Um dia como outro qualquer
Havia uma multidão de pessoas no salão comunal da Sonserina, quando Alvo desceu as escadas tudo que vira foi um amontoado de cabeças, todos os alunos de todos os anos se encontravam ao redor de uma mesa onde sobre ela, estava um menino que sem nenhuma cerimônia pisava sobre a mesa de mogno que quase sempre era usada pelos quatro amigos para estudarem, mas que agora servia de palco para Zach Zambine que empunhava em mãos um exemplar do Profeta Diário reconhecível por suas folhas amareladas e as fotos que se mexiam, Zambine sorrira cinicamente para os seus rivais e se pôs a falar, de forma que acabou por calar a boca de todos, mostrando com infelicidade a Scorpio o quanto o garoto de olhos de um verde Sonserino era respeitado.
_ o que está aprontando Zambine? - disse Scorpio entre dentes - desça daí agora.
_ vem aqui me buscar se puder - disse Zambine entre risos - Goyle, Dolothov cuidaram de você e de seus amiguinhos.
Alvo então notara que ao lado de Goyle se encontrava um garoto do segundo ano, este era alto e forte, nem tanto quanto Goyle, mas mesmo assim tinha o maior estilo guarda costas, mas este parecia ser menos leal que o primeiro e a Zach e mais inteligente que o primarista.
_ assim é melhor - disse Zambine - vamos a leitura da primeira pagina, vejamos se pode existir algo interessante, com certeza é melhor que o lixo d’O Pasquim, que nem se quer serve com combustível para lareira, isso sim é um monte de baboseiras inúteis e idiotas, tão loucas e doidas que só podia mesmo ser escrita por um velho pirado como Xenophillius Lovegood.
Nesse momento Lorcan despertara do seu estado de quem vive na lua e seu olhar sonhador dera lugar a um ameaçador e ele quase avançara para cima de Zambine se não fosse ele ser segurado por Lysander e Alvo. Nunca Alvo vira o loirinho perder a calma, já Lysander sabia que só havia três coisas que Lorcan mais prezava e que defenderia a todo o custo, e estas eram sua família, a revista O Pasquim, e os animais tanto mágicos quanto não mágicos, e o garoto havia tido sua fúria despertada pelas palavras do adversário.
_ Como você ousa chamar a revista da minha família dessa forma? - disse Lorcan com uma voz tão seria e sombria que mal se pode acreditar que se tratava do mesmo garoto dócil e engraçado - meu avô se dedica ao Pasquim mais do que você tem dedicado aos estudos até hoje, ele ama aquilo, e você não sabe o esforço e o trabalho que ele tem todo o dia em busca de novidades, coisas que as pessoas gostam de ler, pois muitas preferem as matérias como você mesmo diz “doidas e inúteis” que tornam a revista um “desperdício de papel idiota” pois já desistiram das matérias ofensivas e algumas vezes difamadoras do Profeta, se isso torna meu Avô doido? Doido por querer fazer pessoas felizes, e rirem um pouco, mesmo que elas não acreditem na revista, que seja, se for por isso, ele é realmente doido...
_ ele não é o único - disse Zambine - toda a sua família é doida, até você moleque estranho que fala com os animais, acredita em coisas que não existem, e vive no mundo da do faz de conta, me diga Lorcanauta, o garoto da lua, quando vai crescer e perceber que sua vida toda não passa de uma mentira, uma mentira que você mesmo criou para esquecer o quão desprezível é sua vida?
_ não é uma mentira para mim - disse Lorcan - eu apenas vejo as coisas ao meu jeito, não é porque é diferente que não seja verdade.
_ Bem... Por mais que discutir a sua vida ridícula aqui Scamander seja digamos... MUITO interessante, isso não é meu objetivo - disse Zambine - vamos a leitura...
Mesmo depois de tanto tempo, a família Potter ainda parecem não se encontrar em paz. Desde que o império das trevas foi derrotado, em tempos em que a simples pronuncia do nome de Lord Voldemort ainda era temida, Harry Potter, o único bruxo a sobreviver a maldição da morte, teve seu destino selado no momento em que derrotara o senhor das trevas em uma batalha cujo palco era a Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, marcado pelo sangue de bravos bruxos que lutaram contra o domínio dos amantes das artes negras, e também o local onde o fim se mostrou frente aquele que antes não podia ser nomeado. Depois de muito tempo, quando sua vida parecia normal, o jovem Eleito decidiu seguir sua vida, se formara com grandes gratificações na academia de aurores se tornando anos mais tarde chefe do setor, se casara com a jogadora de Quadribol, atual colunista da seção de esportes desse mesmo jornal, Gina Weasley, atual senhora Potter, com quem teve três filhos, o conto de fadas do menino que sobreviveu teria acabado, era o que a maioria pensava, até mesmo ele, mas o mal sempre retorna, mais forte, e na maioria das vezes em busca de vingança.
