Godric’s Hollow
Godric’s Hollow
Harry se encontrava em sua casa, mais especificamente em uma poltrona frente a lareira, sobre seus olhos verdes repousava uma expressão seria, eram poucas as vezes que Harry ficara assim, e era a primeira vez em anos que temia pela vida daqueles que amava, mais do que nunca agora, e tudo pelo seu egoísmo, tudo por erros que cometeu, na verdade o seu segredo era o causador de tudo aquilo. Ele retornara a leitura do jornal, ao qual ia para a quarta vez lida aquele dia. Na capa da matéria em meio a letras que mudavam de posição se podia ler o titulo e na lateral uma foto de Tiago, seu filho mais velho, foto ao qual se encontrava no álbum de família, ele estava vestindo o uniforme de quadribol e sorria, Harry se manteve a focalizar o rosto do filho mais velho, o quanto sentia falta de seus garotos era algo que ninguém poderia imaginar, mas ele teria que permanecer em silencio sem escrever, pelo menos assim as coisas poderiam não piorar para o lado dele.
O que está acontecendo em Hogwarts?
A Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, entre muitas a mais famosa e que por vários séculos vem formando Bruxos aos quais muitos tiveram seu nome marcado na Historia tanto mágica quanto a Trouxa, entre eles o nosso querido e estimado herói, aquele ao quais muitos ainda chamam de o eleito, ou o menino que sobreviveu, apesar de anos terem se passado aos quais ele veio a se casar e teve filhos, que tiveram suas vidas registradas passo a passo pela imprensa, e o que nos considerávamos uma família perfeita, um exemplo para aqueles a se seguir, se mostra duvidoso a índole de alguns membros, muitos aqui ainda se lembram do ataque que Harry Potter sofrera em sua antiga casa no Largo Grimmauld, muitas historias sugiram desde aquele dia, muitas dizendo o envolvimento daquele que derrotou Voldemort está envolvido com coisas sombrias, com a Arte das Trevas, outro membro no entanto, tem feito coisas que mostram que nem tudo pode ser tão perfeito, se trata de Tiago Sirius Potter, o filho ao qual veio a receber o nome de dois importantes membros da Ordem da Fênix, o pai e o padrinho de Harry, Tiago Potter morto ao tentar proteger sua família e Sirius Black que passara vários anos em Azkaban mesmo sendo inocente, a participação de ambos fora de estrema importância para a primeira grande guerra bruxa contra Lord Voldemort, mas não estamos aqui para discutir historias passadas, o meu trabalho é a busca e a transmissão de fatos ao quais muitas pessoas desconhecem, como é o caso dos acontecimentos que vem atingindo a escola a qual deu introdução a essa matéria, como sabem desde a posse de Minerva McGonagall que as coisas vem mudando em Hogwarts, para começar que um professor de defesa contra a arte das trevas permaneceu por mais de um ano lecionando, muitos ex alunos e alunos devem ter ouvido sobre a maldição desse cargo.
No entanto esse ano uma nova pessoa assumiu a cadeira, essa pessoa causou varias discussões devido aos fatos que correram anos atrás, vindo de uma família com o nome manchado e com o passado escurecido pelo envolvimento com comensais da morte, seu nome devem se perguntar? Para aqueles que não sabem, Draco Lucius Malfoy assumiu o posto, em minha opinião fora um tanto arriscada, pois da ultima vez que um ex seguidor das trevas lecionou em Hogwarts, uma tragédia marcou a historia do castelo, a morte de um dos mais amados diretores da escola, cuja vida fora tirada por um dos homens que mais tinha confiança, sempre lembraremos dos erros cometidos por Dumbledore em confiar em Severo Snape.
E quando um comensal retorna a escola no cargo de professor se iniciam misteriosos ataques em Hogwarts, mas o principal suspeito desses ataques pelo incrível que possa parecer, se trata do filho mais velho dos Potters.
