Conhecendo o mundo bruxo-pte 1

- CAPÍTULO 1 - Conhecendo o mundo bruxo: Parte 1 -


É incrível como a vida de uma pessoa pode mudar de uma hora para outra. Antonio Pommer, há mais ou menos um ano e meio atrás, morava com seus pais e mais seis irmãos em uma pequena cidade do interior do Brasil. Agora, ele mora bem longe, em Londres, na Inglaterra. Até aí não há nada tão anormal assim, certo? Errado. O grande problema é que o jovem Antonio não faz a mínima idéia de como ele foi parar naquele lugar. Bom... para falar a verdade, ele tem sim. Desde que se entende por gente, e isso não faz muito tempo, já que ele tem apenas 10 anos, 364 dias e esta manhã, coisas estranhas acontecem ao seu redor.


Só para vocês terem uma idéia, quando Antonio tinha apenas 6 anos, ele despencou, literalmente, do 5º andar do prédio onde morava. Quando seus pais, já desesperados e quase pulando pela janela também, correram para pelo menos olhar o que sobrou do garoto, tiveram uma surpresa. Não havia nem sinal de Antonio na grama lá em baixo. Confusa, sua mãe resolveu voltar para sala. Foi aí que se deparou com uma surpresa maior ainda. O suposto garoto acidentado estava brincando no tapete da sala, com um boneco dos Combo-Rangers. Local que ele tinha deixado, pouco depois de seu pai ralhar por causa do Nescau derramado. Estranho, não?


Mas tem outro caso bem mais sinistro. Certa vez, quando Antonio estava com mais ou menos sete anos, ele e sua mãe passeavam pelo Parque da Cidade Dolôres Correia, um enorme cachorro branco, de olhos negros, com a fronte nada amistosa e uma boca pior ainda resolveu atacá-los. Já se preparando para a mordida que ia receber, a mãe de Antonio ficou mais assustada com o que aconteceu do que com o ataque daquele cão. O animal, misteriosamente, transformou-se numa simples pena malhada de galinha.


As pessoas da cidade não ajudavam. Algumas achavam que o menino era abençoado e que podia fazer milagres. Os mais próximos, inclusive, perguntavam se ele não podia curar uma dor de dente, uma gripe, ou mesmo uma diarréia que elas, por ventura, tivessem. No entanto, a grande maioria delas achavam que o menino estava mesmo era endemoniado. Sabe como é, as pessoas comuns preferem acreditar no que mais lhe convêm.


Bom... acho melhor parar de contar esses casos, senão a história fica chata. Se fosse contar todos os fatos estranhos supostamente atribuídos àquele pobre garoto, ia passar horas a fio.


O importante agora é que Antonio mora em Londres. Numa noite, ele dormia tranqüilamente no seu quarto, numa cama forrada com uma colcha do Homem-Aranha, as paredes decoradas com pôsteres de desenhos animados e seu time de futebol, Atlético Mineiro. Pela manhã, ele já acordou num local complemente diferente. Estava num banco de uma praça em Londres, da qual ele até hoje não faz nem idéia do nome. Agora imaginem o que é para um garoto de apenas 9 anos viver sozinho numa cidade desconhecida, de um país distante, com uma língua da qual ele mal sabe dizer hello, e olhe lá.


Como era de se esperar, e óbvio para se escrever nesta história, tanto que vocês vão ler, ele dormiu durante alguns dias na rua, passou fome e, principalmente, frio. Mas, como, infelizmente, as coisas na Inglaterra funcionam de maneira diferente do que em seu país, logo ele estava num orfanato, onde começou a estudar inglês. Em pouco menos de 5 meses, ele já falava quase que fluentemente aquele diferente idioma. Fato que intrigou não apenas os professores, mas também a ele próprio. Estava parecendo até que ele tinha um talento especial para aprender inglês.


Como não tinha amigos de verdade, nas horas vagas, Antonio ficava desenhando, seu passatempo predileto. Passava horas fazendo histórias em quadrinhos. A principal era Os Monstros, que ele havia criado juntamente com seu amigo de infância, João Vicente. A revista falava de um rapaz, o Vicente, que um dia abriu uma misteriosa garrafa e libertou o maléfico Lúcifer, o rei dos monstros. Criativo, não?


