Conversas entre amigos.



(Narrado pela autora)


O quarto estava totalmente desarrumado. Com roupas espalhadas pelo chão, mobilhas encostadas nas paredes e no meio do cômodo havia um tapete onde se encontrava dois meninos. Os dois eram muitos bonitos, qualquer garota cairia aos pés deles. Um deles usava óculos de armação redonda, tinha cabelos extremamente bagunçados e olhos castanhos – esverdeados, e estava deitado de costas para o chão brincando com uma bolinha dourada. Já o outro garoto, de cabelos enrolados até o ombro e olhos cinza, estava sentado batendo baquetas no chão


O jovem de óculos vendo as baquetas sendo “massacradas” perguntou ao outro:


– Cara, não desconta sua impaciência nas minhas baquetas. Elas não têm culpa de sua infelicidade. O que você tem, Sirius?


– Foi mal James. Sabe, últimos dias de férias é sempre assim. Só no tédio. – respondeu chateado.


– Por que não chama para sair àquela garota que você gosta? – James perguntou com um sorriso sarcástico.


– AHH, CALA A BOCA, SEU VEADO! Eu já disse que ela é minha amiga. Por que não vai encher o saco da Lily, hein? – falou um Sirius irritado.


– EU JÁ DISSE QUE NÃO É VEADO, É CERVO! E eu não encho o saco da Lilian. Eu só a chamo para sair. – James falou olhando o céu pela janela do quarto.


– Eu ainda não acredito, um maroto apaixonado. Cara, essa sua cara de apaixonado é ridícula. – Sirius começou a rir depois de terminar a frase. O riso de Sirius Black sempre parecia um latido de cachorro.


– Não ri da desgraça dos outros Sirius Padfoot Black. Quer dizer, desgraça porque a minha Lily me odeia. Se ela gostasse de mim, pelo menos um pouquinho, nós estaríamos juntos. – disse um James cabisbaixo.


– Relaxa Prongs. Quando você menos esperar, ela vai estar caidinha aos seus pés. – Sirius falou de um jeito malicioso.


Mas quando James ia rebater Sirius, a porta foi aberta por um garoto com uma cara abatida. Se eles não conhecessem o menino, eles diriam que o jovem estava com uma doença, alguém da família morreu ou recebeu o pior “não” da vida.


Porem o menino estava com um sorriso enorme no rosto. Ao adentrar o quarto, ele abriu os braços e falou:


– Olá galera.


– Moony. – disse James e Sirius em uníssono. Correram para o garoto e darem um abraço coletivo, derrubando ele no chão.


– Ei, cuidado seus loucos. – disse levantando com a ajuda de Sirius.


– E ai, Remo? Ahh, por favor, tira essa cara de depressão. A lua cheia ainda esta longe. – disse James num tom amigável.


Remus Lupin tinha cabelos cor de mel e olhos de avelã e era um Lobisomem. Então, toda lua cheia havia a transformação dolorosa. Quanto mais perto da lua cheia, mais a sua aparência era de uma pessoa doente. James, Sirius e outro amigo deles, Peter Pettigrew, descobriram desse probleminha um tanto peludo no terceiro ano na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Alem de descobrirem esse segredo de Remus, foram ajuda – lo a ter uma transformação menos dolorosa. Peter, James e Sirius se transformaram em animagos, Sirius é um cachorro, James é cervo e Peter, um rato.


É claro que no começo Remus foi totalmente contra isso, mas quando percebeu suas noites de transformações seriam menos dolorosas, não criticou mais eles três.


– Faltam só duas semanas exatamente, James. Mas vamos esquecer isso e deixa-me contar como foi a minha viagem ao Egito. – falou Moony sorridente.


– Que ótimo, Prongs. Ele se esquece da lua cheia com essa “grande” viagem, mas quando nós “amigos” tentamos acalmar ele, ele se revolta: “Vocês não sabem o que é ser um lobisomem” ou “Vocês acham que é fácil, né?. Viu como nós somos ruim, Prongs. – Sirius falou decepcionado, porem com um sorrisinho de lado.


– Deixa de exagero Sirius. E me ajudem com essas malas. Elas estão extremamente pesadas. - Moony disse ao mesmo tempo em que carregava um das malas para dentro do quarto.


