O Amor Proibido
Cinco anos se passaram, a grande Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts fora inaugurada e já era uma referência, todos os bruxos britânicos sonhavam em ter o seu filho escolhido para ser um dos alunos de qualquer das quatro casas. O grande sucesso da escola rendeu milhares de galeões para os quatro fundadores, que cobravam mensalidade para dar aulas, como até hoje acontece. O castelo se erguia imponente acima das montanhas de Hogsmeade, seu telhado batia sobre as densas nuvens de umidade, formada pelo lago que passava aos arredores da escola. Naquele momento, havia cerca de 800 estudantes sendo ensinados em Hogwarts, seu grande instinto de poder em magia se apurava cada vez mais, os alunos de lá eram treinados pelos melhores bruxos de todo o mundo. Era realmente, o início de uma lenda: Hogwarts.
A casa Slytherin já tinha seus próprios costumes. Rigorosa, respeitosa, astuta e um tanto quando maligna também. Gryffindor era uma casa com os costumes altamente corteses, seu comportamento e obediência se comparavam quase igualmente aos da casa de Salazar. Hufflepuff tinha seus alunos levemente travessos, ela admitira a todos, sem restrições, esta era uma consequência. Ravenclaw tinha alunos extraordinariamente inteligentes, seus dotes para todos os tipos de profissões bruxas da época eram reconhecidos e premiados constantemente, ela obtinha os mais inteligentes do castelo. Cada um dos amigos continuava em suas disciplinas, eles mantinham velhos costumes e adotaram novos, como cuidar de seus alunos, por exemplo. Salazar inventara a matéria Ética Bruxa, para aperfeiçoar a disciplina e ensinar a ética para os alunos. O Ministério continuava a apoiar a escola muito fortemente, sempre enviando um de seus empregados para lecionar aparatação. O próprio Ministério agora patrocinava a escola para que ela fizesse propagandas de como o atual Ministro da Magia era bom e fazia coisas boas. Era uma das coisas das quais nenhum deles gostava, mas era uma ajuda enorme para o mantimento da escola. Gryffindor recrutou Elfos Domésticos para fazer os banquetes da escola, eram eficientes, adoravam trabalhar e o melhor: Não precisavam ser pagos.
Uma noite comum em Hogwarts, todos os alunos nas camas, os professores dormiam em seus aposentos próprios, as estrelas brilhavam sem parar no céu, a Lua insistia em seu brilho fraco e constante, nada mudara em vários anos, inclusive a descoberta que Salazar e Helga haviam feito naquela noite, no Três Vassouras, eram perdidamente apaixonados. Nesta noite, passos tão cuidadosamente feitos para não serem detectados, podiam ser ouvidos, mas seu ruído era mais fraco do que o ruído das árvores do lado de fora, praticamente nada se ouvia. As botas de couro de dragão chinês brilhavam com o luar que vinha das janelas, a capa verde esmeralda retinia fraca sobre o vento produzido pelo andar, o mesmo rosto de sempre, gélido e que aspirava a poder vinha com sua barba bem aparada e um raro sorriso no rosto, Salazar Slytherin estava indo em direção aos aposentos de Helga Hufflepuff.
Seus lábios se mexiam em um leve sorriso, ele caminhava à luz dos archotes presos à parede, ao chegar à frente da porta, ele deu um leve passo no chão, o suficiente para alguém há um metro de distância ouvir. O som da porta se abrindo vagarosamente ecoou por um corredor, mas não havia ninguém ali, apenas os dois. Ao vê-lo, Helga abriu um sorriso tão grande que seus dentes brancos e perfeitamente alinhados, exatamente como os de Salazar, se mostraram e brilharam com a fraca luz. Slytherin abriu um sorriso quase idêntico ao dela e a abraçou, a levando para dentro do quarto e permanecendo lá, até cedo do próximo dia, eles dormiram juntos, pela primeira vez.
No outro dia, os dois acordaram muito cedo, Salazar se vestiu perfeitamente, como na noite anterior e foi até seus aposentos, para se limpar e ir para mais um dia de aulas. Ao sair de seus próprios aposentos, Salazar encontrou Godric, eles sorriram e foram para suas aulas juntos, fazia tanto tempo que os dois não conversavam, que foram até lentamente para suas salas, para poder falar um pouco mais sobre tudo o que acontecera.
-Muitas novidades com seu pai? – Perguntou Godric.
-Ele ainda está à beira da morte, mas eu não preciso ir até lá, você sabe de nossos desentendimentos, ele não gostaria de me ver – Disse Salazar, com um olhar profundo em seus olhos. Mal Godric sabia, Salazar tivera uma briga muito feia com seu pai, eles estavam afastados já haviam anos, mas Slytherin apenas contou parte do que realmente acontecera.
-Você acha mesmo que não deve visitá-lo? – Indagou Godric.
-Tenho certeza. – Disse, lançando um olhar que qualquer um entenderia: “Assunto encerrado”.
-Como está indo com seus alunos? – Sorriu Godric, tentando mudar de assunto.
-Bem... eles são muito dedicados, a minha casa está muito comprometida em ganhar o torneio que Helga inventou, aquela “Taça das Casas” – Ele respondeu, sorrindo – É, eles são iguais a mim, astutos. E os seus?
-Incrivelmente estão como os seus, mas eles tentam ganhar de toda a forma, espero que realmente saiam vitoriosos, estão se esforçando muito.
-Mas os meus vão ganhar – Brincou Salazar, começando a rir divertido.
Godric sorriu e eles se separaram para dar suas aulas do dia. Helga e Rowena tiveram um dia comum, deram suas aulas, fizeram as refeições normais no Salão Principal. A única mudança foram trocas de olhares e sorrisos entre Slytherin e Hufflepuff, que passaram despercebidos a todos. Eles teriam mais algumas noites juntos, mas apenas algumas, até descobrirem algo que afetaria para sempre o comportamento de Salazar e mudaria completamente a história e o rumo da tão famosa Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts.
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