O Pacto

 

 profª McGonagall cuidou do assunto por toda a semana, ela tentou abafar o caso, mas toda Hogwarts ficou sabendo que um homem conjurara a marca negra na escola, e que Alvo Potter o estuporara. Murmúrios passavam de boca em boca, alguns o apoiavam, diziam que Alvo era poderoso, outros, principalmente os da Sonserina, diziam que ele usava de magia negra.

                — Eu já disse, não uso magia negra, não sei como essas coisas acontecem — explicou Alvo pela quinta vez aquele dia, quando todos paravam para perguntá-lo como ele fazia.

               

Após uma reunião com seus pais e a diretora, ficou decidido, que Alvo não mudaria para uma turma mais avançada, mas teria algumas aulas de nível mais alto

                — Eu não quero ser uma aberração – gritou

                — Tudo bem, serão apenas algumas aulas, uma vez por semana. Mas, pelo que podemos avaliar Alvo, você tem facilidade para aprender rápido, me lembra muito o nosso diretor Dumbledore

                — Obrigado Professora, mas não acho que sou comparável ao Prof. Dumbledore, ele era um bruxo extraordinário e...

                — Ora, estou lisonjeado Sr Potter – falou o retrato de Dumbledore, pendurado em cima do assento da diretora, que até então, fingia estar dormindo — mas receio que Minerva não esteja errada em me comparar ao Sr, ouvi boatos de que estuporou um homem, certo?

                — Sim, Senhor professor, é verdade, mas eu não sei como fiz aquilo...

                — Ora, é claro que você sabe; a diferença entre um aluno normal e o senhor, é que você tem mais facilidade para executar feitiços, tão rápido ou talvez até mais, quanto um aluno de nível máximo.

                — Obrigado professor – respondeu sem jeito

 

                Era outubro, e os garotos estudavam na biblioteca, enquanto Soler e Scorpio olhavam a lição de Defesa Contra as Artes das Trevas, Alvo respondia algumas questões de Feitiços avançados, que ele fazia uma vez por semana

                — Eu ainda não entendo porquê sou obrigado a fazer isso, é muito chato, é pura teoria, não aprendi nada até agora, com essas aulas avançadas – reclamava Alvo, após ler uma questão sobre a teoria dos feitiços de proteção

                — Eu é que não entendo isso aí Al, não sei como consegue – dizia Soler enquanto acabava a lição

                — Alvo, já pensou em tentar realizar um patrono? – perguntou Scorpio, enquanto lia um livro sobre Defesa Contras as Artes das Trevas – Ensino Avançado

                — O professor Diggle me falou que não tenho qualificação suficiente para aprender – respondeu Alvo, ainda terminando o dever – mas ele só pensa na teoria, eu dei uma olhada, e pelo que li sobre patronos, é mais relacionado a pratica

                — Porque não tenta? – perguntaram Scorpio e Soler juntos

                — Eu queria muito, mas prometi ao meu pai que não me meteria em encrencas – respondeu Alvo com uma voz de desapontamento — Mas quero descobrir qual é o meu patrono

                — Mas ninguém vai saber, nós podemos usar sua capa da invisibilidade e achar um lugar adequado para treinar

                — Não querem ser vistos? – disse uma voz por de trás das estantes — Eu sei o lugar perfeito — Era Tiago, irmão de Alvo

                — Tiago, você quase nos matou de susto – xingou Alvo

                — Foi mal. Procuram um lugar para fazer o que? – perguntou Tiago

                — Não podemos te contar – disseram os meninos

                — Ora vamos, eu sou seu irmão, vou te acobertar caso faça alguma travessura

                — Ok. Eu quero fazer um patrono – disse Alvo

                — Entendo, provavelmente meu irmão super dotado em magia irá conseguir – disse Tiago em uma voz sarcástica — Eu te empresto o meu mapa por um tempo, já sei quase todas as passagens, mas vai ter que esperar até o Dia das Bruxas

                — Por quê? – perguntou Soler

                — É quando papai vai me dar a capa da invisibilidade – respondeu – ele emprestou ela para Tiago durante seus dois primeiros anos na escola

                — Como sinto falta dela – sussurrou Tiago — Então espere até o fim do mês e eu te mostro o lugar

                — Valeu Tiago – agradeceu Alvo

                Alvo não podia pensar em outra coisa a não ser quando tentaria conjurar um patrono, ele leu que é necessário escolher uma lembrança feliz, e ele sabia exatamente qual iria usar. Explicou aos meninos que às vezes ocorrem desmaios e deviam levar chocolate.

