A Fênix
No domingo todos os alunos ficaram no salão comunal fazendo os deveres. Enquanto Alvo, Scorpio, Pedro e Soler saíram para desfrutar do sol que não aparecia à muito tempo. Eles se sentaram embaixo do carvalho, a beira do lago e viram a lula gigante agitar seus grandes tentáculos na água.
— Incendio, Incendio – Pedro gritava o feitiço, o suor escorrendo pela sua testa, e nada mais que faíscas haviam saído de sua varinha – Eu não consigo, não tem jeito, você consegue porque é poderoso Alvo, mas eu não consigo
— Você tem que praticar, não vai aprender sem prática – insistia Alvo
— Pra você é fácil falar – reclamou o menino.
Enquanto isso Scorpio e Soler jogavam uma partida de Snap Explosivo. E lá de cima, os meninos viram uma pessoa com uma grande capa preta descer em direção a eles, era a diretora
— Garotos, por que não estão no salão comunal de sua casa fazendo suas tarefas? – perguntou a Professora com um olhar severo
— Nós já acabamos professora – respondeu Pedro apressado em limpar o suor no rosto
— Já terminaram? – perguntou com uma expressão de surpresa
— Sim, fizemos tudo ontem – respondeu Scorpio, que continuava concentrado na partida
— Muito Bom, já que é assim, aproveitem o dia – desejou a diretora com um pequeno sorriso
— A senhora está saindo professora? – perguntou Alvo. McGonagall lhe lançou um olhar severo, como se quisesse dizer que ele estava sendo importuno – Desculpe professora, não é da minha conta – apressou Alvo em dizer
— Não há problemas em ser curioso Potter, sim, eu estou saindo, recebi um chamado do Ministro que tenho que atender, voltarei amanhã – completou a diretora – Deus sabe como estou trabalhando nessa escola, pais que me enviam corujas todos os dias, alunos se metendo em encrencas – a professora olhou para os quatro como se tivesse vendo um pleno exemplo de alunos que se meteriam em encrenca – Bom, até mais meninos, e não aprontem nada na minha ausência
— Boa Sorte com o Ministro professora
— Obrigada Potter – com isso ela caminhou até o perder de vista
— Isso é perfeito – comemorou Alvo
— O que é perfeito? – perguntou Soler ainda concentrado na partida
— Não percebem? A diretora saiu, vamos entrar na casa dos gritos, essa noite – disse Alvo e os quatro o olharam incrédulos
— Mas Alvo, nós tínhamos planejado entrar pouco antes das férias – argumentou Pedro – não podemos fugir do plano
— Eu sei, mas não haverá ninguém para nos vigiar – explicou Alvo
— E o Prof. Longbottom? – perguntou Scorpio
— Ele está ocupado demais com aqueles cogumelos venenosos, passei para visitá-lo e ele me disse que quando não está dando aulas, fica em sua sala tentando contê-los. É a noite perfeita – completou
— Alvo, está se esquecendo do Filch? E aquela gata velha nojenta dele? – disse Soler
— Outro que anda ocupado, aquela gata está doente, ele mal sai da sua sala. Fica o dia todo cuidando dela. Estou dizendo, temos que aproveitar essa noite. Os outros professores não são tão rígidos quanto a diretora ou o Filch, nós vamos hoje – finalizou Alvo
— Me convenceu – respondeu Soler olhando para Alvo
— Fizemos um juramento, não é mesmo? – lembrou Soler olhando para os outros dois — Seremos irmãos, nunca deixaremos o outro na mão
— Tem razão, vai ser hoje a noite – disse Scorpio
— Hoje a noite então – concordou Pedro sorrindo
Os garotos subiram para o dormitório, para planejar o que iam fazer. De tarde Alvo foi até a biblioteca e procurou um livro que o ajudasse a realizar um feitiço de invisibilidade, os quatro não caberiam na capa, ele passou a tarde praticando. Quando o sol se pôs, Alvo executou o feitiço em Soler e em Pedro, ele e Scorpio iriam na capa, pegou o mapa do maroto e sairam. Os garotos passaram pelo buraco do retrato.
