Plataforma 9 ¾, e encontros
O fato que ocorrera em Hogwarts nas férias de natal nunca chegara aos ouvidos da imprensa, ao que tudo dizia, nenhum comensal invadira a escola que era considerado um dos locais mais seguros do mundo bruxo, a historia inventada fora que Rony em conjunto com a Ordem da Fenix encontraram informações do local onde Harry era mantido prisioneiro, nem mesmo o sequestro de Alvo fora citado. O local do cativeiro se revelara a Casa dos Gritos, um lugar proximo o bastante de Hogwarts e de faço acesso aos comensais, Tiago então se lembrara da vez em que estivera lá e notara coisas estranhas, provavelmente eles já estavam lá a um bom tempo. Greyback e os outros desapareceram mas Aurores do ministerio seguiam seu rastro. E os restos da pedra que Tiago destruira pareciam ter se evaporado pois ao buscar o local nada foi encontrado.
Tiago e Alvo não se importaram com o fato de seus atos aquele dia terem permanecido em segredo, eles assim como o pai não queriam ser heróis, Fred sempre questionara o fato de Tiago ter salvado a vida de Rodolfo, mas o garoto não se pronunciara a respeito. Rasbatan fora o único capturado aquele dia na floresta, sendo levado para Azkaban pelos os Aurores. Através dele chegariam aos outros, fora o que Harry lhes garantia.
Agora ambos estavam ali, prontos para embarcar novamente para casa, desta vez para as férias de verão. O ano parecia ter passado rapidamente desde que retornaram das festas de natal, a Sonserina ganhara a taça das casas, e a Grifinoria terminou em ultimo em decorrência dos fatos de que com Draco Malfoy como professor, que para os grifinorios parecia quase impossível, a Corvinal ganhara no quadribol. Alvo fora questionado por seus colegas de casa sobre as cicatrizes que ganhara em especial uma em sua mão que formava agora uma frase bem distinta, Zambine o zoara por ela para variar, mas ele não ligara, Scorpio brigara com Zach por isso o que lhe rendera uma detenção até o final do ano.
Agora ali estava o grupo gigantesco de amigos, todos eles caminhavam pelo estreito corredor, Alvo e Alice iam um do lado do outro, pareciam ter se aproximado ainda mais desde aquele dia na enfermaria em que se abraçaram, mas nada alem de uma grande amizade, por mais que seu irmão tentasse convencê-lo que deveria se declarar, ele achava que ainda não era tempo, ainda eram bem jovens e ele queria ter certeza de que o que sentia por ela era verdadeiro. Rose parecia ter mudado o seu jeito serio com Scorpio, ambos ainda tinham brigas de vez em quando e ela se estressava muito com ela, discordavam da maioria das coisas, e tinham opiniões bem diferentes da maioria dos assuntos, mas se não fizessem isso não seriam eles mesmos. Narcisa continuava com seu mesmo jeito serio, mas parecia estar convivendo melhor com Tiago, o que alimentava ainda mais as esperanças do ruivo de um dia conquistá-la. Fred ia a frente, Roxanne havia sumido de repente e ele estava a procurando, Lorcan brincava com seus sapos, um ia na suas mãos, outro no ombro e o maior e com cara de bravo, seu favorito, Andy, ia em sua cabeça, isso arrancava risos dos outros alunos, que chegavam a tirar as cabeças para fora das cabines para olhar, mas ele parecia não notar, Lysander estava vermelho e uma veia pulsava em sua testa, Alvo o ouvia murmurrar qualquer coisa com uma voz armagurada, ele voltava sua atenção para seu diario, escrevendo nele com uma pena. O grito de Fred pode ser ouvido vindo de outro vagão, o grupo correra por todo o vagão já prontos com as varinhas em mãos, passando para o outro não se importando para as pessoas que passavam derrubando nos corredores, encontraram Fred que apontava a varinha em furia para dentro de uma cabine com a porta aberta. Eles olharam para dentro dela e encontraram Roxanne Weasley e Wagner Krum, ambos estavam abraçados e com as roupas amassadas, Roxanne parecia em estado de choque não movendo nem se quer um musculo. O capitão da Sonserina parecia envergonhado e sem graça, passara as mãos pelos cabelos curtos quase raspados. Fred caminhara para dentro da cabine.
