Trecho 3
- Harry?!
- A gente pode conversar?
- Claro, entra! – ele entra e senta. Maya nota que, apesar de estar falando mais calmo, ainda estava muito alterado.
- Maya, desculpa por tudo o que eu te falei lá na minha sala, tá? Mas é que eu fiquei muito nervoso...
- Tudo bem, esquece isso... Águas passadas...
- Mas, Maya, me diz... O que aquela sua amiga te disse depois que saíram da minha sala? Ela disse porquê inventou aquela história toda?
- Harry!!! A Renata não inventou nada!!!
- Ah, claro que não... Coincidência ela ser filha da minha mãe com meu padrinho e ter minha idade, não acha? Maya, será que você não percebeu que ela disse que minha mãe traiu meu pai com meu padrinho?!?!
- Pra que raios ela ia dizer isso se não fosse verdade?
- Ah, vai saber... Não a conheço, não sei do que é capaz!
- Mas eu a conheço muito bem e sei que ela não ia brincar com algo tão sério!
- Ah, você acredita mesmo que você a conhece? Vocês ficaram um ano separadas, vai saber pra que lado ela seguiu...
- Eu não acredito que estou ouvindo isso de você!
- Posso saber o que tem de errado no que eu disse?
- Pode, claro que pode! O errado nisso tudo é que você tá acusando minha amiga injustamente! É pouco?
- Ah, você vai ficar do lado dela? Mesmo você sabendo do quê ela tá acusando minha mãe e meu padrinho?
- Eu não to do lado de ninguém, to simplesmente falando a verdade!
- Será que até você ela engana? Será que eu sou o único que vê a verdade nisso tudo? Maya, você lê mentes, porque não lê a dela e vê a verdade?
- Eu não faria isso com a Renata, jamais! Assim como jamais faria com você!
- Por que não?
- Porque eu confio nela!
- E em mim não?
- Harry, não complica as coisas...
- Não precisa dizer mais nada, Maya Holloway Lupin! Já entendi tudo! Você quer ficar do lado da sua amiga, ok, você fez a sua escolha! Não se arrependa depois! Já que entre ela e eu você acredita mais nela, eu não tenho mais nada a fazer aqui! – diz ele, se levantando, com a voz alterada.
- Harry, não começa... Você não pode fazer isso comigo...
- Adeus, Srta. Lupin! E, a propósito... – ele tira a aliança de compromisso que estava em seu dedo e a joga em Maya – acabou!! – e, sem olhar para Maya, aparata.
Maya ficou estática. Aquilo não acontecera. Harry não terminara com ele. Não era verdade. Não podia ser verdade!!!!
Ela sentiu suas pernas vacilarem, e sentou de mau jeito no chão. Ao fazer isso, ela deixou cair algumas fotos do sofá. Entre elas estava uma dela com Harry... Eles voavam na vassoura dele, e seu pai tirou a foto. Ela olhou para o lado e viu a aliança que Harry jogara nela, e a pegou. Nela estava escrito “Harry & Maya – Je t’aime”. Ela então começou a chorar.. Chorou como nunca chorou em sua vida.
FLASH BACK
- Eu dou um beijo por seus pensamentos... – sussurra Harry, despertando Maya de seus pensamentos. Ela estava na beira do lago onde foi realizado o casamento de Lupin e Tonks, quieta e pensativa.
- Proposta tentadora! – brinca ela. – você viu como meu pai está feliz? Eu não o via assim há tempos, é tão bom ver aquele sorriso sincero no rosto dele de novo! – ela sorri.
- Realmente, aqueles dois estão só sorrisos! – ri Harry – sabe o que eu estava imaginando?
- O quê?
- O dia do nosso casamento... Em que estaremos nós dois naquele altar!
- Não sabia que você pensava nisso já!
- Ah, Maya, somos noivos, não tem como não pensar nisso né? – ri Harry – eu tenho pensado muito nisso...
- Aw jura? E que tal me contar á que conclusão chegou?
- Ah, eu só pensei que, se já somos assim – tão apaixonados – enquanto noivos, imagina quando nos casarmos! Não vai haver nada que consiga nos separar! – ele sorri.
- Ah, mas não existe nada nem ninguém que tenha esse poder... Acha que vou deixar você escapar de mim, depois de ficar um ano letivo todinho atrás de você? Tsc tsc tsc... – diz Maya, e ambos riem. Harry passa a encarar Maya e acariciar seu rosto.
