Cap 9



Passaram dois dias. Snape não tinha como prorrogar mais a conversa com Walkyria. Decidiu ir até o quarto dela logo após o jantar.





Já era quase meia-noite quanto ele bateu na porta do quarto dela.





- Olá, Snape, entre.





Ele entrou. Estava sério. Tentou não olhar muito para ela...





- Perdoe-me, mas eu não estava lhe esperando.... - Ela estava vestida com uma roupa bem à vontade. Era um vestido de um tecido fino, levemente transparente.





- Tudo bem, eu não me importo.





- Sente-se. – ela sorriu. – Vinho?





- Sim, obrigado.





Ela se sentou próxima a ele, no sofá.





- Sobre o que queria conversar?





- Eu quero saber o que o Lord das Trevas comentou sobre a festa.





Ele respirou fundo e se encostou no sofá, relaxando um pouco. Ela estava sentada bem confortável, com as pernas cruzadas, olhando fixamente para Snape, enquanto segurava sua taça de vinho.





- Ele ficou muito satisfeito. Elogiou nossa conduta como... casal principal da festa.





- Mesmo? Isso me tranqüiliza. Confesso que fiquei com receio de que algo não desse certo ou que ele desconfiasse de alguma coisa...





- Deu tudo certo, não se preocupe.





- E você, o que achou? Divertiu-se?





Ele sentiu seu sangue gelar por um segundo.





- Eu acho um pouco difícil se divertir numa festa daquele tipo...





- Você é um comensal, achei que gostasse...





- Tive razões para tornar-me um comensal. Mas não gosto de torturas. E você? Acredito que tenha saído da festa bem satisfeita...





- Confesso que duas coisas me agradaram na festa...





Ele olhou nos olhos dela com expressão de curiosidade. Ela entendeu.





- Sou uma vampira e .... fazia tempo que eu não me alimentava com sangue fresco.... você não entende....é simplesmente maravilhoso.





Ele respirou fundo, aliviado.





- Mas... não foi só isso que me agradou... – Ela olhou para ele com uma expressão de malícia - ele tentava parecer frio e insensível.





Ela se levantou.





- Um pouco mais de vinho, Snape?





- Sim, por favor. – Ele precisava relaxar, estava muito tenso. Ela notava cada olhar disfarçado que ele lançava.



Walkyria retornou com as duas taças cheias e sentou-se um pouco mais perto de Snape. Ele já conseguia sentir o perfume do corpo dela....





- Bem...então agora, juntando com a nossa conversa do outro dia, me deve duas respostas.... – sorriu com ironia.





Ela riu.





- Sim, eu sei, mas...a resposta das duas é a mesma...





- Estranho....um motivo para não me matar e algo que lhe agradou na festa ser a mesma coisa? É, no mínimo, interessante. E então, vai me contar?





- Bem.... o motivo é que....seria um desperdício matá-lo.... Você tem excelentes... qualidades.... Transformá-lo sim, seria o ideal...





- Qualidades? Do que exatamente está falando?





- Sabe.....você dança muito bem.... – disse Walkyria se encostando no sofá e olhando para o corpo dele e, logo após para sua boca e para os olhos. – Foi uma pena a...música....ser tão...curta...





“O que ela está querendo?” – Snape pensou. Tomou um grande gole de vinho.





- Está ficando tarde... – ele disse se levantando.





- Por que tanta pressa? Amanhã é sábado, fique mais um pouco. – Não quer saber a resposta?





- Onde está querendo chegar? – tentou parecer sério. Queria ter certeza.





- Ora, Snape... você sabe.... – ela não parava de olhar para ele um só segundo.





- Mas, não podemos... você é ....





- Esqueça desses detalhes.....quero continuar o que começamos na festa.... – Ela apontou a varinha para uma caixinha da qual começou a sair uma música suave.





Ele largou a taça na mesa e se aproximou dela. Olhava para os lábios dela e se lembrou de que ainda não havia beijado. Aquilo que fizeram na festa, apesar de ter sido bom, foi algo quase que mecânico, não podia expressar todos os seus sentimentos.





Ele se aproximou ainda mais, quase encostando seu corpo ao dela. Suavemente sua mão foi segurando-a pela cintura e, assim, ele a puxou para mais perto de si. Olhou profundamente nos olhos dela, sentindo sua respiração, seu perfume. Ele estava com seus lábios quase encostando nos dela.





- É isso mesmo que você quer?





- Quero isso e muito mais...





Ele sorriu com o canto da boca, puxou o corpo dela contra o seu com força e a beijou. O beijo foi longo, intenso. A mão de Snape começou a percorrer o corpo de Walkyria, sensualmente. Sentia a maciez do vestido que cobria o corpo dela. Ele continuava a beijá-la sem parar. Ela abraçava-o e colava seu corpo no dele.





- Quero apreciar cada parte de seu corpo. – ele disse com a voz rouca.





- Então...vamos para um lugar mais...aconchegante. – Ela segurou na mão dele e o conduziu para o quarto, que ficava ao fundo.





Ele abraçou-a por trás e começou a beijar o pescoço de Walkyria. Sua mão percorreu novamente o vestido dela e, com suavidade, abriu o zíper, deixando-a nua.....





Já eram quase cinco horas da manhã e Snape ainda estava deitado, ao lado de Walkyria na cama dela. Ele, ao se levantar, acordou-a, sem querer.





- Você já vai?





- Durma, já vai amanhecer. Eu tenho que ajudar a organizar os alunos para irem a Hogsmeade.



- Depois você volta?





- Só posso voltar após o jantar.... Não podemos deixar que sequer desconfiem de algo.





- Tem razão, melhor que ninguém saiba...





- Perto da meia-noite estarei aqui, então.



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