Assim que colocaram as malas dentro do quarto, os três sentaram no tapete e começaram a conversar. Com as sobrancelhas levantadas e um sorriso na boca, Remus perguntou:


– Prongs, aqui houve um ataque de Comensais da Morte ou você é um lobisomem e eu não estou sabendo?


– Como assim, Moony?


– Este quarto esta horrivelmente bagunçado. – e com a gargalhada nada discreta de Sirius acrescentou. – Sua mãe viu isso? Por que se ela ver, ela vai virar uma fera.


– Relaxa Remus, ela não vai saber de nada. É claro, se ninguém dedurar, né pulguento? – falou James lançando um olhar severo para o Sirius.


– Por que esta olhando desse jeito para mim. Eu sou um santo. Não faço mal a ninguém. – disse Sirius falsamente.


James revirou os olhos e percebeu que Remus olhava intrigado para ele, perguntou:


– O que foi Moony?


– O ano passado você andou tanto tempo com a Lily, que já esta revirando os olhos como ela. – respondeu Remus num tom divertido.


– É que... – mas James não conseguiu terminar a frase, por que Sirius o interrompeu.


– Moony, você sabe da novidade? O nosso querido Prongs esta apaixonado pela nossa amiga ruivinha. Eu não acredito, os marotos estão em decadência. O ano passado, você virou monitor e agora o James apaixonado. O que será que vem depois, hein? – falou Sirius decepcionado. Se eles não conhecessem o Padfoot, eles teriam dó da cara dele.


Depois de tanto rirem com a cara de Sirius, Remus conseguiu tomar fôlego e falar:


– James, eu já sabia que isso ia acontecer. E Padfoot, sabe o que pode vir depois? – Sirius respondeu com um aceno negativo e com isso Remus respondeu. – Você se apaixonar pela Marlene.


– PARA COM ISSO VOCÊS DOIS! Eu disse milhões de vezes que ela é minha amiga. Vocês estão fazendo complô contra mim, né? Só pode ser. Eu, Sirius Black, nunca vou me apaixonar. Então Moony, que tal você contar com foi a viagem ao Egito? – disse Sirius numa tentativa de desviar o assunto.


– Não adianta fugir do assunto, Senhor Sirius Cachorro Pulguento Black. – falou James jogando um travesseiro bem na cara de Sirius.


– É guerra, é? Então você vai ver. – jogando o outro travesseiro em James.


– Ei, me deixa contar com foi minha viagem ao... Ahhh... – Remus recebeu vários travesseiros na cara. – Calma... eu não falei nada de mais.....


Mas Remus não conseguiu acalmar os dois. Teve que se arrastar até um lado do cômodo e postar atrás de um móvel para se proteger contra os ataques dos dois.


Daí por diante Sirius não podia reclamar que estava com tédio. A tarde desses amigos foi muito produtiva. Quer dizer, bagunçar para eles era uma atividade produtiva, era a regra numero 1 para esse grupo.


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– Marlene, você viu o meu livro? – uma menina de cabelos ruivos e olhos esverdeados direcionou essa pergunta para a sua colega que estava esparramada na cama.


– Não, Lily.


–Se você escondeu... – Lily não terminou a frase, porque foi interrompida por sua amiga.


– Lily Evans, eu vim aqui na sua casa para nós divertimos ou ver você ler esses livros, hein? – falou Marlene chateada. – Você pode mudar um pouco esse seu jeito, por favor. A vida não gira em torno de livros não. As vezes, você nem sabe o que se passa ao seu redor.


–Nossa Marlene, não precisa falar assim. E eu não sou desse jeito, sou? – perguntou Lily intrigada.


Ao ver o rosto de Lily, Marlene levantou e foi sentar em frente a ela. Marlene tinha cabelos loiros e olhos azuis e era um pouco mais alta que sua amiga. Elas se conheceram em Hogwarts e a partir daí se tornaram grandes amigas.


– Lily, a vida é pequena demais para ficar só apreciando os livros. Tipo, se eu tivesse pensado melhor, eu teria aproveitado mais o tempo com os meus tios. - falou Marlene numa voz embargada e assim que terminou de falar, uma lágrima escorreu no seu rosto.


