Então isso é amor?

Era culpa dele. Pelo menos era o que ele estava dizendo para si mesmo. Ele não tinha a intenção de se apaixonar por sua melhor amiga. A culpa era inteiramente dele. Ele estava apenas tentando estudar para seus NIEMs e ela para seus NOMs; ele estava na sala comunal a observando, quando percebeu que estava apaixonado por Victoire Weasley. Embora, se fosse para honesto consigo mesmo, esses sentimentos por Vic tinham progredido a alguns anos, e ele que foi tolo demais para não perceber. Ou percebeu e então tentou colocar na cabeça que era uma loucura total.
Mas quando se tratava de Victoire, Teddy era um completo desastre (mais que o normal, para falar a verdade). Ele não tinha certeza de nada quando se tratava dela. Ele tinha uma única certeza: que ele estava realmente na dela.

E o pior, era que o comportamento de ambos estava indo como sempre foi. Era uma noite normal, nada fora do habitual para fazê-lo ter essa epifania. Talvez tenha sido a forma do pescoço curvado, enquanto ela olhava de nota para nota sobre a mesa à sua frente. Talvez fosse o modo como seus olhos cinzentos ficavam ampliados descontroladamente, de palavra em palavra, absorvendo qualquer informação que ela não soubesse ainda. Foi a forma como a luz do fogo dançava em seu rosto, fazendo com que seu cabelo brilhasse mais que o habitual. Poderia ser por causa do jeito que ela sorriu para ele quando percebeu ele olhando para ela. Porque ela era forte, confidente, ingênua, carinhosa, humilde, e tinha uma capacidade incrível de amar? Ou poderia ser simplesmente, porque ela era Victoire Weasley, a Vic, e ele era Ted Lupin, o Teddy. Ela era tudo que ele queria e precisava. Ela era o que ele sempre quis. E ela estava esse tempo todo ao seu lado. Como ele não pôde perceber antes?

Pareceu tão errado agora, que ele finalmente descobriu seus sentimentos por ela. Ela era tão jovem, cerca de 16, apenas em seu quinto ano em Hogwarts. Ela não deveria ter que lidar com um cara de 18 anos, apaixonado por ela. No entanto, quando ela se cansou de estudar e se arrastou até o sofá perto dele, curvando seu corpo perfeitamente como ele era, como se ele estivesse moldado para caber em seu lado, a cabeça curvada em seu pescoço, os braços abraçando sua cintura, ele não pôde mais negar.

Ela poderia odiá-lo se descobrisse, sua família poderia pensar que fosse nojento, mas isso não iria impedir ele de amá-la.

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