeito disso tudo? Acabou... acabou...”
Ele virou o rosto, e Voldemort andou em sua direção. E quando fez isso uma estranha escuridão surgiu, apagando a lamparina de Voldemort e a vela de Morfino, apagando tudo...
Dumbledore apoiou a Mao no meu ombro, e logo estávamos novamente em seu escritório. Sentamos-nos e eu perguntei “Professor, porque ficou tudo escuro? O que aconteceu?”
- Porque Morfino não conseguia lembrar-se de mais nada depois deste ponto - disse Dumbledore - Quando ele acordou na manhã seguinte, estava deitado no chão, sozinho. O anel de Servolo havia desaparecido.
‘Enquanto isso, na vila de Little Hangleton, uma empregada corria pela rua principal, gritando que havia três corpos estendidos na sala de jantar da mansão; Tom Riddle pai, sua mãe e seu pai. As autoridades Trouxas estavam perplexas. Não sabiam como os Riddles haviam morrido, já que a maldição Avada Kedavra não deixa nenhum sinal de dano... O Ministério, por outro lado, sabia que isto tinha sido um assassinato cometido por um bruxo. Eles também sabiam que um bruxo que odiava Trouxas morava depois do vale perto da mansão dos Riddle, alguém que odiava Trouxas e que já havia atacado uma das pessoas assassinadas. Assim, o Ministério convocou Morfino. Eles não precisaram perguntar nada, ele admitiu o assassinato, dizendo detalhes que só o assassino poderia saber. Ele entregou sua varinha, e ficou provado que ela fora utilizada no assassinato. E ele se permitiu ser levado sem lutar direto para Azkaban. Só o que incomodava ele era o fato de que o anel de seu pai havia desaparecido. ’
- Harry me disse que Voldemort roubou a varinha de Morfino e a usou para matar os Riddle antes de devolvê-la e alterar a memória de Morfino.
- Exatamente. Ainda tenho mais duas lembranças para te mostrar, então você terá o final de semana livre. Não se preocupe srta – ele me disse quando viu que iria interrompe-lo – na próxima semana você saberá sua missão. Agora, boa noite. Nos vemos novamente amanhã.
- Até amanhã, senhor.
Cheguei ao salão comunal e fui me sentar com Harry, Gina, Ron e Lilá em um dos sofás.
- Mione, onde você estava? Procuramos-te por toda parte! – disse-me Harry.
- Você por acaso olhou no mapa?
- Não... mas onde você estava?
- Estava com Dumbledore – respondi simplesmente como se não fosse nada importante.
- Até quando você vai ficar enfurnada naquela sala em Mi? E afinal, para que tanto segredo? O que tanto o Diretor quer com você? – perguntou Gina.
- Desculpa gente, mas eu sinceramente não posso falar nada. Mas hoje Dumbledore me disse que é só até sexta que nos encontraremos.
- Que bom, já estava começando a sentir sua falta. – disse Ron – Mas tem um negocio que eu não entendo... Por que você não pode falar para ninguém? Quer dizer, até o Harry conta para nós dois o que Dumbledore o mostra!
- Realmente, isso eu também não sei. Agora, é melhor nós irmos dormir meninas, se não vamos nos atrasar amanhã. – Nós nos levantamos e já tínhamos começado á subir as escadas quando Harry disse
- Ei! Vocês não vão nem se despedir?
- Boa noite! – dissemos em uníssono sem nos virarmos e continuamos a subir até nosso quarto.
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