Aventura Perigosa
No dia da última prova dos NOMs, um acontecimento surpreendente coloca os três amigos em nova aventura perigosa. “Voldemort capturou Sirius”, disse Harry a Ron e Mione, anunciando a visão que havia tido no momento que desmaiou durante o teste.
Rapidamente, Hermione traça um plano para confirmar se aquela visão era verdadeira. Escondidos sob a capa da invisibilidade, ela e Harry iriam até o escritório de Umbridge tentar um contato com Grimmauld Place na única lareira que ainda tinha comunicação com o mundo externo. Ron assumiria a missão de dar uma informação falsa à inquisitora, dizendo que Pirraça estava arruinando com a Sala de Transfiguração, enquanto Gina e Luna vigiariam os corredores.
Enquanto tentam falar com Sirius, com os rostos mergulhados na lareira, Harry e Mione são flagrados por Umbridge. O pior é que não apenas eles haviam sido capturados. Logo Malfoy, liderando um grupo de alunos da Sonserina, entra arrastando Ron, Gina, Luna e Neville, que se juntara ao grupo.
Hermione, ao ver que os lábios de Ron sangravam muito, murmura o nome do amigo, com uma expressão sofrida na face. “Preciso traçar um plano para tirar a gente daqui”, pensou a menina que, com sua inteligência rápida e lógica, sempre se sentia na obrigação de salvar os amigos, mais impulsivos, das enrascadas.
Ron arregalou seus olhos azuis ao ouvir a fabulosa história inventada por Hermione. A menina contou para Umbridge que estavam tentando se comunicar com Dumbledore para anunciar que haviam concluído a Arma iniciada por ele. Onde a amiga queria chegar com aquela história maluca, se perguntava o ruivo.
Depois que Mione e Harry saem do escritório com Umbridge, o rapaz fica muito preocupado. Ainda lutavam tentando se libertar dos alunos de Sonserina quando, pela janela, Ron avistou os dois caminhando em direção à Floresta Negra. Apavorada com o perigo que os amigos corriam, e pensando especialmente em Hermione, deu uma forte cotovelada no sonseriano que o segurava e recuperou sua varinha.
Em seguida, uma sucessão de feitiços derrotou os opositores e logo Ron, Neville, Gina e Luna estavam livres. “Vamos para a Floresta Negra. Harry e Mione estão lá”, disse o ruivo, liderando o grupo.
No momento em que finalmente alcançou os dois amigos no meio da floresta, depois de tentar saber de Harry como pretendia ir para o Ministério da Magia, Ron trocou um olhar intenso com Hermione, acompanhado por sorrisos aliviados. Sentiam-se felizes ao ver que estavam bem.
Gina percebeu aquela troca de olhares e não conseguiu deixar de sorrir. Foi como se tivesse a confirmação de que Ron e Mione estavam apaixonados, algo que já desconfiava há mais de um ano.
Enquanto os outros decidem se vão usar ou não as testrálias, Ron se aproxima da amiga.
- Mione, você está bem? Parece que se machucou bastante – afirma, tocando com delicadeza um dos cortes do rosto da menina.
- Eu estou bem, não de preocupe. Sua boca é que está sangrando muito. Precisamos estancar o sangramento – falou em tom preocupado.
O rapaz tirou um lenço do bolso da calça e já ia começar a limpar o corte quando Mione o segurou pelo pulso. “Deixa que eu faço isso”, pediu em tom decidido. Ron entregou o lenço para ela que começa a comprimir os lábios do ruivo para deter o sangramento.
Era um gesto tão simples, mas repleto de significado já que trazia o carinho, a vontade de cuidar e de estar próxima que sempre tinha pelo amigo. Os dois trocam olhares por um momento e sentem-se imensamente constrangidos. Hermione retira o lenço do ferimento e dá um sorriso tímido para Ron.
- Acho que melhorou – falou.
- Obrigado, Mione – disse o rapaz em tom de voz suave.
Ao se virarem para o lado, percebem que Harry, Neville, Luna e Gina os observavam. Ainda mais sem graça, os dois caminham em direção aos amigos. Logo estariam montando nas testrálias para começar a viagem até o Ministério da Magia. Ron olha para Hermione e sente uma dor no peito. Sabia que a menina tinha medo de voar e queria poder ir com ela, para tranquilizava. No entanto, cada testrália podia levar apenas uma pessoa.
A única forma que encontrou de acalmá-la foi usando o bom humor. “Dizem que andar de testrália é melhor do que de noitebus”, comenta. Como viu que a amiga não ria, decidiu falar sério. “Mione, não se preocupe. Segure firme e feche os olhos que logo estaremos lá”. A menina o olha de um jeito carinhoso, mas não tem tempo de responder. As testrálias estavam começando a levantar voo.
Quando já estavam na Sala das Profecias do Ministério da Magia, Hermione segura a mão de Ron, que logo olha para ela. “Estou com muito medo”, confidencia. O ruivo aperta a mão da amiga. “Não se preocupe. Não vou deixar nada acontecer com você”, diz com tanta confiança e força que a menina sente o seu coração se aquecer. Instantes depois, atacados por Comensais da Morte, os dois acabaram se afastando um do outro.