                — Nossa mal posso esperar – gritou Soler – deve ser muito interessante conjurar um patr...

                — SOLER! Fica quieto, quer que todos saibam? – xingou Scorpio

 

                Outubro passou, era dia das bruxas, a escola estava animada com a festa que teria a noite. Os professores enfeitavam o salão com abóboras gigantes e morcegos enfeitiçados. Durante o café da manhã, um grande número de corujas entrou pelo salão, como acontecia todos os dias. Ellie beliscou Alvo, e seus olhos brilharam ao ver um pacote pardo, e uma carta, ele a abriu:

Caro Alvo, sei que esperou por esse momento, e enfim, você é o dono da minha capa da invisibilidade. Faça bom uso.

                                                                                                                                             Harry Potter

                — O que está esperando? – gritou Soler – abra, eu quero ver

                — Vamos para a torre da Grifinória, lá podemos falar alto, e ninguém vai nos incomodar – explicou Scorpio

                Os garotos subiram para o dormitório. Alvo puxou o barbante para abrir, quando...

                — Ei! O que você está fazendo aqui? – ralhou Scorpio com o outro garoto que vivia no mesmo dormitório deles. Só então Alvo se deu conta, de que não conversaram direito, ele já tivera grandes preocupações no seu primeiro mês.

                — De...desculpe...pe! Eu só estava... – tentou explicar o garoto, enquanto enxugava as lágrimas

                — Você está chorando? – perguntou Alvo

                — Claro que não, eu estava só arrumando os meus livros – disse depressa

                — Então pode ir andando, se não tem nada mais o que fazer aqui, nós estamos muito ocupados se você não percebe...

                — Scorpio! Não vejo problema em deixá-lo ficar, ele dorme no nosso quarto faz um mês, e nem tivemos o trabalho de nos apresentarmos. Sou Alvo Potter – disse Alvo esticando sua mãe para um aperto

                — Pedro Dursley – cumprimentou o garoto – já nos apresentamos – riu o garoto

                Por um longo momento Alvo fitou o garoto, aqueles olhos, o cabelo, o nome, mexia em sua memória.

                — DURSLEY? Você é filho de Dudley Dursley? – gritou Alvo

                — Sou – respondeu o menino, com uma tristeza inconfundível

                — Mas como isso... – começou Tiago

                 

—Minha mãe é uma bruxa, meu não sabia quando casou com ela, descobriu depois mas acabou aceitando. Meu avô não gosta muito de bruxos, ele queria me colocar em um hospício quando descobriu. Ela mandou uma carta para você

Pra mim? – perguntou Alvo confuso

Ele retirou uma carta com um perfume de flores muito agradável, e uma letra caprichada escrita em tinta verde.

                Alvo,

Você não me conhece, espero que tenhamos essa oportunidade, eu conheci seu pai, fui aluna de Hogwarts embora ele não saiba que agora somos da mesma família. Você deve ter ouvido falar sobre seu primo Dudley, e seus tios Valter e Petúnia, irmã de sua avó, eles são trouxas, mas tem um bom coração, mudaram depois que seu pai foi embora. Dudley as vezes conta como gostaria de ter conversado com seu pai, e  aprendido sobre o mundo da magia. Meu filho Pedro, é claro que como eu, nasceu bruxo, espero que vocês se tornem amigos, e gostaria de nos encontrarmos nas férias de Natal.

                                                                                                               Alice Dursley

                                                                                             

                — Uau! – Alvo estava boquiaberto – espero só papai saber que seus tios e primo, agora tem contato com o mundo bruxo, mal posso esperar para contar...

                — Ele já sabe, mamãe enviou uma carta para sua casa no início do mês – interrompeu Pedro sem jeito

                — Então, será que agora podemos ver sua capa? – interrompeu Socprio

                — Capa? – perguntou Pedro

                — É, papai me enviou a capa da invisibilidade dele, ela ficará comigo por dois anos, e vou ter que entregar à Lílian – explicou Alvo – vem aqui, vamos abri-la

                — Uau, mamãe me falou de capas da invisibilidade, já ouviu sobre as Relíquias da Morte? – perguntou Pedro

                — É exatamente o que quero contar a vocês, o conto dos três irmãos – disse Alvo com um olhar misterioso – vocês já conhecem certo? – todos afirmaram — Diz o conto, que a morte presenteou os três irmãos Peverell com a Varinha das Varinhas, a pedra da Ressurreição e a capa da invisibilidade. Meu pai me contou que apenas a capa e a pedra ainda existem