No dia 22 de agosto deste mesmo ano, uma fuga de Azkaban que a cerca de duas décadas nunca fora vista, e sobre fatos misteriosos que implicam se o ministro tem realmente competência para gerar seguranças em nossos lares com suas decisões e atitudes humanitárias, a decisão de tirar os dementadores da prisão sempre fora criticada, alguns eram a favor do retorno dos guardas e outros apoiavam a decisão do ministro, mas nunca se viu tantas pessoas que apóiam o retorno das criaturas a serviço do ministério.
Mas o que isso tem haver com o ataque dos Potters? Devem estar se perguntando, pois bem, isso era apenas uma introdução a matéria, que vem a seguir.
Era as 14h00min. da tarde quando chegou aos nossos ouvidos sobre o ataque, grupos de dos melhores repórteres da impressa mágica se dirigiram ao local que no passado foi o Quartel General dos aliados de Dumbledore, a Ordem da Fênix, e que em passado mais remoto que esse fora o lar da família puro-sangue mais famosa de todas, cujo o ultimo descendente homem fora padrinho de Harry e o primeiro prisioneiro de Azkaban a fugir sem a ajuda da prisão, Sirius Black.
Ao que tudo indicava, se tratava de um acidente domestico como tantos outros, envolvendo poções ou coisas do gênero, mas chegara aos nossos ouvidos fora que se tratava de um ataque dos fugitivos, mas em especial a antiga secretaria sênior do ministério Que se tratava de uma aliada dos comensais e que fora presa por crimes contra trouxas e nascidos trouxas chamada Dolores Umbridge e o lobisomem e seqüestrador tambem aliado de Lord Voldemort de nome Fenrir Greyback, que usaram de sua inteligência para tirar a matriarca da família Potter de casa, com uma falsa noticia que envolvia uma das matérias que a mesma havia escrito para este mesmo jornal. A barbaridade vinda desse par de insanos e ensandecidos criminosos condenados tinha como alvo certamente a filha caçula do casal, Lilian Potter, de apenas 9 anos.
Quando chegamos ao local, encontramos praticamente um terço dos funcionários do ministério ali, na maioria aurores que alterava a memória de muitos trouxas que haviam percebido o caos que se estendia no que parecia uma casa que surgira do nada, eu, Salamander Jeffrey Quizz, estava entre os repórteres, apesar do pouco tempo que me encontro nessa profissão, soube como conseguir informações preciosas para aqueles que querem a verdade por de trás dos fatos. A jovem filha do chefe dos aurores se mostrava abalada, era amparada pela tia e os avôs maternos que chegaram no local minutos depois, enquanto ela recebia algumas palavras de apoio da família e era medicada, eu me dei a liberdade de entrar na casa e observar o estado em que ela se encontrava, já dizia um velho sábio, que pode se saber a batalha olhando para a arena e os corpos espalhados pelo chão, pois eles são tão confiáveis quanto as testemunhas se não mais, nesse caso não havia corpos, mas o estado que se encontrava a casa era deplorável, moveis espalhados e destroçados, vestígios de que chamas haviam consumido o hall de entrada e a sala de estar, poças de sangue em alguns pontos e uma enorme próximo ao armário da cozinha, certamente alguém se ferira gravemente, mas o que mais me chamou a atenção foi a mensagem escrita no teto do mesmo cômodo, as palavras escritas de um vermelho vivo, que não fora escrito de tinta e sim da substancia que todos nos possuímos nas veias, dizia “ Dê a nos aquilo que você esconde... de a nos o que você sabe que queremos, ou quer ver mais pessoas morrerem por você novamente? Nenhum sangue será poupado dessa vez.”
Como nosso grupo, mesmo tendo seguido o carro do velho casal Weasley até ao St. Mungus, nos fomos impedidos de entrar, o que fez com que alguns repórteres ficassem a esperar do lado de fora, e outros fossem procurar aquele que poderia responder nossas respostas.