Uma semanas atrás, os tios e primos de Marlene foram assassinados por Comensais da Morte. Estes são seguidores de Tom Riddle, mais conhecido como Lord Voldemort. Ele é o maior bruxo das trevas.


– Ahh, Marlene, me desculpa. Não foi por querer. – Lily disse enquanto abraçava a amiga pelos ombros. – Olha, eu vou dar mais atenção para você esse ano.


– Você me promete uma coisa? – Lily acenou com a cabeça. – Você vai ficar longe daquele garoto Snape. Ele virou comensal, Lil. E você e outros nascidos trouxas são os alvos principais deles.


– Eu não sou amiga dele desde aquele dia que ele me chamou sangue – ruim.


– Não fala essa palavra, Lil.


– O que? Falo sim, e sou uma sangue-ruim com orgulho. Eles são um bando de idiotas. – Lily percebeu um sorrisinho do rosto de Marlene e perguntou. – O que foi, Lene?


– Tipo, é muito difícil de escutar você falando palavras de “baixo calão” – Marlene respondeu sendo acompanhada pelos risos da Lilian.


– Olha Lene, uma coruja. – falou Lily apontando para a janela.


– É do Sirius. – Marlene foi até a janela e abriu para a ave entrar.


A coruja tinha penas marrons claro salpicadas de manchas pretas e olhas cinzas iguais aos do dono. Ela posou em cima do encosto da cadeira. Ao ver a aproximação da de Lily, a coruja levantou o pé direito onde estava amarrada uma cartas e dois pacotes pequenos. Lily a desamarrou e foi senta na cama.


– A coruja dele é tão bonitinha, né? – disse Marlene fazendo cafuné na cabeça da ave.


– E o dono também, né Marlene? – Lily lançou um olhar malicioso para a garota.


– Ahh, cala a boca Lily! E deixa-me ver essa carta. – ao terminar de falar, Marlene tirou a carta da mão de sua amiga. As vezes Lily se esquecia de como sua amiga era “delicada”.


– Pode ler, é para você mesmo. Mas lê em voz alta.


– Ok. – Marlene abriu a carta e começou a ler:


Olá Marlene,


 


Como você esta? Melhor agora com esta carta, né? * dando um sorriso eu tenho 32 dentes*. Eu preciso primeiro me desculpar por não ter ido ao velório dos seus familiares para te dar apoio. A minha amada e queridíssima mãe me deixou trancafiado em casa naquela semana. E no mesmo dia do velório ela me arrastou para um baile para comemorar as nobres famílias sangues-puros da Europa. Eu quase vomitei quando ela falou isso. Você consegue imagine a minha cara nesse baile, Lene?


A família do James também foi chamada, mas é claro que os Potter não foram nesse negócio. Você sabe muito bem que os pais dele são contra esse tipo de aristocracia.


Desculpe-me mesmo Lene. Prometo a você que vou acabar com a raça desses Comensais de uma figa. Não vai sobra nada deles para contar a história.


Lene querida, eu não disse a você que o meu time de quadribol ia ganhar do seu? Eu te falei, né? Nós somos os melhores do mundo. Ouvi um boato dizendo que o ano que vem pode ocorrer a copa mundial aqui na Inglaterra. Seria legal, né?


Cara, o Remus chegou esses dias da “grande viagem ao Egito”. Cara, ele não para de falar de lá. Esta até enchendo o saco, eu e James sempre temos que mandar ele calar a boca. Fala sério. Ele mandou junto com a minha carta esses dois pacotes. É presente que ele trouxe da viagem para você e para Lily.


Nossa Lene, o James não para de me encher o saco. Espera ai que eu vou calar a boca dele......


LENEEEEEEE, e ai? Como você esta? O seu amigo cachorro aqui é egoísta. Ele não deixa eu escrever. Mas você esta melhor do ocorrido? Minha mãe e meu pai estão mandando um abraço para você. Talvez esses dias nós vamos dar uma passadinha na sua casa......


Sai pra lá seu veado, foi mal Lene. Ele é sempre intrometido. Então, talvez nós vamos dar uma passadinha na sua casa e eu vou junto.


