Segunda-feira
Segunda-Feira
Primeira aula – Feitiços
Nem mesmo os garotos sabiam que tinham tantas aulas em comum naquele dia, mas a verdade é que eu contara meu plano ao diretor Dumbledore que pareceu achar encantadora a ideia de ter um pouco de paz com aquele conflito que já perdurava por anos. Afinal, ambos estariam sobre os olhares critícos de Lílian Evans e May Adams. Que mal poderia haver?
Nossa primeira aula foi feitiços e Dumbledore alterara nossos horários de modo que naquela semana grifinória e sonserina pasassem todas as aulas juntas. Eu já estava ansiosa por começar.
-Quero um duelo limpo, rapazes.-pediu o professor.
Sorrisos sarcásticos inundaram a pláteia. Isso não seria nem de longe limpo. Os feitiços lançados surpreenderam o próprio professor que parecia chocado e admirado com a complexidade existente neles. Certo, mais chocado que admirado, mesmo assim a chuva de faíscas durou até o sinal bater, não havendo perdedor nem ganhador nessa luta. Estam apenas aquecendo.
-Bom duelo rapazes, muito bom. Vinte pontos para as duas casas.
-Trinta professor!-exigi.
-Tudo bem, trinta pontos. E Sr. Potter, treine mais os feitiços não verbais.-aconselhou, o que fez Severo lançar ao garoto um sorriso desdenhoso de satisfação.
Segunda aula – Transfiguração
-Mas que diabos está fazendo Snape?-a professora McGonagall parou a porta.
Os alunos da sonserina riam, eu entre eles. Tiago Potter havia sido transfigurado de modo que uma tromba nascera entre seus olhos castanho escuros. O menino estava furioso e atacava o outro como nunca.
-Já chega!-ordenou ela.
Snape e Potter se viraram para mim, como que esperando meu consentimento. Nada respondi. Eles teriam que sentir o peso de suas decisões, porém ainda era segunda-feira e isso os fez abaixarem as varinhas.
-Nunca vi igual fata de respeito quanto à um professor em toda a minha carreira!-ralhou ela.-Eu podia imaginar isso de você Potter, mesmo que não em minha aula, mas de você Snape? Dez pontos para cada um pela insolência e sentem-se antes que sejam mais.-todos obedeceram.
A aula transcorreu numa chatice incomoda e flagrei Snape consultando seu rascunho. Potter parecia prester a ler o pergaminho quando sua cadeira foi puxada para trás, aparentemente por ninguém.
-Nada de trapaça-murmurei baixinho e então bati algumas vezes no relógio. Faltavam alguns minutos para a próxima aula.
Terceira aula – Adivinhação
Tiago e Snape se sentaram em uma cadeira separada do grande grupo que formamos ao lado deles. Eramos eu, Lily, Remo, Black, Pettigrew e Longbottom. Todos unidos em prol de meu brilhante plano.
-Eu estou vendo uma coisa!-exclamou Tiago no meio da aula. Severo estava deitado na mesa encarando a bola de cristal com tedio constante, não muito diferente da maioria.
-O que é ?-muitos queriam saber.
-Um leão... não... uma vassoura... não...hum... é o professor Dumbledore...não também não...-ele parou pensativo e então pareceu iluminar-se com a resposta.-É a grifinória ganhando a taça de quadirbol... ah! Esqueçam... é só o nariz do ranhoso.-risos por parte da grifinória ressoaram na sala abafada. A professora pareceu ofendida com a falta de atenção com sua matéria.
-Como ousa...!?-esbravejou Snape.
-Cinquenta pontos a menos para a grifinória Potter, seu insolênte!-ralhou a professora irritada.
ALMOÇO
Os alunos da grifinória e sonserina já tinham um enorme histórico de implicância, mas agora ele parecia ter se agravado profundamente. A competição estava sendo levada a sério e nenuma das duas casas parecia querer impedir, apesar de não gostarem das frequentes retiradas de pontos. Como haviam combinado, nos horários de refeição fariam uma ligeira trégua.
