Hogsmead
-Ei, acorde, Emma! Chegamos. – era Annie quem a chacoalhava.
-Já?
-Sim, - ela sorriu – e para sua sorte, são seis da manhã agora, ou seja, o feitiço miadouro está desativado e a maioria dos Comensais estão dormindo.
-Você pode me dizer um lugar onde eu possa ficar?
-Procure por Aberfhort Dumbledore, e se alguém perguntar seu nome, diga que se chama Annie Laren, você quer chegar a Hogwarts, certo?
-Sim, eu quero ir até Hogwarts. Mas por que eu digo o seu nome ao invés do meu?
-Por que há sequestradores lá fora, e pelo visto, você deve ser uma foragida, eu sou Sangue-Puro, além de não ter nenhuma infração bruxa.
-Tá, então se me perguntarem eu me chamo Annie Laren.
-Sim, só diga seu verdadeiro nome a Aberforth. Diga também que é minha amiga e que eu lhe mandei pra lá, fale que precisa entrar em Hogwarts.
-Ok, obrigada.
-Não há de que, agora vá! – ela deu um tapinha nas costas da loira cobre.
Emma desceu as pressas do noitibus, enquanto ouvia a cabeça vodu gritar “Adeus garotinha, ande logo seu velho careca!”. Observou a rua, estava quase deserta, se não fosse por uma moça que estava abrindo um estabelecimento.
A garota se olhou pelo reflexo de uma vitrine, onde se podia ler “Dedos de mel”, a vitrine era apetitosa. Deu uma arrumada no cabelo e arrumou o casaco, não queria assustar a mulher com sua aparência. Ajeitou a mochila nas costas e foi em direção à mulher, ela já tinha entrado no estabelecimento cujo nome era “Três Vassouras”.
Sentou-se em um banco de frente para o balcão e a mulher veio até ela.
-Deseja algo?
-Vocês têm suco de abóbora?
-Sim, só um minuto.
A mulher foi até um cômodo, onde ficou por alguns minutos, voltou depois com uma caneca de suco e a colocou na frente da menina.
-Mais alguma coisa?
-Sim, eu preciso de uma informação.
-Depende, o que seria essa informação?
Emma deu um longo gole em seu suco.
-Conhece Aberfoth Dumbledore?
-Sim.
-Sabe me dizer onde ele esta?
-Vá até a Cabeça de Javali, ele estará la, mas cuidado com os sequestradores.
-Pode deixar, obrigada.
Entrou mais duas moças no pequeno ambiente e sentaram-se em uma mesa, a mulher, que a tinha atendido, saiu para fazer o mesmo com as moças. Emma tomou o resto de seu suco e esperou a mulher voltar.
-Quanto ficou?
-Um galeão e dois sicles.
-Só um minuto.
Emma abriu sua mochila e pegou o que precisava, colocou nas mãos da mulher.
-Obrigada.
-Obrigada você.
Emma saiu do Três Vassouras e olhou em volta, a procura do Cabeça de Javali. Andou um pouco, passou de uma tal de “Zonko’s, logros e brincadeiras” e ficou um tempo observando a vitrine, tão bonita, tão colorida. “As crianças de Hogwarts deviam se divertir bastante por aqui.” – pensou triste.
-Procurando algo, garota?
Emma virou-se, assustada e encontrou dois homens, um baixo e gordinho, e um alto e magrelo
.
-O que foi, assustamos você?
-Não! Eu estava distraída demais com a vitrine.
-É mesmo uma bela vitrine. – disse o baixo.
-Qual seu nome, garotinha? – perguntou o alto.
-Annie, Annie Laren! – lembrou-se do que Annie havia dito, empinou o queixo querendo mostrar confiança e disse – E vocês? Quem são?
-Prazer, eu sou Dolohov. – disse o alto.
-E eu sou Pedro, Pedro Pettigrew.
-É um prazer conhecê-los, mas agora preciso ir andando.
-Mas já? Fique mais um pouco. E você, procure o nome dela na lista. – ordenou Dolohov.
Pedro começou a procurar algo em um pergaminho enorme. “Sequestradores ou comensais, quem sabe os dois.” – pensou Emma.