— Quem está ai? – perguntou a mulher gorda — Voltem agora, vocês sabem que é proibido sair à noite
— Silencio – Alvo murmurou o feitiço e a mulher gorda se calou
Enquanto passaram pelo segundo andar, eles encontraram Pirraça, o poltergeist. Ele carregava uma lata de tinta, que ia colocar em cima da porta, para quando os alunos passarem, a tinta derramasse sobre eles. Desceram até a entrada e saíram, andaram até onde fica plantado o Salgueiro Lutador.
— Wingardium Leviosa – disse Alvo apontando para um galho, que levitou até o nó do Salgueiro Lutador, que parou de mexer no exato instante. Os garotos passaram pela árvore, até chegarem ao lado de sua raiz, onde havia um buraco. Eles andaram encurvados pela passagem até chegarem no seu fim. Era uma sala empoeirada, com móveis velhos, comidos pelas traças, a esquerda havia uma escada. Os quatro subiram até o segundo anda, e entraram em um quarto, nele tinha uma cama velha, e uma estante, era um quarto bem espaçoso.
— Precisamos limpar isso aqui – reclamou Soler dando uma olhada no quarto enquanto Alvo retirava o encantamento dele e de Pedro
— Verdade – concordou Pedro, que tinha sentado na cama — Tem um cheiro horrível
— Targeo – murmurou Alvo apontando sua varinha para a estante, sugando toda a poeira, e deixando-a limpa
— Bem melhor – comentou Pedro
Alguns minutos depois o cômodo estava limpo. Alvo resolveu que deveriam tirar aquela cama para terem mais espaço
— Reducto – disse ele destruindo a cama em pedacinhos – Limpar – ordenou, e os pedaços sumiram
— Agora sim – comemoraram os garotos
Alvo colocou os livros que tinha trazido na estante, ele fez copias dos livros da biblioteca, mesmo sendo proibido, ele precisava dos livros, e não sabia quanto tempo iria levar para conseguir fazer o patrono. Ele aproveitou e também fez cópias de outros livros de Defesa Contra as Artes das Trevas, e alguns da sessão reservada, que ensinavam feitiços avançados.
— Ok, estou pronto, aqui está o chocolate Scorpio, se eu desmaiar me acordem, certo? – os meninos concordaram. Ele abriu um dos livros na página que explicava como fazer o feitiço do patrono, e o fez flutuar a sua frente. Após ler duas vezes, ele se concentrou em uma lembrança feliz. Pensou no dia em que recebeu sua capa da invisibilidade, era uma lembrança feliz, deixou que ela tomasse conta dele, e falou a fórmula em voz alta: — Expecto Patronum – Uma faísca esbranquiçada saiu de sua varinha, apenas um vulto, sem forma alguma, Alvo ouviu viu seus amigos, todos com pânico nos olhos, e torcendo pelo amigo conseguir, isso vez Alvo se sentir feliz. Ele lembrou da noite em que foi selecionada para a Grifinória, outra vez deixou a lembrança tomar conta dele e ordenou: — Expecto Patronum – um grande vulto branco, iluminou toda a sala, ele fizera um patrono sem forma, sorriu.
— Você conseguiu – gritou Pedro. Os garotos correram até onde estava Alvo, e o abraçaram, ele sentiu o poder daquela amizade correndo pelas suas veias, ele tinha amigos, que nunca iam deixá-lo. Estariam sempre ali com ele. Os três se afastaram dele, sorrindo, numa felicidade contaminante, ela estava dominando Alvo, ele percebeu o que devia fazer e gritou: — EXPECTO PATRONUM – e uma fênix voou de sua varinha, uma fênix brilhante, feita de energias positivas. Alvo sorria, gritava, e a fênix continuava voando pelo quarto, iluminando os rostos pasmos de Scorpio, Pedro e Soler. Até que ele não aguentou, cessou o feitiço e desmaiou.
— Alvo, Félix, acorda – alguém batia no rosto dele, o chamava, ele abriu os olhos. Scorpio estava sorrindo — Come o chocolate – se sentindo melhor ele disse:
— Eu fiz um patrono! É uma, uma...
— Fênix – gritou Soler — Félix, que outro animal poderia ser? – perguntou o garoto sorrindo
— Que incrível Alvo, você fez um patrono com onze anos de idade
— Por quanto tempo eu desmaiei? – perguntou
— Uma hora – informou Scorpio – já é quase meia noite, devemos voltar certo?
