Capítulo Três



-Capítulo três-


Estranheza no ar...


 


No capítulo anterior...


Dito e feito, quando terminei de ler a carta queimei ela pequei meu hobby vesti não ia só de camisola encontrar meu parceiro de trabalho né? Além do mais estava com muita preguiça de vestir outra roupa e fui para a sala de transfiguração, para a minha sorte não tinha ninguém no salão comunal, fui pelas passagens secretas até a sala de transfiguração quando eu cheguei lá estava meio escuro vi uma sombra que parecia ser de um homem cheguei mais perto e falei.


—Boa Noite.


Rapidamente ele se virou.


—Lily? – ele exclamou assustado.


 


—J-James?


Não podia ser, mas como?


-*-*-*-*-*-*-


 


—Lily o que você está fazendo aqui? E ainda por cima vestida desse jeito. – Ele falou passando a mão no cabelo, quando James faz isso ou é porque ele está extremamente nervoso ou está cantando uma garota, eu fico com a primeira opção.


 


Ainda muito assustada para falar alguma coisa, olhei para meu hobby que estava entreaberto revelando minha camisola vermelha e parte das minhas pernas. Fechei rapidamente e fiz um laço forte, olhei para James que me encarava com um misto de surpresa e nervosismo.


 


—Eu é que pergunto o que você faz aqui? – perguntei, minha voz saiu um pouco alterada.


 


—Lil por acaso você veio encontrar uma pessoa?


 


—Sim... Não! Quero dizer como você sabe que eu –


 


Parei rapidamente de falar, às vezes eu fico pensando aonde é que vai parar toda a minha inteligência nessas horas, era tão obvio que James era meu parceiro ou a professora Mcgonagal não teria o deixado entrar.


 


—Tudo bem?


—Ah sim claro, você também é um... –


—É mais ou menos, na verdade não oficialmente essa é minha última missão do treinamento – ele falou levantando uma pasta preta e grossa – Senta Lily tá me incomodando você ai em pé.


 


Tá né, me sentei na cadeira mais próxima.


—É eu também.


 


—E como você entrou?


—entrei aonde?


—no treinamento mulher! – ele falou impaciente.


 


—Ah sim... – isso me chame de tapada, mas meu cérebro não estava funcionando naquela hora – oito anos atrás eu era apenas uma criança normal e muito curiosa, em uma das noites de outono eu acordei assustada com um estrondo forte que eu ouvi, descias escadas com medo, mas desci quando cheguei à cozinha vi meus pais cercados por uns cinco homens eles pareciam querer saber alguma coisa, quando meus pais me viram sinalizaram para que eu ficasse onde estava, então eu obedeci e fiquei lá parada por uns quinze minutos até meu pai me chamar, com a minha presença os caras lá se distraíram, em questão de segundos todos eles estavam desacordados cortesia dos meus pais. Bom a parte daí não dava para esconder mais nada de mim, foi ai que meus pais resolveram me colocar em treinamento para que eu pudesse me defender e se eu quisesse também poderia seguir a profissão deles ou ficar escondida pelo resto da minha vida já que eu sabia mais do que devia, bem e como você sabe eu não resisto a um desafio. – Terminei dando um sorriso quase imperceptível.


 


—Daria um filme – James comentou sorrindo.


—Verdade, o que tem dentro dessa pasta ai? – perguntei apontando para a grossa pasta que estava sobre a mesa.


 


—São algumas informações que precisamos, eu já dei uma olhada e pelo que eu vi parece que a veela que invadiu o quartel general naquela noite estava atrás de umas pesquisas feitas por arqueólogos sobre um conjunto de jóias raras, o que tem aqui é só uma cópia da pesquisa já que a veela levou a original onde continha informações mais detalhadas.


 


—Hum, interessante continue – falei abanando as mãos para que ele prosseguisse.


 


                                 -*-*-*-*-*-*-*-


Ficamos discutindo sobre a missão por um bom tempo já era meia noite quando decidimos voltar para a torre da Grifinória.