No entanto, o que ele realmente achou estranho não foi o fato de ter aprendido inglês com tanta facilidade, nem de ter sumido de sua casa e aparecido num lugar que ele mal tinha ouvido falar. O que mais chamou atenção, entretanto, foi o fato de ninguém parecer se interessar em procurar seus pais, nem mesmo ele próprio, apesar de chorar todas as noites. Isso pode até parecer uma contradição, mas... pensando bem, isso é uma contradição, ora bolas. Nem mesmo ele soube explicar o porquê...


Hoje, 29 de junho, é véspera do aniversário de Antonio. Ele, no entanto, não queria pensar na festa poderia estar sendo preparada para ele, caso ele estivesse em casa, porque isso doía. Também não queria pensar no quanto seus pais estariam preocupados e tristes naquele momento, porque isso também era doloroso. Passou o dia inteiro triste e com o olhar perdido. Durante o jantar, nem na comida tocou, e olhe que era seu parto preferido, que era macarronada.


Foi cedo para o quarto, mas não conseguiu dormir. Ficou rolando pela cama, esperando o sono chegar. Como não havia nada para ocupar a mente, começou a pensar em casa. Começou a chorar tamanho era o medo que sentia por estar sozinho. De repente, ele escutou umas leves batidas na janela de seu quarto, localizado no quarto andar do orfanato.


O quê poderia ser? Não sabia. Ficou apreensivo, e seus olhos ficaram arregalados, quase saltando para fora. Durante o tempo que ficou decidindo se ia ou não olhar o que estava batendo na janela, a força das batidas aumentou gradualmente. Receoso de que um dos monitores da noite escutasse aquele barulho, ele criou coragem e abriu.


Para sua surpresa, o que estava, insistentemente, batendo na janela era uma coruja, cinzenta e de grandes olhos amarelos. A coruja então, voou para dentro do quarto pousando na escrivaninha. Ela bebeu um pouco da água que estava num copo, e deixou uma carta em cima da cama. Depois disso, ela bateu asas para fora, e voou em direção à Lua, desaparecendo em seguida.


‘Que forma de se enviar uma correspondência. Já tinha ouvido falar em pombos-correio, mas em coruja... eu, hein!’, pensou aquele intrigado garoto.


Antonio pegou aquela estranha carta. Passou um bom tempo virando e revirando o envelope em suas mãos.


Apesar da pouca luminosidade oferecida pela luz do luar, ele conseguiu notar que o endereço estava certo:




Ao Senhor,

Antonio Pommer de Sousa Trindade

Orfanato Santo Cristo, quarto 404.




A carta vinha de uma tal de Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Ele nunca tinha ouvido falar dessa escola. Estava mais interessado em saber o porquê de essa instituição procurá-lo. Queria saber como aquela escola sabia de sua existência, queria saber o significado de tudo aquilo. As perguntas não paravam de perturbar sua mente, não conseguia evitá-las.


Demorou muito tempo ainda até ele resolver rasgar aquele envelope preso com uma espécie de carimbo vermelho que continha um símbolo em forma de H. Pensando que ele encontraria algumas respostas ao ler a carta, teve uma grande decepção, sua cabeça ficou ainda mais confusa.


A correspondência falava que essa tal Hogwarts aceitava-o para ensinar-lhe a arte da magia. Ela dizia que tudo foi um pedido da escola de magia brasileira, um certo Instituto Logus de Ensino de Bruxos. Anexa a carta, estava uma chave com o número 306, com a qual ele deveria sacar dinheiro no banco Gringotes.


Havia ainda um PS, que falava que em hipótese alguma que ele deixasse as dependências do orfanato, no dia 20 de julho, porque um homem chamado Rúbeo Hagrid vinha apanhá-lo.


O que era tudo isso? Magia? Como pode, será que aquelas coisas estranhas que aconteciam eram frutos de mágica? Por acaso, ele estava louco? Estava muito confuso para dormir. Estava demasiadamente concentrado naquelas coisas para lembrar que o dia seguinte era o seu aniversário. Não teria sido, tudo aquilo, fruto de uma brincadeira de seus colegas? Mas, e a coruja? Ninguém ali tinha uma, mesmo porque era proibido por Lei. Não conseguia parar de pensar em tudo que havia acontecido... nada parecia fazer sentido!


Como se bem sabe, o tempo não pára. Mas desde o dia que recebeu carta, Antonio tinha a impressão de que os ponteiros do relógio estavam trabalhando três ou quatro vezes mais rápidos. Logo, o dia 20 de julho chegou. Ansioso, ele passou a manhã e toda tarde esperando o Senhor Hagrid chegar, não levantou do banco na entrada do orfanato, nem mesmo para ir ao banheiro. Este, no entanto, parecia que havia esquecido de vir apanhá-lo. Não havia nada que pudesse distrair o ansioso menino.