- Promete pra mim que nunca vai me abandonar? – ele pergunta, de repente.
- Ué, porque isso agora?
- Promete...
- Eu nunca vou te deixar! E você... Jura que não vai me deixar também?
- Eu juro. – diz ele com convicção.
- Você prometeu... – diz Maya, distante, baixinho, chorando como nunca.
- Maya, onde eu... O que houve?! – pergunta Renata, que acabara de sair do banho. Ela se senta ao lado de Maya.
- O Harry esteve aqui... – ela mostra a aliança dele. Renata entende.
- Ahhh Maya, não... Aw, eu sinto muito... – diz ela.
- Tudo bem, se é a escolha dele, eu respeito... – diz Maya com a voz falha. – Rê, agora eu.. Eu acho que vou dormir um pouco, ok?
- Tá, descansa... Depois conversamos melhor!
- Brigada! – ela sorri como que agradecendo e sobe as escadas, parando no meio do caminho. – ah, seu quarto está pronto, é o ao lado do meu, quando quiser pode ir dormir, deixei a chave na porta ok? – e ela vai pra seu quarto.
Renata fica ali, pensando um pouco sozinha, mas logo vai dormir. No dia seguinte começaria em sua nova equipe e tinha que chegar cedo... E ver Harry Potter. Sua amiga não lhe disse nada, mas ela tinha certeza que eles terminaram por causa do que ela contou. Mas o que fazer, se eles tinham a mesma mãe? Além disso, não havia como negar que ela era filha de Lílian.. Era realmente parecidíssima com ela, salvo pelos olhos, que eram de seu pai. Então, como negar o que estava mais do que estampado na cara dela?
FLASH BACK
- Para a próxima aula, dois rolos de pergaminho sobre a revolta dos Duendes. Estão dispensados. Ah não ser você, Srta. Black. Por favor, acompanhe-me. – diz a professora de História da Magia á Renata. Maya faz menção de as seguirem. – Sinto muito, Srta. Holloway, mas você não poderá ir junto.
- Mas, professora...
- Sem “mas”, Srta. Holloway. Venha, Srta. Black. – ela faz a frente e Renata, depois de lançar um olhar de desculpas á Maya, segue-a. Percebe, a julgar pelo caminho, que seguiam para a sala do diretor. Começou a pensar o porque de a estarem levando para aquela sala. Será que descobriram tudo o que ela e sua amiga andaram aprontando? Será que iria levar uma detenção, ou pior, ser expulsa? Mas chegando na sala referida...
- Papai!!!! – ela exclamou, abrindo um largo sorriso e correndo ao seu encontro. Renata morava na França e seu pai na Inglaterra. Eles raramente se viam, mas ele sempre que podia ia à escola... E hoje foi!
- Como vai, filhinha? Estava com saudades de você!
- Eu também papai... Você demorou mais que o normal dessa vez! Pensei que não voltaria mais!
- Quem vê pensa que eu consigo ficar longe de você por muito tempo né?
- Mas, e ai, o que me conta de noticias?
- Er.. Escute, é que...
- O que houve papai?
- Eu preciso te falar uma coisa que pode te assustar, mas é preciso que você fique a par... Bom, lá na Inglaterra estamos enfrentando tempos negros que, se não forem combatidos, podem levar o mundo todo ás trevas. Bom, eu não tenho certeza de quando eu poderei voltar aqui e... E qualquer coisa aconteça, siga em frente.. Ok?
- Papai, você esta me assustando... Você não vai me deixar não é?
- Enquanto eu viver, jamais. Mas ouça.. Agora eu tenho que ir...
- Mas já?
- Tenho coisas á resolver urgentemente...
- Tudo bem.. Tchau pai! – ela lhe dá um beijo no rosto.
- Adeus, filhinha... – ele aparata.
- De alguma forma ele sabia o que ia acontecer... – ela falava, lembrando que, naquele mesmo ano, seu pai faleceu. Então, ainda pensando em seus pais e em como lhe faziam falta, foi se deitar.
Na manhã seguinte, no Ministério...
Estava a cada segundo mais difícil suportar Harry Potter. Ele estava todo irritado, sendo seco com ela, isso sem contar quando não era explicitamente estúpido! Todos, Aurores ou não, já haviam reparado nisso.