O castelo estava num silêncio assustador, era arriscado demais para ir pelo caminho normal então fomos pelas passagens secretas, entre subidas, descidas e corredores estreitos todo o meu trabalho par ficar mais arrumada possível foi por água abaixo, James não estava muito diferente de mim.


Chegamos na torre torcendo para que ninguém estivesse acordado, mas minha sorte não é tão grande assim não, quando o quadro da mulher gorda virou pude ver meus amigos lá com diversas expressões diferentes: Remus e Mandy nos encaravam curiosos já Sirius e Cris estavam com sorrisinhos estampados no rosto.


 


—Está tarde para as crianças passearem pelo castelo a essa hora não é? - falou Cris.


 


—Posso saber onde vocês estavam?


 


—Como você disse passeando – falei num tom calmo.


—é passeando – James falou se sentando na poltrona mais próxima


 


—Passeando?Já falaram que vocês mentem muito mal? – Mandy falou me encarando.


—Poxa Mandy até você pra desconfiar da minha inocência?  - todo mundo riu enquanto eu me sentava.


—Lily você é inocente e eu sou uma fada mordente. – James falou.


—também não ajuda né James – falei baixinho de modo que só James ouvisse.


 


Conversamos besteiras por mais uma meia hora até todo mundo ir dormir, por último ficamos eu e James novamente.


—Tchau pessoas eu vou dormir porque amanhã todos nós temos aula – Remus disse subindo as escadas indo para o dormitório.


 


—É eu também, boa noite genteeeeeeeeeee! – Cris disse.


 


—OHHHHHHHHHH não creio no que meus olhos estão vendo, Cristiane Maxwell sendo uma das primeiras a ir dormir? – Dei um sorriso debochado.


—pois é tenho o meu sono de beleza esse rostinho não vai ficar bonito sozinho não meu bem.


—Que nada isso é porque o Remus já foi dormir. – Sirius falou fazendo Cris corar, o que realmente é algo inédito já que geralmente é ela que faz a gente corar.


 


Cris subiu as escadas rapidamente, deixando bem claro o que havia acontecido, por alguns segundos o silêncio reinou no salão comunal.


 


—É melhor ninguém comentar isso com o Remus amanhã ok? Bom eu já vou dormir boa noite. – Mandy comentou.


—Boa noite Mandy, eu já vou indo tá? Só vou dar uma bronca no Sirius rapidinho.


—Ok Lily te espero lá em cima.


 


Quando ouvi o click da porta se fechando olhei para o Sirius com olhar mais mortal que consegui fazer.


—Sirius! Quer matar a Cris de vergonha é? Você não precisa ficar lembrando o que todo mundo já sabe, poupa momentos constrangedores.


 


—É eu sei, na verdade foi sem querer só saiu da boca pra fora, mas agora parando pra ver foi uma espécie de vingança pelos momentos constrangedores que ela me fez passar.


 


—Sirius ninguém se vinga dos amigos!


—Falou a garota que colocou cola de madeira no meu gel porque eu simplesmente não paguei a aposta!


 


—Ok esquece você vai ter que pedir desculpas ela deixou bem claro que não que quer Remus saiba.


 


—Tá né, já vou dormir tchau. – saiu um Sirius meio emburrado que foi dormir, quando ele chegou ao inicio da escada ele virou e com o mesmo sorrisinho que eu encontrei quando cheguei ele falou:


 


—Gostei da camisola Lily, vermelho combina muito contigo – Sirius falou me olhando.


 


Fiz uma cara bem brava e arremessei uma almofada nele.


—Vai dormir seu tarado!


 


Ele se virou e foi correndo para dentro do dormitório, um sono instantaneamente foi se apoderando de mim vi James me encarando estranhamente.


—Tá olhando o que? – Falei.


—Nada, só é meio estranho eu ter você me acompanhando em uma missão, sei lá tem perigo em tudo eu tenho medo, se algo te acontecer eu nem sei o que seria de mim.