Tiago está sendo acusado de ataques nos últimos três meses, cujo quais possuem como vitimas pessoas próximas a ele, sendo uma delas sua prima, o que terá acontecido com o ídolo da Grifinoria? O qual muitos diziam que seguiria nos mesmos passos do pai? Talvez seja verdade o que digam, talvez o filho não possa ser como o pai...
Estive em Hogsmeade há alguns dias, sobre a missão de entrevistar a ultima vitima do ataque, um garoto do mesmo ano que Tiago que soube por fontes seguras que ele e o garoto tinham uma rivalidade devido ao fato de que ambos disputavam o coração da bela Narcisa Malfoy, isso explicaria o declínio de Tiago para a arte das trevas, talvez essa nova amizade esteja alimentando os alimentos obscuros do garoto por poder, talvez esteja cego pelo amor, sendo dominado pelo ciúme, muitos dos leitores tem que concordar, que quando estamos apaixonados fazemos loucuras, mas como ia dizendo estava no tão famoso vilarejo próximo a escola em dia de visita dos alunos, meus olhos bateram em Tiago assim que ele descera da carruagem e minha surpresa na hora fora grande tal como minha sede por descobrir o que ele e Narcisa Malfoy, dois filhos de inimigos declarados estarem juntos como um casal num encontro romântico? Mas isso logo mudara, ambos tomaram cada um seu caminho, sendo que resolvi por seguir Tiago pois era dele que os boatos falavam, e era ele que meu instinto interno dizia para seguir, os talentos que adquiri com o tempo fez com que passasse despercebido pelos olhos do garoto, o segui até o Três vassouras onde passou um tempo conversando com sua prima e o namorado da mesma, enquanto isso me mantinha concentrado na imagem do rapaz, tentando imaginar como tal podia ser culpado dos atos de que era acusado, em meio é lógico a alguns goles de cerveja amanteigada meu pensamento voava sobre as acusações que aquele menino sofrera, realmente, talvez fosse pela admiração que sinto pelo pai dele, mas minha mente não conseguia ligar os fatos, não conseguia... Talvez tenha me enganado mais uma vez.
Aquele passeio parecia como o de muitos estudantes, não nego o fato de ter ficado entediado ali por um tempo, eis que minhas esperanças se renovam, vejo três garotos eles eram Narcisa Malfoy, Tiago Potter e Fred Weasley a pular a cerca que mantinha os visitantes de Hogsmeade fora dos terrenos da Casa dos Gritos, por mais que considerasse aquilo no Maximo uma das muitas travessuras que adolescentes aprontam, os seguira para dentro da casa que possuía o titulo de mais mal assombrada da Grã-Bretanha.
A casa era velha e empoeirada, papel de parede rasgado e assoalho solto, no entanto venho a confessar que não foi o pior lugar ao qual estive, eu via aquele lugar como uma possível hospedagem para férias perto de outros lugares que fora obrigado a dormir devido a minha profissão.
Subira as escadas até o segundo andar, e me ative a procurar pelos quartos alguma pista que pudesse atrair aqueles garotos até ali, em um dos quartos encontrara algo que não esperava, ali havia um laboratório improvisado com caldeirão, ingredientes e frascos, os outros quartos ainda mais surpreendentes, parecia que alguém os habitava, e em um deles vim a encontrar livros que falavam sobre a Arte das Trevas, feitiços e rituais para se comunicar com os mortos, por Merlin, ao ver aqueles livros me perguntei com o que eles estavam se envolvendo, pois o conteúdo que se escondia naquelas paginas eram algo com o qual não se deve brincar.
Minha presença pode ter sido notada, pois logo os garotos saíram da casa como se tivessem visto as assombrações que dizia a lenda ali se encontravam.
