Terceira Tarefa

- Você usou o que??? – pergunta Cedrico sem entender nada.

- Equipamentos de Jardinagem dos Trouxas. – fala Harry rindo abertamente. – É simples. Avisaram-nos dias antes, de que seria um labirinto. Presumo que os outros campeões estudaram meios de se orientarem dentro do labirinto. Estou certo, Cedrico?

- De fato. Estudei por dias e dias métodos mágicos de orientação para usar no labirinto. Você não estudou? – pergunta Cedrico intrigado.

- Nenhum. – fala Harry divertido. – No entanto, quando nos mostraram o labirinto, durante a noite eu peguei minha vassoura e fui dar uma olhada do alto. Eu vi um pedestal de pedra, no centro do labirinto. Presumi que era onde a Taça seria depositada.

- E? – pergunta Cedrico.

- Eu fui até o pedestal na noite seguinte, usando uma vassoura. Coloquei um imã pequeno, mas poderoso no local. – fala Harry.

- E isso não é violação às regras? – pergunta Cedrico indignado.

- Só se eu fizesse algo ao Pedestal. – fala Harry sorrindo. – Novamente, eu não violei as regras. Eu o enterrei no chão, a meio metro do pedestal onde a taça seria depositada.

- Continue. – fala Cedrico irritado.

- Quando vocês entraram no labirinto, eu fiquei quieto. Mas eu tinha alguns... equipamentos trouxas interessantes comigo. – fala Harry piscando o olho.

- Que não foram retirados, eu presumo. – fala Cedrico seco.

- Não eram mágicos. Não violavam as regras. – fala Harry sorrindo e dando de ombros. – Quando eu fui autorizado a entrar no labirinto, eu entrei e caminhei até onde ficaria, mais ou menos, o centro da primeira fileira de sebes. Fora da vista de todos, peguei uma bússola e olhei para a agulha da bússola, que é imantada. Imediatamente apontou para o meu pequeno imã. Eu só tinha que seguir a bússola.

- E como navegou pelo Labirinto? – pergunta Voldemort curioso.

- Eu não naveguei. – fala Harry divertido. – Digam-me, qual o caminho mais rápido entre dois pontos?

- Uma linha reta. – responde Voldemort.

- Foi o que eu fiz. – fala Harry rindo. – Eu abri um caminho em linha reta até meu imã.

- Mas as sebes do labirinto repeliam magia. Não dava para abrir um caminho em linha reta. – reclama Cedrico. – Eu tentei e nada funcionou.

- Detalhe específico. As sebes repelem magia. Eu não usei magia. Usei tecnologia trouxa. – fala Harry rindo da cara furiosa de Cedrico. – Usei um aparador de Cerca Viva, Cedrico. Parecido com uma motosserra. Um equipamento projetado para fazer isso em casas trouxas. Funciona á gasolina e é de baixíssima tecnologia. Bastou um feitiço de Silêncio aplicado sobre o equipamento e o problema do barulho do motor foi resolvido. A magia residual não o afetou em nada. Como funciona com gasolina, basta uma faísca e eu fui cortando as sebes em linha reta. Direto até o centro do labirinto.

- Você é... engenhoso, Potter. – fala Voldemort impressionado. – E isso o trouxe até a taça.

- É. Cheguei a tempo de salvar Cedrico de uma Acromântula e assim resolvemos dividir a taça. – fala Harry sorrindo. – Essa é,  Cedrico, a história toda.

- Você... não fez usando somente magia, Potter.  – fala Cedrico sério.

- Claro que não. – fala Harry divertido. – Mas eu segui as regras do torneio, do início ao fim. Cumpri todas as regras e ainda tenho minha magia. Eu só não contava com a armadilha da taça, mas enfim... foi divertido.

- E agora você vai morrer. – fala Cedrico cansado. – Ainda acha divertido?

- Bem... eu realmente não imaginava que seria sequestrado pela taça, e que iria morrer hoje à noite. Mas... Você tem que pensar como eu penso, Cedrico, para entender o que eu fiz e o que eu estou fazendo agora. – fala Harry. – Meu pai e seus amigos inúteis foram conhecidos como os Marotos. Eles pregavam peças em uns e outros. Presumo que Snape era seu alvo favorito, daí parte do ódio que ele tem para comigo. Fred e George acham que são bons brincalhões por que pregam uma ou outra peça em desavisados. Acompanha-me até aqui?

- Sim. Mas o que isso tem a ver? – pergunta Cedrico sério.

- Quando o meu nome saiu do cálice, eu sabia que iria morrer esse ano. – fala Harry. – Eu sabia, com a certeza de que o sol nasce a cada manhã, que Dumbledore queria me matar. Ele poderia ter cancelado o torneio, e feita uma nova seleção de alunos, mas ele não quis. Ele preferiu me deixar ser morto. Então eu resolvi fazer uma brincadeira. Deixei os medos de vocês assumirem e criarem a ilusão de que eu era um Mago das Trevas. Eu cumpri cada regra do torneio, da minha interpretação pessoal. Eu fiz três escolas inteiras, com seus professores, alunos, convidados, ministros e demais pseudo-celebridades,além de todos do mundo bruxo,  acreditarem numa brincadeira durante um ano. Eu venci os Gêmeos Weasley e os Marotos na categoria Brincadeiras. Duvido que alguém consiga fazer melhor do que eu fiz. E, veja bem, eu nunca prejudiquei ninguém. 

- Exceto alguns alunos. – fala Cedrico seco.

- Sim, mas esses mereceram.  Antigos “amigos” que me traíram e alunos que se recusaram a aceitar a verdade. Nada permanente, nem que colocasse sua saúde em risco. Apenas “egos feridos”. – fala Harry divertido. – Mas a maior piada vem agora. Agora é hora da Vingança. Pelo menos para mim.

- O que? – pergunta Cedrico confuso.

- Vingança? – pergunta Voldemort seco.

- Vocês não acharam que eu ia deixar barato, acharam? – pergunta Harry com um sorriso que enviou ondas de pavor pela coluna dos dois. – Ah, não. Eu deixei tudo pronto para minha vingança.

- O que foi que você fez? – pergunta Voldemort num sopro de voz, sabendo que pelo sorriso no rosto de Harry, o que quer que ele tivesse planejado seria... terrível.

- Oh... bem... já que você perguntou... – fala Harry dando outro sorriso que apavorou Voldemort ainda mais. – Eu... tomei algumas decisões.

- Quais? – pergunta Cedrico com voz baixa.

 

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