Primeiras Aulas
Capítulo 3
- Primeiras Aulas -
Alvo acordou com um sorriso no rosto na manhã que iniciaria o ano letivo. No dia anterior, ele tinha discutido com um Sonserino e o resto não lhe dava papo. Nem mesmo Escórpio Malfoy, que havia trocado algumas palavras com ele. Mesmo assim, ele estava tão ansioso para as aulas começarem que quase ignorou o fato.
Passando a mão no cabelo, ele o arrumou. Depois, ele levantou da cama. Não tinha mais nenhum Sonserino no quarto. Ele desceu as escadas do Salão Comunal e saiu deste sem dar papo a nenhum aluno. Ele não estava acostumado com as pessoas não falando com ele. Talvez fosse porque ele era o filho do famoso Harry Potter. Ele agradeceu o fato silenciosamente, pois ele era tão tímido que odiava toda atenção que recebia. Talvez fosse porque não foi ele quem derrotou Voldemort ou quem fez as coisas incríveis que seu pai tinha feito. Ele queria que lembrassem disso.
Alvo chegou ao Salão Principal e foi abordado por Roxanne.
- Al! - a menina cumprimentou, abraçando o primo calorosamente. - Está bem? Os Sonserinos não te pertubaram né?
- Ontem, sim. - ele admitiu. - Mas eu não estou preocupado com isso. Estou ansioso para começarem as aulas. E eu gosto de não receber tanta atenção.
- Eu sei.
Um silêncio perturbador se fez entre eles. Até que Roxxie resolveu voltar para a mesa da Lufa-Lufa e Alvo se animou a perguntar.
- E como é a Lufa-Lufa? - ele estava curioso. Era a casa pela qual ele menos ouvira falar.
- É ótima. Sério! O pessoal não é muito amigável, só isso. Mas é ótimo estar numa casa em que eu posso ser eu mesma, sem estar na sombra da família. Além de que eu sou aplicada e modesta, então eu sou uma Lufana. Sem falar na lealdade.
- É legal que você tenha orgulho da sua casa. - ele comentou sincero, enquanto que refletia se ele por acaso teria orgulho algum dia em ter entrado para a Sonserina.
- Já pegou o horário? Está na mesa de cada casa. - disse Roxanne, antes de dar meia volta e ir correndo para onde pretendia. Alvo riu com a espontânedade da prima. Depois da conversa, ele foi até a mesa da Sonserina pegar o horário e tomar rapido seu café da manhã. Ele tentou puxar papo com Escórpio, mas foi em vão.
- Você vai sentar com quem na aula de poções? - o moreno dos olhos verdes perguntou três vezes. Na quarta vez, já estava ficando irritado.
- Responde, oras! - ele dizia inconformado.
- Pensei que não gostasse de atenção. Geralmente um Malfoy é assim.
Alvo sentiu-se atordoado e levantou-se da cadeira. Foi para a sala de aula, onde o professor se encontrava na mesa, passando a mão no cabelo louro e com os olhos castanhos fixos no chão.
- Chegou cedo, Alvo. - ele se assustou ao ouvir o som de um aluno entrando e levantar a cabeça. - Sou Satoshi Tajirou, seu professor de Kendo Mágico.
- Tomei o café da manhã cedo. - explicou o garoto, nervoso por dentro.
- É bom que tenha interesse na disciplina. - falou. - A propósito, pode me chamar de Sato. O que acha de treinarmos enquanto os outros não chegam?
- Eu não sei nada de Kendo Mágico...
- Isso não é problema. - interrompeu Sato. - Os alunos do primeiro ano não sabem nada mesmo. No primeiro semestre iremos trabalhar o Kendo sem magia, até vocês aprenderem os feitiços nas outras aulas. Tem habilidade com espada?
- Nunca vi uma.
- Pegue essa. - Sato pegou uma espada de bambu que se encontrava em sua mesa e jogou para Alvo, agarrando outra para si.
- Primeiro, tente defender todos os meus ataques. Quando ver que eu estou dando espaço ou uma brecha, ataque. Para isso no geral é preciso de muito esforço para um iniciante.
Após essas palavras, o professor ensinou Alvo a segurar a espada e começou a atacar. De início, foi fácil. Ele pôde defender seis movimentos seguidos. Depois, Sato começou a dificultar. Alvo teve de aumentar sua força e deixou que o reflexo fizesse o resto.
- Muito bem! - elogiou o professor, dando um giro e acertando o garoto, que logo após isso começou desferir golpes. - Siga o que eu te falei...
Alvo deixou que Satoshi atacasse e defendeu o golpe. A porta da sala abriu-se e Cygnus Lestrange entrou.
- Já está na hora da aula. - o louro abaixou sua espada e pegou a de Alvo, colocando-as em cima da mesa. Os alunos foram chegando.
- A aula não vai começar? - reclamou Escórpio, quando viu que a sala estava cheia.
- Pois bem. - o professor se pôs na frente dos alunos. - Sou Satoshi Tajirou. Como vocês não devem saber, o Kendo no mundo trouxa se originou do Japão, dos grandes Samurais e da Era Feudal. Já no Mundo Mágico, se originou com a Primeira Guerra Bruxa. Agora, vamos a uma demonstração de uma luta. Venha cá, senhor Potter.