Dirigi-me ao castelo, e minha conversa com o jovem senhor Matthew McLarren se realizara, ele me contara suas desavenças com o Potter e o quanto este o odiava a ponto de tentar matá-lo, segundo ele, mais de uma vez, uma inclusive na frente de outros alunos no lago, o que resultara na detenção que ambos sofreram e na qual houve o segundo ataque, ele sofrera muito na recuperação, e se mostrava ainda debilitado e confuso em certos pontos da sua narração, mas o garoto continuara, dissera com palavras claras o duelo que tivera com Tiago e como ele o humilhara, “nem um animal faria as coisas que ele fez comigo, foi não só horrível, mas cruel, ele me torturou, me deixou sangrar enquanto rira da minha cara, seu riso, aquele riso maldito, e enquanto sangrava, ele me batera com os próprios punhos e me socara, nunca fiz nada que pudesse ser merecido tanto ódio, nada... assim como a Molly nunca fez nada para que ele fizesse aquilo com ela, ele praticamente tentou violentá-la? Não sei o que está havendo, mas sei que ele é o responsável, nunca pensei que ele pudesse fazer isso, talvez a convivência com os Malfoys esteja fazendo isso”.
Despedira-me do garoto, minha consciência me dissera que não poderia exigir mais nada dele, desse modo, me retirei da enfermaria, encontrei com um grupo nos corredores, eram alunos do primeiro ano, alguns possuíam o aspecto diferente, se encontravam enlameados, e um desses possuía a face marcada por bolhas do tamanho de enfeites de natal, e mais um que possuía as pernas a mostra devido à ausência de calças, e mais adiante encontrei um corredor devastado, mais parecendo um campo de batalha medieval, repleto de lama, coisas fora do lugar e algumas estruturas destruídas e danificadas.
Dizia meu pai que os funcionários e membros de um grupo são um reflexo dos lideres, Hogwarts estava um caos, mas isso já havia acontecido outras vezes, a pergunta é se isso viria a ser passageiro, o seria o inicio do declínio de McGonagall, em minha opinião, por mais que admire a professora em questão, creio que aos meus olhos a antiga professora de Transfiguração de Hogwarts se mostra incapaz para arcar com um fardo tão pesado que viesse se tornando aos poucos a escola.
Retornara horas após a casa dos Gritos, aonde vim a ver para meu desagrado que as coisas haviam desaparecido, como se alguém ali teria saído às pressas, ou como se fosse outro local diferente do que tivera há pouco.
Minhas investigações lentamente apontam para uma possível e indesejável descoberta, a confirmação de que nem mesmo Harry Potter e sua família estão livres de segredos sombrios, de contatos com o obscuro, temo por isso se confirmar realmente, pois seria doloroso ver o símbolo do mundo bruxo se revelar uma mentira, uma mascara...
Segredos rondam a família Potter, mistérios, e alguns boatos vão dando forma a realidade indesejável, seria que Harry Potter, ou um de seus herdeiros estava tomando o caminho das Artes Proibidas? Destinado a se tornar aquilo que um dia fora derrotado? Um nosso Lord das Trevas estaria prestes a surgir?
Tudo isso se iniciara aquele dia do ataque a mansão, palavras sem respostas surgiram ali, objetos misteriosos que seriam a causa de tudo, a verdade até então se mantém desconhecida, mas isso não será por muito mais tempo.
_ como assim estamos envolvidos com as Trevas? - disse Harry para si mesmo - minha família nunca se envolveria com nada parecido, e que negocio é esse do Tiago está afim da filha do Malfoy? Isso é um monte de mentiras... Só pode... quem escreveu esse lixo? - ele lera o nome do autor da entrevista - Salamander Quizz, quem mais poderia ser...
Harry rasgara o exemplar do Profeta Diário e os jogara na lareira, com um aceno de varinha os pedaços de pergaminho onde antes se exibia o rosto de Tiago iam se tornando cinzas ao lado da matéria escrita, Harry retirara os óculos e esfregara os olhos, a mais de um dia permanecia acordado, por mais que tentasse a imagem de Greyback atacando sua filha sempre vinha a sua mente quando fechava os olhos, quantas foram às vezes Gina o surpreendera aqueles últimos meses vigiando os corredores ou a encarar a rua a espera de alguém, a verdade é que temia pela sua família, temia que um erro que cometeu no passado fosse o responsável pela destruição de tudo que amava, porque ele não destruira a pedra? Por quê? Após ver aqueles que amava e perdera, após ver todos por uma ultima vez e poder se despedir, fora um erro, por Merlin como queria ter um vira-tempo em mãos para retornar aquela maldita noite. Harry se deixara na poltrona de modo esparamando pouco ligando para as vestes que amassava, fora quando alguem entrara no escritório e Harry pode reconhecer mesmo sem os óculos que era Rony, pois sua vista apesar de embaçada reconhecia os traços do amigo, em principal seus cabelos ruivos, ele recolocara o óculos e vira a feição seria do amigo.
