You think I'm funny

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Enquanto eu prestava atenção a cada aula, o dia se arrastava mais lento do que os outros.


Quando todas as aulas acabaram, eu guardei meus livros. Fui até a Ala Hospitalar.


A maca do Malfoy estava rodeada de garotas segurando presentinhos. Balões, chocolate, flores...


Eu estava indo embora, ele, obviamente, não precisava de mais ninguém o mimando. Já estava perto da porta quando ouvi:


– Granger!


Olhei para maca e ele estava me encarando.


Ele se dirigiu para as garotas e disse:


– Vocês podem sair um minutinho? Tenho alguns assuntos pra tratar com ela.


Elas o encararam, indignadas.


– Draquinho, você lembra quem é ela, certo? É a sangue-ruim - Essa última palavra saiu como um sussurro. - Você não tem nenhum assunto para tratar com eles.


– Só vou falar mais essa vez: Saiam!


Elas saíram. E eu escutei uma dizer:


– Devem ter dado uma pancada na cabeça dele também.


– Então, Draquinho, quais assuntos? - disse, imitando a menina que tinha me chamado de sangue-ruim. Aquela que eu me segurei para não arrancar cada fio de cabelo.


– Sério, não fica bem em você falar assim.


– E fica bem em alguém?


Ele sorriu.


Cheguei mais perto e me encostei-me à maca.


– Então, como você está?


– Já estive melhor. Mas, não chamei você aqui para lamentar minhas dores.


Quando ele não continuou, eu tive que perguntar.


– Então, para que você me chamou?


– Para agradecer.


Eu o encarei.


– Sério, eu tenho certeza que se você não tivesse chegado, coisas piores poderiam ter acontecido. Obrigado.


Eu fiquei meio sem graça.


– De nada. Na verdade, você teve muito sorte. Eu estava no lugar certo, na hora certa.


– Como agradecimento, você pode levar qualquer dessas coisas.


 


Ele apontou para a prateleira velha onde as meninas tinham deixado seus devidos presentes.


– Eu passo. Não quero correr o risco de comer um desses chocolates e ficar apaixonada por uma menina.


– Oh, você acha que elas colocariam poção do amor nos meus presentes?


Ele disse, com uma fingida cara de surpresa. Sua expressão foi muito engraçada, não tive como aguentar e ri.


– Finalmente, arranquei uma risada de você. Geralmente, eu sou bom com isso. Menos com você, é claro.


Ele disse quase como se estivesse aborrecido.


– Deve ser porque, na maior parte do tempo, você fica falando mal de mim. E também é sempre muito arrogante.


– Eu não falo mal de você, falo mal das pessoas com quem você anda.


– E eu não entendo o porquê disso. Harry nunca fez nada contra você.


– Discordo de você, mas eu realmente não quero discutir sobre a estrela Potter agora. Principalmente, porque eu estou morrendo de dor.


– Pensei que você tivesse dito que não iria lamentar suas dores.


Eu disse, sorrindo.


– Bem, ás vezes, eu minto.


Ele fez uma tentativa muito dolorosa de dar de ombros.


– Você quer que eu chame a Madame Pomfrey? Talvez tenha alguma coisa que ela possa dar para você.


– Acredite, não tem nada que ela possa me "dar". - Ele colocou uma entonação diferente no "dar".


Eu ri.


– Meu Deus, você é um mente suja. Mas, sério, você quer que eu a chame?


– Não, ela já me medicou. Disse que o que eu tinha que fazer era descansar, puff. - ele disse, com resignação.


– Oh, então é melhor eu ir embora.


– Não vá, se for só por causa disso.


– Não, eu realmente tenho que ir. Tenho que começar o trabalho do Snape. Por falar nisso, você foi dispensado de fazer as atividades?


– Quem dera.


– E quem está passando os temas para você? Quer que eu traga?


– O que? Você está se oferecendo para passar mais tempo comigo? Já está se apaixonando por mim?


– Claro que não. Só estava oferecendo ajuda ao moribundo!


Comecei a sair da sala, pisando firme.


– Hey, Hermione.


Travei quando ele mencionou meu nome.


– O que? – tentei dizer sem gaguejar.


– Seria realmente bom se você trouxesse. Nem um dos meus amigos é exatamente estudioso, você sabe.


Olhei para ele.


– Só se você me prometer parar com as piadinhas.


– Todas? Eu realmente não acho que eu consiga...


– Não todas. Só aquelas que tiverem a palavra “apaixonada” no meio.


– Prometo.


Ele formou um “X” com os dedos e beijou.


Mais uma vez me fazendo gargalhar.

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