Entediado, Antonio acabou apagando ali, na cadeira mesmo. Já passava das 9 da noite, quando alguém veio acordá-lo. Antonio, no entanto, pelo menos, durante os primeiros segundos, preferiu não ter aberto os olhos.


Antonio viu apenas um monte de barba na sua frente. Apenas quando o homem se afastou, ele pôde observar melhor a feição daquele que estava à sua frente. O cara devia ter quase três metros, era gordo e parecia não possuir nenhum senso de beleza. Seu cabelo estava, urgentemente, na opinião de Antonio, precisando de um corte, assim como a barba. As roupas que ele usava estavam extremamente fora de moda... pareciam até um tanto cafona!


No entanto, depois do susto inicial, uma coisa intrigou Antonio. E não foi apenas o fato de aquele homem ser anormalmente alto, mas foi, principalmente, a impressão de confiança que Antonio teve naquele gigante, apesar de nunca tê-lo visto mais gordo.


‘Olá! Você é o Antonio, certo?’, perguntou o homem, numa voz grave, no entanto serena.


‘S... Sim’, respondeu o garoto.


‘Hum... Prazer, meu nome é Hagrid. Sou o guardião das chaves de Hogwarts. Vim te apanhar’.


‘Tive um ligeiro palpite’.


‘Bom...tô vendo que você me esperou o dia todo’, falou Hagrid, observando a cara de sono do garoto. ‘Desculpe, mas tive que procurar o jovem Harry Potter, para que ele pudesse comprar tudo que tava precisando’, continuou o gigante. ‘Você tem sorte, vai começar a estudar em Hogwarts no mesmo ano que Harry, espero que vocês fiquem na mesma casa, sabe?’.


‘Ah...’, respondeu o garoto, como se estivesse entendendo alguma coisa.


‘Bem... tô com um pouco de pressa. Será que suas coisas tão prontas?’


‘Sim... elas tão lá em cima!’.


‘E o quê está esperando? Vá pega-las!’.


‘Mas já? O senhor já falou com a Madame Maggie?’.


‘Não se preocupe com isso. Agora, vá pegar suas malas’.


‘Tá! Tô indo’, respondeu Antonio preocupado.


Mesmo com um pouco de receio, Antonio foi buscar sua mala. Não havia muita coisa, apenas algumas peças de roupas que o orfanato deu para ele. Ele se despediu do quarto que o abrigou durante mais de um ano, e partiu. Hagrid o esperava no saguão de entrada, juntamente com a madame Maggie, diretora do orfanato. Ela despediu-se do garoto, e desejou-lhe boa sorte.


Mesmo sem entender muito bem, Antonio agradeceu por tudo, e também disse tchau. Ele e Hagrid finalmente deixaram o orfanato. O gigante se dirigiu para uma moto parada ali perto. Era difícil acompanhar Hagrid. Para cada passo que ele dava, Antonio tinha que dar três. O garoto já chegou onde estava a motocicleta, cansado com a caminhada.


‘Suba!’, disse Hagrid.


‘Tá!’, respondeu o garoto, dando mais uma olhada naquela construção tipicamente britânica. As paredes eram de tijolos vermelhos, com muitas janelas de bordas brancas. Apenas a luz da entrada estava acesa. A moto de Hagrid era muito diferente, principalmente pelo fato de o assento se ajustar à pessoa que sentasse.


‘Segure-se, vamos partir’, Advertiu Hagrid. Só então é que a maior surpresa veio, a moto podia voar. No começo Antonio sentiu medo, mas depois ele passou a gostar daquele meio de viajar, apesar do frio infernal que ele sentia.


Os dois viajaram durante boa parte da noite. Pousaram, então, numa rua deserta, em frente a um prédio velho, com uma porta que aparentemente não agüentaria muito, caso ventasse mais forte. Havia uma placa em cima da porta. Ela era negra e com bordas que já foram douradas um dia, antes de ficarem tão sujas. Somente quando Antonio e Hagrid chegaram perto da porta, apareceu, do nada, o nome daquele estabelecimento na parte negra da placa, Caldeirão Furado.