Num certo ponto da tarde, eles estavam sozinhos na sala dos Aurores. Renata se levanta para observar os artigos que estavam espalhados pela sala. Harry vai até uma escrivaninha pegar café e acaba esbarrando nela. Seus olhares se cruzam e só falta sair faísca, tal era o ódio expresso em ambos.
- Licença... – diz Rony, aparecendo na porta.
- Entra Ron.. – diz Harry, voltando á se concentrar no que fazia.
- Eu vim te entregar isso. – diz ele entregando um pergaminho á Harry – Vampiros revoltosos em Londres. A líder deles diz que não sairão de lá enquanto não for encerrada a matança de sua raça.
- Mas a gente só tem matado aqueles que oferecem risco aos Trouxas ou á comunidade Bruxa! Aliás, a gente não, a equipe, eu nunca matei ninguém se pudesse evitar...
- A não ser o Lord das trevas... – diz Rony.
- Não acha que está na hora de chamar ele pelo nome, Ron? Ele já morreu!
- Falar o nome dele só me faz sentir que ele tá vivo ainda, mesmo eu tendo visto ele morrer.
- Aff... De qualquer forma, acho que eu vou agora ver isso dos vampiros... É uma pena ter que interromper esse relatório aqui agora, eu estava deixando ele realmente bom!
- Se você quiser eu vou. – diz Renata.
- Acha que eu não sou capaz de resolver isso?
- Eu só acho que eu seria muito bem capaz de te substituir nisto, já que você está ocupado. Ás vezes uma ajuda não faz mal, sabia? – ironiza Renata.
- Pois eu não preciso da sua ajuda pra nada. – diz Harry entre dentes. Ele sai da sala, mas deixa o endereço do local.
- Argh!!!!! Garoto insuportável!!! – Renata bufa e se senta na sua cadeira.
- Olha... Desculpa o jeito que o Harry tá te tratando. Só que pra ele não tá sendo nada fácil. A vida dele nunca foi a melhor de todas, desde muito novo sempre teve que enfrentar o Lord das Trevas, os olhares curiosos pra cicatriz dele, as pessoas o culpando por tudo que acontecia, perdeu os pais e o padrinho, enfim... E ele nunca soube lidar com isso direito! Aí de repente chega alguém que ele nunca viu na vida e diz que a mãe dele teve uma filha com o padrinho dele durante o casamento dos pais dele: você. É meio difícil de digerir essa notícia.
- Ah, quem vê ele me tratando assim parece que a culpa foi minha, e que pra mim é muito fácil saber dessa história toda!
- Eu imagino que não deve ser, mas... Escuta, eu estudei a vida toda com Harry, passei muitos verões do lado dele e tudo mais, e eu posso dizer com toda certeza: o Harry é uma das melhores pessoas que eu conheci, o meu melhor amigo na vida toda. Ele só tá assim agora, mas se vocês se derem à chance de se conhecer, tenho certeza que...
- Eu não quero chegar um centímetro mais perto daquele garoto! – diz ela, alterada. – ele não sacou que eu perdi também? Que sou tão órfã quanto ele? Que sofri tanto quanto ele? – seus olhos começavam a marejar de lágrimas. Rony não sabia o que fazer. Ele nunca sabia o que fazer quando alguém chorava em sua frente.
- Ouça, eu... Não chore... – ele se abaixou em sua frente. Agora as lágrimas corriam livremente sobre o rosto de Renata. - Como ela é linda... Rony, acorda! Você namora a HERMIONE!! – Rony pensava, olhando pra Renata. Mas... Agora estavam muito próximos. Antes que pudessem conter-se, beijaram-se com muita suavidade e carinho. – Por Merlin, o que estou fazendo? Hermione... Ela não merece isso, mas... Mas eu estou gostando!
- Merlin... O que está acontecendo comigo? Ele é comprometido... Ele.. Ele é lindo... – Renata estava confusa por dentro. Ela se levantou, ele a acompanhou, chegou perto dela, e enxugou as lágrimas de seu rosto, logo em seguida disse:
- Olha, me perdoa, eu não fiz por mal, é que...É...Que...- Ele não sabia o que falar, estava confuso demais para isso.
N/A: Genteeee... olha... já tah rolando um climinha neh?! Pois sim... espero que gostem do novo trecho e comentem, viu???
Bjoks
Rê
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