_ algum problema Rony? - disse Harry com um olhar indagador - não viria até aqui atoa.
_ quero saber o que o Malfoy falou aquele dia Harry - disse Rony se sentando em uma poltrona em frente ao amigo - ele te deixou inquieto desde então, foi o motivo pelo qual você parou de escrever para os garotos?
_ não foi isso - disse Harry levando a boca um gole de firewhisky - quero protegê-los Rony, e esse é o melhor jeito.
_ não sei se o que parece ser é realmente, pode parecer que os protege, mas só está os colocando em mais perigo, com eles ficando sem saber o que acontece, livres para serem atacados a qualquer instante - concluira Rony.
_ quem está ai? - disse Harry ao notar o movimento em sua casa - pensei que viessem apenas você e a Hermione.
_ Jorge e Percy vieram juntos - disse Rony - mas como eu ia dizendo, me conte o que o Malfoy falou aquele dia para você, sou seu melhor amigo pode confiar em mim.
Harry encarara o amigo, realmente não teria mal algum e falar para ele, se havia alguém em quem ele poderia contar o que aconteceu aquele dia na Batalha era para Rony, ele não o julgaria como os outros fariam, pelo menos era assim que pensava.
Gina lavava a louça do Almoço, ela estava terrivelmente incomodada com o olhar de Jorge sobre ela, seu irmão se encontrava sobre o balcão e a olhava de um modo estranho, como que a cobiçando, lhe despindo com os olhos, por mais que aquela pudesse ser uma brincadeira de Jorge não tinha graça, Jorge bebia uma garrafa de cerveja amanteigada mas seus olhos penetravam cada vez mais a fundo na ruiva, seus olhos se perdiam nas curvas, o cheiro que ela possuía o fazia enlouquecer aos poucos, como uma droga, como ele queria poder te-la para ele, mas recebera ordens para que não tentasse nada, sua função era vigia-la apenas.
Lilian passara no corredor de sua casa, apesar da idade Lily sempre gostara de ler, e seu lugar favorito para fazer isso era nos jardins, infelizmente o tempo se tornara inamistoso e ela teve que retornar antes que a chuva caísse, ia para o seu quarto, ele ficava próximo ao de Harry e Gina mas quando já estava com as mãos na maçaneta ouvira murmúrios vindos do quarto ao lado, seu tio Percy que ao lado de sua tia Hermione buscava algo no quarto do casal, o homem de cabelos ruivos ralos e rosto fino e comprido revirava uma prateleira de livros e objetos enquanto que com toda a calma Hermione mexia no armário de roupas, a ex Grifinoria parecera realmente interessada em um vestido rosa que Gina possuía pois o colara frente ao corpo e se admirara no espelho ao imaginar como ficaria com ele, o mais estranho pensou Lily, era que a tia havia dado aquele vestido a sua mãe, e outro fato era que Hermione odiava aquela cor. Percy encarara Hermione por sobre os óculos e revirara os olhos, e com a voz em tom cansado disse:
_ não temos tempo para isso - disse Percy - fomos mandados a esse lugar por conta do anel, é ele que interessa ao mestre, não vestidos - ele arrancara o vestido das mãos de Hermione que resmungara algo qualquer.
_ mas não entendo os motivos para o mestre querer algo tão simples - disse Hermione - poderíamos ter atacado o ministério se já quiséssemos, conheço pessoas que adorariam colaborar com a causa.