Por dentro, parecia mais um bar, daqueles que Antonio nunca nem pensaria em entrar caso passasse perto. O clima era pesado, havia uma espécie de fumaça no ar, e o cheiro também não era lá essas coisas. As pessoas, todas adultas e, a primeira vista, tinham velhos. Havia tanto homens, quanto mulheres, que encaravam Antonio. Elas, porém, sorriam carinhosamente, desejando boa sorte em Hogwarts. Todos se vestiam do mesmo modo que Hagrid. Antonio teve receio que ele também tivesse que se vestir daquela maneira.


Hagrid, que segurava a bolsa com as coisas de Antonio, dirigiu-se ao balcão. ‘Oi Joe, será que o quarto onde eu e o jovem Potter ficamos noite passada ainda está livre?’, perguntou Hagrid, apertando a mão daquele senhor de cabelos brancos, muito menor do que ele. Antonio teve a impressão de que a mão do Sr. Joe se desmancharia em contato que a enorme mão de Hagrid.


O Sr.Joe, no entanto, apenas sorriu amigavelmente e disse para eles subirem. E assim fizeram, subiram um pequeno jogo de escadas e entraram no terceiro quarto do lado esquerdo. Hagrid convidou Antonio para entrar. O garoto notou que havia uma cama bem maior que uma cama de casal. ‘Talvez por isso Hagrid tenha pedido esse quarto!’, pensou. Exausto, Antonio nem esperou Hagrid dizer para que se deitasse, se atirou na outra cama, esta normal, e dormiu o resto da noite.

Pela manhã, Antonio notou que Hagrid já havia se levantado e saído do quarto. Pouco tempo depois, ele ouviu a voz do Sr. Joe chamando-o na porta. Ainda com cara de quem não dormiu o tanto que deveria, Antonio atendeu. O Sr. Joe deu bom dia. Ele trazia uma bandeja repleta de sanduíches, e uma jarra de um suco que Antonio nunca tinha visto.


‘De que é esse suco?’, perguntou Antonio, com medo de ser alguma espécie de poção mágica.


‘Como que suco é esse? É suco de abóbora!’ respondeu Sr. Joe um tanto surpreso.


‘Abóbora? Nunca tomei esse suco!’.


‘Você vem de uma família Trouxa, Não é?’


‘Trouxa?!’.


‘Sim, quem não é mágico! Tá na cara isso!’.


‘Bom... Sim’.


‘Ah! OK, é mesmo!! Ia me esquecendo de avisar a você! Hagrid avisou para você esperá-lo aqui, OK?’


‘Tá, tudo bem, não se preocupe!’, respondeu Antonio, fechando a porta, quando Sr. Joe se despediu.


Antonio já não agüentava mais comer tanto sanduíche. Cada vez que a bandeja chegava perto do fim, apareciam mais sanduíches. Ele comeu tanto, que sua barriga parecia que ia explodir. Até para se levantar estava difícil. O suco de abóbora era delicioso. Jamais ele tinha provado nada igual, nem mesmo Coca-Cola se comparava.


Já passavam das onze horas quando Hagrid chegou. Ele falou para Antonio pegar a chave que chegou junto com a carta. Uma vez prontos eles desceram as escadas e se dirigiram para as portas dos fundos. Aquela saída dava de frente com uma parede com tijolos vermelhos. Hagrid, que carregava um guarda-chuva bateu em alguns tijolos, e estes começaram a se mover.


Uma passagem se abriu. Ela dava direto numa estreita rua, lotada de pessoas, que Antonio julgou serem bruxos pelo modo de se vestirem. Hagrid falou para eles irem ao banco que ficava no fim da rua. Antonio perguntou como ele poderia ter dinheiro, se seus pais não sabia onde estavam, e mesmo assim não tinham conta nesse tal de Gringotes. Hagrid, porém, apenas disse que o dinheiro foi deixado por uma mulher chamada Fátima, que pediu para Dumbledore ensiná-lo.


‘Quem é Dumbledore e Fátima?’, perguntou Antonio.


‘Er... bem, Dumbledore é o diretor de Hogwarts. Já essa Fátima eu não sei de quem se trata!’


‘Ah... bom se ela deixou dinheiro para mim... fazer o quê?’


Ele e Hagrid entraram no banco. A porta de entrada era tão grande que Hagrid parecia uma pessoa de tamanho normal. O piso era tão limpo que parecia que eles estavam andando sobre um espelho. Os funcionários do banco, no entanto, era tão estranho, quanto ver uma vaca voando. Eles eram pequenos, do tamanho de anões, com orelhas grandes, nariz pontudo e olhos diminutos, porém ameaçadores.


‘Há... Hagrid... O que são essas coisas?’, perguntou Antonio, quase tremendo.