Manda um abraço para a Lily. Não sei direito se já somos amigos. Mas prefiro não estragar esse começo de amizade. Mas acho que o meu colega aqui esta louco por ela.


Bom me deixa ver se eu falei tudo que precisava. Humm...*passando a mão no queixo*. Acho que sim.


Enfim, o que precisar é só me mandar uma carta ou me chamar pela rede flú.


 


Beijos,


Sirius Black.


P.S.: Eu e Remus estamos na casa de James. Vamos ir juntos para o Expresso Hogwarts.


Ao terminar a carta, Marlene não agüentava ficar em pé de tanto rir e, apesar de Sirius citar a pessoa mais indesejada por Lily, ela também estava rindo.


– Só Sirius para me fazer rir desse jeito. Ele tem aquele jeito de fortão, mas é um amor de bruxo. – disse Marlene depois de respirar fundo.


– É, ele é legal, só não gostei da parte “Mas acho que o meu amigo aqui esta louco por ela.” – falou Lily com uma cara de poucos negócios.


– Ahh Lily, o James gosta de você.


– Claro que não. Ele é arrogante, galinha, bagunça aquele cabeço só para aparecer que acabou de descer da vassoura,... - Lily não terminou a frase, porque Marlene a interrompeu.


– E etc, etc e etc. Nossa Lily, é isso que eu estou falando de você parar de ler os livros e ver as pessoas ao seu redor.


– Vamos mudar de assunto. E vamos ver o que Remus trouxe para gente. – indo em direção aos pacotes.


– O que será que é?


Marlene e Lily abriram os pacotes ao mesmo tempo e ficaram felizes pelo que viram.


–Eu não acredito que Remus comprou uma maquiagem para mim. – Marlene disse maravilhada pela caixinha de maquiagem na mão dela. E depois viu um bilhete ao lado dela. – Lil? Escuta, eu vou ler.


– Ta bom. –disse Lily e começou a rir da cara de felicidade da amiga.


Olá Marlene,


Tudo bem com você? Espero que você esteja melhor. Qualquer coisa que precisar é só falar comigo.


Eu não sabia o que comprar para você, mas quando eu passei em frente a uma loja de maquiagem e coisas do gênero, eu lembre que você usava muito maquiagem.


Esse tipo de maquiagem é totalmente diferente das outras. Tirando o fato de ser egípcia, é claro. Mas ela tem hidratante, protetor solar, protege o rosto contra feitiços e, alem disso, tem o poder cicatrizante.


Espero que goste do meu presente!


Abraços,


Remus Lupin.


– Nossa Lene, que legal. E tem varias cores. – falou Lily olhando para o presente da Marlene.


– Meu Merlin, não deve ter sido barato esse presente. Mas agora deixa eu ver o seu. – Marlene falou olhando para a Lily.


Lilian mostrou um caderno com uma capa dura que tinha pedras e símbolos egípcios. Marlene abriu o bilhete que vinha junto com ele e começou a ler:


Oi Lily,


Como você esta? Quando nós voltarmos para a escola, eu conto como foi a minha viagem. Porque se eu contar aqui, vai parecer uma redação de transfiguração de tão longa que vai ficar a carta.


Isso não é um caderno, é um diário. Eu sei que você escreve um diário, mas esse é legal. É um tipo de penseira. Você pode escrever ou depositar suas memórias diretas para esse caderno. E se você quiser colocar fotos nesse diário, você não precisa usar uma maquina fotográfica. É só pegar uma memória, coloca no caderno e lançar o feitiço “fotum” sobre essa memória. Assim vai parecer que você colou uma foto no diário.


Espero que fique feliz pelo presente.


Beijos,


Remus Lupin.


–UAU, adorei isso. Diferente, né? – Lily perguntou a Marlene.


– Super da hora. Mas como Remus foi para o Egito? Tipo, uma viagem para lá é cara. E a família dele não tem muito dinheiro. – Marlene olhou intrigada para a amiga.


– Remus me disse que a mãe dele e ele sempre queriam viajar para lá e ai eles estavam guardando dinheiro. – respondeu Lily.


– Que bom, né? Tipo, as vezes é bom ter dinheiro para fazer uma viagem dessas. – falou Marlene.


