O sonho
Hermione sabia que aquele garoto não podia prestar, porque era da casa inimiga a sua, da casa que os componentes eram todos idiotas que se importavam mais com o sangue com que com a qualidade das pessoas. Mas foi inevitável, ele era simplesmente esplendido, sabia muito, até mais do que ela, além de ser muito, mas muito bonito. Acabara até esquecendo por algumas horas o que Rony havia feito. Porém, recordou-se na hora do almoço, quando sentou na mesa ao lado de Gina, a frente de Rony. Fitou-o severamente. O garoto apenas abaixou a cabeça e continuou almoçando. “Será que ele não vai ter nem capacidade de pedir-me desculpas?” indignava-se. Comeu silenciosamente, não estava com vontade de conversar, além de que, Harry, Gina e Simas estavam falando sobre as aulas de adivinhação, e ela estava cansada de falar mal de tal matéria, e o que mais ela poderia criticar se nem freqüentar esta aula ela freqüentava? A comida estava saborosa como sempre esteve, e tinha suco de abóbora, seu preferido. Estava arcada, e de vez em quando, bocejando. Teve a postura modificada rapidamente ao ver Draco Malfoy e William Kesburne entrando no Salão Principal. O garoto mais pálido tratou de olha-la com um sorriso no rosto, enquanto sentava-se na mesa ao lado do loiro. Hermione pode sentir sua face em chamas.
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Gina fazia algumas caretas as vezes para que Harry a perguntasse se sentia-se bem. O moreno estava com uma expressão atordoada, não sabia como Cindy iria reagir a sua falta no encontro. Quando terminou de comer, Potter retirou-se da mesa, a caminho do Salão Comunal da Grifinória. O que ele não percebera, era que a caçula Weasley o seguira. Esperou o lindo garoto de olhos verdes passar por um corredor que não havia ninguém e o chamou. “O que ela quer agora? Eu preciso de um tempo sozinho, será que não dá pra perceber isso?” Virou-se com má vontade:
- O que foi Gina?
- Eu queria conversar um pouquinho com você. – ela disse com uma carinha meiga. Os cabelos ruivos haviam crescido muito nos últimos meses, estavam passando da metade de suas costas.
- Fale, então. O que foi?
- Acontece, Harry... Que eu sei que eu estraguei seu encontro com a Cindy hoje...
- Como assim, sabe? – perguntou ele perplexo.
- Ela já havia me contado sobre o namoro escondido de vocês...Me desculpe se estraguei tudo, mas tava doendo muito mesmo.
- Eu sei que estava doendo, Gina... – ele disse compreensivo, mas logo mudou seu tom – Então quer dizer que Fokfulli anda espalhando por aí que estamos juntos? Realmente, não dá pra acreditar em ninguém nesses dias de hoje. Havíamos dito que seria segredo por enquanto para que ninguém nos incomodasse. Que somente contaríamos para melhores amigos, e Cindy nem fala quase com você e já contou. Imagina! A escola inteira deve estar sabendo, já!
- Ah, Merlin... acho que contei o que não devia...
- Não, Gina, você fez muito bem em me contar, pelo menos assim eu sei com quem eu estava lidando agora.
- Você promete que não conta pra ela que eu falei?
- Prometo, Gina. Sabe, hoje em dia existem poucas pessoas sinceras assim como você.
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Rony não estava mais agüentando Hermione o fitando daquela maneira. Ela tinha passado a tarde toda o olhando daquela maneira, precisava resolver tudo aquilo de uma vez por todas. Levantou-se da poltrona e foi até o lado dela a frente da lareira para conversar. Pediria desculpas.
- Mione... – disse docemente.
- O que tu queres, Rony? Jogar mais uma vez na minha cara que nenhum garoto seria capaz de ir comigo ao baile? A não ser você por caridade?
- De onde tu tiraste isso? – perguntou ele surpreso pela idéia de Hermione. – Eu nunca disse isso!
- Mas insinuou.
- Ah, Mione, faça-me o favor.