‘Goblins... são muito inteligentes. Mas nada amistosos. É melhor ficar perto!’.


Antonio de aproximou de Hagrid. E assim caminhou até pararem em frente a uma mesa, onde estava um Goblin que parecia ser o mais velho de todos. ‘O Senhor Antonio queria fazer um saque!’ anunciou Hagrid.


‘E o senhor Antonio, por acaso, tem a chave?’, respondeu o Goblin, olhando fixamente nos olhos do garoto. Os dentes daquela criatura eram pontiagudos e seu bafo era horrível.


‘Bo... bom... er ... tenho... tá no meu bolso’, respondeu com a voz trêmula.


‘Muito bem... Hagrid, você sabe o caminho’, continuou o Goblin.


‘Pode deixar comigo’, falou Hagrid virando para a esquerda.


Os dois se dirigiram para uma porta. O local era um pouco escuro, iluminado apenas por lamparinas. Havia alguns carrinhos estacionados. Eles estavam numa espécie de ferrovia, mas completamente diferente das ferrovias que ele estava acostumado a ver. Os trilhos ficavam suspensos, por enormes cabos de aços. Um outro goblin, de voz muito fanhosa, para dizer a verdade, estava esperando Hagrid e Antonio.


‘Por aqui, por favor’, disse aquele pequeno goblin.


Os dois embarcaram, seguidos pelo goblin que ficou mexendo na alavanca que ficava à frente. Antonio teve a impressão de que o carro fosse desabar por causa do peso de Hagrid. O anão então perguntou qual era o número da porta, que eles desejavam realizar o saque.


‘Er...bom peraí’, disse Antonio. Ele começou a procurar a chave dentro da bolsa. Como não tinha muita coisa, logo ele achou o que procurava. ‘O numero é 306!’, continuou.


O goblin mexeu, então, na alavanca puxando-a para trás. O carrinho era rápido, mas Antonio não perdia um só lance da viagem. Observava os carrinhos que cruzavam com eles, as estalactites que se formaram naquela imensa caverna escura. Aliás, aquele lugar dava medo, pois não dava pra ver as paredes. Como o carro continha apenas um farol, que não iluminava com força, Antonio teve medo de um acidente. No entanto, logo o carro chegou perto de uma parede. O garoto observou que havia portas nessa parede.


O carro andou um longo lance de portas até parar exatamente na porta onde havia o número 306, escrito em um reluzente dourado. O goblin desceu, seguido por Antonio e Hagrid.


‘Chave, por favor!’, rosnou o goblin.


‘Aqui... tó!’, respondeu o jovem.


A porta então abriu e Antonio pôde ver uma infinidade de moedas douradas. Aquilo tudo era para ele? Como? Quem era essa tal de Fátima que havia lhe dado tanto dinheiro? E porquê toda essa “generosidade”? Antonio, novamente, não tinha as respostas para essas perguntas.


No entanto, ele não se ateve muito a isso. Estava mais interessado naquele monte de dinheiro. Hagrid pegou algumas moedas e entregou para Antonio. Ele explicou que as moedas se dividiam na seguinte ordem: Nuques, Sicles e Galeões. Feliz, pois nunca tinha visto tanto dinheiro, Antonio, juntamente com o gigante Hagrid, se dirigiu para fora do Banco. Na saída, Hagrid disse que tinha um certo assunto para tratar com os goblins e voltou, dizendo para Antonio esperá-lo fora.


O garoto saiu, e começou a contemplar aquela estranha construção. O prédio do Gringotes era torto, com duas grandes colunas dispostas cada uma de um lado. Do lado da entrada havia uma placa, onde estava escrito:




"Entrem estranhos, mas prestem atenção

Ao que espera o pecado da ambição,

Porque os que tiram o que não ganharam

Terão é que pagar muito caro

Assim, se procuram sob nosso chão

Um tesouro que nunca enterraram

Ladrão, você foi avisado, cuidado,

pois vai encontrar mais do que procurou.”




N/A: Oi! Recentemente eu tive que dividir esse capítulo em dois, ele tava afugentando os leitores... gigante, esse capítulo. foi o maior... depois fica mais trnquilo... naum assutem com ele, ok? leiam, e lembrem-se, minha fic tahhh mto parecida com o PF e vai parecer ainda mais, mas depois do cap. 5 ela começa a apresentar as diferenças e peculiaridads.. leiam, comentem e votem, plis! teh mais, galerenha!

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