o Encontro.
Um som irritante acabara de tirar-me de um sonho, o qual eu nem me lembro mais. Inclinei meu corpo pra o lado e rumei meu braço em cima do despertador, mas infelizmente a zoada não acabou, abri meus olhos na tentativa de achar a origem do som, olhei da minha cama pra a penteadeira e quase tomei um susto, o lindo relógio de florzinha que minha mãe me dera marcava exatamente 12:00.
Levantei-me e arrastei meus pés até consegui abri a porta que dava pra escada da sala, desci e fui em direção á cozinha. A visão que tive foi meio... bota-estranho-nisso, minha mãe se revezava entre duas panelas do fogão, uma quase salada em cima do balcão e um suco alaranjado batendo no liquidificador; geralmente ela fazia o almoço bem mais sedo.
Caminhei em direção do liquidificador e apertei o botão “desligar” e finalmente a casa ficou silenciosa novamente, minha mãe parou de misturar algo parecido com frango xadrez e me encarou.
Dês de quando eu era pequena até hoje o único olhar que conseguia se igualar ao de minha mãe era o de dumbledore, se ela não fosse trouxa eu chegaria até a desconfiar que ela estava praticando oclumência.
-“Obrigado filha, já estou praticamente com os cabelos em pé de tanto me virar pra terminar o almoço.”- ela falou com um entusiasmo praticamente saltitante. -“não precisa ficar assim, ok? Fazer tudo isso pra me reanimar”- Falei a mesma coisa que vinha repetindo praticamente a semana toda. –“sabe, cansei de tentar. Infelizmente esse almoço não é pra aumentar sua baixa alta estima”- se não fosse sua mãe que tivesse juntado ‘aumentar’ ‘baixa’ e ‘alto estima’ na mesma frase, eu teria quase rido. Quase. –“bem, então que motivo a levou a preparar esse almoço a essa hora?”-perguntei apontando pro meu antebraço, simulando um relógio. -“seu pai trará uma visita, eu sei que é meio em cima da hora mais ele disse que é importante”- ela deu de ombros e me olhou, quer dizer, ‘realmente’ me olhou de cima a baixo como uma mulher de alta classe olha um mendigo ou algo do gênero. –“é melhor você se apresar, daqui a pouco eles vão chegar e você não vai querer ser vista assim.”
***
Depois de ser quase expulsa da minha própria cozinha, larguei minha mãe cuidando do almoço e voltei pro meu quarto, disposta a tomar um banho e mudar do estilo melancólico.
Quando eu desci novamente, minha mãe já tinha terminado de por na mesa o almoço e também já tinha sumido. Quando eu estava pensando em roubar um pouco do purê, ela voltou e cortou meu barato, parei de olhar a comida e a encarei.
-“você não disse que teríamos visita no almoço?”- ela confirmou co a cabeça-“então cá...
Não deu nem tempo de eu terminar o que ia falar, o tintilar alto dos sinos da campainha soou fazendo minha mãe pular de susto e excitação.
-“deve ser eles”- e saiu correndo pra sala de visitas. Eu, no entanto hesitei em ir. Poderia garantir que faria o visitante sair correndo da minha casa com a cara de enterro que eu carregava.
Sentei no pé da escada e fiquei encarando a comida. Eu poderia sorrir, e dizer que estou bem, mas não é verdade. Poderia voltar pro meu quarto e continua chorando, mas alem de tratar mal a visita eu iria magoar meus pais, que nos últimos dias fizeram milagres só pra tentar me alegrar. Então resolvi ficar nomeio do caminho, pelo menos eles não podem dizer que não tentei.
Meia hora se passou e nada de virem pra cozinha, eu estava no impasse de ir pra sala ou petiscar a comida quando ouvir passos no outro cômodo, minha mão passou pela cortina e veio correndo em minha direção. No começo eu não entendi mais logo minha mãe já tinha seus braços em volta de mim me pressionado conta ela e sufocando-me em um grande abraço de urso, depois de um tempo no qual não consegui me mexe, senti algum liquido escore no meu pescoço e percebi que ela estava chorando.
Quando finalmente o aperto afrouxa, afastei-me um pouco dela ansiando por uma corrente de ar. Mais suguei um pouco de oxigênio e minha mãe já me veio com um jorro de palavras como só ele conseguia fazer.
-“Há minha filhinha, eu tinha ficado tão chateada com você” – ela disse com carinho, por um momento tive que me lembrar de que quem estava chorando era ela. – “Eu e seu pai mal deixamos você falar e fomos logo nus exaltando e brigando com você por ter apagado nossas memórias e fugido.”