_ ele não quer tomar o ministério - disse Percy - ele quer algo muito maior do que o domínio do nosso mundo, mas os planos dele são demais para você não é mesmo Umbridge?
Os olhos de Lilian se arregalaram naquele momento, aquele nome, era o mesmo nome que a mulher que atacara sua antiga casa possuía, por Merlin, não poderia ser ela, ela não poderia ter descoberto onde moravam, ou poderia?
_ tem certeza de que está por aqui Rasbatan? - disse Hermione - ele não seria burro de guardar essa coisa aqui, deve está em Hogwarts mesmo.
_ não tivemos sorte em Hogwarts, estamos lá há tempos e até agora tudo que conseguimos foi nada, apenas atrair um pouco de atenção - disse Percy - e creio que estão começando a suspeitar de que nos estamos envolvidos nos ataques, a verdade é Dolores que não podemos continuar a muito mais tempo com isso.
_ quanto tempo temos? - disse Hermione - a poção dura uma hora, mas e se aqueles malditos de quem tomamos os rostos conseguirem se livrar da armadilha que armamos para eles?
_ eu não sei - disse Percy - por isso que temos que ser rápidos, Rodolfo e Greyback estão lá, vigiando o casal Potter enquanto falamos, e deveríamos estar falando menos e agindo mais não acha?
_ sim - disse Hermione se mirando um pouco mais no espelho - sabe, até que para uma sangue-ruim a Granger é bonita, lembra um pouco de como eu era na minha juventude.
_ farei de conta que acredito - disse Percy - mas é, ela até que daria um belo banquete - ele encarara o corpo de Hermione de cima a baixo - sempre gostei de garotas mais novas do que eu, lembro da irmãzinha da Bella, a Andrômeda, ela era muito gostosa, mas preferiu aquele maldito sangue-ruim a mim - ele socara a mesa - mas ele teve o que mereceu - ele sorrira - foi um prazer imenso matar Ted Tonks.
_ sabe, poderíamos nos divertir um pouco - disse Hermione abraçando o cunhado por trás e cochichando em seu ouvido docemente - eu poderia te ensinar o que uma mulher mais velha é capaz de fazer.
_ cai fora Umbridge - disse Percy se desviando dos braços de Hermione - ainda não perdi a sanidade - fora quando ele notara a garota que os observava pela fresta da porta - olha o que temos aqui? Tudo bem florzinha?
Hermione lançara um feitiço que atingira por pouco os olhos da garota, o feitiço atingira a parede e o local se chamuscara, no andar de baixo pode ser ouvido o barulho que a magia causou.
Lilian correra para o quarto e trancara a porta se escondendo em seu armário, Percy e Hermione saíram do quarto do casal e tentavam arrombar a porta branca e com borboletas de Lily, mas em vão, lagrimas de medo corriam os olhos da pequena ruiva enquanto ela se encolhia mais a parede do móvel, no andar de baixo Gina escutara os ruídos vindos do cômodo de cima, mas não se importara para ir ver, quando olhara em direção as escadas pode ver Jorge a observar, ele lhe sorrira cobiçoso.
Gina guardara a louça agora, quando desequilibrara e quase caira, sendo amparada por
Jorge que lhe segurara frente ao corpo, o espaço entre ambos era quase nulo, aquela distancia Jorge podia sentir ainda mais o cheiro doce que ela possuía, seus olhos brilhantes e sua boca vermelha e delicada, ele a jogara contra a parede e lhe roubara um beijo caloroso e animalesco.
Harry se mantinha sentado a poltrona de frente a lareira, seus olhos reluziam as chamas do fogo que ainda crepitava, Rony havia se erguido e caminhara pelo escritório, os olhos de Harry o seguiam e enquanto os do ruivo rolavam sobre as fotografias sobre a mesa, numa delas nas quais o senhor e a senhora Weasley se encontravam ao lado da filha e do genro fora a que mais lhe chamara a atenção, sua feição e rancorosa e os olhos estreitos encararam a face da mulher mais velha da fotografia com ódio, aquela mulher lhe tirara tudo que mais amava, como ele queria poder vingar a morte da pessoa mais importante para ele, mas ele ainda faria aquilo. O ruivo despertara dos seus pensamentos quando Harry, o chamara e perguntara:
_ Rony? - disse Harry - você não disse nada do que eu te contei, me diga o que acha sobre isso?