                — Mas como é que ele sabe? – perguntou Soler

                — Porque ele foi o último Senhor da Morte – respondeu Alvo, enquanto os três garotos ficavam boquiabertos

                — Seu pai foi dono da Varinha das Varinhas? – perguntou Scorpio

                — E da Pedra da ressurreição? – animou-se Soler

                — E da capa... É essa não é? Essa é uma das três Relíquias da Morte! – gritou Pedro

                — Exatamente – Alvo desembrulhou a capa, e enquanto ela passava de mão em mão ele foi contanto - Meu pai quebrou a Varinha das Varinhas após tirá-la de Voldemort – os meninos arrepiaram a menção do nome – E antes de Voldemort tentar matar meu pai na floresta proibida, ele descobriu a pedra da Ressurreição dentro do primeiro pomo de ouro que ele agarrou posto lá por Alvo Dumbledore.

Os garotos conversaram durante toda a manhã de Sábado sobre a resistência contra Lorde Voldemort, sobre a Ordem da Fênix, Dumbledore e principalmente sobre Harry Potter. Alvo não poderia deixar de sentir orgulho de ter um pai que salvou toda a nação bruxa e trouxa de um dos piores bruxos de toda a história.

                — Mas como ele conseguiu – perguntou Pedro – Você-Sabe-Quem, como ele conseguiu sobreviverdepois que seu pai o venceu quando criança? ele devia ter morrido.

                — Meu pai sabe – respondeu Alvo – mas ele diz, que Voldemort usou de um poder muito maligno, então ele prefere não dizer a mim e a Tiago o que exatamente ele fez.

                — Seu pai foi realmente muito corajoso, ele não se aliou ao lado das trevas, e nem pensou nisso. Ele lutou até o fim, sem desistir – discursou Soler

                — Ele não teve escolha, como diz a minha mãe, a vida dele sempre será marcada por Lorde Voldemort – respondeu Alvo

                — Queria poder ter orgulho da minha família – Scorpio falou após muito tempo de silêncio, enquanto todos estavam absortos em seus pensamentos

                — Mas você deve ter – Alvo tentou consolar o amigo – seu avô foi um dos primeiros comensais a sair da presença de Lorde Voldemort, sua mãe mentiu para Voldemort, e disse que meu pai estava morto, porque ela amava seu pai, e queria encontrá-lo

                — É verdade – riu Scorpio – sabe, queria que vocês fossem me visitar no Natal

                — Porque não podemos? – perguntou Pedro

                — Meu avô não gosta dos Potter, e ele está bravo que eu tenha entrado na Grifinória, meu lugar era na Sonserina

                — O seu lugar é onde o seu coração está, e o seu coração é dos Leões e não das Cobras – Alvo estava de pé com a varinha apontada para o teto, e todos riam dele. Alvo tropeçou e sem querer disparou contra o teto que desabou

                — Imobilus – Alvo gritou antes que os destroços pudessem alcançá-los – Me desculpem, atirei sem querer

                — Alvo, nós estaríamos mortos se você não estivesse conosco – ria Soler

                — Como você fez isso? – Pedro olhava assustado para Alvo, que ainda mantinha os destroços no ar com o feitiço

                — Há várias teorias – respondeu Scorpio – a minha favorita, é a de que ele caiu em balde de lixo tóxico quando era criança, e virou um super-bruxo – os meninos continuavam a rir, exceto Pedro, que não entendia nada

                — Ou então, ele pode ter sido levado em um povoado, e sugou todos os poderes dos bruxos que moravam lá – tentou Soler, que não se agüentava de rir                  

                — Reparo – murmurou Alvo, e todas as partes do teto voltaram ao seu devido lugar – Vou lhe explicar Pedro.

Então Alvo contou a ele, o que aconteceu no último mês, como ele estuporara o homem, e como ele fizera um feitiço avançado com muita facilidade no gabinete da diretora.