-Entenda, Severo. Ela ficou brava com você, mas se mostrasse que mudou...
-Do que estão falando?-McFly se sentou à frente dos dois.
-Nada!-respondemos ao mesmo tempo. Sabíamos que McFly ficaria irado se soubesse que falavamos de Lílian.
-E então Adams, já se divertiu bastante com a sangue ruim?-ambos tentamos não reagir a esse nome.
-Ainda não.-me mantive sem expressão.-Espero pegar Potter primeiro.-abri um sorriso maroto e um tanto alucinado, deixando-o animado.
-Mal espero pra ver. Vai ajudar também Snape?
-Ele é a mente por trás dos planos.-respondi vendo meu amigo divagar pela mesa dos professores.-Que foi?
-Cadê o Dumbledore?-a pergunta dele ecoou no grande salão.
Onde será que estava Dumbledore? E então ficou claro, ele não queria nos interromper. É, talvez eu tenha abocanhado mais do que posso engolir.
Quarta aula – História da magia
Era realmente tediante tentar se concentrar em uma aula de história da magia, mas como a trégua estabelecida havia acabado aquela era a chance perfeita para uma boa humilhação. Um pedaço amassado de pergaminho passou voando pela minha cabeça e atingiu Severo do me lado. Ele parou de ler o rascunho pela segunda vez no dia e pegou o pergaminho desconfiado. Assim que o desamassou uma nuvem de confetes encheu a sala como uma tempestade feroz. O professor fantasma que estava sempre alheio a tudo, não notou o acontecimento.
-Você me paga Potter!-vociferou Snape e um instante depois uma chuva de livros batera na cabeça do outro. Logo a sala havia se transformado em um campo minado no qual os alunos se escondiam debaixo ou atrás de carteiras viradas. Espiando por cima da estante a qual estavamos eu, Lupin e Lílian pude constatar que toda a cena era muitissímo engraçada.
Quinta e Sexta aula – Estudo dos Trouxas
A sonserina toda e alguns nascidos trouxas reclamaram ao ver qual seria nossa próxima aula.
-Onde diabos Dumbledore nos meteu!?-berrei inconformada. Não que odiasse trouxas como praticamente quase todos os sonserinos, mas eu sabia que a sala de aula seria um terrível campo de batalha.-E ainda dois tempos! DOIS TEMPOS!
-Stra. Adams quer ficar quieta, por favor?-o professor me olhou com severidade.
Engoli em seco e me sentei, desta vez longe de Severo. Ele e Potter fariam par outra vez e isso só poderia dar errado. E não deu outra: mal se passaram dez minutos de aula e Tiago estava de cabeça para baixo no meio da sala, enquanto o professor ralhava com Snape ordenando que este fizesse o garoto descer.
-Como quiser.-respondeu ele e libertou o grifinoriano do feitiço.
O garoto caiu com um estrondo em cima das cadeiras e do próprio professor.
-SESSENTA PONTOS A MENOS PARA A SONSERINA, SNAPE! E VOCÊ SAIA DE CIMA DE MIM, POTTER! JÁ CHEGA, DIRETORIA, JÁ!
-Professor!-levantei a mão demonstrando uma coragem digna da grifinória.-O diretor não está na escola.
-QUE SEJA! SAIAM OS TRÊS DAQUI ANTES QUE SEJAM EXPULSOS!
-Sobrou pra mim.-reclamei para ambos enquanto nos dirigiamos aos jardins, para apreciar um pouco de ar fresco.
-Foi você quem começou com essa competição idiota!-retrucou Snape.
-Está desistindo ranhoso?-provocou Potter.
-É claro que não!-ele empertigou-se todo. Não ia dar ao barço a trocer.
-Meu Merlim, acho que esse professor precisava de um calmante!-observei rindo.