_ SE AFASTE DA MINHA IRMÃ SEU PORCO IMUNDO – disse Fred – SAIA DAQUI SUA SERPENTE MALIGNA... COMO OUSA TENTAR VIOLAR A HONRA DELA?
_ cala a boca fred – disse Roxanne – ele não estava violando minha honra... estavamos apenas namorando.
_ NAMORANDO? VOCÊ NEM CONHECE ESSE CARA – continuara aos berros e cabeças de pessoas surgiram nas portas das outras cabines – ME DIGA, QUE DROGA DE POÇÃO ELE TE DEU?
_ nenhuma – disse Roxanne em tedio, olhando para Krum que lhe derá um sinal positivo – ele é meu namorado, namoramos a quase 1 ano, desde as férias de verão do ano passado.
_ COMO ASSIM NAMORAM? POR QUE NÃO ME CONTOU? 1 ANO? – disse Fred – como conseguiu esconder isso de mim por tanto tempo? – ele parecia decepcionado e descrente naquilo que sua irmã dizia – mas logo o Krum? Um Sonserino? O Capitão da Sonserina? Logo ele?
_ sim, o que tem? Eu não sou assim tão fanatica por quadribol que veja algo de mais em namorar alguem de outro time, e essa rivalidade das casas é muito idiota... – disse Roxanne se levantando – eu o namoro sim, e não vou deixar de namorar ele por sua causa, algum problema?
Krum se erguera da poltrona e se pusera de pé , adando até Fred que erguera a varinha em direção ao Sonserino, o garoto era muito mais alto e forte que o Weasley, sua cabeça por poucos centimetros não relava no teto. De frente para o armario que era o artilheiro da Sonserina Fred parecia não fraquejar, nem se sentir intimidado.
_ Eu te desafio para um duelo Krum – disse Fred – duele comigo, agora. Ai sim veremos se é digno de namorar minha irmã, você vence e eu não me meto no namoro de vocês dois.
_ ele não vai duelar com você – disse Roxanne irritada colocando o braço do namorado em volta de seu pescoço – eu não sou o premio de um duelo, e não é você que vai decidir quem eu vou, ou não namorar. Você não é meu dono, é apenas meu irmão Fred, nada alem disso.
Roxanne saira, e Fred mormurrara qualquer coisa, se jogando na poltrona da cabine, o grupo dera passagem para o casal e entrara na cabine se instalando ali mesmo, Fred passara o resto da viagem emburrado em um canto como uma criança mimada que não havia conseguido o que queria, Tiago se ao seu lado tentando não rir do primo, fora muito hilaria a cena, fora então que uma voz foi escutada da porta.
_ algum problema aqui, nos ouvimos gritos vindo daqui – disse Frank que surgira na porta ao lado de Molly, ambos estavam com as vestes amassadas e descabelados, ele estava quase sem folego.
_ o Fred viu a Roxy e o Krum juntos – disse Rose – e teve um ataque de ciumes.
_ ah... certo – disse Molly e ela parecera extremamente sem graça corando levemente – ah... Tiago, será que poderiamos falar com você?
_ claro – disse Tiago surpreso e se dirigiu com os dois para o lado de fora, ele os encarou, ambos pareciam extremamente sem graça – então o que querem?
_ queremos nos desculpar – disse Molly – eu não devia ter te acusado daquele jeito, você sabe que, bem, eu estava confusa, lembrava de ter visto você e que você tentou... sabe, fazer... aquilo comigo. Devia ter pensado que não era você, você não seria capaz, e isso foi provado, foi o Lestrange que alterou a minha memoria, agora me lembro de ter visto ele no trem aquele dia, a diretora conseguiu devolver essa minha memoria. Então você me desculpa?
_ sim claro, na verdade, não há o que desculpar – disse Tiago que se voltara para Frank que encarava o chão, o garoto respirara fundo e uma voz em a farrapos saiu de sua boca, timida e arrependida.
