Conversa entre irmãos
O Chalé das Conchas
- Não vai mesmo dizer o que aconteceu? – Perguntou seu irmão. Ron negou com a cabeça, deixando-se desabar numa das antigas cadeiras da mesa de jantar. Gui o olhava incrédulo. Ele entendia. Chegaram lá com um duende desacordado, um elfo morto, um fabricante de varinhas, dois colegas que haviam desaparecido, a espada de Gryffindor e Hermione desmaiada e parecendo ter sido torturada, sem falar na aparência terrível deles. – Chegaram ao limite. Desculpe Ron, mas desta vez irei contar para mamãe e papai. – Continuou, servindo-o de mais chá.
- Não, você não vai. – Disse Ron, já entrando em pânico e elevando um pouco a voz.
- Ei, baixe o tom. – Falou, permanecendo de pé – Acha que deixarei passar? Eles não tem notícias de vocês, estão quase enlouquecendo de preocupação. Até Gina não vai mais à Hogwarts, e papai deixou de ir ao trabalho.
- Você não entende, não é? – Implicou não diminuindo a voz.
- Não, não entendo. E BAIXE O TOM. Está na minha casa e sou seu irmão mais velho.
- Sou maior de idade, falo no tom que quiser. – Levantou-se de frente a Gui, ficando cara-a-cara com ele. – Não pode contar, se contar podem suspeitar de algo.
- Claro que irão suspeitar, tem motivos até demais. – Retrucou – Primeiro vocês três planejam fugir, depois de meses você aparece aqui dizendo que os abandonou e que se arrepende disso, e agora isto? Estou começando a concordar com mamãe sobre essa ideia louca.
- Dumbledore nos deixou esta missão, não havia escolha. Queria o quê? Que deixássemos Harry perambulando por aí tentando não ser morto e derrotar Você-Sabe-Quem sozinho? – Nesta hora Ron percebeu que já havia falado o suficiente, Gui arregalou os olhos azuis escuros e seu rosto se contraiu numa expressão pensativa. - Sem mais perguntas, está bem?
Gui assentiu derrotado, e sentou-se. No lugar onde Ron estava havia uma vista privilegiada para toda a região. Olhando pela janela, viu, com certa dificuldade pela falta de luminosidade, um jovem de cabelos negros sendo esvoaçados pelo vento do alto do morro. Harry continuava no “túmulo” improvisado de Dobby, com o caco do espelho de Sirius na mão.
- Ele está bem abalado. – Ouviu-se a voz de Gui.
- Dobby era um grande amigo. – Ao se sentar, seu braço esbarrou na xícara de chá, derramando o líquido por toda a mesa. – Ah, mas que droga. – Com um floreio da varinha a sujeira desapareceu.
- Muito bem. Feitiço não-verbal. – Disse Gui, orgulhoso.
- Pois é, pelo visto não sou um completo inútil. – Esbravejou um Ron mal-humorado, servindo-se de mais chá.
- Pelas barbas de Merlin, o que há com você?
O motivo por não estar bem era uma linda morena que dormia no quarto do primeiro andar. Amaldiçoou-se mais uma vez por não ter lançado uma Maldição da Morte direto em Bellatrix, ao invés de ter apenas a desarmado. Jurou que da próxima vez que visse a Comensal iria fazê-la pagar por ter causado toda aquela dor na garota, e ainda deixar nela uma cicatriz.
- É só preocupação. – Disse, pensando irado na palavra “Sangue ruim” escrita no braço de Hermione.
- Gosta dela, não?
Ron engasgou com o chá.
- C... Como? – Foi apenas o que conseguiu dizer, tossindo.
- Hermione, você gosta dela.
- E como chegou a esta brilhante conclusão? – Brincou, tentando se sentir mais seguro. Gui sorriu um pouco.
- Não é difícil perceber. Geralmente você brigava demais com ela, tentava subestimá-la e entre outras coisas...
Sentiu suas orelhas queimando.
- Ela ficou bem bonita ao longo dos anos. – Continuou, bebendo mais chá – Encantadora, se me permite dizer. E é muito inteligente.
- Do que adianta insistir? – Confessou, totalmente entregue - Eu sou um trasgo, um bruto e descerebrado, como ela diz.
- E não esqueça insensível e completamente idiota.
- Que belo irmão mais velho você é...
- Ela também gosta de você.
- Sim, claro. – Ironizou Ron, magoado. Seu irmão não sabia o quanto importante Hermione era para ele, nem que a simples menção dos seus sentimentos o machucavam tanto. – Já que entende tanto desse assunto, por acaso me atacar com um bando de canários assassinos ou deixar até meus ossos doloridos é uma declaração de amor?
- Depende do ponto de vista. O que você fez?– Constatou Gui. Ron fez um gesto obsceno com a mão – Se fizer isso novamente irei cortar esse dedo, e não me refiro ao da mão.
- Não enche.
- Espere até Fred e Jorge descobrirem que o Roniquinho está amando. – Brincou novamente. – Se bem que todos já perceberam.
- Você está insuportável. – Disse Ron.
- Eu tento manter meu bom-humor nesses tempos, está sendo muito difícil para todos, mas é necessário. - Ficou sério - Me faz não ficar deprimido.
- Ela já dorrmiu. – Falou, retirando seu avental e o jogando em cima de uma cadeira, exausta. – Está com um pouqui de febrre, mas naum é nada parra se prreocuparr. Beim que avisei parra ela naum terr saído da casa ontem, estanvam ventando muinto. Nuncam vi ninguém mais teinmoso. – Sentou-se ao lado do marido. - E vocês ainda a deixarrram irr.
– Ok, acho que vou dormir também – Mentiu, dando uma risadinha e um falso bocejo – Boa Noite.
- Boa nointe – Disse Fleur.
- Noite – Falou Gui.
Comentários (10)
CADÊ MAIS?!?!?!?!:'(
2013-09-20DA-LHE GUI :)A-M-E-I <3 <3 <3 POSTA MAISSSSS :)PLEASE??????
2012-12-19Cadê mais? ;-;
2012-09-05Mas com toda a certeza desse mundo, eu quero uma continuação!Simplesmente, amei a fic!
2012-08-07Amei, agora falta a continuação!
2012-06-03concluiiiiiii! (L)
2012-05-17Será atualizada quando?
2012-05-07Ansiosa pela continuação !!!
2012-05-01Gostei do capítulo, aguardo o próximo. Parabéns pela fic
2012-03-25menina do ceu, voce tem que dar pelo menos mas um capitulo a essa fic!!!!! escutou né? please!!!
2012-03-12