 


—Hey tá tudo bem se nós dois chegamos ao final do treinamento com vida o que mais pode acontecer?Aliás, eu sei me defender muito bem sozinha não fica preocupado com isso não, e também não deixa ninguém saber desse teu ponto fraco, boa noite James. – Falei me levantando e ainda pude ouvir um “Boa noite Lily” de James.


 


Entrei no dormitório e me joguei com tudo na minha cama, olhei em volta pra ver se tinha acordado alguém vi a Cris dormindo profundamente, mas não vi Mandy essa devia estar no banheiro. Tirei as cobertas de cima e quando pensei que finalmente ia dormir ouvi um suspiro olhei pra ver de quem era e encontrei Mandy sentada na cama dela olhando para a janela.


 


—Tudo bem? Quer conversar sobre algo? – sussurrei.


—Tá sim, só acho que... – ela parou de falar respirou fundo e continuou – deixa pra lá, vamos dormir amanhã tem aula.


 


—certo – falei cautelosamente.


 


-*-*-*-*-*-*-*-


O dia amanheceu um pouco nublado, acordei com um alvoroço que acontecia dentro do dormitório.


 


—Mas que barulho todo é esse? – perguntei sonolenta.


—é a Cris que perdeu um de seus trequinhos, a menina acordou todo mundo da Grifinória.


—Argh de novo?


 


—LILYYYYYYYYYY, amiga me ajuda não consigo encontrar o outro par do meu brinco azul, e sem meu brinco azul eu não saio hoje.  –Cris falou emburrada.


 


—Como é que alguém perde um brinco sem nem ter tirado do porta-jóias? – Falei me levantando da cama e indo para o banheiro.


 


Mandy olhou severamente para a Cris, que desviou olhar, revirei os olhos e entrei de vez no banheiro, ainda pude ouvir Cris falando algo sobre ter experimentado o brinco ontem à noite.


 


Quando finalmente sai do banho vi uma Mandy muito entediada e uma Cris muito feliz, fui me arrumar e novamente encontro uma artimanha da minha mãe, sim uniformes novos e não eram os que eu tinha comprado no Beco Diagonal, não mesmo esses eram mais justos, minha antiga saia que batia no meu joelho agora está três dedos abaixo da metade da minha coxa em minha blusa está mais justa na cintura, Cris insistiu com ajuda da Mandy que eu deveria me maquiar com a mesma história de que eu deveria me valorizar mais e tal, isso é um complô contra mim ou o que?


 


Depois de um tempo se arrumando descemos para o café, ah o café da manhã uma hora sagrada onde há bolos, pães, doces, sucos, chás e todo tipo de alimentos que te ajudarão a crescer. Argh! Agora eu apareci uma mistura de minha mãe com minha professora da terceira série.


No caminho para o salão principal eu me senti completamente um ET, todo mundo me olhando como se eu fosse um Hipogrifo cor de rosa se salto alto, mas tirando os olhos pregados em mim, assobios ridículos e cantadas baratas tava tudo bem.


 


—Bom Diaaaaa, como estão os marotos lindos do meu coração. – falei enquanto me servia de tudo que via pela frente.


 


—Calma ruiva deixa um pouco para o resto da escola – ouvi Sirius falar enquanto eu fazia uma careta engraçada.


 


—Ah qual é Sirius, por que você não vai cantar uma garota e me deixa em paz hein?


 


—nah ou ficar com vocês no primeiro dia de aula.


 


—Tá bom então. – dei ombros e voltei a comer até que senti que alguém me encarava, então parei de comer e vi que era James.


 


—Que foi agora Jay?


 


—não acha que seu uniforme está curto de mais? – ele falou apontando para a minha saia.


 


—Acho sim, mas minha mãe não acha e foi justamente por isso que ela fez isso. – apontei para o meu uniforme - e eu acho que está muito bom assim.