_ primeiramente Harry creio que não deveria ter se livrado do anel após usá-lo - disse Rony - seria um ótimo objeto para se ter em mãos, pode rever todos aqueles que sempre amou, mesmo depois deles terem te deixado.
_ mas seria errado - disse Harry - quando eles são trazidos de volta, eles sentem muita dor, pois não podem se manter por muito tempo no nosso mundo.
_ não seria - disse Rony - eu não acho, não sabe como é, viver a cada dia sem ver a pessoa que mais amou do lado, me diga se perdesse a sua esposa, iria querer sempre ela ao seu lado não é mesmo? Poder ouvir sua voz, seu riso, mesmo sem poder tocá-la... o simples fato de poder se agarrar a ultima lembrança que possui dela, a ultima coisa que sobrou...
_ está se sentindo bem Rony? - disse Harry ao ouvir as palavras do amigo.
_ claro - disse Rony se recompondo - estou ótimo, mas como ia dizendo, não disse o que fez com o anel? Está em que lugar? Na floresta?
_ não joguei no lago - disse Harry levando mais uma vez um gole de whisky a boca - perto daquele lugar onde costumávamos ficar quando estudávamos lembra?
_ claro - disse Rony - como poderia me esquecer, você usaria a pedra novamente? Digo, caso necessário, não teme que alguém a encontre?
_ não - disse Harry - não usaria, e tenho pena se alguém encontrar aquela pedra, objetos desse tipo sempre causam problemas.
_ sabe Harry, você não deveria ter escondido isso por tanto tempo - disse Rony - sabe isso só trouxe problemas para todo mundo, e você sabe que é o responsável por isso, pelos ataques, e o fato de sua família estar em perigo, você tem filhos, deveria cuidar para que eles não se machucassem, deveria tentar acertar toda a bagunça que criou.
_ como faria isso Rony? - disse Harry - não existe jeito, os ataques, sei que sou responsável, mas nada posso fazer alem de tentar descobrir o culpado, apesar de ter certa idéia de quem sejam os responsáveis, desde a fuga de agosto que não temos tido muitas noticias dos Lestranges, da Umbridge e do Greyback, e em uma reunião que tive com os professores em Hogwarts comprovei que eles também suspeitam disso, na verdade... Acho que eles sabem que nos desconfiamos disso.
Rony virara as costas a Harry, a encarar o espelho desviando rapidamente seu olhar a sua mão que tremia, a poção estava chegando ao fim, logo seu tempo acabaria e nada mais poderia ser feito, a não ser fugir daquela casa, mas não sem antes lutar. Da manga do sobretudo do Weasley descera sua varinha sem os olhos de Harry ter notado, em breve caso descoberto atacaria.
A porta do guarda-roupa finalmente fora aberta com um chiado das dobradiças e a luz invadiu o lugar, Hermione com uma voz infantil e de joelhos se dirigira a pequena Lilian que não se movia, perdendo a paciência com a garota lhe agarrara pelos longos cabelos cor de fogo e lhe tirara a força do armário em meio aos gritos da caçula dos Potters, gritos que chamaram a atenção de Harry.
_ Lilian - disse Harry se erguendo de sua poltrona - a algum problema, e desconfio o que seja - ele encarara Rony - quem é você?
_ o que sugere? Eu sou Ronald Billius Weasley - disse Rony - nos conhecemos no nosso primeiro ano de escola quando ainda estávamos no expresso, fomos colegas de quarto, você se casou com a minha irmã e sou padrinho tanto do seu casamento quanto do seu primeiro filho, Harry como pode duvidar de mim?
_ diga, o nome da mulher e dos filhos do Carlinhos - disse Harry - diga agora.
