O Pior Natal de Todos
Passou uma semana desde que Harry Potter fora com os comensais da morte para proteger sua família, Alvo e Tiago haviam visto seu mundo cair mais uma vez, Kingsley os levara até Gina aquele dia que se mostrava arrasada e deprimida, mas que tentava ser forte por Lily e os filhos. Lily fora a que mais sentia saudades do pai, ambos eram muito apegados um ao outro. Tiago tentara fazer a sua irmãzinha sorrir, mas pela primeira vez em anos ele falhara, se é que havia falhado alguma vez antes. Lilian agora ficava muito próxima dos irmãos, mesmo às vezes não dizendo nada, simplesmente pelo fato de poder perdê-los a qualquer momento.
Alvo estava n’A Toca, sentado sobre o muro de pedras que contornava o lugar, enquanto podia ver a casa de seus avós e tios, já que Rony se recusara a deixar os pais vivendo sozinhos agora que se mostravam em idade já avançada, sendo assim mesmo depois de casado aquele lugar ainda era sua casa. Alvo podia sentir o vento frio a bater em seu rosto enquanto sua respiração gélida soltava algo semelhante a uma fumaça de sua boca, seus pensamentos voavam para o lugar que seu pai poderia estar, quando fora surpreendido por Tiago que caminhava ao lado de Lily se juntando ao irmão no muro onde os três ficaram a observar a velha casa de sete andares que parecia segura por mágica, pois se mostrava torta em alguns pontos.
_ eles foram buscar o Tio Rony - disse Tiago - disseram que o feitiço que o Lestrange lançou nele causou danos externos muito graves, mas depois de uma semana já estão a cicatrizar.
_ nunca vi a Rose tão sem chão - disse Alvo - foi uma semana difícil para todos - ele olhara para Lily que se encontrava ao lado dele pode ver a irmã a segurar sua mão enquanto a outra segurava a do Ruivo - para todos nos, mas devemos ter fé de que nosso pai vai aparecer.
_ é difícil ter fé em certas ocasiões Al - disse Lily - às vezes tudo parece se voltar contra a gente, é como se nossas esperanças fossem sugadas e a felicidade desaparece, parece até que dementadores nos cercam...
_ papai não ia querer que ficasse assim - disse Alvo - ele não iria querer que você ficasse triste, as coisas só estão a piorar, e com você sem esperanças não ajuda em nada.
_ envergonha nosso nome agindo assim, por Merlin, Lily você já tem 10 anos - disse Tiago - tem que perceber que o mundo não é fácil e que coisas assim acontecem, principalmente quando se vive sobre a sombra de um sobrenome amaldiçoado como o nosso, desde criança sou perseguido pela imprensa, não digo que gostei de inicio mas aos poucos fui me acostumando e por algum tempo gostei da fama, mas também sempre soube que todos os meus atos refletiriam no papai, o atingiriam de alguma forma. Soube desde sempre que nunca teríamos paz, e que a qualquer momento um comensal poderia entrar em casa e matar o papai, a mãe ou então um de vocês, acha que chorei quando descobri que isso era possível? Fiquei triste ou agindo feito um bebê, não, eu fui forte, e era assim que deveria ser agora.
_ você não sabe o que estou sentindo - disse Lily se levantando - você não sabe o que foi o ver ir com aquelas pessoas, se despedir da gente como se nunca mais fossemos vê-lo, você não viu como eram, não foi a você que uma varinha foi apontada, não foi a você que quase um feitiço atingiu, eles me atacaram Tiago, a mim que sou uma criança, imagina como seria se tivesse sido o papai, imagina o que ele passa sabesse Merlin onde com aquelas pessoas, ele pode estar sendo torturado, não possuo um sentimental do tamanho de uma colher de café como você, do jeito que fala parece que não o ama, parece que não sente falta dele - ela olhara para Alvo e depois para Tiago - nenhum de vocês dois parece sentir.
Lily se erguera do muro, o pulando em direção ao lado de fora dos terrenos da família Weasley a caminhar pela estrada coberta de neve. Alvo olhara para o irmão e dissera em meio a sussurros:
_ agora sei o motivo de a Narcisa te odiar - disse Alvo - tens os modos e a delicadeza de um Trasgo desembestado quando fala com as mulheres.
_ vai à merda Alvo - disse Tiago - devemos ir atrás dela não acha?