_ des-des-desculpa... Ti-Tiago – ele respirara fundo – deveria saber que nunca teria feito algo daquele tipo, mas o amor que sinto pela sua prima é muito grande, e vê-la daquela maneira, tão frangil e indefesa, com medo de você, te acusando de a ter atacado – ele suspirara – eu não sabia o que fazer, só sabia que deveria ficar ao lado dela, e então... um odio surgiu em mim, uma raiva de você, por ter tentado contra ela, por Merlin, eu amo a Molly, o que queria que eu fizesse não acreditasse na palavra da minha namorada? Mas agora vejo que errei, nos dois erramos, então... se puder nos desculpar, sei que talvez as coisas não voltem a ser como antes, mas precisava tentar... meu orgulho me impedia de ir até você e dizer isso, por isso esperei até hoje, pois... só agora vi que iria terminar um ano letivo sem ter falado com um dos meus melhores amigos... Me perdoa Tiago – Frank erguera a mão – me perdoa?
Tiago sorrira, e abraçara Frank fortemente, as coisas finalmente estavam se acertando, ele sabia que Frank estava dando um enorme passo ao se desculpar com ele, o monitor havia engolido o orgulho que possuia, ele pode ver sobre o ombro de Frank que a sua prima possuia grossas lagrimas a correr dos seus olhos e embaçando seus oculos, ela estava tão emocionada como ele que estava se segurando ali para não acompanhar ela no choro, Frank sorrira por cima do ombro do ruivo, e murmurrara no seu ouvido:
_ Fred tem razão, você está amolecendo muito, agora afasta que eu tenho namorada Potter, e não gosto dessa sua aproximação de mim – disse Frank dando tapinhas nas costas do amigo.
_ Certo, se juntam a nós na nossa cabine? – disse Tiago se afastando de Frank – adorariamos ter vocês com a gente.
_ ah... não vai dar, temos que monitorar os vagões – disse Frank – mas nos vemos na plataforma.
_ como quiserem – ele abrira a porta da cabine já entrando quando olhara para os dois que estavam abraçados – e mais uma coisa, juizo os dois hein? Sei muito bem como monitoram os vagões – ele lançara um olhar malicioso – suas roupas dizem tudo, assim como essa marca roxa no seu pescoço Frank – o garoto corara – Tio Percy não vai gostar de ser avô assim tão cedo, ok?
_ você não tem jeito né Tiago? – disse Molly rindo – senti falta do seu jeito.
_ e eu de vocês dois para pegar no meu pé – disse Tiago – até a plataforma – ele fechara a porta da cabine se jogando ao lado de Fred com um grande sorriso no rosto, as coisas estavam melhorando.
Na plataforma as coisas estavam movimentadas como todo o final de ano letivo, o grupo descera do trem e em meio da multidão cada um procurava seus pais, mas encontraram antes um certo garoto Sonserino e seu amigo brutamontes. Eles estavam proximos a uma garota ruiva, ela parecia estar extremamente nervosa, se segurando para não estourar, Zambine e Goyle certamente a estavam pertubando, pois a haviam encurralado contra a parede. Lysander ao ver aquela cena caminhara até eles, sendo seguido por Alvo e Tiago, os três estavam dispostos a acabar com os dois sonserinos se eles aprontassem alguma coisa com Lily.
_ me diga, o que uma gracinha como você faz aqui? – disse Zambine – está perdida? Talvez eu possa te ajudar a encontrar seus pais... ou talvez, eu possa... – ele passara um dedo pelos cabelos da ruiva que derá um tapa na mão dele – ora... está nervosa por que?
_ não enconste em mim, nunca entendeu? – disse Lily – e gracinha é a senhora sua mãe. Agora me deixe ir.
Zambine sorrira galante frente ao desaforo da ruivinha, nem ligando para suas palavras. Ele se pusera a frente da ruiva que lhe dera um tapa bem estalado, que lhe fizera cabalear um pouco.
_ você é doida garota? – disse Zambine – sabe quem eu sou? – disse Zambine erguendo a varinha – sabe o que eu posso fazer com você?
_ nada comparado o que eu vou fazer com você se a machucar Zambine – disse Lysander se pondo a frente dela – vamos... enfrentar uma garota de 10 anos que nem tem uma varinha ainda é facil, venha me enfrentar se tiver coragem.
_ não preciso que me defendam Scamander, se manda, eu sei me virar sozinha – disse Lily – você não é nada meu para me defender assim, pare de tentar me proteger, pare de me subestimar e me tratar feito um bebê.
_ ele não é seu irmão mas nós sim – disse Tiago se colocando a direita de Lysander – e adivinhem? Estamos fora de hogwarts, sem ninguem para me dar detenções por azarar ratos da Sonserina.