Harry Potter...
Nós esperamos por ele durante horas, mas ele só foi chegar quando o sol já havia se posto, quando ele ao lado de seu cunhado Ronald Weasley chegaram a seção de aurores num dos vários andares do ministério, nos o rodeamos assim que saiu pela passagem do elevador, minha ambição e determinação poderia ter sucumbido ao cansaço ou a fome que já davam os sinais, mas minha fome pela verdade é mais forte que qualquer objeto material ou perecível, usando de minha astucia e determinação consegui cortar caminho contra meus concorrentes, e cheguei a ficar frente a frente aos dois Aurores, quando citei o ocorrido, minha surpresa fora tanta,quando fui surpreendido pelo abalado Auror que me encostara na parede e me erguera do chão de forma que meus pés não podiam mais tocar o piso, seu olhar assassino por trás dos óculos e seu tom de voz grave, não se assemelhavam em nada na descrição que tive quando criança do grande herói da comunidade bruxa, que sempre fora representado como tranqüilo e de um olhar bondoso, os anos realmente tinham se passado para ele. Sim senhores, sou eu que me encontro na foto ao lado, eu tive o privilegio, ou seria o dever, de informar a Harry Potter o ataque a sua casa, devo confessar que a expressão em seu rosto me deixara um tanto amedrontado, mas o medo desaparecera assim que ele me largara e eu pude finalmente respirar aliviado, mas ainda com algumas marcas no pescoço do local onde ele antes me segurava.
A voz por muitas pessoas reconhecidas soara me salvando do que estava por vir, logo a feição do ministro pode ser reconhecida, seus trajes que lhe denunciavam a origem africana e a feição que envelhecera um pouco desde que assumira o cargo.
O ministro, caminhara juntamente com Harry e logo a eles se juntou Ronald e após uma breve conversa a qual nos não pudemos ouvir muito devido ao tom de voz usado pelos interlocutores, os três homens aparataram, certamente para o Hospital onde se encontrava a pequena Lilian que se recuperava do choque.
Cabe a nos agora que o senhor Potter responda nossas perguntas, principalmente aquela que ainda repousa no teto do Largo Grimmauld N°12, mas nossas esperanças se mostram em vão, pois a família não retornara para casa, de forma que isso possa afirmar que aqueles que antes serviam ao Lord retornaram para vingar sua derrota, e que Harry Potter para proteger a si mesmo e aqueles que ama, se esconde, no lugar de procurar por aqueles que atacaram sua residência, talvez a coragem no coração do antigo Grifinorio tenha se apagado.
Mas uma coisa ainda deve ser explicada, qual viria a ser o segredo de um herói que a anos é admirado por todos do nosso mundo, desde crianças a anciões? A verdade é que nessa vida, todos somos completos estranhos um com o outro, por mais que nos conhecemos nunca podemos desconfiar que aquele no qual damos toda nossa confiança, esconde algo.
Alvo escutara cada palavra dita, ao que parecia o ataque fora por um propósito que ia muito alem de vingança, eles queriam algo, mas o que seria. Recebera uma carta naquela manhã, sua tia Hermione lhe explicara o acontecido, mas com palavras que ele percebeu que eram cuidadosas, como se não quisesse entrar em muitos detalhes, ela dissera para não se preocupar que tudo ficaria bem, que seu pai e seus tios dariam um jeito e que Lilian estava se recuperando, também dera a noticia de que Monstro morrera, ninguém sabia do fato alem dos membros da família, pois o corpo do Elfo Domestico sumira e eles não precisavam de mais algum motivo para serem chateados ainda mais pelo profeta, se é que fosse necessário.
_ Olhem para isso - disse Zambine apontando para a primeira pagina e despertando Alvo que ainda pensava na carta de sua tia - ao que parece nem mesmo depois de tanto tempo o GRANDE herói de fama mundial tem paz, muito menos os filhos dele.
Zambine atirara o exemplar que atingira o peito de Alvo que o jogara no chão onde Lysander pegara o jornal e começara a olhar a matéria, tamanho parecia seu fascínio pela noticia ou interesse que seus olhos mal piscavam.
_ cale a boca Zambine - disse Alvo apertando a varinha entre as vestes - o que você tem haver com a minha vida?