_ bem... Os nomes são... - disse Rony quando erguera a varinha lançando um feitiço que passara de raspão pelos cabelos arrepiados do moreno - Potter... Realmente você é muito lerdo, tínhamos ordens para não levantarmos suspeitas, sermos discretos, mas aqueles idiotas sempre têm que causar problemas para mim, sempre... e olha só bem na hora, logo a poção iria acabar mesmo...
_ o que fez com os verdadeiros? - disse Harry - diga onde eles estão?
O rosto do homem a frente dele se retorcera e se deformara, os cabelos ruivos iam ficando maiores e adquirindo um tom negro, e no rosto pêlos cresciam de forma a cobrir boa parte da face, o homem a frente adquiria o mesmo aspecto que possuía nos cartazes de procurado, ali estava Rodolfo Lestrange. Da lareira surgira em meio as chamas verdes os verdadeiros membros da família Weasley, Rony se pusera ao lado de Harry e ambos iniciaram um duelo contra Rodolfo, enquanto Hermione, Jorge, Percy, Gui e Fleur iam para os outros cômodos atrás do restante dos Potters. Gui e Jorge seguiram para a cozinha onde encontraram Gina que apontava a varinha para um Jorge que começara a se desfigurar, tomando logo mais a face conhecida do velho lobisomem.
_ esse traste tentou me violentar - disse Gina - maldito eu vou dar um jeito nele...
_ mas bem que estava gostando - disse Greyback mostrando os dentes amarelos e podres - pena que foi querer bancar a difícil... Mas logo lhe mostrarei quem manda.
_ fique longe da nossa irmã - disse Gui - há tempos quero lhe dá o troco Lobo e será hoje - o primogênito dos Weasleys lançara um feitiço que fora defendido por Greyback, enquanto Jorge aparava Gina e dizendo para que fosse encontrar Lily e deixasse o lobisomem para eles, a ruiva saiu da cozinha desesperada ao encontro da filha.
_ ainda sente rancor pelo que lhe fiz Weasley? - disse Greyback - sabe que teve sorte em sair vivo aquele dia não é mesmo?
_ você me deixou cicatrizes - disse Gui - mas te deixarei pior do que isso, minha raiva por você aumentou desde o momento em que passou a ameaçar minha família, minha sobrinha e minha irmã? Não deixarei você livre para retornar a fazer isso.
_ não Gui - disse Jorge - o que espera se divertir sozinho? Nunca, veremos se é realmente um lobo feroz, ou se no fundo é apenas um cachorrinho assustado.
As varinhas em punho, Jorge usava de suas azarações enquanto Gui pronunciava feitiços mudos estando em sincronia com Greyback tendo um momento em que finalmente ele fora imobilizado por Jorge que lhe prendera em algo semelhante a uma bolha. Gina encontrara com Hermione no corredor ela estava a negociar com sua versão falsa que apontava a varinha para a cabeça de Lily. No quarto da garota podia-se ver Percy duelar com Rasbatan que retornara a sua forma normal, feitiços ricocheteavam pelo quarto lilás destruindo prateleiras onde existiam antes ursinhos de pelúcia e livros, queimando uma arca onde jaziam brinquedos e fotografias onde a garota estava ao lado dos irmãos, por fim Percy se encontrava exausto preso a parede por magia quando Rasbatan se aproximara e se preparava para lançar o feitiço que lhe mataria, Fleur lhe salvara estuporando o comensal que quebrara a janela caindo do segundo andar. Hermione e Gina encaravam Umbridge que ainda estava sobre o efeito da poção polissuco, ela apontar uma varinha com a ponta incandescente como em brasa próximo ao pescoço de Lily, esta chorava muito, e sentia a dor dos cabelos que eram puxados pela ex-alta inquisidora, Logo se uniu a elas Harry e que com a ajuda de Rony havia derrotado Rodolfo o qual o ruivo amarrara no escritório e estava a vigiá-lo.
_ Olha Umbridge - disse Harry que sabia quem era aquela mulher que se passava por sua melhor amiga - eu quero que você solte minha filha, sei o que vocês querem e ajudarei vocês a conseguir... Desde que deixem minha família em paz.