Os dois caminharam pelo mesmo lugar ao qual a irmã fora, mas, no entanto a haviam perdido de vista, fora quando escutara gritos vindos de um caminho da floresta que dava para o rio, os dois correram ambos com as varinhas em punho, quando chegaram a uma clareira onde puderam ver Lily caída ao chão e um unicórnio a empinar sobre as patas traseiras e a furioso, o seu ocupante um jovem loiro tentava a dominar a fera que começara a saltar para no fim derrubar-lo e sair em disparada pela floresta.
_ nunca mais monto num besta destas - disse o garoto que se erguera e tirando o capacete de jóquei pode se vê ali vestido em roupas de hipismo um velho conhecido - ouviu bem Lorcan, nunca mais me venha com idéias sobre como unicórnios são animais dóceis pois eu quase morri aqui.
_ ora Andy - disse o outro gêmeo a sair de trás de umas arvores montado em um unicórnio castanho - eu te avisei para... Hei Alvo, Tiago! Como estão?
_ Lorcan? Lysander? - disse Alvo olhando o amigo que descera do unicórnio, estava vestido com roupas feitas de couro de dragão e um chapéu de cowboy, como um ator de filmes de faroeste e desviando o olhar para o outro amigo que se aproximava de onde a pequena ruiva havia caido - o que fazem por aqui?
_ nosso avô mora aqui perto, lá naquelas colinas - disse Lorcan - você deve conhecê-lo Al, seu nome é Xenophillius Lovegood. E nosso pai nos deu de presente esses unicórnios, na verdade não são totalmente unicórnios puros, são mestiços, foram cruzados com cavalos selvagens americanos, ganharam mais resistência e habilidade para saltos e corrida, no entanto são um pouco ariscos.
_ ariscos? São quase rabo-corneos húngaros - disse Lysander que notara a garota ruiva ainda no chão ao tentar se levantar se aproximara dela e lhe estendera a mão - quer ajuda? Espero que não tenha se machucado.
_ estou bem - disse Lily a recusar a ajuda dele e a se levantar sozinha - devia ter mais cuidado, se não sabe cavalgar nem tentasse, ou então procure alguém para te ensinar.
Lysander olhara Lily espantado com o jeito rude como ela o tratara, Tiago se aproximara da irmã e ela se afastara, ótimo pensara, mais uma que o estava odiando, deveriam abrir um grupo alto intitulado “Potter Fede” como haviam feito para seu pai na época de escola. Os três irmãos mais os gêmeos retornaram para A Toca, com Lily muito a frente dos quatro. Alvo contara tudo o que acontecera, e por mais que o fato do pai de seu amigo ter sido “seqüestrado” parece que o que mais o deixara Lysander pasmo fora o jeito com Tiago falara com Lily.
_ como pode dizer uma coisa dessas? - disse Lysander - ela está sofrendo e você em vez de confortá-la tentar melhorar o animo dela fala isso? Agora sei o porque da Narcisa te odiar tanto.
_ oh... Merlin, como pode todo mundo está sabendo do lance do Beco Diagonal? - disse Tiago a encarar o céu nublado - devo melhorar minha imagem.
_ quer que eu fale com ela Al? - disse Lysander - posso tentar ajudar, de alguma forma.
_ pode, mas por que faria isso? - disse Alvo - você nem a conhece direito...
_ ah... quero me redimir por quase a ter matado hoje - disse Lysander e Alvo pode notar as bochechas dele a corar um pouco - posso?
_ não custa nada mesmo - disse Alvo - hei o que é aquilo lá?
Alvo avistara uma confusão a porta d’A Toca, onde berros podiam ser ouvidos, se aproximaram e puderam ver um ruivo e um loiro a discutir a altos berros e algumas pessoas a observar entre elas estavam Fred que torcia fervoroso para que Scorpio metesse logo um soco em Hugo, Roxanne já torcia para o primo, ambos faziam apostas, Rose saira da casa com a cara corada e caminhando pelo caminho coberto por uma grossa camada de neve onde seus pés afundavam e a dificuldade para andar era imensa, ela chegara onde estava o irmão e o Scorpio.
_ Vocês não tem o direito de vir a nossa casa - disse Hugo - tenho certeza de que estão envolvidos nisso, seu pai era o único fora os membros da família a conhecer o lugar, são ratos sujos como meu pai sempre disse, e por causa de vocês o nosso tio está desaparecido e meu pai foi ferido gravemente, e agora vem aqui como se nada tivesse acontecido? Pegue seu pai filhote de doninha albina e volta pelo mesmo caminho que veio.