_ O pai do Al é o chefe dos Aurores - disse Scorpio - é natural que os fugitivos de Azkaban queiram o destruir ou por tê-los feito perder anos na prisão, ou por ter derrotado o Lorde das Trevas, mas claro que um ser de pouca capacidade mental como você?
_ ora defendendo seu namoradinho Malfoy? - disse Zambine com uma voz zombeira - que coisa meiga.
_ vai à merda Zambine - disse Scorpio
_ o que quer agora? - disse Alvo - mais alguma coisa que possa ser tão útil e estimulante como mais babaquices vindas de você? Ou podemos ir embora? Diga o que você tem a me dizer.
_ não tenho nada mais a dizer, mas quer um conselho? - disse Zambine com um tom irônico e ao mesmo tempo com seu tradicional sorriso mafioso - tome cuidado Potter, você não sabe o que pode te acontecer, os homens maus podem vir atrás de você assim como vieram atrás da sua irmãzinha ranheta, chorona e patética. Agora se me dá licença, tenho coisas mais importantes a fazer, do que perder meu tempo com você...
_ Expelliarmus - foi a única coisa que se ouviu depois Zambine voara pela sala e caira sentado desacordado em uma poltrona.
Todos na sala encararam o autor do feitiço, este permanecia com os olhos focados no adversário nocauteado, ainda se encontrava com feições ameaçadoras e os óculos estavam tortos no rosto, em suas orbes de um azul vivo brilhava o puro ódio, nunca os amigos pensaram que ele, Lysander Scamander pudesse fazer algo daquele tipo, ele atacara outro aluno quebrando varias regras da escola, mas por sorte ninguém ali o denunciaria, o que acontecia no salão comunal ficava no salão comunal, era o que todos os Sonserinos acreditavam. Alvo ainda se mostrava surpreso, e não entendia aquela reação, mas agradecera que fosse o amigo, pois se dependesse dele teria sido muito pior. O quarteto se retirara, antes que o garoto acordasse e seguiram para tomar seu café da manhã no salão principal com o resto de Hogwarts, e no caminho nada mais foi citado nem da matéria do Profeta Diário ou do confronto com Zambine.
Alvo se dirigira ao salão principal, ele não sabia como era descrever aquela sensação, na verdade o mar de sensações que possuía. Pelos corredores ele andava ao seu lado estavam seus amigos, Scorpio parecia bastante animado com o retorno de Alvo, Lysander lhe entregara as tarefas que ele havia pegado com os professores para quando ele acordasse e estivesse recuperado pudesse fazer-las, Lorcan, bem, ele estava perguntando se Alvo havia tido contato com os sombrios, espíritos negros, sombras de cavaleiros mortos que tinham a função de guiar os mortos até o alem. Alice por sua vez brigava com ele, Alvo não entendia o porquê, desde que acordara ela não havia se separado dele até agora. Tiago também estava próximo ao irmão mais do que nunca, e o estava o tratando bem diferente do que antes, ele havia conhecido a irmã de Scorpio, Narcisa que diferente de Luciana parecia ser bem legal.
Eles chegaram ao salão principal, e os olhos de muitas pessoas se voltaram para eles, mais necessariamente para Tiago, Alvo não entendia o porquê daquilo, na verdade ele estava muito confuso desde que acordara. Ele se despediu do irmão, de Rose e de Narcisa e se dirigiu com os outros para a mesa da Sonserina chegando lá se sentou ao lado de Scorpio e de frente para Lorcan e Lysander, reparou que alguém havia sentado ao seu lado, mas não importava quem era. Ele podia ver Rose de onde estava sentado, a prima olhava para ele, quando ela notou que Scorpio também olhava a garota desviou o olhar.
_ não me diga que vocês brigaram novamente? - disse Alvo
_ é impossível conviver em paz com sua prima Al - disse Scorpio - ela praticamente arruma pretexto para brigar comigo.
_ você também provoca Scorpio - disse Alice ao lado de Alvo assustando o garoto que até então não notara a presença da garota - levar aquela garota para a enfermaria.
_ Alice?! - disse Alvo surpreso com a presença da garota
_ ela não estava fazendo nada de mais Alice - disse Scorpio - sua amiga que pirou e deu um tapa nela, eu não entendo ela... A Weasley é bem estranha Al, serio não consigo entender sua prima.
_ não consegue porque é tão cabeça dura quanto ela - disse Alice - mas não vou gastar minha saliva tentando convencer algum de vocês dois, deixarem que percebam sozinhos.