_ Zambine... você achou mesmo que poderia ameaçar a nossa irmãzinha? – disse Alvo se colocando a esquerda de Lysander – sem que não fizessemos nada com você depois? Errado... verá agora o que dá se meter com os Potters.
_ irmã caçula Alvo – disse Lily – “ irmãzinha” não.
Zambine empalidecera, encarara Goyle que já havia se afastado alguns metros da confusão, correndo para longe dos Potters, o Sonserino seguiu pelo mesmo caminho, ao ouvir Tiago pronunciando palavras estranhas, ele correra desajeitado tropeçando e esbarrando nas varias pessoas da plataforma.
_ onde estão nossos pais Lily? – disse Tiago – eles vieram com você?
_ só a mamãe, papai está no ministerio... – disse Lily – venham ela está ali com a Tia Hermione.
_ ok, vão vocês dois na frente, preciso fazer uma coisa primeiro, ah... Lysander – disse Alvo – posso falar com você?
O Gemeo concordara com um aceno positivo de cabeça e os dois caminharam pela plataforma até proximo ao ultimo vagão do trem, onde Alvo para e encarara o loiro friamente.
_ vou ser direto ao ponto Lysander, quais são os sentimentos que tem pela minha irmã? – disse Alvo inquisidor, e frio com suas palavras – vou logo avisando que dependendo da sua resposta, você sabe que ela terá consequencias.
_ eu? Sentir alguma coisa pela Lily? – disse Lysander que rira sem graça – fala serio sobre isso?
_ sim, vá me diga, você gosta dela não? Acha que não reparei que uma foto dela sumiu do meu album? Sei que foi você que pegou, sei que tenta se aproximar dela mas não dá certo, admita Lysander, você está afim da minha irmã.
_ certo – disse Lysander suspirando fundo - eu gosto muito da sua irmã Alvo, desde aquele dia em que vi a foto dela no profeta, aquele rosto inocente e puro como de um anjo, eu li a materia e fiquei preocupado com ela, pensando que poderia ter se machucado, eu queria poder estar por perto quando houve aquele ataque, queria está ali para protege-la, mas... não estava, tudo o que eu mais queria Alvo era conhecer a Lily, está perto dela e conviver com ela, e quando estive perto o sentimento dentro de mim só aumentou, mesmo ela me tratando do jeito que trata, e mesmo sabendo que não é de mim que ela gosta, que ela está afim do Scorpio, e mesmo me machucando muito vendo-a perto dele, as palavras que ela me diz, mesmo assim... não consigo deixar de gostar dela, pareço doido não? Por gostar de alguem que me despreza dessa maneira?
Alvo permanecera calado por um tempo encarando o loiro, para então formar um sorriso no rosto. O garoto colocara as mãos sobre o ombro do amigo e disse:
_ continue tentando, um dia ira conseguir – disse Alvo surpreendendo o loiro – você sabe tão bem quanto eu que o Scorpio não retribui o carinho que minha irmã tem por ele, não da mesma forma, só peço que continue fazendo o que esta tentando fazer, continue a protegendo Lysander, Lily pode se fazer de durona mas é tão fragil quanto você pode imaginar.
_ não vai brigar comigo? – disse Lysander – não vai me bater, me xingar ou fazer alguma coisa contra mim?
_ não – disse Alvo – a menos que faça algo contra minha irmã, ai eu e o Tiago te matamos e nos livramos do corpo sem ninguem saber.
Os dois riram, e Alvo se despedira do amigo quando os dois encontraram Lorcan já com sua bagagem e a do irmão nos carrinhos, o moreno seguira para perto da mãe e dos irmãos que logo encontrou em meio a multidão. Os Gemeos começaram a empurrar seus carrinhos pela plataforma se dirigindo a parede que dava para a estação. Fora quando um vulto negro saltara de uma pilha de malas sobre Lysander, o felino de pelugem alaranjada se agarrara ao garoto e a suas roupas, o gemeo gritava pois a pequena fera estava a lhe arranhar o rosto com as pequenas e afiadas unhas.
_ calma Andy, não o machuque sim? Ele está com mais medo de você do que você dele – disse Lorcan que tentava tirar o pequeno tigre de cima do irmão sem sucesso.