_ agora sei que falta de educação pode ser genético - disse Scorpio - escuta Weasley, vim aqui acompanhar meu pai, que diferente do que você pode pensar não tem nada haver com isso e outra estou aqui também para ver o meu melhor amigo, que caso não saiba é seu primo, quero saber como está depois que o pai simplesmente sumiu, então se tiver um pouco de bom senso fique longe - disse Scorpio virando de costas e caminhando em direção a casa - não vou atrapalhar em nada sua vidinha miserável enquanto estiver por aqui pode ter certeza - ele olhara para Rose - e isso serve para você também.
_ Scorpio? - disse Alvo olhando o amigo e caminhando até ele juntamente com os Gêmeos - o que faz aqui?
_ vim te ver Al... - disse Scorpio, ele encarara por cima do ombro do amigo Hugo a corar até as orelhas e Rose o tira-lo dali antes que falasse algo, o loiro não pode deixar de sorrir arrogante frente a cena - vim aqui com meu pai, ele disse que talvez tivesse uma informação importante que poderia ajudar a achar o seu pai Alvo.
_ serio? - disse Lilian que se aproximara - ele realmente sabe de algo?
_ deve saber... - disse Scorpio - e você quem é? É a irmãzinha do Al?
_ irmã caçula do Alvo e do Tiago - disse Lilian - nada de “irmãzinha”, e você é quem?
_ Scorpio Malfoy - disse Scorpio a oferecer sua mão à garota - é um prazer enorme conhecê-la
Os dois apertaram as mãos, e Tiago reparara um pequeno sorriso brotar nos lábios de Lilian, o que seria aquilo? Não era muito normal dela sorrir quando conhecia alguma pessoa, um pensamento surgira a mente do ruivo que a sacudira, tentando afastar os mesmos dela, seria o fim se sua irmã acabasse se apaixonando pelo Malfoy, apesar que ele não era a melhor pessoa para falar, já que ele mesmo havia se apaixonado por uma. Rose encarava a cena como se sentisse algo a revirar seu estomago, o fato é que Tiago não fora o único a pensar aquilo, ela também pensara.
_ então não sei vocês, mas estou a congelar aqui - disse Fred que se encontrava a entrar pela porta - e como não teve uma briga de verdade apenas bate-boca estou a me retirar, queria ver se o Malfoy faria o Hugo chorar feito uma garotinha.
_ isso que é amor entre primos - disse Roxanne - você deveria ficar do lado da sua família não acha?
_ sim, e eu fico - disse Fred - quando a pessoa em questão tem alguma chance de vencer, o Hugo é bem lerdo para isso.
_ parem de falar de mim como se eu não pudesse ouvir - disse Hugo que aparecera ao lado da irmã - vamos para dentro, quero ver se a vovó já fez um pouco de chocolate quente.
O grupo de primos e amigos entrara na casa, Alvo pode notar os olhos curiosos dos seus três amigos, parecia que para aqueles que estavam acostumados com o luxo de suas mansões a humilde residência da família Weasley parecia um lugar um tanto curioso. Os olhos de Scorpio se perderam nos relógios que possuía muitos ponteiros com fotos dos membros da família, no lugar dos números havia palavras que indicavam onde cada um se encontrava, eram dois um possuía as fotos dos filhos e dos membros mais velhos da família, havia ponteiros até dos genros e cunhados como Hermione e Harry. Os netos possuíam um só para eles, e a maioria apontava para a palavra casa, apenas três se mantinham em lugares diferentes, dois estavam na escola e um estava em viagem pode ler seus nomes neles. Lorcan parecia intrigado com uma coruja muito pequena que repousava sobre um poleiro, ele a cutucara pois tivera a idéia de que poderia ser empalhada a sua surpresa fora a pequena ave a lhe picar o dedo e o sangue começara a escorrer.
_ Pichi não - disse Rose pegando a coruja e a retirando do poleiro - ela é muito temperamental, papai disse que é a idade.
_ ah... Tudo bem, sabe dizem que se uma coruja te pica isso é um bom sinal - disse Lorcan - diz que terá sucesso ou nos estudos ou no trabalho.
_ quantas corujas precisam picar os jogadores da Sonserina para que eles ganhem alguma coisa? - disse Tiago fazendo todos rirem com exceção do quarteto Sonserino - calma ai, foi uma piada.