_ perceber o que? - disse Scorpio
Uma garota chegara e se pusera ao lado de Scorpio, ela era do terceiro ano, possuía cabelos longos e lisos, rosto pálido e traços orientais, Alvo já vira aquela garota antes, forçou sua cabeça um pouco e conseguiu se lembrar de onde, fora ela a garota que Scorpio salvara aquele dia do teste de quadribol. A garota se abraçou a Scorpio que não dera atenção, e começou a brincar com os cabelos do loiro, ao perceber que estava sendo observada seus olhos puxados percorreram as pessoas a mesa e pararam sobre Alice que lhe encarava com cara de nojo. Ela dera um sorriso zombeiro e desfez momentaneamente o abraço sufocante no jovem herdeiro dos Malfoys.
_ o que uma Lufa-lufa faz na mesa da Sonserina? - disse Kelly - qual é o seu problema perdeu-se no caminho? Ou se esqueceu?
_ estou falando com meus amigos Houng - disse Alice - diferente de você ainda possuo algum, soube que perdeu todos após uma confusão envolvendo certo Artilheiro da Sonserina.
_ esqueceu com quem está falando Longbottom? - disse Kelly - sou uma terceirista que a qualquer momento posso te azarar quanto menos esperar, não diga de coisas que você nem se quer sabe sobre o que se trata.
_ me ameaçando Houng - disse Alice - queria ver você tentar alguma coisa.
_ brincar com as pessoas que a qualquer momento podem ter atacar, isso não é muito inteligente - disse Kelly -
É compreensivo em vista de ser filha de quem é, soube que seu pai foi um dia dar aulas sem calças, as garotas do Sétimo ano é que me disseram, a verdade é que não sei como uma pessoa tão patética como ele se torna professor, ele nem tem competência para ser elfo domestico desse castelo quanto mais um professor. Soube que ele paga sua mãe para continuar casada com ele, eu me embebedaria toda a noite para ter coragem para me deitar com um homem daquele, e que seu irmão faz o mesmo com aquela monitoriazinha da Grifinoria. É patético ver coisas desse tipo. Mas o que se pode esperar de uma garota criada entre um bando de idiotas, não podia se esperar muita coisa, mas olhe pelo lado bom, você podia ter sido internada no St. Mungus a lado de seus queridos vovos, aquele casal de loucos desmiolados, babões e que molham a cama como bebês ranhentos, eu me envergonharia de ter parentes desse tipo.
Alvo temera o que estava por vir, se tinha algo que Alice odiava era que sua família fosse zoada, seus avos e seu pai principalmente, ela era muito apegada ao pai. Alvo se preparava para impedir a amiga de fazer alguma besteira. Mas diferente do que imaginava ela nada fez, apenas abriu um sorriso e desatou a gargalhar, os seus amigos não entenderam a atitude da garota.
_ meu Merlin, Houng você realmente gosta de apanhar, não é masoquista por acaso né? - disse Alice entre gargalhadas - eu bem que poderia te dar uma surra agora, mas diferente da Rose eu não perco a cabeça facilmente, mas esteja avisada que se voltar a dizer alguma coisa sobre minha família, eu serei obrigada a te azarar, e pode ir dando adeus a esse lindo rostinho e a chance de pegar mais algum cara montado na grana.
_ Alice... - disse Alvo surpreso e ao mesmo tempo aliviado, odiaria ter aquele dia marcado por uma briga, soubera que havia tido uma recentemente entre seu irmão e outro garoto.
_ não esquenta Al - disse Alice lhe piscando o olho - não estou a fim de levar uma detenção, e a Rose já deu a ela o que ela merecia, por enquanto...
Alice fora saltitante para sua mesa, e se sentou ao lado de Victorie que parecia ter brigado com Teddy, pois o jovem professor se encontrava com os cabelos num castanho sem vida. Alvo olhara para a mesa dos professores, havia dois ausentes, Horacio Slughorn e Draco Malfoy.