— Vamos embora
Os garotos chegaram a torre da Grifinória sem problemas, foram logo para a cama, os outros três adormeceram rápido, Alvo se sentia tão feliz,não conseguia dormir, ele acabara realizar um dos feitiços mais avançados, mas por que? Seu pai era um bruxo brilhante e só conseguiu quando estava em seu terceiro ano, nem Dumbledore fizera feito tão grande. Essas dúvidas o confundiam, e ele adormeceu.
— Não, você não pode fabricar isso.
— Qual o problema?
— O problema é que, muitos morreram da primeira vez, você não pode voltar a fazer tudo de novo
— Você não vai me impedir
Alvo acordou, suava frio, ele sonhara com uma conversa entre dois homens. Sua varinha estava no peito, ele se esquecera de guardá-la. Colocou-a no malão, bebeu um copo d’água, o dia estava começando a amanhecer, voltou para cama e adormeceu.
— Alvo acorda – alguém gritava no seu ouvido
— Deixa ele dormir, você sabe como deve ter sido cansativo ontem – era a voz e Pedro
— Quer que ele falte às aulas, e alguém venha ver como ele está? Vão desconfiar, não podemos contar a ninguém
— Com você falando nessa altura, eu não dormiria nem se tivesse feito patronos à noite toda – Alvo levantara, e estava despindo o pijama
— Desculpe, como você está – perguntou Scorpio
— Estou bem, mas tive um sonho esquisito – Alvo contou a eles sobre o sonho, e como havia acordado suando frio — Isso me lembra meu pai, ele dizia que tinha sonhos toda noite, mas ele tinha um conexão com Voldemort...
— Dá pra falar Você-Sabe-Quem? – pediu Soler, que parecia sentir calafrios
—Alvo, pode ser um sonho, coisa da sua imaginação, você disse que nem foi capaz de entender do que os homens falavam, não dê atenção – disse Pedro, num tom de súplica para que o amigo não ficasse pensando no sonho
— Tem razão Raivoso, vamos descer – finalizou a conversa
Novembro foi passando, e a temporada de Quadribol começou, Alvo via seu irmão Tiago chegando cansado dos treinos de Quadribol, o capitão Marcos Thomas estava puxando o time. O primeiro jogo era Corvinal VS Sonserina. As aulas especiais de Alvo estavam apenas ocupando seu tempo, ele ainda continuava a preferir as suas aulas práticas na casa dos gritos. Os quatro iam na sua sede para treinar. Alvo começou a ensinar Defesa Contra as Artes das Trevas aos outros, e ele era um ótimo professor. Na última semana antes das férias de Natal, os garotos fizeram uma última visita à sede. Alvo duplicara centenas de livros da biblioteca, e depois de ensinar o feitiço para os outros, eles duplicavam qualquer livro que tivesse utilidade no aprendizado dos quatro.
— Quero mostrar pra vocês o livro que eu encontrei num baú da sessão reservada – contava Scorpio, enquanto subiam a escada para o quarto. A casa estava totalmente limpa por dentro, os meninos reformaram os móveis, e concertaram a lareira. Eles se sentiam em casa, arrumaram o quarto dos fundos no segundo andar, com quatro camas. Chegaram ao quarto de DCAT e Scorpio colocou o livro que trazia em cima da mesa, que ficava ao canto, era um livro velho, sujo, sua capa parecia ter sido arrancada a força.