O grupo ouvira barulhos vindos de andares acima, parecia a voz de seu Tio Rony a gritar, pensou Alvo, sabia que poderia ser isso, afinal de contas todos haviam desaparecido da casa, no piso inferior apenas se mantinham as crianças, todos os adultos deveriam estar reunidos em algum dos quartos num dos andares superiores. Tiago encarara Alvo com uma expressão preocupada e ao mesmo tempo curiosa, o irmão lhe fizera um sinal com a cabeça a concordar, ambos os Potters subiram as escadas tortas e velhas até onde sabiam que os parentes poderiam estar.
Alvo e Tiago pararam em frente a uma porta que dava para uma biblioteca feita por Hermione para o estudo dos filhos. Logo surgiram ao subir as escadas os outros, quase a colocar os pulmões para fora.
_ aposto como está com o Abaffiato - disse Rose - eles não seriam burros o bastante para fazerem uma reunião da ordem em uma sala sem nenhuma segurança, com qualquer um a poder ouvir, seria ridículo.
_ nos estávamos a ouvir lá de baixo - disse Fred - com certeza que não está sobre esse feitiço - ele sorrira maroto e abrira caminho entre os outros - muito bem quem quer orelhas extensíveis? - disse Fred distribuindo uma orelha para cada um - sabia que andar com tantas por ai seria útil.
_ você as vende na escola, junto com o kit mata aula - disse Roxanne a revirar os olhos - alias temos que aperfeiçoar o olho enxerido e o dedo duro - disse para Fred que concordara - esses novos logros vão ser demais.
_ quietos os dois - disse Alvo que tentava a ouvir o que se dizia na biblioteca e com perfeita nitidez pode ouvir o que se dizia na sala ao lado.
_ então explique Malfoy como encontraram o Harry? - disse a voz de Rony em um tom ameaçador e num tom mais alto que o normal - era o único alem de nos, a saber, que o Harry estava naquele lugar, e então quatro fugitivos de Azkaban nos cerca em uma armadilha nas Gemialidades Weasley e se passam por nos para ir atrás dele e da família, suspeito não acha?
_ você e seu irmão realmente puxaram a seu pai - Alvo pode ouvir Scorpio a dizer a Rose - é muito parecido com o discurso do seu irmão agora pouco.
_ eu não disse nada Weasley, quantas vezes vou ter que repetir para ver se seu cérebro insignificante capta essa informação tão simples? - Tiago ouvira a voz de Draco em um tom calmo e arrastado - não foi por mim que eles descobriram a localização do Potter, foi outra pessoa que pode ter dito algum de vocês quem sabe? Uma poção da verdade e o feitiço de alterar a memória e vocês esqueceriam tudo, é bem possível de isso ter acontecido.
_ você disse sobre alguma coisa que aconteceu no dia da Batalha de Hogwarts, a alguns anos - Rose ouviu a voz da mãe a soar calma - por mais que tenhamos querido que o Harry nos contasse ele não o fez, diga agora o que era, e se isso tem haver com os comensais estarem atrás dele?
_ esperta como sempre não Granger? - disse Draco e Alvo pode ouvir os passos do professor pelo assoalho do escritório - todos aqui se lembram da reunião que tivemos em agosto? No Caldeirão Furado estou certo? Pois naquele dia eu desconfiei do comportamento do Potter... e entrei na mente dele para ver se havia algo que ele não nos contara.
_ e descobriu algo? - a voz de Gina soara com raiva - diga o que descobriu, o motivo pelo qual o levaram?
_ sim, eu acho - disse Draco - ele não perdeu a pedra da ressurreição na floresta proibida - houve alguns momentos de silencio quando Draco recontinuara a falar - a pedra ainda se mantinha no anel dos Peverell quando Harry a usou para rever seus membros queridos antes de se encontrar com o Lord das Trevas, para “ser morto por ele” , e depois disso ele disse que a soltou e ela se perdeu não é mesmo? Pois se enganam, ela continuou no bolso dele e depois da batalha ele a usou para olhar por uma ultima vez todos aos quais morreram por ele, me surpreendi por ele não ter chorado quando olhou ali todos - Draco dera uma risada sem graça - depois disso, ele jogara a pedra no lago, ou seria melhor dizer escondeu no lago.
