Sob pressão
Notas iniciais do capítulo
O que se fazer quando alguém que você ama, imagina que não há esse sentimento? Decisões, conflitos internos...
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Havia amanhecido, e todos desceram para o café da manhã. E ao descer as escadas, Hermione ouviu a conversa de Cho com Ron na cozinha:
– Não estou com fome - Afirmou ele.
– Como está sem fome, amor?
– Estou sem vontade de comer...
– Você devora o café da manhã todos os dias... pra você isso é essencial para ter um dia ótimo...
– Eu sei, só que hoje eu perdi a fome.
– Sabe o que eu acho...
– O que?
– Acho que você está sem fome, por causa do pedido de desculpas que você fez e também se alimmentou de beijos ontem. - Alisando o cabelo de Ron. - Eu tinha certeza que nada atrapalharia o nosso noivado.
– Gosto da sua confiança...
– E eu gosto de você!
– Eu também gosto...de você. - Hermione ouvia e sentia-se péssima.
– Posso então ficar tranquila?
– Claro. - Disse, recebendo um abraço de Cho. - Vou subir, okay?
– Okay, qualquer coisa voce me chama! - Falou ela, Ron fez um gesto positivo com a cabeça e caminhou até a escada, encontrando-se com Hermione.
– Bom dia, Ron. - Disse.
– É... bom dia, Hermione. Estava aqui a muito tempo? - Perguntou curioso. Cho observava de longe.
– Não, acabei de descer - Mentiu ela.
– Ótimo - Disse alviado - Então eu já vou subindo.
– Espera... - Pediu, segurando o braço de Ron, e Cho quase derrubou a xícara que segurava.
– O que foi? - Perguntou calmo.
– Você ainda está chateado comigo?
– Não estou chateado com você...
– Não?
– Não, só estou um pouco envergonhado com a situação constrangedora de ontem, é só. Não é nada contigo.
– Fui eu, que coloquei você nessa situação...
– Deixa pra lá... está tudo bem.. pode ficar tranquila. - Garantiu Ron, que tocou o queixo de Hermione. - Não se preocupe com isso.
– Okay... - Respondeu, ele sorriu e continuou a subir as escadas - Se quiser... - Ron olhou para trás - ...conversar...estou aqui.
– Obrigado - Agradeceu, com um sorriso de canto, e após virar-se deu de cara com Cedric, que descia desesperadamente.
– Com licença,Weasley.
– Toda.
– Ah, quero falar com você depois e bem tem uma correspondência pra ti.
– Okay. Eu estou no quarto.
– Já subo. - Fazendo um sinal positivo. - Hermione... espera.... - Pediu Cedric.
– O que quer?
– Calma... só quero te pedir desculpas...
– Desculpas? Você? - Disse desconfiada.
– Sim. Pelo o que eu disse ontem. Já ficou tudo explicado para mim.
– Explicado? - Perguntou com tom de deboche.
– É, eu também gosto muito de você. O que eu sinto é inexplicavelmente impossível descrever em palavras. E sabe? aquelas coisas que você disse ontem, esquece...eu não me importo com o jeito que você me trata! - Declarou-se abraçando-a, que por sua vez ficou espantada, e logo o empurrou.
– Está louco? Do que está falando?
– De você e de mim... eu sabia, no fundo do meu coração, eu sabia que você não ia me abandonar, por causa de outro qualquer...
– Cedric de onde você tirou esse monte de idiotices?
– Pare de negar.. você se faz de durona, todavia não esquece de mim nem dos meus beijos, você sabe que isso vem rolando há tempos...
– Olha, eu...não faço a mínima idéia do que está "rolando" aqui, mas entre você e eu, não "rola" agora nem futuramente.
– Amor.. - Deslizou a mão sob a face de Hermione - ...eu ouvi tudo ontem. A sua conversa com o irmão da Ginny, e fiquei tão radiante, feliz. Apesar de não entender o porquê de querer dar um tempo no nosso namoro, mas se é para você ficar satisfeita...eu cedo.
– Aquilo foi um...
– Shiiiiiih... - Colocou o dedo indicador na frente dos lábios da garota - não diga mais nada. Você é a única para mim... - E tascou-lhe um beijo em sua boca, que não foi correspondido com tal entusiasmo, Cho os observava feliz, entretanto, resolveu sair e entrou pela pequena porta, atrás das escadas, que dava em um dos quartos.
Nesse exato momento, Ron entra na sala e os vê. Seu olhar ficou apagado, cabisbaixo e sentiu as piores dores que já sentira na vida. Como se fosse atacado pelas maldições imperdoáveis: torturado pelo ciúmes, a raiva o controlava naquela hora e os vê beijando-se na sala havia matado-o. Ron mordeu o lábio inferior e saiu irritado, esquecendo-se do queria fazer no recinto, antes de visualizar um de seus pesadelos.
– Pare - Empurrou Hermione - Eu não quero ter mais nada com você, que parte não entendeu ainda?
– Calma ai, você primeiro da um fora no Weasley, com a desculpa de que gostava ainda de mim, agora que estou me declarando, me diz que não quer nada comigo?
– Exato. Não quero namorar mais ninguém agora.
– Foi tudo uma armação?
– Não houve armação alguma. Apenas quis omitir a verdade, para não brigarmos mais.
– Não adiantou...
– Percebi. - Ron entrou nervoso, batendo a porta. - Ron.. está tudo bem?
– Está... tudo ótimo! - Respondeu irritado.
– Não parece...
– Estou bem. Satisfeita?
– Você...não falava assim comigo...antes de...
– Pode falar...
– O que?
– Como assim o que? Todo mundo já sabe o que você me disse ontem, não é mesmo?... não faz mal repetir o que falou mais uma vez. - Disse chateado. - Me dêem licença. - E saiu.
– Ele está estressado, não é mesmo? Quem será que contou para ele? - Perguntou Cedric sarcasticamente.
– Cala a boca! - Respondeu friamente. E foi atrás do ruivo, batendo a porta.
– Pelas barbas de Merlin o que está acontecendo? - Perguntou Harry, que se encontrou com Hermione na porta e antes dela bater, entrou.
– Não é nada. Foi uma briginha de casal.
– Atá... Ela parecia estar muito brava.
– Harry, eu sinceramente sou apaixonado por ela.
– Que bom que vocês estão felizes. E o por que da briga?
– O seu cunhado.
– Ron?
– Você tem outro?
– Tenho 4. O que tem o Ron?
– Ele está no meu caminho.
– Por que?
– Ah qual é Harry? De novo essa pergunta? Você sabe, assim como todos da casa.
– Sei, é?
– Sabe. Você daria um ótimo comediante. Por que não trabalha nas Gemilidades?
– Estou bem como auror, obrigado pelo toque.
– Imagina.
Cedric foi para cozinha para tomar o Café, Ginny estava arrumando os quartos e Harry, ficou sem entender nada.
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