A penseira



A movimentada sala comunal da Grinfinória nunca estivera tão entediaste, mesmo com os risos e conversas dos outros alunos, Harry, Rony e Gina esperavam, ansiosos e impacientes a vinda de Hermione. Sentados em uma mesa próxima á janela. Gina brincava com Bichento e Harry e Rony jogavam xadrez.



- Ela está demorando de mais – resmungou Rony.

- Deixa de ciúmes Rony, é por uma boa causa, seja lá o que ela esteja fazendo vai ajudar o Harry! – Ralhou Gina, tão nervosa quanto eles.

- Não sei quanto a vocês, mas eu não agüento ficar aqui esperando – sussurrou para não ser ouvido pelos outros – Vou descobrir alguma coisa sozinho – e levantou-se rumo ao dormitório.



Rony fez menção de o seguir, mas Gina o interceptou, alegando que era uma coisa que Harry precisava fazer sozinho.

Por sorte não havia ninguém no dormitório, ele abriu seu malão a procura da capa, e quando começou a revirar as coisas, encontrou o pequeno embrulho do qual menos precisava naquele momento, o presente de Natal que nunca entregara a Sophia, uma dor profunda o abateu. Suspirou tentando manter-se calmo. Guardou novamente o embrulho, vestiu a capa e saiu, passando pela sala comunal sem esbarrar em ninguém.



Estranhamente, não encontrou nenhum auror até chagar ao terceiro andar, um homem alto de roupas pretas vinha caminhando em sua direção com a varinha em punho e assoviando uma canção alegre e despreocupada. Rapidamente, mesmo estando debaixo da capa, Harry se escondeu atrás de uma estátua grotesca até o homem sumir de vista no corredor seguinte. Conseguiu manter-se indetectável ate chegar ao saguão, sabia que nas masmorras seu cuidado deveria ser redobrado.



Passo a passo sem fazer um barulho se quer, Harry avançou até o corredor onde se encontrava a sala secreta, sabia que, por ordem de Dumbledore, ninguém, nem mesmo agentes do ministério tinham permissão de entrar ali, as escritas haviam apenas sido copiadas para análise, nada mais havia sido mexido ou estudado.

Outro homem de capa preta se encontrava sentado numa cadeira ao lado da porta da sala secreta, esta por sua vez, aberta, apenas lacrada por uma fita mágica, a qual era muito fácil de rasgar. Para a sorte de Harry, o segurança estava dormindo.



Com um toque da varinha rasgou a fita e entrou, seu coração batia acelerado, sabia o que teria que encontrar e tirar dali o mais rápido possível, a penseira de Sophia. Para sua sorte, ela estava lá, muito bem escondida num canto. Agachou-se e tirou-a dali tentando ser o mais silencioso possível para não acordar o guarda.



O liquido prateado girava devagar dentro da bacia de pedra, a curiosidade o tomou, que tipo de coisas haviam ali dentro? Aproximou-se e de súbito, enfiou a cabeça dentro da bacia, ali sentado no chão debaixo de sua capa não havia como ser descoberto.



Sentiu seus pés pousarem em algo mole, mesmo sem analisar o lugar onde se encontrava, apenas ao abrir os olhos deu-se conta de que estava nos Pântanos de Morva, o pequeno chalé das feiticeira á sua frente. Tinha uma idéia aproximada do que veria se entrasse lá, e foi o que fez.



A cozinha era igualmente suja como aquela que havia conhecido pessoalmente, de repente duas velhas entraram pela mesma porta lateral que ele já conheciam, uma delas tinha cabelos muito brancos e olhos castanho-escuros, a outra era careca e tinha olhos cor de esmeralda, ambas usavam túnicas cinzas muito sujas e adornadas por um pingente da mesma cor dos olhos.



- Acho que devemos ajuda-la Orddu – disse a velha careca.

- Deixe-as Orwen, não percebe que Orgoch quer cuidar disso sozinha, é a primeira vez que ela não precisa da nossa ajuda, vamos ficar aqui – disse a outra.

- Mesmo assim, acho que cometemos um erro – falou Orwen, era aparentemente a mais velha e sábia das três – a união dos dois sangues pode ser um poder grande de mais para essa menina, e mesmo que ela sobreviva, quando o Lord souber que o filho de Nickolas Ogden e Sophia Neveu veio ao mundo, não descansará até o matar.



As duas não disseram mais nada, ficaram sentadas com feições preocupadas. A curiosidade de Harry o levou a atravessar a parede ao lado da porta lateral, nunca havia estado ali antes. Era um quarto amplo e igualmente sujo, quatro camas, um berço e dois armários grandes, os mesmos castiçais feitos de ossos e o mesmo odor nojento. Deitada em uma das camas, estava Sophia, ao seu lado Orgoch, que mexia um pequeno caldeirão.



- Calma minha menina, tudo acabará bem! – disse ela.

- Eu vou morrer...sinto isso...- sussurrou Sophia com grande dificuldade, a grande barriga em seu corpo pequeno parecia ser de mentira - ...porque? porque isso tinha que acontecer comigo, tudo estava perfeito, eu e Nickolas íamos nos casar no final deste ano....porque! – começou a chorar.

- Quer mesmo saber por que? – perguntou Orgoch com um olhar sério largando a colher do caldeirão e se sentando ao pé da cama dela – Você não pertence a uma família qualquer Sophia, no seu sangue corre o sangue das antigas feiticeiras.

- De vocês três?

- Sim – respondeu com um sorriso carinhoso, Harry observava tudo de perto.

- Mas como?

- Sua mãe e seu pai são tataranetos de minha bisneta, pertencem à mesma família, como você deve saber, são primos, e isso fez com que isso intensificasse ainda mais os seus poderes.

- Mas que poderes? E não faço nada que qualquer outro bruxo da minha idade faça!

- Até agora não. Ai é que vem a outra parte, Nickolas Ogden também possui sangue azul, a linhagem dele a sua vêem de um ancestral em comum, e dês de que os filho deste homem nasceram, e os filhos dos seus filhos, assim por diante, o sangue se dissipou com os séculos, restando apenas duas linhagens de sangue puro, a sua e a dos Ogden. Ciente de suas condições no momento de sua morte este ancestral rogou uma maldição para que um dia voltasse a vida no corpo de um de seus descendentes, aquele que fosse do sangue mais puro e concebido, mesmo sendo estranho é verdade, por um amor verdadeiro.

- Mas quem é esse ancestral?

- Um dos bruxos mais poderosos e odiados que já pisaram nesta terra minha querida, Salazar Slytherin.



Um silencio nervoso se seguiu, Orgoch apenas de deliciava com a incompreensão estampada nos olhos de Sophia e Harry observava tudo mais chocado do que ela.



- Então, se as duas linhagens puras se juntarem novamente...- começou Sophia procurando uma explicação.

- Então, o mundo conhecerá novamente a sua ira. Mas devo alerta-la sobre outra coisa também. Lord Voldemort sabe, e não permitirá que alguém mais forte que ele permaneça vivo, seu filho é tão perigoso para ele quanto Harry Potter era quando menino.



Tudo começou a girar numa névoa branca, Harry se viu num ambiente diferente, um lugar onde nunca havia estado antes.

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