- Mas eu vou mostrar-te como tem muito menino por aí querendo ir comigo ao baile. Eu vou arranjar logo logo um par.- levantou-se e foi até o dormitório, onde encontravam-se Parvati, Lilá e Gina.
As garotas riam histericamente. Hermione levantou uma de suas sobrancelhas com
cara de reprovação e pôs seu pijama. Parvati pediu para que ela se juntasse ao grupo.Negou, queria dormir depois da conversa que tivera com o ruivo.
Como se fosse conseguir. Deitou-se na cama, mas as meninas conversavam alto e ela acabara perdendo o sono e juntando-se a elas. Ela descontraiu-se rapidamente, e quando percebeu, nem pensava mais no papo com Rony. Foram dormir tarde, talvez por isso Hermione acordaria no próximo dia tão sonolenta.
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Malfoy e Kesburne eram os únicos no Salão Comunal da Sonserina. O local era realmente frio, mas nenhum dos dois demonstrava preocupação quanto a isso. William queria ser breve, e fazer com que Malfoy o ajudasse, o que seria muito fácil. >
- Tenho uma tarefa para você. É bom que a cumpra corretamente, se não, não sei o que será de você.
- Ei de cumpri-la da melhor maneira, Kesburne, mas o que seria?
- É o seguinte: Sabe Hermione Granger, amiguinha sangue-ruim de Potter?
- Claro que sei, aquela idiota. Mas, o que tem ela?
- Ei de conquista-la, o que será muito fácil. Mas quero a confiança dela quanto a mim, e a você. Quero que ela se apaixone por nós dois. >
Malfoy o olhou incrédulo.
- Não faça essa cara de anta.- disse Kesburne.
- Pra que quer que aquela sangue-ruim se apaixone por nós? – Draco estava quase vomitando.
- Simples: um de nós conseguirá a confiança dela. Aquela garota é tão pata que logo dará para um de nós informações confidenciais de Potter. Tenho quase certeza que é a mim que ela escolherá, mas é melhor prevenir do que remediar.
- Tu pensas que será tão fácil assim conquistar aquela garota, e ainda por cima a confiança dela para que dê-nos informações confidenciais de Potter? Estás febril só pode. Deixe-me ver sua temperatura.
- Estou muito bem, obrigado. E tenho certeza sim, que mais cedo, ou mais tarde, vamos conseguir arrancar algo dela. Senti como ela é sentimental...deves trabalhar isso.
- Está certo, mesmo que eu ache que estás insano. Ei de por esse maluco plano em pratica logo.
- Logo, não. Amanhã.
- Amanhã? Estás louco mesmo! Como amanhã? Tenho que preparar-me psicologicamente para jogar meu charme para uma sangue-ruim, vai que eu me traumatize?
- Cale a boca, Malfoy. Não te será esforço algum, te vi babando pela garota hoje mesmo na aula de Herbologia.
- Eu? Eu não estava babando por aquela...aquela...trouxa! De onde tiraste isso?
- Não tente fazer-me de tolo, eu vi. E começarás amanhã mesmo com o plano. Nada de mas. Agora vou dormir.
Kesburne retirou-se. Todo aquele plano parecia uma babaquice para o loiro, mas ele
precisava faze-lo, precisava da confiança de Kesburne, ele tinha muitas influências com Voldemort.
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Ouvia o som da chuva lá fora, era tão gostoso ficar debaixo das cobertas, fazendo de conta que dormia, enquanto chovia lá fora. Era tão gostoso fazer de conta que naquele momento só existia ele, a coberta dele, a chuva, e os roncos de Simas. Não queria lembrar-se de Cindy Fukfulli. Ela havia o decepcionado profundamente. Pensava que ela era diferente, mas não...era igual a todas as outras garotas, que queriam ficar com ele apenas por que ele era o garoto que sobreviveu, e o garoto que um ano atrás derrotou Voldemort.
Chorou. Não queria fazer isso, mas se sentisse a necessidade que o fizesse enquanto ninguém o via...não queria que seus amigos soubessem que ele sofria com toda essa situação.