                — E agora freqüento aulas particulares avançadas – terminou Alvo

                — E o que houve com o homem? – perguntou Pedro

                — Foi preso, interrogaram ele, mas parece que só estava se fazendo de engraçado, não há resistência do lado das trevas – explicou Scorpio

                — Uau! Você é um super bruxo – Pedro o elogiou

                — Mas o melhor ainda não te contamos – disse Scorpio quando terminaram seus acessos de risadas – Tiago vai nos emprestar o Mapa do Maroto, um mapa onde mostra Hogwarts, incluindo passagens secretas, e nós vamos em um lugar, para Alvo tentar executar o Feitiço do Patrono

                — Sério? – admirou-se Pedro – Será que eu p...posso ir? – perguntou o menino sem jeito

                — Mas é claro! Você faz parte do time agora, seremos os novos marotos de Hogwarts – Alvo estendeu sua mão no meio dos quatro

               

 

                — Seremos irmãos, nunca deixaremos o outro na mão – proclamou Soler colocando sua mão em cima da de Alvo

                — Seremos sempre camaradas, nos ajudaremos em nossas mancadas – disso Scorpio colocando sua mão em cima da de Soler

                — Seja qual for o obstáculo o Malfeito deve ser Feito – rimou Pedro colocando sua mão em cima da de Scorpio

                — E agora saudamos com um arroto, meus caros amigos Marotos – finalizou Alvo levantando sua varinha fez quatro colares, com um animal de pingente. Alvo ficou com a fênix, Scorpio com a raposa, Pedro com o lobo e Soler com a coruja.

                — Agora precisamos de apelidos – sugeriu Pedro

                — Sou o... – pensou Scorpio

                — Malditicio – apontou Soler rindo

                — Ei!

                — Ta bom, eu quero ser... – tentou Pedro

                — Raivoso – riu Scorpio

                — OK. Podem me chamar de... – Soler pensou

                — Mensageo – Sugeriu Alvo

                — O que quer dizer com isso? – perguntou Soler

                — Você fala demais – riu Alvo — Agora é minha vez, podem me chamar de...

                — Félix – falou Pedro

             

                — Vamos descer para almoçar – disse Alvo para os meninos – Vamos Ranhoso

                —Raivoso – corrigiu Scorpio

Os garotos desceram para almoçar, e encontraram Tiago almoçando com seus amigos

                — Oi Tiago – disse Alvo sentando ao lado do irmão

                — Oi Alvo, quem é aquele? – perguntou Tiago apontando para Pedro.

Alvo contou a Tiago, sobre Pedro e os Dursley e sobre a mãe dele, Alice e que eles tinham se tornado amigos hoje.

                — Puxa! Um Dursley! Eu sabia que conhecia esse nome. O pai dele deve ter ficado realmente furioso quando soube

                — Tiago, acabei de te dizer, a mãe dele é uma bruxa. E ela disse na carta que o Dudley sempre quis conhecer sobre o mundo mágico, mas ele e o papai não se gostavam

                — Humpf! E ela nos convidou para irmos à casa dela? – perguntou Tiago

                — Não, só disse que gostaria que nos encontrássemos – respondeu Alvo enquanto comia um pudim – ela parece legal

                — Entendo. Mas então, depois do almoço me espere na beira do lago? – perguntou Tiago

                — Para que? – perguntou o garoto ao irmão

                — Não é possível Alvo, você precisa de uma poção que te faça acordar para a vida! O Mapa do Maroto! Vou te emprestar ele, mas não vá no lugar que vou te mostrar hoje, pode pensar que é um bom dia, que todos vão estar se divertindo, mas acredite, a Profª McGonagall nos conhece, ela aumenta a segurança em dias de festa.

                — Ok. Te encontro lá às 15:00

                — Ok – confirmou Tiago

Depois do almoço, Alvo convenceu os meninos a irem fazer as tarefas

                — Se fizermos elas agora, poderemos ficar livres amanhã, podemos até tentar fazer alguns feitiços amanhã a tarde

                — Tudo bem , mas você vai ter que me ajudar. Tem uma redação de Transfiguração que o Prof. Owen nos passou, que eu tenho certeza de que vou tirar zero se não a fizer direito. Já viu como aquele velhote me olhar? – reclamou Scorpio

                — Ora Malditicio, não seja tão mal assim – brincou Soler numa imitação perfeita da profª Brown

                — Félix, faremos as tarefas então – concordou Pedro

Os quatro sentaram em frente a lareira, estava um dia frio, a neve ainda não começara a cair, mas um vento gélido entrava pela janela.                

                — Incendio – murmurou Pedro apontando a varinha para a lareira, faíscas saíram da sua varinha, mas nada suficiente para fazer um feitiço completo

                — Não é difícil – falou Alvo que estava prestando atenção no amigo – você tem que se concentrar no que quer, assim: Incendio – com muita facilidade Alvo fez o fogo da lareira acender

                — Pra você é fácil, o que é que tem nessa varinha ai? – perguntou Pedro como se não quisesse saber a resposta

Eles ficaram até as 15 horas fazendo as tarefas, Alvo ajudava-os muito, e estava ficando tão fácil para todos entender sobre feitiços de levitamento, transfiguração de palito em agulha, e poção para confundir, que no fim      do estudo, os três meninos, com a ajuda de Alvo, conseguiram perfeitamente transformar um palito em agulha, levitar uma pena, e sabiam a fórmula para fazer a poção para confundir.