_ OH... CLARO, ESTOU AQUI SENDO ATACADO POR ESSE BICHO NOJENTO E VOCÊ NÃO QUER QUE EU O MACHUQUE, AGORA CALE A BOCA E TIRA ELE DE CIMA DE MIM – disse Lysander tentando se atirando no chão com o gato em mãos, o bicho ainda tentava lhe arranhas o rosto – pegue ele logo Lorcan, você que gosta de bichos, pegue essa bola de pêlos cheio de pulgas.
Lysander atirar o gato para o alto e ele soltara um agudo e alto berro, e Lorcan o pega antes que ele chegue no chão, os grandes olhos amarelos mostravam uma expressão de medo e surpresa e um fraco e assustado miado fora solto pelo bichano, o loirinho sorrira para ele e levara a mão atrás de sua orelha lhe fazendo um carinho amistoso, o gato roronara, ele o segurou mais confortavel lhe encostando contra o peito, e o gato se aconchegara ali. Lysander encarava o irmão com os olhos estalado e a boca semi aberta.
_ co-co-como você... – disse Lysander – esse bicho é o diabo em forma de gato e você conseguiu virar amigo dele?
_ não exagere Andy, ele nem é assim tão horrivel – disse Lorcan – né amiguinho, diz para o titio Andy que você não é assim tão ruim? Diz vai... – ele aproximara o gato do rosto de Lysander e este tentara atacar o loiro com as garras e soltara um miado semelhante a um rugido – viu... ele é fofo, né? Você é muito fofo... – Lorcan lera o nome na indentificação – Sir Swenney Tood.
Uma garota surgira ofegante em meio a multidão que parara para observar a confusão do gato, ela olhara para os garotos e se aproximara pelas costas de Lorcan, ela parecia sem graça frente ao olhar das pessoas, pois cada pessoa do circulo que se formara estava olhando para ela, se não bastasse está entrando na confusão, talvez as roupas que usava chamassem tanto a atenção quanto o fato de um gato quase ter matado um estudante de Hogwarts. A garota de cabelos louros acobreados cortados acima dos ombros, seu rosto pequeno e liso, delicado como o de uma boneca possuia uma cor palida que destacava seus labios finos e vermelhos em forma de coração, seus olhos de um verde acastanhado estavam escondidos atrás de um oculos de aros retagulares, vestia uma blusa azul de botoes com alguns babados, uma saia xadrez com meias e sapatilhas brancas, e um chapeu branco com um laço nele, ela se assemelhava muito a uma personagem de um filme trouxa de epoca. Os olhares estavam nela, e ela podia sentir seu rosto esquentar fortemente, chegando a pensar que ficara com febre de repente, ela corara tomando um tom vermelho vivo, ela não gostava de ser o centro das atenções, mesmo assim ela caminhara simples e com passos vacilantes até Lorcan lhe tocando o ombro, o garoto se virara e os olhos da garota por de trás das lentes dos oculos tomaram uma expressão de surpresa, ela nunca vira um garoto tão belo quanto aquele.
_ oi... – disse a garota desviando os olhos para o lado, ao perceber que ele a encarava.
_ oi, esse gato é seu? – disse o garoto – ele saltou sobre meu irmão e tentou ataca-lo.
_ é... – ela disse com uma voz quase num sussurro evitando de encarar o garoto – Tood não é muito sociavel com pessoas que não conhece...
_ eu imagino – ela encarara com o canto dos olhos o outro garoto que se pusera ao lado do primeiro, a sua surpresa fora imensa e ela encarara os dois assustada a semelhança de ambos era imensa, eram identicos, fora ai que constatara que eram gemeos – ele quase que me arranca o rosto, devia mandar castrar esse bicho, quem sabe ele não ficaria mais sociavel capado hein? – ela percebera uma certa raiva na voz do gemeo, tambem entendia, Tood tinha o dom de criar inimizades, e constatou que o gato tambem não gostava do garoto pelo rosnado que soltou, quase como um rugido.
_ desculpe se ele te machucou – disse a garota vacilante e com a voz falhada – devia ter me certificado de que ele estava na gaiola, perdão.