O professor Slughorn estava cuidando do McLarren ao lado da madame Pomfrey, já Draco ele não sabia onde se encontrava. Virou-se para a mesa e viu que a comida já aparecera, Lorcan se servia da sobremesa, colocava um pesado pedaço de pudim de coco e nozes, Lysander havia dispensado o café e se concentrava na leitura de um livro sobre preparo de poções avançado, não que ele precisasse, mas queria impressionar o professor Slughorn. Scorpio parecia com raiva, pois até aquele momento Kelly Houng se mantinha do seu lado e na opinião de Alvo a garota era muito chata e ficava a querer paparicar Scorpio, ela o abraçava e lhe dava torradas na boca que ele recusava, ela usava um tom de voz infantil como se ele fosse uma criança e Alvo pode perceber uma veia a pulsar na testa de seu amigo, a qualquer momento ele explodiria. E foi o que realmente aconteceu.
_ já chega Houng - disse Scorpio - eu não agüento mais, se quer ser minha amiga, pois seja, mas nada alem disso.
_ está me dando um fora? - disse Kelly - COMO OUSA ME CHUTAR DESSA FORMA SCORPIO MALFOY?
A atenção rapidamente se voltou para a mesa da Sonserina, mais precisamente para uma das pontas onde quatro garotos e uma garota se encontravam, Kelly se levantara da mesa e encarou Scorpio, ela estava com cara de choro, Scorpio imitara o ato dela, se levantara e Alvo pode perceber o rosto do rapaz vermelho, ele ficou em duvida se de vergonha ou de raiva. Alvo pode ver um rosto de surpresa de Rose na mesa da Grifinoria.
_ é - disse Scorpio - você não percebe? Eu não gosto de você, você também não gosta de mim, eu sei disso, mas pare de fingir esta legal?
_ eu não gosto de você? - disse Kelly - de onde tirou isso? Eu nunca encontrei alguém como você.
_ pode até ser - disse Scorpio - mas eu nunca ficaria com você, uma garota que pisa nas outras pessoas da forma como você fez agora pouco com a Alice, ela é minha amiga e você a tratou como um lixo, mesmo que os sentimentos seus sejam verdadeiros não posso ficar com uma garota como você que pisa nos meus amigos.
_ então é isso - disse Kelly sua maquiagem nos olhos já não existia mais e suas lagrimas espalhavam o que sobrou delas pelo seu rosto - é a Longbottom que você quer? Por causa dela você esta me chutando dessa forma?
E eu que pensei que a Weasley fosse uma ameaça, pois bem fique com ela se você a protege tanto assim.
Kelly pegara uma jarra de suco de abobora e jogara no rosto de Scorpio, as vestes do garoto e seu cabelo ficaram molhados sendo que a camisa branca do uniforme atingira uma cor alaranjada e seus cabelos ficaram pegajosos. Ele apenas olhou para seu estado, depois para Kelly que permanecia a sua frente com uma jarra vazia em mãos, a maquiagem desfeita e o cabelo desarrumado, olhou ao redor para todos que esperavam que ele fizesse algo, muitos julgariam o que ele fez a seguir muito insano ou insensato, o garoto se pôs a rir descontrolado chegando a cair no cão de tanto rir.
A garota saiu furiosa pela porta do Salão comunal e os outros três garotos encararam Scorpio no chão que continuava a rir feito um doido varrido. Alvo encara os outros dois, Lysander se mostrava tão confuso quanto ele já Lorcan assim como o amigo ria muito da situação. Logo o silencio no salão principal se extinguiu e as conversas e os comentários se iniciaram.
_ bem acho que vou para o banheiro - disse Scorpio - me limpar dessa bagunça, ou tentar pelo menos.
_ quer que algum de nos vá com você? - disse Lysander
_ não obrigado - disse Scorpio - logo teremos que ir para as aulas e não quero que ninguém se atrase por minha culpa.
Minutos após Scorpio se retirar um grupo de pessoas chegara perto de Alvo e seus amigos, ele conhecia as pessoas eram o restante do time de Quadribol, Wagner Krum, Luciana Malfoy e os batedores. Krum lhe sorria camaradamente, Luciana o encarava com nojo e desprezo e os batedores se mantinham sérios. Infelizmente eles vieram acompanhados de duas pessoas as quais ele não gostava muito, na verdade detestava. Zach Zambine e seus dois comparsas Vicente Goyle e Augustus Dolothov, o garoto possuía um sorriso maligno como se tivesse sido vitorioso em uma competição em que trapaceara, já o outro ostentava feições suínas e em seu rosto havia um sorriso infantil.
_ espero que esteja melhor Alvo - disse Krum com o seu leve sotaque búlgaro - ficamos preocupados com você aquele dia.