Eu a olhei surpresa, custou-me horas pra tentar botar na cabeça deles que o perigo de manter as suas memórias era muito grande, e mais horas pra convencer de que os meninos não fizera-me mal algum, á não ser....
- “Filha, desculpe por ter implicando tanto quando você contou-me de que estava namorando”. – É, tinha demorado pra ela lembrar – “eu estava tão entorpecida pensando nas loucuras de jovens como vocês poderiam fazer perambulado por ai que não acreditei quando vocês falaram de Valdelort.”
- “Valdemort, mãe” – falei, mais pelo automático do que eu mesma. Minha mente nesse momento estava ocupada demais tentando ver onde essa conversa se encaixava em tudo.
A guerra acabou no meio do ano, Confere. Voltei pra casa há duas semanas, Confere. Briga com o Rony, Confere. Almoço na casa, Pendente.
- “espera mãe” – A interrompe - “Quem te falou tudo isso?”
-“Seu pai conheceu um moço no escritório, enquanto ele examinava seus dentes, o homem reconheceu nosso sobre nome e perguntou pra seu pai se ele a conhecia. Depois que lhe contou o parentesco o homem disse que também era bruxo e seu pai o convidou pra almoçar e então...
Mais eu não soube o que aconteceu então, estava muito ocupada correndo a toda velocidade pra sala. Quando eu cheguei lá o homem estava de pé em frente a meu pai apontando-lhe a varinha para o peito.
- “Expelliarmus!” – gritei, a varinha voou diretamente pra minha mão, assustado o homem olhou pra mim, mais antes que eu falasse outro feitiço pra deter ele meu pai falou.
- “Hermione, não fassa isso!’- completamente o ignorando ele eu continuei fitando o cara na minha frente.
Dei um paco mais pra perto dele e apontei a varinha pra sua cabeça – “quem é você?” – perguntei. Minha voz estava tão rouca que quase não a reconheci.
-“C-Colin Sta.Granger, Colin Creevey” – ele gaguejou. Seus olhos aterrorizados demonstravam tanto medo quanto sua voz falha e suas pernas tremendo.
- “O que quer com minha família Ser.Creevey?”- Apesar da situação inapropriada eu estava quase rindo de sua cara, não sabia que poderia causar tanto medo em alguém.
- “Eu estava na cidade pra visitar minha mãe nascida trouxa, ela se afastou um pouco com medo da guerra. Eu estava sentindo muita dor no maxilar e ela disse que era melhor eu ir num dentista próximo a casa do que se ariscar no St.Mungus” – ele falou rápido, tropeçando em suas palavras.
Eu não estava muito confiante naquilo, então uma idéia me veio a cabeça. Entrei de supetão na sua mente, sem dar chances de ele fechar. As imagens estavam meio embaralhadas por causa do seu nervosismo mais eu consegui ver uma mulher de cabelos escuros e encaracolados olhando dentro da boca do mesmo rapas que estava aqui em casa, depois outra imagem dele no escritório de meu pai, depois ele com meu pai em uma sala cheia de fotos e recortes de jornal e finalmente ele aqui em casa.
Quando eu sai de sua menta meus ombros relaxaram, ele olhou pra mim confuso.
- “você entrou na minha mente?” – ele perguntou espantado. Eu assenti e caminhei pra lhe entregar sua varinha – “Minha nossa, nunca vi alguém agir tão rápido em combate!”
Meu pai pigarreou, por um momento eu tinha esquecido de que ele e minha mãe ainda estavam ali. Ele me olhou com um misto de orgulho, emoção e confusão estavam estampadas em seu rosto. Eu fitei-o cautelosa.
- “Desculpe-me pai” – falei – “tinha que conferir se ele era o que dizia ser, não posso arriscar perder vocês” – olhei de relance pra minha mãe na soleira da porta, ela me mandou um sorriso afetado.
- “Eu que tenho de me desculpar” – papai falou, surpresa eu olhei pra ele – “fui inconseqüente a trazer qualquer um pra casa.” – falou ele cabisbaixo – “sem ofensa Colin.” – adicionou para cilin que ainda me olhava admirado – “ Me desculpe por não ter acreditado em você quando voltou da guerra, ele nus disse o quão corajosos vocês foram enfrentando o mau. Eu me sinto orgulhoso de você”
Soltei um gritinho e voei nos braços de meu pai. Ele esta orgulhoso de mim, (toma essa insegurança) dês de pequena eu fazia de tudo pra meus pais ficarem
felizes, sempre achei que foi por isso que eu virei uma CDF. Afastei-me sorrindo de meu pai.