-Não obrigada, preciso mesmo ir.
-Nós a acompanhamos então. – sorriu Dolohov.
-Nada do nome dela aqui! – exclamou Pedro.
-Ótimo, então Emma, para onde está indo?
-Bem, estou indo para a Cabeça de Javali.
-Ótima escolha, nós estamos sempre por lá. – Dolohov sorriu, com seus dentes amarelados. – Vamos?
--Tu-tudo bem então. – Emma odiou-se por gaguejar, queria parecer confiante.
Não demorou muito, a garota conseguiu avistar um estabelecimento que na porta havia uma cabeça de javali, “seria verdadeira?” – perguntou-se. Logo em cima lia-se “Cabeça de Javali”.
-Prontinho!- exclamou Pedro.
-Vamos, eu pago uma cerveja amanteigada para todos. – Dolohov tentou ser gentil.
-Não precisa! – disse Emma educadamente.
-Eu insisto.
-Então tudo bem.
Eles entraram e sentaram em uma mesa para três, Dolohov foi ate o balcão e voltou com três canecas na mão.
-Gosta de gengibre?
-Não.
-Então eu acertei. – ele disse entregando-lhe uma das canecas.
Emma pegou a caneca e tomou um gole. Direcionou os olhos até o balcão à procura de Aberforth Dumbledore, mas não sabia como ele era então voltou sua atenção para a caneca, apertada em sua mão.
Mais um gole.
-Você pretendia encontrar alguém aqui? – perguntou Dolohov.
-Não. – disse a garota, rápido demais – Só curiosidade, queria conhecer. – explicou vagamente.
-Hum, e o que achou?
-Legal. – ela disse dando de ombros.
-O Três Vassouras é mais limpo não? – sussurrou Pedro.
Emma concordou com a cabeça e eles riram, Dolohov caiu na gargalhada, o que foi assustador.
Outro gole, Emma passou as costas da mão na boca para limpá-la.
-Quem é o dono?
-Aberforth Dumbledore. – apontou Pedro- Doidinho de pedra.
Mais gargalhadas de Dolohov, que em seguida virou seu copo, Pedro repetiu o gesto. Emma deu outro gole.
-Eu vou lá pagar e depois vou até o banheiro. – disse Dolohov se levantando.
-Te acompanho. – disse Pedro levantando-se também.
-Termine sua bebida, já já voltamos.
-Tá. – disse Emma concordando com eles.
Ela observou os dois homens irem até o balcão e depois seguirem para o banheiro. Ela teria de ser rápida, esperava que Aberforth a ouvisse.
Levantou-se e correu para o balcão, com o copo na mão, chamou o senhor que estava de costas.
-Aberfoth? Aberforth Dumbledore?
-Diga? O que vai querer?
-Ah! Eu não vou pedir nada. – disse a menina, erguendo sua caneca.
-Não? O que quer então?
-Sou amiga de Annie Laren, ela disse que o senhor me ajudaria.
-Annie? - perguntou ele - tudo bem, pode falar.
-Primeiro preciso que me esconda, os Comensais estão no banheiro, mas não vão demorar muito.
-Entre, direi que você foi embora. – ele abriu uma pequena passagem em baixo do balcão. – Depois siga agachada, e entre por aquela porta. – ele apontou uma porta nos fundos – Suba as escadas e me espere lá. Eu já subo.
-Tá. – sussurrou ela.
A garota entrou pela portinha e engatinhou em direção a porta, enquanto isso, pôde ouvir Dolohov falando ou, numa hipótese mais provável, gritando:
-Onde foi parar a garota? Emma?!?
Emma apressou-se pelas escadas, tropeçou no último degrau e reprimiu um grito de dor colocando as mãos na boca, caiu sentada no mesmo lugar em que tropeçara. Seu tornozelo doía e latejava, retirou o tênis e a meia, estava começando a inchar. “Ótimo, tudo o que eu queria!” – pensou.
Logo em seguida, a porta que dava para o bar se abriu.
N/B:TCHAN TCHAN E AGORA?HAHAHA
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