– É sim. Mas dá para você parar de falar tipo, estou de saco cheio disso. – disse Lily irritada.


– Foi mal, Lil. Vou tentar parar de uma o tipo. – falou Marlene num tom engraçado.


– Você não vai responder a carta para o Sirius? – perguntou Lily.


– Sim. Deixa-me pegar um pergaminho e minha pena para escrever. – respondeu Marlene indo em direção a criado-mudo para pegar tais objetos.


– Ahh, fala para Sirius que eu considero ele como amigo e mando um abraço para ele, ta? – falou Lily com um sorriso no rosto.


– Que bom, Lil. Já estava na hora. Agora só falta o James. – disse Marlene olhando a Lily.


– Se ele para com essa história de sair, eu poderia pensar. Mas ele é que estraga tudo. Um idiota. – falou Lily com o rosto corado de raiva.


– Ai Lil, que cabeça dura você tem. Não precisa falar nada. Mas pensa no que eu falei antes. A vida é pequena demais para ficar brigando por bobeira. Agora fica quieta, eu preciso pensar para escrever essa carta. – disse Marlene emburrada.


Lily nunca viu Marlene falar dessa maneira. Não a parte de ser “delicada”, mas a parte reflexiva. Desde o dia que ocorreu o velório, ela estava fazendo companhia a sua amiga. Ela percebeu que Marlene estava sentindo essa perda dos parentes.


–Pronto. Quer ler? – Marlene perguntou a sua amiga. Mas percebeu que Lily estava pensando em algo e foi até ela e chacoalhou-a. – Ei, você esta aqui ou em outro lugar?


– Desculpa Lene. Mas o que você disse.


– Se você quer ler a carta que eu escrevi para o Sirius?


– Sim. – respondeu Lily pegando a carta e começou a ler:


Olá Sirius,


 


Estou bem melhor agora. Mas não é por causa da sua carta, ta? *risos* Não fica triste, ta?


Não precisa se desculpar por não ter ido ao velório. Eu entendo como sua mãezinha é. Como assim? Baile para comemorar os puros sangues da Europa? Eu e a Lily caímos na risada quando você citou isso na carta. Sim cara, eu consigo imaginar a sua cara de anjinho nesse baile.


Deixa-me falar antes que eu esqueça. A Lily te considera um amigo, ta? E ela mandou um abraço para você.


Tadinho do Remus, to com dó dele. Pra que mandar o coitado calar a boca. Ele só esta feliz. Adorei o presente que ele mandou para mim.


Que bom que vocês vêm aqui em casa. Minha mãe esta precisando mesmo.


Manda um abraço para o James e ele não é intrometido, ta Sirius?


A Lily esta aqui desde o velório e também nós vamos juntas para o Expresso Hogwarts.


Manda um abraço para a Remus também.


E obrigada pela carta, me animou mais.


 


Beijos,


Marlene MacKinnon.


– Legal, mas nós precisamos escrever um agradecimento para o Remus pelos presentes. – disse Lily ao terminar de ler a carta.


– Sim claro. Vou pegar mais pergaminho e uma pena para você escrever. – falou Marlene voltando à cômoda.


Assim que terminaram de escrever as cartas para o Remus, colocaram-nas em envelopes e amarraram-nas no pé da coruja.


– Pronto Zeus, pode ir agora. – falou Marlene depois de dar um pedaço de uma bolacha de água e sal para a coruja.


– Zeus? – perguntou Lily intrigada.


– É o nome dele. Sirius tem uma imaginação. – respondeu Marlene revirando os olhos, porem com um sorriso nos lábios.


– Meu Merlin. - disse Lily dando risada.


Ao terminar de comer, Zeus virou para a janela e alçou vôo. Quando a coruja chegou, o sol estava se pondo, fazendo com que o céu alaranjado virasse uma paisagem onde raios se misturassem com as aves, com a vegetação do campo e com o mar onde as ondas se batiam contra as pedras da encosta. Mas agora, a coruja voava de volta para casa, embora num céu banhado com o mesmo azul do mar, porem a abóbada celeste reinava um lua minguante com as suas estrelas que velavam o sonho de pessoas que descasavam numa noite gélida.

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