- “Tudo bem papai, o importante é que estamos salvos. Obrigado Colin por se...”- eu estava prestes a fazer uma piada sobre ele ter quase caído de medo quando eu vi. Bem perto do coz da calça social caqui de colin uma mancha se estendia até os tênis super coloridos dele – “o meu deus!” – ofeguei – “Colin você...” - eu tentei terminar a fala só que o riso engasgado na minha garganta com certeza sairia se eu o fizesse. Então eu só gesticulei pra a recém mijada calça dele.
Nesse momento minha mãe explodiu em uma gargalhada tão alta que eu achei que colin tinha lançado um Rictusempra {N/A: feitiço do riso} nela. Meu pai se limitou a colocar a mão na boca enquanto colin mudava de super pálido para vermelho tomate. Rapidamente eu apontei a minha varinha para sua virilha e lancei um feitiço para limpar a ‘umidade’.
Muito vermelho Erick olhou pra mim e murmurou um ‘obrigado’. Lancei um olhar zangado pra minha mãe que até agora ria de se acabar. Meu pai se recompôs e começou a andar até a cozinha no meio do caminho ele parou e disse.
- “bem não sei vocês mais eu estou morrendo de fome” – minha mãe o seguiu deixando eu e colin na sala.
- “me desculpa por te assustar?” – perguntei fitando-o. – “tudo bem”- disse sorrindo- “sempre fui meio molenga assim” – ele deu de ombros e foi pra cozinha. Eu fiquei mais um segundo olhando suas costas, tinha uma coisa que me dizia que eu o conhecia de algum lugar.
* * *
O almoço ocorreu normalmente, conversamos sobe a guerra e também sobre como derrotei Valdemort, com mamãe e papai lançando-me olhares de puro orgulho a cada palavra que Colin falava. Quando tudo terminou, eu e Colin deixamos eles arrumando a cozinha e fomos conversar em outro lugar.
- “Sua família é bem legal” – ele falou assim que nus sentamos no sofá vermelho da sala.
- “É, eles são ótimos” - concordei sorindo.
Um silencio constrangedor caio entre nós enquanto eu olhava ele, seu corpo não era o que se podia dizer forte, mais sua magreza tinha um certo charme. Seus olhos pretos estavam grudados nos meus fazendo-me ter uma sensação de querer rir.
- “Então” – ele começou –“Você vai voltar pra hogwarts esse ano?” – perguntou.
- “Eu não sei” – respondi, eu realmente não sabia – “com tudo que tem acontecido eu acho que não vou voltar mais.”
- “hum que pena. Eu vou voltar, estou sentindo saudades.” – falou rindo.
- “Você também é de hogwarts?” – Perguntei surpresa. Ele concordou – “ Nossa que legal. Você é de que casa?”
- “Grifinoria” – ele respondeu. E finalmente minha ficha cai. Quarto cheio de fotos, nome Colin Creevey, grifinoria.
- “Ho meu Deus!” – gritei – “ você é Colin!”
Minha mãe e papai apareceram na soleira da porta, alertados pelo meu grito. – “algum problema?” – perguntaram.
- “Colin” – falei apontando pra ele – “Ele é colim”
Minha mãe sem entender nada falou – “Sim filha ele falou isso pra nós”
- “Não” – falei frustrada - “Colin, aquele menino do segundo ano, o que foi petrificado comigo. O que gostava de tirar fotos do Harry” – Falei, finalmente tinha percebido de onde eu o conhecia – “Garoto, como você cresceu” – completei sabiamente.
- “Vocês já se conhecem?” – Meu pai perguntou. Eu balancei minha cabeça afirmativamente. – “há, então não há problema querida vamos deixá-los sozinhos” – ele falou colocando ênfase no ‘sozinhos’. Mamãe que logo entendeu o recado voltou pra cozinha.
O silencio voltou a reinar na sala, eu me pendurei entre um pé e outro quando finalmente ele voltou a falar.
- “Bem, então eu vou indo antes que minha mãe fique preocupada”- eu sabia que era uma desculpa, eu o vi se despedir da mãe quando estava na sua cabeça. Mais mesmo assim eu o acompanhei até a porta.
- “Então, te vejo em hogwarts!” – gritei enquanto ele atravessava o jardim, ele virou pra me ver, seu cabelo claro esvoaçou por seu rosto enquanto ele me lançava um sorriso sobre o ombro e aceava. Eu acenei de volta e fechei a porta quando ele desaparatou.