_ tudo bem – disse o loirinho que tinha o gato nos braços - agora Sir Tood vá com sua dona, ah... você não vai seguir o conselho do Andy e castrar ele né? – a loira sorria e rira timida fazendo um aceno negativo com a cabeça – que bom... e eu não gosto de animais que ficam muito tempo presos, eles ficam nervosos, e tambem é triste vê-los preso em gaiolas sem liberdade, talvez o Sir Tood só queira um pouco de liberdade não?
_ é... – disse ela, sorrindo, aquele garoto não era somente lindo tambem possuia um jeito fofo e doce que a fazia se sentir bem perto dele, qual seria seu nome pensou – eu tambem não gosto de vê-lo preso, mas é que ele é assim tão bravo...
_ vejamos, Sir Tood – disse o garoto colocando o gato de frente para ele – promete ser um bom gatinho e obedecer sua dona? Ela gosta muito de você, não é justo você ficar fugindo e atacando os outros assim, seja um bom bichano de agora em diante hein? O que me diz? – o gato miara em resposta – viu? Ele concorda, agora vá com sua dona – ele passara o felino para os braços da garota – bem... foi legal conhecer você Sir Tood, e você tambem... nossa, nem me apresentei, meu nome é Lorcan Scamander.
_ vamos Lorcan, nosso pai deve está nos esperando – disse o gemeo – você já se despediu desse bicho, agora vamos cair fora daqui – ele pegara o carrinho e o empurrara contra a parede atravessando-a.
_ ele é sempre assim? – disse a garota encarando ainda a parede.
_ o Andy é gente boa, só tem que relaxar e deixar de ser tão serio de vez enquando – disse Lorcan – então, qual é o seu... – o gemeo surgira novamente da parede e pegara Lorcan pelas vestes.
_ desculpe, mas precisamos ir – disse o garoto arrastando Lorcan até a parede – tenha um bom dia garota, e não esqueça meu conselho de castramento – Sir Tood soltara um miado zangado.
Ambos atravessaram a parede deixando a garota sozinha ali a encarar o espaço vazio. Uma outra garota loira muito semelhante a primeira se aproximara, ela vestia vestes da sonserina e arrastava um carrinho com uma mala e uma coruja orelhuda numa gaiola. Podia se ver claramente uma vassoura depositada com todo o cuidado ao lado do malão em uma capa protetora, e um bastão de batedor de quadribol, a garota sorrira para a menor, e lhe abraçara fortemente.
_ ai está você Chloe – disse a garota mais velha – papai e mamãe estão desesperados atrás de você, eu deveria saber que ia trazer esse gato para cá, mas por que não o deixou na gaiola?
_ eu deixei Raven, mas ele escapou, daí corri atrás dele mas... – disse Chloe quando foi interrompida.
_ tudo bem, Todd fez novas vitimas? – disse Raven rindo e a pequena continuara seria – certo... vamos encontrar nossos pais e sair daqui.
As duas sairam, andando na direção oposta a parede, mas os olhos de Chloe ainda a encararam por um tempo. Imaginando se o garoto não retornaria por ela.
Rose abraçava a mãe e o pai, Rony a agarrara girando no ar em meio aos risos dos filhos e da esposa, Scorpio observava a cena ao longe, um sorriso se forma em seu rosto, e então se apagara, demoraria mais um tempo até vê-la novamente, mas assim deveria ser. Uma mulher com cabelos negros muito lisos, e um rosto muito belo, vestindo uma veste bruxa bem caro de seda negra colocara a mão sobre os ombros do filho. Astoria lhe sorria fazendo as feições do seu rosto serem ainda mais graciosas, ela se inclinara e o abraçara lhe beijando o rosto, para em seguida limpar a marca de batom que ali ficara.
_ sabe, a garota Weasley é bem bonita Scorpio – disse Astoria.
_ e o que isso tem mãe? – disse Scorpio.
_ estou apenas comentando – disse Astoria ela sorrira.
_ por Merlin, mãe a senhora não está querendo insinuar que o Scorpio está gostando daquela pobretona da Weasley né? – disse Luciana com um tom arrogante –ter nosso sangue sujo como o daqueles traidores, já imaginou Scorp, você casado com a mestiça imunda sabe-tudo? Já não basta se juntar a idiota do filho do Potter e com o par de esquisitos ainda está afim daquela garota?
_ calesse Luciana – disse Astoria sem olhar para a filha – você não tem o direito de falar assim dos amigos do seu irmão.
