Confrontados

Apesar de saber que as coisas haviam de algum modo mudado, não esperava encontra-la ali. Eu sempre chegara antes e, sinceramente, a esperava, mas naquela noite, quando fui para a área aberta ela já estava lá.

De costas para mim, fitava o céu nebuloso. Não havia estrelas naquela noite e o branco da neve caída ainda estava em muitos pontos.

Me permiti admira-la. Ela não era tão baixa quanto imaginara a principio. Possuía quase minha altura. Seu corpo era alongado, com curvas delicadas, suaves, diferente de seu rosto, onde os traços eram fortes, sua boca era longilínea, com lábios cheios, os olhos eram escuros como os cabelos e sobrancelhas que os cobriam.

Ao perceber minha presença a entrada, me cumprimentou, na mão havia um livro e dei vazão a curiosidade após responder ao cumprimento.

- Que livro é este?

Ela se sobressaltou com o questionamento.

- Ah, bom... bem... se chama A Bolsa Amarela.

Juntei as sobrancelhas, nunca havia ouvido falar daquela obra.

- De que se trata?

Ela soltou o ar devagar ao entender a verdadeira pergunta ali.

- É trouxa – confirmou.

- Todos os outros que você carrega por ai também são...

Ela não esperou a palavra sair de minha boca.

- Sim, ou a maioria, pelo menos.

Me perguntei por que ela faria aquilo, ler livros trouxas. Porque alguém faria isso?

Ela me olhou irritada e percebi que falara a ultima frase que pensara.

- Talvez por que eles sejam bons – me respondeu petulante.

Mais uma vez ela me deixara intrigado com seu jeito. Às vezes parecia que ela era como o resto de sua família, cheia de pose, status, me ignorando, sendo o que se esperava, mas às vezes, em alguns momentos ela não conseguia manter isso e reagia de forma diversa, o que era algo – sempre – interessante de se ver.

Me vi tentado a incitar tais reações nela.

- Aposto que não há o que se aproveita ai – falei superior e com um gesto de cabeça indiquei o livro.

Seus olhos se cerraram.

- Aposto como este livro é mais interessante que você – respondeu-me.

Ri sarcástico. Ela caíra em minha jogada.

- Aposto que sou – persisti como uma criança faria e ri novamente.

Ela entendeu minha insinuação e corou, mas não desviou o olhar.

- Você realmente pensa isto, não é?

Ia dará resposta obvia em se tratando de mim, mas ela ficou presa na garganta e eu disse apenas deixe:

- Deixe pra lá.

Estava irritado comigo de novo. Em outro momento o sim sairia imbatível, agora até meu ego bambeava, principalmente aa mercê dela e quando dei por mim estava na pose que pertencia a ela, olhando a paisagem, fingindo que ela não estava ali.

Ela então arrastou uma lona que estava a um canto, sentou em cima e abriu o livro fingindo que eu também não estava ali.






N/A: Mais um capitulo on! \o/
Repeti o titulo porque o sentimento se repete e acredito que isso se tornará comum de agora em diante...
Se tudo der certo, capitulo novo amanhã!

Respondendo:

Sim Lana, continue pensando nas possibilidades e sim, o relacionamento ta se aprofudando, e vai continuar evoluindo lentamente (por enquanto ao menos, realmente não funcionaria algo rápido), o que me faz pensar que a fic vai ficar maior que o previsto, como sempre! kkkk 
Feliz que esteja gostando! Beijo flor! 

A você que esta lendo e não comenta, comente. Além de adorar ler suas opiniões, gostaria de saber que há alguém, além de Lana, lendo isto. xD

Abraços! 
 

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