_ obrigado por se preocuparem - disse Alvo - acho que faltei em algum treino do time?
_ não - disse Krum - ainda não tivemos, mas não estamos aqui por conta do treino.
_ eu já suspeitava - disse Alvo ao encarar Zambine que ainda sorria - diga o que tem a dizer, o que lhe trouxe aqui.
_ o Zambine disse que sua colocação como apanhador não é valida - disse Krum - disse que você usou a varinha para parar o pomo e poder pega-lo.
_ o que? - disse Lorcan - isso é mentira, o Al nunca faria algo desse tipo.
_ tem como provar o que diz? - disse Lysander olhando Zambine - ou são apenas palavras vazias?
_ eu vi o Potter usando o feitiço da levitação para parar o pomo no ar - disse Zambine - vi claramente após aterrissar no chão após ter quase sido derrubado por pássaros.
_ não minta Zambine - disse Alvo furioso - você caiu da vassoura, e esse feitiço que me acusa de ter usado para parar o pomo eu usei para impedir sua queda.
_ eu realmente não sei quem diz a verdade - disse Krum olhando seus companheiros de equipe - algum de vocês tem alguma opinião? Malfoy? Sketter? Zambine?
Alvo olhara o batedor da Sonserina, o garoto moreno a qual achou que conhecia, agora lado a lado era nítida a semelhança entre ele e Zach certamente eram parentes.
_ não creio que o garoto seja capaz - disse a garota Loira que atendia pelo nome de Sketter - ele se mostrou um jogador valoroso em campo.
_ valoroso? Você não pode está falando serio Raven - disse o garoto moreno ao seu lado - o garoto certamente faria algo desse tipo, e outra confio no meu irmão ele não é de mentir.
_ Irmão? - disse Lorcan
_ concordo com o Eduard - disse Luciana - qualquer um faria algo desse tipo, longe dos olhos dos outros, e uma passagem garantida para o time, o que mais ele iria querer?
_ não sei o que posso dizer - disse Krum - acredito no Alvo, por alguma estranha razão, mas mesmo assim quero ver sua varinha Al.
_ Por quê? - disse Alvo entregando a varinha ao capitão
_ usarei um feitiço que revelara a ultima magia usada por esse objeto - disse Krum que pronunciara palavras bem baixas a ponto de Alvo não as escutar.
Da ponta da varinha surgira uma fita dourada e nela estava escrito o nome do feitiço usado: “wingardium leviosa” em letras garrafais em verde.
O sorriso de Zambine se mantinha, mas ele produzira um sonzinho zombador pelo nariz, Krum mostrara insatisfação e olhou piedoso para Alvo, o garoto já se encontrava em estado de nervos, a qualquer palavra de Zach não hesitaria em voar contra ele.
_ como vê Potter provei que o que digo é verdade - disse Zambine
Alvo estava prestes a se levantar, mas fora impedido por Lysander, ele olhou com um olhar ameaçador para o amigo e ao mesmo tempo questionador.
O garoto loiro se pôs de pé, apertara a gravata e colocara seus óculos rente aos olhos em um gesto um tanto pomposo como de alguém que sabe algo que pode mudar tudo, ele encara a varinha, depois Krum e Zambine e por ultimo Alvo a quem deu um sorrisinho confiante.
_ posso ver a varinha? - disse Lysander pegando a varinha do amigo em mãos - você disse que ele usou essa varinha no pomo de ouro? E você disse que não tiveram treino depois daquilo?
_ exato - disse Krum - mas não vejo o que...
_ Se isso for realmente verdade o que o Zambine disse, ainda há vestígios da magia no objeto - disse Lysander com ar de sabe tudo - sabe vestígios de feitiços permanecem no objeto por um longo período desde que ele não seja usado, então ainda deve estar no pomo, isso prova que o Alvo é culpado e o que o Zambine diz é verdade, mas se o que o Al disse sobre o feitiço ter sido usado para parar a queda do seu oponente, vestígios ficariam nas roupas dele, mas nas roupas do Zambine creio que não encontraremos mais vestígio algum já que elas foram lavadas, passadas e estão sendo usadas novamente.
_ conhece o feitiço para isso? - disse Krum
_ conheço - disse Lysander com um sorriso
Alvo olhara para Zambine que possuía o rosto branco e assustado, certamente não esperava a inteligência de Lysander Scamander. O dia começara agitado e com certeza tinha mais por vir.
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