_ concordo com a minha neta, Astoria – disse Lucio Malfoy que surgira ao lado de Luciana de braços dados com ela – a amizade de Scorpio com essas crianças se mostra algo... alem desagradavel e indesejavel, meus netos Astoria, são Malfoys... e tem de agir como tal.
Scorpio encarara seu avô Lucio, ele possuia o rosto com profundas rugas e era branco como o gesso com pequenas veias azuis a se destacar, e um nariz torto e encurvado, sua boca estava rececada e era nitido os sinais da calvice, os poucos cabelos que o ex-comensal ainda possuia estavam ao lado de sua cabeça, e eram brancos e possuiam o mesmo comprimento de antigamente. Lucio Malfoy envelhecera muito rapido, mais do que envelheceria se tivesse ido para Azkaban.
A familia Malfoy inteira saira dali, aparataram todos ao mesmo tempo. Sendo que Scorpio e Narcisa que não sabiam aparataram junto com a mãe.
Longe dali, um homem se encontrava acorrentado ao teto, a sala que se encontrava possuia as paredes escuras e um cheiro horrivel de mofo e podridão, a luz entrava por uma pequena janela com grades e ele despertava, do dor de ter dormido daquela forma, quanto mais ficaria ali, era o que se perguntava. Rasbatan se sentia pessimo com a sensação que lhe consumia, ele havia sido o único capturado, a pesada porta de pedra rustica se abrira e por ela entrou aquele que no passado derrotara seu mestre, Harry entrara mansamente, em seu rosto uma feição seria, ele erguera a varinha e com um aceno os grilhões que prendiam seus braços e pernas soltaram e ele caiu no chão, mas por uma estranha razão na se movia.
_ diga, onde estão os outros? E talvez eu seja bonzinho com você, e não te machuque tanto... alias, se falar agora, nem precisara passar por nada disso, o que acha? – disse Harry simples, tentando passar uma falsa calma – o que me diz Lestrange? Eles te abandonaram não é mesmo? – Rasbatan cuspira no rosto do Auror, que a limpara com raiva, em meio a risada doentia do comensal – como queira, não diga que não avisei – ele deu uns passos e então disse o nome da maldição – Crucio.
O comensal começara a se contorcer no chão, ele não gritava, mas ria, ria ainda mais depravadamente, como se a dor não o afetasse, como se não o incomodasse, era como se estivesse sentindo graça da propria tortura. Harry se enfurecera ainda mais, ele sabia que estava dando certo, a tempos aprendera sobre a arte das trevas e sabia muito bem usar a Cruciatus, nunca vira algo parecido, mas os risos o estavam deixando ainda mais nervoso, ele vira que teria que partir para outros tipos de tortura. Abaixou a varinha e então o riso parou, ele estava respirando cansado para então virar para Harry e pronunciar com a voz falha.
_ garoto, você não aprende mesmo não? Eu sou um comensal da morte, um dos melhores que tem, a Cruciatus apesar de eficiente não pode me afetar, estou acostumado com torturas Potter, eu e Rodolfo costumavamos testar um no outro está, e bem... criamos uma certa resistencia a dor provocada, esse feitiço não me afeta como aos outros, sinto dor sim, mas não tanto quanto deveria ser, isso para mim, é uma brincadeira.
_ é... – disse Harry enchugando a testa suada e respirando fundo – vejamos se gosta disso, Elecktrus Maximus.
U
ma corrente eletrica saira da varinha, um grande raio eletrico de um azul celeste atingia o corpo que começara a se contorcer mas o prisioneiro não gritava, apenas se debatia, a luz da sala começara a piscar, e com um aceno de varinha o corpo flutuara no ar, Harry começara a joga-lo de um lado para o outro da sala, com o impacto nas paredes de rocha o corpo ia tendo seus ossos quebrados, costelas se partiam perfurando orgãos internos e ossos da perna se mostravam expostos, ele caira no chão cuspindo sangue e se arrastando em direção a porta, com um aceno Harry o jogara de costas contra a parede.
_ vai me dizer? Onde os outros estão? – disse Harry que recebera um palavrão como resposta – se é assim... Sectusempra – um grande corte se formara no peito dele em diagonal – Sectusempra – outro novo corte se formara dessa vez na barriga e não fora a ultima vez que o feitiço fora repetido. Harry parecia retalhar o comensal com uma espada invisivel, sangue se espalhava pelas paredes, Harry caira no chão exausto e em sua frente o corpo ainda vivo de Rasbatan, ria para ele.