— Reparo – ordenou Soler apontando sua varinha para a capa, que se juntou magicamente, voltando a ficar firme
— Ótimo – disse Scorpio animado – Eu estava lendo ele, ontem à noite, fala sobre animagos, mostra até como se tornar um – conclui ele mostrando o livro aos outros
— Que fórmula mais complicada – reclamou Pedro – olhem os movimentos com a varinha, a preparação. Não consigo imaginar como seu avô conseguiu fazer isso Alvo
— É – Alvo que estava olhando atentamente a tudo, pensou como seria ser um animago. Seu avô Tiago e seus amigos Sirius e Pedro foram animagos ilegais. Alvo não poderia se tornar um, eles fizeram por uma boa causa, queria ajudar um amigo, mas ele não tinha uma boa causa — Acho melhor voltarmos, podem estar nos procurando
Os quatro voltaram ao castelo, passaram a última semana sem voltar a casa dos gritos. Alvo não conseguia desviar seus pensamentos do livro sobre animagos, seria tão divertido poder se transformar em um animal a qualquer hora, que animal escolheria? Pensou, uma fênix, ele seria imbatível, não é um animal muito comum, mas é muito respeitado, a não ser que saibam que é um animago, ninguém aprisionaria ou mataria uma fênix. A semana passou rápido, a última noite foi festeira na torre da Grifinória, Fred e Tiago soltavam fogos das Gemialidades Weasley, e Alvo levantara grande cartaz com as palavras “FELIZ NATAL GRIFINÓRIA” e um grande Leão que rugia cada vez que alguém gritava o nome da casa.
— Qual é a melhor casa de Hogwarts? – gritou Fred
— Grifinória – todos gritaram, com um seguido rugido do Leão
De malas prontas, todos embarcaram no trem na manhã seguinte, Alvo, Scorpio, Pedro e Soler se sentaram em uma cabine separada, quando o carrinho de comida passou, os quatro juntaram seus galeões e compraram de todos os tipos de doces.
— Pessoal, não consigo parar de pensar em me tornar um animago – confessou Alvo para os amigos
— Acha que conseguiria Felix? É uma fórmula muito complicada – respondeu Soler preocupado
— É melhor esquecer isso – disse Pedro em tom de súplica, e os outros concordaram
— Precisamos nos ver nas férias – sugeriu Scorpio – Eu não sei se conseguiria fazer o vovô deixar vocês irem lá em casa, mas sei que se me convidasse, minha mãe iria deixar
— Vamos lá pra casa? – convidou Alvo — Vocês poderiam passar o Natal lá
— Por mim tudo bem, minha mãe vai viajar para a casa do meu avô, e eu não quero ir pra lá sabe – disse Soler
— Eu vou, meu pai não vai gostar muito, mas depois de ver o meu desempenho na escola, tenho certeza de que irá deixar – concordou Scorpio — E você Raivoso?
—Não sei se meu pai deixaria, será que pode pedir ao seu pai para ir lá em casa Al? Quem sabe, após o reencontro ele não deixe
— Mas é claro, disse Alvo, vou mandar uma carta te avisando quando podemos ir lá. Minha casa fica no Largo Grimmauld, número doze.
O trem parou na plataforma, e os garotos desceram, Alvo deu uma bela olhada na sua família, a maior de todas , seu pai e mãe, o Tio Rony, a Tia Hermione, o Tio Gui e a Tia Fleur, o Tio Jorge, seu Tio Percy, seu primo Teddy, todos ali, o esperando voltar da sua primeira viagem à Hogwarts. Alvo olhou para seus três amigos, e acenou, eles acenaram de volta, todos com olhares esperançosos de que pudessem se ver mais uma vez.
— Papai, que saudade – disse Alvo abraçando Harry e Gina
Todos partiram para as suas casas, sim, moravam em casas diferentes, mas no Natal, eram uma só família.
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Nota do autor: Aos que gostaram da fic, comentem, eu já tenho novos capítulos, mas quero fazer mais alguns para poder postar mais de uma vez ;D
"Palavras são, na minha não tão humilde opinião, nossa inesgotável fonte de magia. Capazes de ferir e de curar." - Alvo Dumbledore
Comentários (3)
Simplesmente FANTASTICA ! Continua, por favooor ?! ♥
2014-05-23Autor: Continue lendo que você vai decobrir, eu sei que não tem como escolher a forma animaga, hahaha se o Alvo pudesse escolher, com certeza seria uma fênix, vejamos o que o futuro nos reserva hahahahaha.
2012-12-13otimo capitulo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!adorei o patrono do Alvo: uma fenix quem diria!!!!!!!!!!!!!to doida pra saber se eles vao se tornar animagos ou não!!!!!!!se sim em quais animais eles vão se trasformar???????????????so tem uma coisa não se escolhe a forma animaga e você deveria usar mais os apelidos deles!!!
2012-09-25