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Ron acordou sentindo um dos braços queimar e forte dor de cabeça. Aos poucos a luminosidade que incomodava seus olhos ganha forma e o rapaz se dá conta que está na enfermaria de Hogwarts. Não fazia a mínima ideia, no entanto, de como tinha ido parar ali. A sua última lembrando era da Sala das Profecias, quando precisou enfrentar a fúria dos Comensais da Morte junto com o pequeno grupo da Armada de Dumbledore.
Percebe que o braço está coberto por uma faixa. Não se lembra de ter se machucado, mas aquilo era o que menos importava. Onde estavam os outros, se perguntou, olhando para os lados. Logo avistou Gina à sua frente, que o encarava de um jeito curioso.
- O que aconteceu? Onde estão os outros? – pergunta Ron.
- Estamos todos na enfermaria, com exceção de Harry e Luna. Eu torci o tornozelo e Neville quebrou o nariz – responde a ruivinha.
Foi então que o rapaz viu Neville, que parecia dormir na cama mais afastada do dormitório. Mas Gina não tinha falado de uma pessoa e era com ela que Ron mais se preocupava. Antes que pudesse fazer uma pergunta, a irmã prossegue.
- Hermione está na área isolada, ainda desacordada, mas madame Pomfrey garantiu que ela não corre qualquer perigo – finalmente fala a menina.
Aquela afirmação, no entanto, não foi suficiente para acalmar o rapaz. Pelo contrário. Ele logo sentiu um peso na consciência por não ter cumprido a sua promessa de proteger a amiga. Ron precisava olhar Hermione, saber como ela estava.
- Eu vou até lá ver a Mione – diz começando a se levantar da cama.
Madame Pomfrey surgiu na porta a tempo de ver o movimento do rapaz e foi imperativa: “Nada de se levantar, senhor Weasley. Ainda precisa de repouso”. Com passos rápidos, a medibruxa se aproxima do ruivo e pergunta o que ele desejava.
- Não posso ir ver a Hermione? Estou preocupado com ela – fala sem perceber o sorriso da irmã - Por favor, madame Pomfrey... ela é minha amiga...
A medibruxa era muito rigorosa e não costumava abrir exceções. “A senhorita Granger vai se recuperar totalmente, mas, no momento, ela precisa descansar. Por isso mesmo está no isolamento. Quando melhorar, aí sim o senhor poderá vê-la”, responde secamente.
O rapaz não se conformou com aquela resposta, mas percebe que não adiantaria insistir. Começa a conversar com a irmã e aos poucos foi entendendo o que tinha acontecido no ministério. O mais difícil foi saber que Sirius estava morto. Imaginava a grande dor de Harry e ele, preso naquela enfermaria, não podia fazer nada pelo amigo.
Ron não sabia quanto tempo havia passado. Dormiu e acordou várias vezes, conversou mais um pouco com Gina. Mas foi quando todo o Castelo pareceu estar em silêncio que ouviu os gemidos de Hermione, a princípio fracos, depois mais fortes. Olhou para os lados e viu que madame Pomfrey não estava por perto. Como a sala de repouso tinha a luz acesa, imaginou que a medibruxa dormia. Não pensou duas vezes e se levantou rapidamente. O corpo doía um pouco, mas a vontade de ver a amiga era maior que qualquer incômodo.
Em poucos instantes estava ao lado de Hermione, que falava palavras incompreensíveis, balançando a cabeça. Será que ela havia sofrido a maldição Cruciatus, se perguntou, e um frio percorreu a sua espinha. “Hermione? Está tudo bem?”, pergunta apreensivo. A menina gemeu o seu nome e abriu os olhos. “Ron? Onde a gente está?”, pergunta desnorteada. “Na enfermaria de Hogwarts. Todos estamos sendo medicados. Não se preocupe”. Neste momento o rapaz sentiu a presença de mais alguém. Era madame Pomfrey que havia se aproximado silenciosamente.
- Muito bem, rapazinho. Pelo visto você não é muito bom em seguir regras. Eu não lhe falei que a senhorita Granger precisava descansar? – pergunta em tom severo.
- Desculpe-me, mas é que ela estava gemendo e como a senhora não estava por perto...
- Você achou que podia burlar as regras, sei – diz muito séria – Então agora, que estou por aqui, trate de se deitar novamente e não levante enquanto não receber alta.
Ron se virou muito sem jeito e, nesse momento, a amiga interveio em sua defesa. “Madame Pomfrey, por favor, ele só quis me ajudar”, fala a menina. O rapaz ainda se deteve por um momento, o suficiente para escutar a medibruxa. “Vocês terão muito tempo para namorar depois. Agora ambos precisam descansar”. Hermione rebateu dizendo que o ruivo não era seu namorado, mas Pomfrey pareceu não prestar muito atenção. “Sei, sei. Ah, a juventude...”, limitou-se a dizer.
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Para ouvir antes, durante ou depois de ler o capítulo:
The Reason
I'm not a perfect person
There's many things i wish i didn't do
But I continue learning
I never meant to do those things to you
And so, I have to say before i go
That I just want you to know
I've found a reason for me
To change who I used to be
A reason to start over new
And the reason is you
(…)
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