_ Brava a sua atitude Potter... - disse Umbridge - muito brava mesmo, valorosa... Mas creio que não posso acreditar... Em uma palavra que sai da sua boca...
_ eu irei com vocês... - disse Harry - tenha minha palavra...
_ hei Weasley - disse Umbridge que se virara para Gina - acho que isso é seu... - ela praticamente jogara Lily aos pés da mãe - venha Potter... - disse Umbridge que lhe dera a mão para que ele a segurar-se - fez a escolha certa... Espero realmente que pretenda nos ajudar - ela olha para Lilian que tremera ao olhar da mulher - do contrario sua família estará em piores lençóis do que já estão...
_ não se preocupe Lilian - disse Harry que limpara as lagrimas da filha e lhe dera um beijo - tudo ficara bem, estarei com você sempre... Por mais longe que possa parecer... Meu pensamento sempre estará na minha família.
Harry se virara para a mulher, Gina o encarava a beira das lagrimas, o marido estava indo com aqueles que o odiavam, e pela cabeça dela se passavam as piores coisas que podiam acontecer. Harry a abraçara, e ao sentir o abraço e o cheiro vindo dos cabelos negros e rebeldes do marido a ruiva não pode dominar o que sentia e seus olhos se explodiram, e a tristeza da despedida veio à tona.
_ sei que muitas das minhas atitudes você pode não aprovar Gina - disse Harry - mas por mais que queira estar com você e meus filhos, a dor que sinto por abandonar vocês é necessária, prometi que nunca mais deixaria alguém morrer por mim, e tenho me provado um covarde, frente ao fato de que todos os que amo podem morrer e eu estou me escondendo, não... Eu tenho que fazer... Eu tenho que ir com eles... Para proteger-los, tente entender... - nesse momento recebera um tapa de Gina.
_ quando você vai deixar de querer bancar o Herói? Você tem uma família agora não pode abandoná-la assim... Será que não ver... Que nos abandonar é a atitude mais estúpida que já tomou? - disse Gina com o rosto rubro em raiva - será que te perder uma vez já não foi o suficiente? Eu já chorei demais pensando que você poderia estar morto no meu sexto ano em Hogwarts, e quando eu te vi morto nos braços do Hagrid? Meu coração pareceu quase parar, eu te amo, mas...
_ entendo - disse Harry - entendo se não quiser mais me esperar...
_ eu sempre vou te esperar - disse Gina fazendo Harry possuir uma cara de interrogação - deveria saber que era isso que me restava quando me casei com você - Harry lhe acariciara o rosto - mas vê se volta vivo... Não vou criar três filhos sozinha... - ele a beijara, com todo o amor que tinha, como se fosse o ultimo beijo que poderiam dar. Ele pode sentir aquilo que mais viera a temer de uns tempos para cá, o sentimento de nunca mais poder ver sua familia, um aperto tomara conta de seu peito, mas faria o que fosse preciso para ver sua familia segura.
_ temos que ir Potter - disse Umbridge e Harry concordou caminhando até ela - dê sua a mão e se prepare, isso será desconfortável.
Ele lhe deu a mão e os dois se tornaram fumaça negra e densa que passou pelas três que ainda se mantinham no corredor e destruira por completo a parede, deixando a mostra um grande buraco que dava de vista para o jardim onde outra fumaça pode ser vista alcançando os céus, logo outra subira as escadas e saira pelo mesmo lugar que a Umbridge e por ultimo pode se ver Rony a gritar no andar de baixo e ao descer as escadas Hermione e Gina o encontraram nocauteado por Rodolfo que de alguma forma se libertara, ele ao vê-las sorrira galanteador e após piscar o olho se desfazera em fumaça e saira pelo buraco da chaminé.
Logo o resto da ordem estava em Godric’s Hollow, mas não se podia fazer mais nada, o destino de Harry Potter estava apenas nas mãos de uma pessoa, e essa pessoa era ele próprio.
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