Alvo possuía a face pálida, um anel, pedra da ressurreição, lago. Palavras soltas, mas que para ele eram comuns, como lembranças de vários períodos no seu primeiro trimestre em Hogwarts, ele sabia do que se tratava, o motivo de tudo o que acontecera a sua família, e talvez quem sabe em Hogwarts era simplesmente aquilo, um anel, algo insignificante que usara por um tempo nos dedos, algo que parecia não ter muita importância, mas que era o causador de tudo, e ele estava com Teddy no momento, talvez fosse por isso que vira o jovem professor tão estranho, ele talvez descobrira que aquilo era muito mais que uma simples jóia.
Tiago pode ver o irmão a soltar a orelha extensível que usava e caminhar apressado para os andares inferiores, ele resolvera o seguir, pois conhecia o irmão e sabia quando ele iria fazer algo errado. Scorpio, Rose e os outros o seguiram junto ao ruivo pelo mesmo caminho que Alvo seguira. Alvo estava a mexer em alguns vasos sobre a lareira quando encontrara o que encontrava um velho pote de bronze que continha uma grande porção de um pó verde água cristalino.
_ Alvo sabe alguma coisa do que eles estavam falando? - disse Rose.
_ até parece, tudo aquilo é loucura - disse Tiago - pedra da ressurreição? Quem diabos vai acreditar numa coisa dessas, só existe mesmo no conto dos tres irmãos, esses comensais são mais idiotas do que pensei.
_ não, ela existe - disse Alvo - eu sei, eu a vi, e acho que realmente funciona.
_ você acha? - disse Scorpio - Alvo tem certeza de que está bem.
_ sim - disse Alvo - e acho que sei o que posso fazer para ajudar - Alvo mostrara um punhado de pó de flu em sua mão - e não tentem me impedir.
_ pó de flu? - disse Tiago - Alvo para onde você vai?
_ para a Hogwarts - disse Alvo pegando uma porção e entrando na lareira que aumentara de tamanho para suportar o garoto - Teddy está com o que eles querem, talvez se entregarmos eles libertem o papai.
_ são comensais Alvo, comensais não libertam pessoas - disse Lysander - e também não são as melhores pessoas para fazerem tratos.
_ tem uma idéia melhor? - disse Alvo a encarar Lysander - então calem a boca, estou cansado de deixar as coisas acontecerem e não fazer nada para mudar.
_ eu vou com você - disse Tiago - você é meu irmão mais novo, é minha responsabilidade cuidar de você, já chega de perder pessoas importantes para mim - Tiago pode sentir todos a olhá-lo - você quase morreu aquela vez do salgueiro e eu me senti péssimo com aquilo, imagina se tivesse acontecido? Sentiria-me culpado por não está lá para te proteger, já te disse isso uma vez mais, vocês são a coisa mais importante para mim, ok? Posso ser grosso às vezes, falar coisas que não deveria dizer, mas eu só quero o bem de vocês.
_ também quero ir... - disse Lily dando um passo à frente.
_ NÃO - disse Alvo e Tiago em uníssono.
_ pode ser muito perigoso - disse Tiago - o mais certo é apenas eu e o Alvo irmos.
_ está brincando né? - disse Scorpio - quer dizer que vamos ficar fora dessa aventura? Não mesmo.
_ sinto muito Scorp - disse Alvo, ele olhara para o irmão - te vejo lá - ele jogara o punhado de pó na lareira - Cabeça de Javali, Hogsmeade.
E as labaredas verdes avançaram por seu corpo sem queimar e Alvo sorrira para Tiago e os outros antes de ver a sala da casa de seus avos desaparecer e em um rodopio surgira em um lugar diferente.
Tiago encarara a todos esperando que alguém falasse algo, mas todos o encaravam com seus olhos fixos nele, estavam preocupados com o que aconteceria era nítido. Os barulhos no andar de cima indicava que a discussão aumentara muito a ponto que não se fosse necessário orelhas extensíveis para ouvir o que acontecia, os gritos e acusações de Rony Weasley, Hermione tentando controlar o marido, e um barulho sufocado que Tiago identificou como um choro reprimido de sua mãe, ela tentava ser forte para os filhos, mas Tiago já a pegara chorando sozinha de noite, era nesses momentos que se odiava por não ser um membro da ordem, claro faria parte dela quando atingisse a maior idade, mas o que importava se dali a dois anos ele fizesse parte, ele queria está lá fora ajudando os outros a encontrar seu pai, mas estava ali, a encarar o fogo verde que ainda cintilava na lareira. Tomara o mesmo caminho do irmão.
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