Sonserina ou Grifinória?
Dali do corredor onde estava, Virgínia seguiu em busca de seu irmão. Procurou o rapaz por toda parte: salões, banheiros, bibliotecas, jardins. Perguntava para, para outro, mas ninguém sabia dele, nem mesmo Hermione. A ruiva o procurou até se cansar, mas ninguém lhe dava nem ao menos uma pista de onde Rony poderia estar. Até o hora do almoço ela não viu o irmão.
“O Rony jamais perderia o almoço! Do jeito que ele come, acho que aparecerá por aqui”.
Dessa vez a ruivinha estava errada. Seu irmão não apareceu. A garota começou a se preocupar. Seu irmão não era de faltar às refeições. Será que ele realmente estava bem?
Durante a tarde ele permaneceu desaparecido. Virgínia aproveitou para conversar com Draco.
-- Estou preocupada com meu irmão, Draco. Eu mão o encontrei em lugar nenhum! Nem no almoço ele apareceu. Ele não é de perder refeições, você sabe...
-- Não se preocupe Gin, ele vai aparecer.
-- Não sei Draco. Me disseram que ele anda muito sumido. Não está falando com ninguém... preciso conversar com ele.
-- Ele vai aparecer sim. Muito em breve você poderá falar com ele. --- a ruiva estranhou a convicção o do loiro, mas não questionou. Do nada ela mudou de expressão. Parecia satisfeita.
-- Adivinha? Discuti com o Harry hoje. Quase fiz com que ele levasse uma detenção!
-- Serio? Porque isso? Me conta.
-- Você não te noção! Foi muito engraçado. --- ela se divertia ao contar. --- Ele veio falar comigo sobre o meu irmão. Depois começou a dizer que gostava de mim e tal. Eu tentei ir embora e ele me segurou. Comecei a gritar, fazer escândalo mesmo! Gritava que ele estava me agarrando... Foi hilário ver a cara de pânico que ele fez!
-- Se foi! Também achei engraçado. --- a ruiva parou de ir e o encarou com cara de ponto de interrogação. Entendendo a ruiva ele prosseguiu. --- Eu estava lá! --- ele sorriu.
-- Estava? Como assim estava lá? --- ela não entendia nada.
-- Simples. Vi você passando em direção ao banheiro da Murta-Que-Geme, e como sei que ninguém anda por lá, resolvi ir atrás de você pra gente se ver. Mas foi aí que eu vi que o quatro-olhos estava por lá. Me escondi enquanto esperava ele se mandar. Então vocês começaram a conversar e depois você deu seu show!
-- Se você estava lá o tempo tudo, porque não veio me socorrer quando eu gritei?
-- Queria ver como você se saia. --- ele deu um meio sorriso. --- Sabe Gina, ele tem razão em uma coisa, --- ele ficou serio neste momento --- Você realmente está se tornando uma sonserina. Está mudando. Até eu percebi isso.
-- E isso é ruim? --- ela continuava num tom de brincadeira --- pense, se eu for sonserina, passaremos mais tempo juntos, não é? --- neste momento ela se aproximou dele e travessamente passou sua mão pelo corpo do rapaz e encostou sua cabeça no peitoril dele.
-- Não Gina! --- ele a pegou pelos ombros e a encarou --- Não é assim que as coisas devem ser. Eu me apaixonei por uma grifinória. Uma garota simples, delicada e indefesa. Não por uma sonserina fria e insensível. Você não deve mudar por minha causa. Além do que, isso pode ser usado contra nós! Pense bem, seus pais podem dizer que eu mudei você para poder te roubar deles.
Virgínia Weasley percebeu que Draco falava serio. Não gostou muito das palavras e do tom de seriedade que havia nelas, mesmo assim não protestou. Ficou quieta. Depois decidiu ir embora.
-- Vou embora Draco. Tenho que encontrar meu irmão. Ate mais.
Ela o deixou ali e subiu as imensas escadarias em direção à torre da Grifinória. Passou rapidamente pelo retrato da Mulher Gorda (“Poção Polissuco”) e subiu para seu dormitório. Deitada em sua cama, a ruiva tinha muita coisa em sua cabeça.
“Será mesmo que o Harry está certo? Eu estou mesmo me tornado diferente por causa do draco?... Até mesmo o Draco me disse isso! Pensa Virgínia: onde está sua verdadeira personalidade? Aquela garota que todos adoram, aquela meiga e simples. Ela sumiu ou não? Você quer realmente que ela volte?”.
A garota estava meio confusa. Passado um tempo com seus pensamentos ela acabou pegando no sono. Enquanto dormia teve um sonho muito estranho e sinistro.
“Estava andando por Hogwarts e todos a encaravam de uma forma negativa, como se a desaprovassem. Ela tinha uma sensação muito ruim de tudo aquilo. Era estranho as pessoas a olharem daquela forma. As pessoas a observavam e cochichavam entre si. Algo que Virgínia não poderia compreender, mas que tinha absoluta certeza se tratar dela. Tentando fugir desses olhares hostis, a garota dá de frente com Draco. Ele a encara. Tentando obter alguma resposta, ela o abraça, mas Draco continua imóvel. Antes que ela possa dizer qualquer coisa ele a desgruda de seu corpo. “Eu não gosto de garotas sonserinas”. Virgínia não compreende o que ele quis dizer. “Draco, eu não sou sonserina. Olha aqui, veja!”. A ruiva aponta para seu uniforme o toma um imenso susto. No lugar das cores amarelo e vermelho haviam surgido os tons verde e prata. Gravata, pulôver, capa. Tudo. Verde e prata. E Mais estranho ainda, no lugar do imponente leão grifinório, agora descansava a ardilosa serpente sonserina. Sem entender nada, Virgínia sai correndo pelo corredor. Sua vista começa a ficar embaçada de lagrimas. “O que está havendo?”, ela se perguntava. Mas, antes de poder buscar uma resposta o cenário muda. A ruiva se vê então em um lugar muito frio e escuro. A aparência era de um cemitério ou algo parecido. Ela estava caída. Não via ninguém. Então, de um segundo ao outro, ela ouviu um barulho. Levantou-se rapidamente. À sua volta começaram a surgir vultos. Sombras sobrevoavam vindas de algum outro lugar. Então ela se virou e deparou-se com uma imensa lápide: TOM MARVOLO RIDDLE. A ruiva ficou chocada em ver que estava frente ao local onde havia sido enterrado Tom. A ruiva permanecia imóvel. Foi então que ela viu as sombras começarem a se materializarem. Tomavam formas diferentes, mas todos trajados igualmente. Estavam em um formação de circulo. Então Virgínia pode ver que um lugar estava vago. Olhou para si e eu que suas vestes haviam mudado. Estava vestida como eles: longos trajes pretos e um capuz lhe cobria a face. Sem poder combater, sentiu-se ser arrastada por um força sobrenatural que a puxou até o lugar devidamente apropriado no grupo. Estavam ali. Quinze Comensais da Morte. E Virgínia Weasley era um deles! Sendo assim, ele surgiu: Lord Voldemort!”.
A garota acordou muito assustada e suada. Seu coração estava disparado. Sua respiração ofegante. Ela ainda tinha medo por causa do sonho.
-- Calma Virgínia, foi só um sonho. Você só está cismada com tudo que te disseram. Você não é uma sonserina. É uma leoa. Leoa garota!
A garota tentava se acalmar. Não foi muito difícil. Depois disso ela olhou para a ampulheta e viu que já era a hora do jantar. Lembrou-se que ainda tinha que falar com o irmão. Então foi tomar banho, mas ainda pensava em seu sonho.
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