Contara a Rony antes de dormir, e o ruivo concordou plenamente com o moreno de olhos verdes que Fukfulli era uma falsa, “onde já se viu?”. Queria gritar, queria sair correndo por aí sem destino. Mas o que mais queria naquele momento, era vingar-se da garota. Não que Harry fosse um rapaz vingativo, não. Ele achava aquilo ridículo, porém agora em sua concepção, a garota da Lufa-Lufa merecia algo em troca.
Enxugou as lágrimas que caiam quente em sua face, e levantou-se para observar a janela. “Dia perfeito” pensou e fungou. Estava gripado. Arrumou-se, estava na hora de começar um novo dia, e uma nova vida. Ninguém o enganaria mais.
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A pequena Weasley levantou-se sentindo-se culpada pelo feito do dia anterior. Será que Harry valia tudo aquilo? Será que ela precisava ser tão baixa ao ponto de fazer aquilo pra ficar com ele?
Tivera um pesadelo horrível, onde Harry descobrira que ela havia mentido para ele, e desde então, ignorado-a, e casado-se com Cindy Fokfulli. Acordou suando frio.
“Harry vale sim, tudo isso” completamente obcecada pelo garoto, a ruiva não possuía mais limites, faria de tudo para ficar com ele.
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Draco malfoy acordara suado. Tivera um sonho extremamente prazeroso, do qual não queria admitir ter sonhado. Levantou-se e percebeu que não estava apenas suado. Precisava de um banho. Rapidamente, pegou suas vestes e foi até o banheiro onde esperou a banheira encher, o que aconteceu rapidamente. Despiu-se e entrou na água morna. Faltava muito para sua primeira aula, acordara cedo, então não precisava preocupar-se com o tempo. Com o que ele não contava, era que lembraria-se do sonho. “Não! Esse pesadelo estúpido, saia dos meus pensamentos! Saia!”. Draco até conseguiu manter a lembrança do sonho longe por dois minutos, mas ela acabou retornando a sua mente, e ele não conseguiu evitar, recordando...
Ele estava sentando na sua poltrona preferida do Salão Comunal da Sonserina, lendo o livro de Poções que Snape havia solicitado no início do ano. Largou-o em cima da mesinha, e mirou a garota que estava deitada na poltrona a sua frente. Ela mexia com seus cabelos enquanto lia o mesmo livro que ele tinha em mãos anteriormente. Aquele movimento começou a deixa-lo com vontade de pegar nos longos cabelos dela. A analisou melhor. Ela tinha algo que o deixava em um estado de êxtase. Levantou-se queria a observar melhor. Estavam sozinhos, todos os sonserinos tinham simplesmente desaparecido.
Parou ao lado dela. De que casa pertencia? Não queria saber, simplesmente rejeitou as cores e o símbolo.
Sentia o cheiro dela...ah...o cheiro dela...Estava o deixando maluco. Passou a mão pelos cachos castanhos...tinha um cabelo tão macio...o cheirou. Cheirava a flores. A garota deixou o livro cair quando ele pegou sua mão que passava pelo cabelo. Os olhos avelã fitaram friamente os olhos azuis acinzentados. Agora via quem ela era. Mas pouco se importava. Ele queria saborear Hermione Granger naquele momento.
Ela sentou-se dando espaço para ele sentar-se também. Chegou mais perto da grifinória passando a mão pela face dela. Ela o fitou com cara de quem não gostou, e ele rapidamente retirou a mão e levantou-se. Mas ela veio atrás abraçando-o, e pedindo desculpas, sussurrando que o desejava. Ele voltou-se a ela e sorriu maliciosamente. Pegou-a no colo e a levou até o dormitório, colocando a em sua cama. Ela tirou a capa e os sapatos enquanto ele fazia o mesmo. O garoto de cabelo loiro platinado foi puxado por ela, e quando viu, estava em cima do corpo da garota, que respirava rapidamente, deixando-o louco. Beijou o pescoço dela enquanto sentia as mãos macias passeando pelas suas costas. Foi beijando-a por todo o rosto até mergulhar em um beijo ardente, que ao terminar deixou os dois ofegantes.