- “ele já foi embora?” minha mãe perguntou quando cheguei na cozinha.
- “Sim” – respondi. Coloquei as duas mãos na cintura e olhei-os com raiva - “porque fizeram isso comigo?” – perguntei indo direto ao asunto.
- “O que filhinha?” – mamãe me perguntou fazendo cara de desentendida.
- “você sabe muito bem. Deixar-me sozinha com o coitado do Colin, só porque o Rony me deu um pé na bunda não quer dizer que eu tenho que ficar com o primeiro que me aparecer”- Falei com raiva.
O arrependimento dela era visível em seu rosto – “desculpa” – ela pediu eu cheguei mais perto e a abrasei
- “claro que eu te desculpo mãe, só não face outra vez ok?” – ela concordou. Me soltei e fui em direção a escada, meu quarto, era do que eu precisava agora.
- “De noite vai passar um filme bom na TV, você vem assistir conosco?” – ela perguntou.
- “claro!” – respondi e entrei no meu quarto.
* * *
- “Eu te amo!”- o homem falou. Eu estava deitada no outro sofá vermelho da sala, assistindo o filme mais romântico e melancólico da minha vida. A minha direita meu pai chorava copiosamente (o que acontece toda vez que assistimos filmes) e minha mãe jazia adormecida ao seu lado dês de antes do primeiro comercial. Olhei pra o relógio em cima da TV, 11h30min só mais vinte minutos e eu posso finalmente voltar pra meu quarto.
Eu estava percebendo o quão clichê foi o casamento dos personagens principais quando um CLACK alto seguido de um outro pode ser ouvido do lado de fora da casa.
Meu pai desgrudou os olhos da televisão e olhou pra mim asistado – “o que foi...” – não consegui ouvir o resto porque um alto BOM cortou o som de sua voz. Vários outros sons de estouro foram ouvidos, até que um rugido de dor cortou a noite. Eu estava muito confusa pra ter alguma reação.
- “GANGERR” – alguém gritou – “ME AJUDE!”
Virei pra meu pai assustada – “quem está pedindo ajuda?” – perguntei. Meu pai me olhou confuso - “Não tem ninguém pedindo ajuda” – ele respondeu.
- “ESTÁ SURDA MENINA?” – alguém perguntou novamente. Então eu percebi, não estava falando em voz alta, era na minha cabeça.
Corri até a porta e sai pra noite. Em frente a minha casa eu vi uma sena inusitada, Malfoy filho e Malfoy pai duelavam literalmente no meio da rua, pra falar a verdade eles não duelavam, pois Malfoy filho só fazia se esquivar e ser atingido logo depois por feitiços vindos de seu pai.Eu corri em direção a ele, puxando minha varinha do meu pijama.
Quando estava uns cinco passos dele seu pai lançou-lhe um feitiço tão forte que o fez cair bem longe de onde estava. Eu olhei assustada, aquilo era magia negra e ele estava usando-a contra seu filho. Mirei minha varinha nele e gritei.
- “Expalliarmus” – Malfoy olhava sego para onde o filho avia caído e não percebeu que o feitiço vinha, quando o feche de luz vermelho o atingiu, ele caio num baque surdo no chão. Virei para Malfoy filho e o vi levantar com um pouco de dificuldade, quando ele começou a falar obrigado uma dor excruciante tomou todo o meu corpo - muito pior que qualquer vez que eu já recebera um cruciatus, a dor foi tanta que me fez cair.
Malfoy mirou novamente em seu pai e começou a lançar-lhe uma seção de feitiços que nunca ouvi antes, até que uma luz azul saiu de sua varinha atingindo Lucios que dou um berro. Minha dor foi parando lentamente, olhei sobre o ombro e vi Lucios caindo com um profundo corte que vinha de seu ombro direito até perto de sua virilha. Depois de perceber que avia perdido ele aparatou novamente para o lugar onde tinha vindo.
Olhei pra o lado e vi o exato momento em que Malfoy caiou novamente no chão desmaiado. Sem mais forças minha cabeça foi de encontro ao chão, enquanto eu também desmaiava.
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Oi pessoal, esse foi o primeiro capitulo da minha fic!
Eu e beta (na verdade Beto pq é homem ele não é da f e b só um grande amigo meu) resolvemos postar finalmente nossa fic, agradecemos profundamente se você continuar lendo, e mais profundamente ainda se você comentar.
Vou demorar + o – 3 dias pra postar o cap 2. Tenham paciência. Obrigado por sua atenção.
Bjs...Karine e Beto!
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