-Pensei que estivesse brava por ter sobrado pra você...
-Na verdade não estou.-suspirei.-São duas aulas vagas, vamos esquecer um pouco as diferenças e ir à Hogsmead. Afinal, não podem fazer nada sem testemunhas.-murmurei.
HOGSMEAD – TRÊS VASSOURAS
Entramos no Três Vassouras e pedimos três cervejas amanteigadas, eu e Snape ainda admirados com a facilidade de Potter em sair do castelo sem ser pego.
-Ano que vem teremos os N.I.E.M.'s.-observei bebericando minha cerveja.
-Nervosa?-Tiago riu.-Vai ser moleza.
-Eu não teria tanta certeza. Vamos ter um tempo duplo de poções amanhã.-sorri aliviada.-Bem melhor que Estudos dos Trouxas...
-Só porque alguém nasceu trouxa não quer dizer que essa pessoa não mereça isso!-rosnou Potter encarando Snape que se encolheu levemente.
-Não estou dizendo isso... é só que... é entediante você aprender algo que já sabe, entende?-respondi um tanto distraída.
-Algo que já sabe?-os dois me olharam com curiosidade.
-É. Eu cresci em uma casa trouxa. Não contem para ninguém, mas... eu sou mestiça.-admiti nervosa.
-Mesmo?-Severo pareceu interessado e não com nojo ou coisa do tipo, como qualquer sonserino normal faria.
-É.
-É legal morar com trouxas?-quis saber Potter.
-Não sei. É legal morar com bruxos?
-Bem...
-Te peguei!-pisquei para ele, rindo.
-Não devíamos voltar?-Severo perguntou parecendo aflito.
-Ah, claro!-afirmei.
Paguei Madame Rosmerta, ignorando o cavalheirismo de Potter e a amizade de Snape que queriam ao menos rachar a conta.
-Esqueçam! Eu já meti vocês em problemas demais! Além disso, vocês ficam me devendo outra rodada e podemos voltar aqui qualquer dia desses.
Eles concordaram.
JANTAR
-Cade eles?-Lílian virava a cabeça de um lado a outro. Apesar de dizer que só estava a procupada com a amiga, ela também sentia o mesmo em relação a Tiago e Severo. Uma coruja parda sobrevoou a mesa, parando em frente a monitora com um bilhete no bico.
Lily,
Aproveitamos nossa expulsão e fomos dar uma volta em Hogsmead (não, ninguém no pegou! Esse Potter é mesmo incrível! Ah, ele acabou de me agradecer por ter escrito isso...) , está tudo bem, não fique preocupada. Estamos esperando vocês na sala precisa, tenham um bom jantar!
Com carinho,
May Ad.
-Viu, eles estão bem!-assegurou Sirius.
-Distância, Black!-ordenou ela irritada. Mal podia esperar para essa semana acabar e poder castigar Potter e Snape por essas briguinhas tão infantis... ou não. Como prometera no final do ano passado, ela não iria mais intervir.
Nos encontramos na sala precisa duas horas depois.
-Eu preciso que vocês durmam aqui essa noite.-pedi em sigilo.
-Por que?-todos ficaram desconfiados.
-Porque eu sou a única na minha casa que está envolvida no esquema de observação. Por favor...-eu tinha consciência que ninguém sobrevivia a esse meu olhar de dó suprema. Não resistiram.
-Tudo bem...-Lupin deu de ombros.
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Olá, caros leitores!
Desculpem ter postado tão tarde, mas passei o dia inteiro fora e só voltei a noite para casa.
Espero que tenham gostado do capítulo!
Comentários, elogios e críticas são sempre bem-vindos!
OBS.: Eu não gosto de McFly e nem tenho nada contra a banda, já que nunca ouvi nenhuma de suas músicas. Escolhi esse nome para o personagem por tê-lo ouvido em algum lugar, bem antes de saber que existia uma banda com esse nome.
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