 


Depois disso o dia passou normalmente, a única novidade é que foi anunciado o dia do primeiro passeio de a Hosmeade, que será no final do mês.


 


—eu já tenho um encontro – Sirius falou chegando por trás.


 


—hum legal – falei sem dar importância.


 


—Oi gente qual é o assunto? – Remus perguntou.


 


—O passeio de Hosmeade – falei.


 


—Três vassouras? – James sugeriu.


 


—Claro! – Falamos em uníssono.


 


—eu só vou depois do meu encontro – Sirius de novo com a história do encontro.


—Tá Sirius eu sei que ninguém aqui quer saber, mas fala logo com quem que você vai nesse encontro?


 


—Katia Otsuka.


 


—A Japinha da Lufa-lufa?


 


—essa mesma, to tentando sair com ela desde o final do ano passado só que ela tinha namorado, então anteontem eu descobri que ela foi traída então ninguém melhor do que eu para consolar nesse momento tão difícil.


—Sirius você não presta. – Remus falou


—É o que minha mãe sempre diz, mas continuando Katia é linda sabe tem olhos cor de âmbar e os –


 


—É legal Sirius gente eu tenho que ir falar com uns professores depois a gente se vê ok? – Mandy falou tudo muito rápido e saiu correndo.


 


Sirius continuou falando o quanto a Katia era linda e blá, blá, blá, James ouvia tudo com muita atenção, olhei para Remus que encarava o corredor por onde Mandy tinha saído.


 


—Remus foi só eu que percebi isso?


—Não Lily.


—Será que ela tá gostando do Sirius?


—Não sei, pode ser que sim ou pode ser que não, agora vamos jantar.


 


-*-*-*-*-*-


O mês de setembro passou rápido, eu e James não tivemos mais nenhuma notícia do roubo, Mandy estava um pouco estranha, mas eu nem me meti em nada, a Cris ficou me enchendo só porque um jogador da Corvinal me convidou para o passeio eu não aceitei é claro, já tinha combinado com a turma de ir no Três Vassoura e não sou o Sirius que fica furando encontros com os amigos.


 


—Sério Lily a cada dia você fica mais boba, o cara lá era um gato e você dispensou, fala sério né.


 


—Já disse os meus motivos.


—Ah claro, bem não vou mais insistir nisso agora vamos ver o que você tem de decente pra vestir.


 


Revirei os olhos e abri o meu malão.


 


—Lily Evans o que aconteceu com as suas roupas?


 


—Por que sumiram?


 


—Não, tipo não são mais as mesmas, ok estou em choque. – pense numa menina dramática que nem a Cris.


 


—Claro que não, isso é coisa da minha mãe ela me obrigou a comprar novas roupas, mas é claro que com a aprovação dela.


 


—Sério, já disse que amo a sua mãe? – Ela falou olhando para um vestidinho branco.


 


—Não, mas vou me lembrar de falar pra ela. – falei sorrindo.


 


—Concerteza.


 


Passamos a tarde toda escolhendo o que iríamos usar, Mandy chegou um tempo depois e se juntou com a gente pra escolher as roupas.


 


No dia seguinte acordei cedo demais, as meninas ainda estavam dormindo quando me levantei. Tomei um banho bem demorado, quando terminei meu banho as garotas já tinham acordado.


 


  —Acordou com os galos foi? – Mandy falou risonha.


 


—engraçadinha você não é? – retruquei enquanto vestia uma blusa que A Cris tinha escolhido, na verdade ela escolheu a roupa de todas nós.


 


—Chega de frescura cambada, dá pra vocês me ajudarem com essa blusa aqui? – Por falar na garota olha ela ai.


 


Uma blusa bem complicadinha essa ai, era alça pra cá laço pra lá, acho que uma prova de transfiguração avançada era melhor do que isso, essa bendita roupa fez com que nos atrasássemos, as meninas foram saindo enquanto eu equipava a minha bolsa, não sei por que, mas eu não tô com um pressentimento bom desse passeio.


 

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.