O menino se aproximou, pegou a espada de bambu e começou a demonstração. Os alunos acharam curioso o modo como o professor atacava e Alvo só defendia. Prenderam a respiração quando o filho de Harry Potter falhou em uma das defesas, mas logo vibraram quando ele conseguiu achar uma brecha e acertou o professor.
- Muito bem! - exclamou Sato. - Quem vai ser a próxima dupla?
Para Alvo, o resto da aula foi uma chatisse tremenda. Ele ficou conversando com Louis, afinal, a aula era com a Corvinal.
- Eu não gosto desse negócio de espada. - revelou o Corvino no final da aula. - Quer dizer, é só um esporte qualquer. E a gente já tem a varinha para se defender.
- Eu gostei. Gasta enegia.
- Você gostou é do professor, Al. - o menino parte veela comentou. - Mas você sempre vai ser o queridinho de qualquer um. Foi sempre assim desde que você se entende por gente. Você deveria ficar feliz por isso.
- Eu cheguei mais cedo, só isso. Escola não é como sair na rua. - o moreno afirmou, com convicção em suas palavras. Nem sabia se Sato tinha gostado dele. Ele gostou quando Alvo chegou adiantado, apenas isso. - Olha, tenho que ir para a aula de vôo com a grifinória. Nos vemos no almoço.
- Ok. - Louis disse simplesmente e seguiu seu rumo.
- Seu abestado! - uma voz no corredor chamou a atenção de Alvo enquanto ele passava pelo corredor.
- Pelo menos sou sangue-puro.
- O que esperar de um filhinho de Comensal da Morte como você, hein Lestrange? Bobagens sobre sangue puro é uma delas. - disse o menino após olhar Alvo de longe.
- NUNCA me compare a meu pai! - Cygnus vociferou. - Não sou Comensal da Morte! E não inverta o jogo, quem se preocupa com essas "bobagens de sangue puro" é você! Parece se esquecer que é mestiço.
- Ora, seu desprezível! - em estado de choque, como se tivesse levado com tiro ao ser demascarado, o menino tirou a varinha do bolso. - Tinha de ser Sonserino!
- Oras, Finnigan, seu pai devia ser um homem tão bom! Por que essa bobagem de sangue puro?
- Seu cínico! - o garoto cuspiu as palavras, aproximando o rosto ao de Cygnus, com os olhos fervendo de raiva. - Eu não tenho motivos para ter preconceitos contra trouxas, minha mãe é uma! Muito menos nascidos trouxas!
- Fiquei sabendo que sua mamãe te abandonou quando você tinha oito anos. Não é um bom motivo, né? Fique sabendo que Voldemort era mestiço e odiava o pai assim como você odeia a sua mãe.
- NÃO ME COMPARE A VOLDEMORT! - Finnigan, de cabelo cor de areia e olhos castanhos, perdeu o controle de si.
- Expelliarmus!
A varinha de Finnigan saiu voando de sua mão. O professor Wood olhou divertido para os dois alunos.
- Olha só, que inversão linda! Um Sonserino acusando um Grifinório de preconceituoso! E depois de afirmar que é sangue-puro! Sigam-me para o campo de Quadribol, os três.
Cygnus abaixou a cabeça, irritado. Finnigan sorriu triunfante. Alvo sorriu penoso e seguiu o professor até o campo de Quadribol, onde os outros esperavam.
- Muito bem. - disse o professor Wood, no centro, quando todos já estavam alinhados com suas vassouras. - Quero que digam "suba"!
Alvo conseguiu na primeira tentativa. Rosa teve um pouco mais de dificuldade, ele reparou. Conseguiu na terceira tentativa. Quando todos já estavam com a vassoura na mão, o que demorou uns dez minutos, Wood pediu:
- Quero que todos levantem uns metros do chão!
Ele montou na vassoura, se impulsionou no chão e pulou. Quando ele viu, já estava a alguns metros do chão.
- AH! - ele ouviu um grito proviniente do lado dos Grifinórios. Rosa subia em disparate. Alvo achou melhor esperar antes de seguí-la e percebeu que fez certo. Rosa conseguiu se equilibrar e saiu voando pelo campo.
- Senhorita Weasley, volte aqui! - o professor Wood pediu, assustado. Rosa deu um sorriso travesso e passou por fora dos três aros do lado esquerdo e depois nos do lado direito, fazendo manobras e fingindo jogar as goles. Quando pareceu cansar da brincadeira e do espetáculo que estava dando para os outros alunos que olhavam admirados, a ruiva voltou com os olhos azuis brilhando da adrenalina.
- Pela audácia e pelo talento, mesmo desobedecendo minhas ordens, acrescento vinte pontos para a Grifinória. Agora, quero conversar com você em privado.
A prima de Alvo seguiu o diretor e o moreno sorriu orgulhoso. Seu pai lhe contou que quando foi chamado para ter uma conversa em privado, ele acabou sendo o mais novo apanhador da casa. Com o talento da prima, ele duvidou que o professor não a tivesse chamado para, no mínimo, dar-lhe uma vaga como artilheira.
Comentários (1)
OTIMO CAPITULO!!!!!!!!!!!!TA MUITO BOM!!!!!CONTINUE ASSIM QUE SERA UMA OTIMA FIC!!!!!!!!!!!!!!!!!VALE NOTA 1000!!!!!!!!!!!!!!!!! MAS SO VAI ATE A NOTA 5!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
2012-07-02