                — Puxa Alvo, aprender com você é bem mais fácil, parece que não aprendo nada com os professores – elogiou Scorpio

                — Sabe que eu também não? – brincou Alvo. Todos riram

Quando faltavam dez minutos para às três, os garotos desceram até os terrenos da escola para se encontrarem com Tiago, que já estava os esperando.          

                — Boa Tarde – desejaram os quatro à Tiago

                — Vamos direto ao ponto. Ninguém pode saber disso, ta bom? Prometam que isso será mantido em segredo?

                — Prometemos – disseram os quatro

                — Malfeito feito – murmurou Tiago, batendo de leve com a varinha em um pedaço de pergaminho velho, onde apareceram letras escritas em tinta verde:

 

                            Os Srs. Aluado, Rabicho, Almofadinha e Pontas,

                              fornecedores de recursos para bruxos malfeitores,

                                                 têm a honra de apresentar

                                                    O MAPA DO MAROTO

Os meninos sorriram um para os outros, enquanto Tiago abria o mapa que mostrava toda a Escola de Hogwarts, incluindo passagens que eles não conheciam

                — Durante a luta contra a força das trevas surgiram novas passagens em Hogwarts, então lamento dizer que o mapa está desatualizado. São sete passagens que estão no mapa, o velho Filch conhece quatro, embora eu tenha quase certeza de que ele mal sabe amarrar os sapatos. Está por trás do espelho no quarto andar, está desabada, eu e meus amigos estamos, desde que chegamos aqui, recuperá-la.

                — Como? – perguntou Alvo

                — Tiramos uma pedra ali, outra aqui, e assim vai – respondeu Tiago

                — Mas voltemos ao mapa. Essa passagem aqui, não foi usada por nosso tio Jorge e seu irmão, porque o Salgueiro Lutador foi plantada bem em cima dela. Mas consegui arrancar uma informação do tio Rony. O Aluado, era Lupin que como você bem sabe irmão, era um lobisomem, e o Salgueiro foi plantado para que durante a lua cheia ele pudesse se esconder na casa dos gritos e se transformar, o tio me informou que precisamente na raiz da árvore tem um nó, que pode ser pressionado e imobiliza o Salgueiro, podendo passar pelo túnel e entrar na casa. Enfim, acho que é um lugar perfeito para você treinar o Patrono – terminou Tiago

                — Muito obrigado Tiago – agradeceu Alvo pegando o Mapa

                — Então meu querido irmão caçula, resolvi te dar o mapa de presente, eu já o conheço como a palma da minha mão, se você me emprestar a capa da invisibilidade hoje a noite – propôs Tiago

                — Você me devolve ela? – perguntou Alvo

                — Sim – respondeu Tiago com sinceridade

                — Então ta, antes da festa passa no meu dormitório e eu te empresto ela – finalizou Alvo – agora temos que começar a planejar, até depois

                — Até

E os garotos subiram animados para o dormitório, e começaram a planejar:

                — Primeiro eu vou até perto da árvore, levito um galho para apertar o nó, eu volto e busco o Soler, levo-o e volto para buscar o Pedro, e depois de deixá-lo no túnel, busco Scorpio. Vamos levar comida, caso não dê para voltarmos, faremos isso de noite, para ninguém sentir nossa falta, e no último dia de aula antes das férias de Natal, quando os professores não estarão preocupados.  Levarei livros se eu precisar de ajuda para executar o feitiço. Agora, se os moradores de Hogsmeade virem a luz do feitiço?

                — Provavelmente irão pensar que é um fantasma – sugeriu Soler – Procuramos um lugar bem escondido na casa, ela não é tão pequena assim é?

                — Não sei, nunca entrei lá, não é mesmo? – respondeu Scorpio com sarcasmo

                — Então estamos prontos, vai ser bem divertido, mas agora é melhor nos arrumarmos para a festa – disse Pedro

Foi uma festa bem animada, os fantasmas apresentaram um teatro sobre a quase execução do Nick-Quase-Sem-Cabeça. O banquete estava delicioso, e os garotos puderam se divertir.

 

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