_ você tem mais do Lord das trevas do que imagina Potter... mesmo morto... ele conseguiu deixar uma marca em você – disse Rasbatan rindo quase sem folego – e não é a cicatriz... bem lá no fundo... você pode sentir não pode? Pode sentir que você e ele ainda estão ligados, e que a morte dele, será vingada... pelo proprio sangue... pelo proprio sangue você caira, pelo sangue do mestre vira o novo imperio... um novo Senhor da Morte surgira, e com ele... a destruição dos trouxas... a submissão dos mestiços e a extinção dos sangues-ruins... o mundo como conhecemos não sera o mesmo...não, não será... quando ele tiver as três... quando ele tiver as três... o ritual será feito, e a grande profecia dos fundadores... a grande profecia... se realizara... mas não haverá herois dessa vez... ele não substimara os inimigos, no momento certo os matara... seus filhos Potter morreram... seus filhos Potter, irão cair... e você não estará aqui, pois vai morrer antes deles... – Rasbatan rira tentando se levantar para ai cair nos braços de Harry – meu irmão ira vingar minha morte... morro, mas o proposito de tudo continua...
Uma mão tocou o ombro de Harry, ao seu lado ajoelhara Draco, ele possuia o rosto serio, Rasbatan ria e um mar de sangue escorria da sua boca, ele engasgava com o liquido, se afogava nele. Os olhos de Harry começaram a lacrimejar e suas mãos tremiam ao ver o que havia feito, talvez estivesse com tanto odio do que passara com os comensais no cativeiro que fizera aquilo, mas talvez fosse pelo simples desejo de se vingar da ousadia daquele que agora sucumbia a morte em seus braços, ele parara de falar, e agora só ria fracamente, até que seu riso se encerrou e seu olhos se fecharam. Rasbatan Lestrange estava morto.
_ eu o matei – disse Harry – me tornei um animal, um monstro como eles...
_ você estava fazendo seu trabalho, mesmo acreditando que você poderia ter tentado invadir a mente dele não precisando recorrer a tortura – disse Draco que agora recolhia o corpo do homem nos braços – pensei que te tivesse ensinado legismencia, por que não a usou?
_ eu tentei – disse Harry – tentei... eu tentei... mas, ele parece ter uma barreira, algo que me bloqueava, mesmo o torturando, essa barreira não se rompia...
_ quem a criou queria que ninguem visse o que ele tinha na mente – disse Draco – barreiras de bloqueamento são dificeis de se fazer... um bruxo precisa ser muito poderoso para isso, ou então muito estudioso no assunto de Oclumencia e Legismencia.
_ Kingsley vai ter um serio trabalho em explicar isso a imprensa – disse Harry – por Merlin, posso perder meu cargo com isso.
_ não entre em panico feito uma mulherzinha Potter – disse Draco – saia daqui e me deixe sozinho com ele, vá fale com o Weasley, Longbottom... ou qualquer um que possa te ajudar a melhor seu estado de nervos, só saia daqui.
Harry saira, e a porta de pedra se fechara atrás dele, Draco sacara a varinha, a barreira ainda existia dentro da mente de Rasbatan, mas o que ele não contara ao Potter é que havia uma maneira de recuperar as informações, com um aceno de varinha, uma fagulha saira de sua ponta semelhante a uma labareda de um massarico, fazia um barulho semelhante ao de uma serra eletrica, ele então começara a cortar a tempora do comensal morto, e quando ela caira deixando a mostra o cerebro, dele saia uma fumaça branca e densa que subia rapidamente no ar, ele retirara um frasco de vidro e com um aceno de varinha aspirara a fumaça a recolocando dentro do vidro, dessa vez em uma forma liquida de um branco perolado, eram as lembranças de Rasbatan, ele selara o frasco e o guardara nas vestes, tornando a recolocar o tampão na cabeça do cadaver e a solda-lo com um feitiço novamente, era como se nada tivesse acontecido. Draco então saira da Sala de pedra e assim que cruzara a porta aparatara deixando para trás um comensal morto, e levando consigo a peça mais importante do quebra cabeça.
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