Sobre Lobisomens e Segredos
Perséfone cumpria seu segundo dia de detenção, estava na enfermaria auxiliando a Madame Pomfrey a rotular algumas poções. Inicialmente cumpriria sua detenção nas masmorras, com o professor Slughorn, mas parece que o mesmo se esquecera e fora aos Três Vassouras se divertir. Perséfone exultou, pois a simples ideia de passar a noite espremendo vermes a estava deixando enojada.
Na enfermaria só havia um interno, Remus Lupin. O garoto apresentava hematomas pelo corpo todo e alguns arranhões no tronco e rosto. Devia estar ali a menos de três dias, afinal, a própria Perséfone estivera ali há quatro dias. Suas cicatrizes já apresentavam melhora, mas Remus ainda tinha um sono agitado e por vezes balbuciava o nome de Sirius, James e Peter.
Enquanto o observava, Remus pareceu acordar:
- Madame Pomfrey?
- Ela não está, foi na sala do professor Slughorn buscar alguns ingredientes para poções. Parece que já tem alguns times treinando Quadribol e ela que estar com seu estoque preparado. Mas se precisar de algo, é só me falar, Lupin.
- A Grifinória vai escolher um novo goleiro esse sábado, James não vai gostar que eu perdesse isso... – acrescentou com um débil sorriso no rosto.
- Pois eu acho que o James prefere ter certeza de que você está bem, Lupin. Você podia ter morrido, você e os seus amigos!
Ao ouvir isso, o garoto prontamente retrucou:
- Imagina, foi só um feitiço que deu errado, nada tão sério. – Disse fingindo achar engraçado.
- Feitiços não fazem hematomas em todo o corpo, nem arranhões, você não precisa mentir, Lupin, sei que tem medo de ferir os seus amigos. É por isso que lobisomens se isolam, por medo de ferir quem amam. Aliás, muitas pessoas fazem isso – Perséfone disse essas palavras distraidamente, como se falasse sozinha. Não notou, portanto, a reação do jovem da Grifinória, que à menção da palavra lobisomem, empalideceu.
- Como você ... quer dizer...
Perséfone estacou, não tinha a intenção de revelar que sabia a verdade por trás das diversas fugas uma vez ao mês de Lupin e seus amigos, além disso, respeitava que somente ele devia decidir que o saberia.
- Desculpe-me...eu não queria ...
- Desde quando?
- Desde o primeiro ano, quando a Madame Pomfrey te trouxe todo machucado, eu estava resfriada e usei legilimência para descobrir, pois fiquei curiosa, sinto muito, eu não tinha o direito...desculpe-me.
- Sem problemas. Você contou para alguém?
- Não. Não tenho amigos, na realidade, portanto, não tenho a quem contar. – Disse com uma tristeza na voz que não passou despercebida a Remus – Além disso, cabe a você escolher quem deve conhecer os seus segredos.
- E quem conhece os seus, Green? – Questionou desafiadoramente: - Quem sabe que você não é nascida trouxa?
- Do que você está falando?
- Oras, Green, nenhum bruxo nascido trouxa dominaria a legilimência aos 11 anos, não sem treinamento, aliás, muito treinamento, o qual você só teria acesso se tivesse pais bruxos e não pais trouxas como todos pensam! – Assim que falou, Remus teve a impressão de ter vislumbrado um brilho escuro perpassando os olhos de Perséfone e temeu que ela o fosse azarar mesmo enfermo, ela, porém sorriu-lhe e concluiu:
- Quites?
- Quites – e apertaram as mãos.
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Obrigada Rafinha Potter-Granger e Sallya pelos comentários.
Comentários (2)
Adorei essa história!! Estou começando a ler agora, mas é muito legal. Qauntos mistérios, né? Enfim, espero que não demore a postar!
2012-07-17PERFEITO! AGR EU TO LOKA PELO PRÓXIMO!!!!!!!
2012-05-31