Hermione tirou a gravata de Draco e ele analisava agora aqueles dois botões desabotoados da camisa dela. Beijou a pele que aparecia graças aos botões abertos. A garota sorriu e abriu os botões da camisa dele, podendo observar os músculos que o garoto possuía.
- Pensava que eu era fraquinho, é Granger? – ele disse zombando quando a garota viu seu peitoral definido e começou a beija-lo.
- Claro que não, Malfoy. Sempre soube que você era perfeito...- a garota lambeu o lábio inferior de Draco – Gostoso... – ela encaminhou a mão dele até os botões de sua camisa, fazendo menção para que ele desabotoasse-os. E foi o que o loiro começou a fazer, e tencionava fazer, até que Pansy entrou no dormitório e tirou Hermione a tapas.
Sua vida estava começando a desmoronar no sonho, quando...
...ele acordou...”Malditos hormônios” Draco culpou sua idade e acabou seu banho. “Esse dia não será bom. Já começou horrível...”
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Hermione bocejava tanto, que podia ver nos olhos de Simas que a vontade dele era dar um tapa na boca dela. Tratou de segurar seu bocejos. Comeu rapidamente, precisava ir a biblioteca antes das aulas de Poções começarem. Descobrira um livro fantástico sobre Aritimância, e queria aluga-lo. Gina de contra-gosto a acompanhou, pois sabia que Hermione iria no fim das contas interessar-se por vários outros livros, e acabaria lendo trechos e anotando o que achasse interessante.
Não deu outra, logo estavam a ruiva e Mione sentadas em uma das mesas da biblioteca.
Gina estava mais do que deixando claro que não estava gostando de ficar ali, expressando isso com bufadas que deixaram Hermione extremamente irritada, e pedindo para a caçula Weasley se retirar.
William podia sentir que Granger se encontrava ali. Entrou e ficou atrás de uma estante a observando. Pensou rápido, e deixou um livro cair, fazendo um barulho não tão alto, mas suficiente para chamar a atenção de Hermione, que ficou algum tempo o observando.
Kesburne fez cara de envergonhado, e colocou o livro de volta no lugar de origem.
- Será que poderias informar-me onde eu encontro livros de Aritimância? – Perguntou ele para a garota com cara de quem não sabia que ela estava utilizando livros da matéria.
Hermione muito prestativa, levantou-se e mostrou a sessão ao garoto. Ele sorriu e agradeceu.
- Será que posso saber teu nome? – perguntou ingênuo.
- Granger, Hermione Granger. – ela disse prevendo que o garoto faria cara de nojo ao ouvir seu sobrenome, mas em vez disso, ele apenas sorriu.
- William Kesburne, sou novo por aqui. – ele a oferece a mão que ela recebe com um sorriso. Com o aperto de mão, pode perceber como ele era gelado, mas não se importou, sorriu também enquanto sentia sua face em chamas.
- Disseram-me que eis a melhor aluna da escola, que honra poder conversar contigo.
Hermione assustou-se, aquilo não poderia ser verdade, um sonserino dizendo que sentia-se honrado em falar com ela? Não poderia ser verdade.
- Hum, creio que faço o possível para obter o maior número de informações que possam vir a me ser úteis. Mas quem disse isso a você?
- Meu mais novo amigo... – Kesburne sentia-se rindo por dentro ao pronunciar o nome - Draco Malfoy.
Hermione estava de queixo caído. Malfoy? A elogiando? Sim, só poderia ser sonho, aquilo não era real!
Porém percebeu o quanto aquilo era real, quando viu que estava quase na hora do início das aulas de Snape, despediu-se de William e esbarrou com tudo na mesa, caindo e machucando-se. Nada grave. Ela apenas riu e saiu encabulada da biblioteca. Aquilo era mesmo real.
Pessoal, desculpem o tamanho mínimo do capítulo....xP
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