capítulo 3
Sirius Black Eu acordei com a claridade do sol batendo nos meus olhos e minha cabeça parecia que ia explodir a qualquer momento, fechei os olhos e tentei me lembrar do que eu havia feito noite passada, quando, de repente, senti uma perna e um braço sobre o meu corpo. - NÃO ME INTERESSA NEM UM POUCO SE HOJE É DOMINGO! SE O SEU CACHORRO MORREU! SE HOJE VOCÊ VAI A IGREJA! SE HOJE VOCÊ ALMOÇA NA CASA DOS SEUS AVÓS! A VIDA DE VOCÊS POUCO ME IMPORTA! A VIDA NÃO É JUSTA! MUITOS DE VOCÊS SABEM DISSO, MAS ALGUNS AINDA SE DÃO AO LUXO DE CHEGAREM ATRASADOS! – Hooch gritava a plenos pulmões para depois encarar a James e a mim, qual é, nós não havíamos nos atrasado nem cinco minutos – NESSE SÁBADO, AS COISAS VOLTARÃO A ESTAR A FAVOR DE HOGWARTS! OS LEÕES IRÃO GANHAR E TIRARÃO A TAÇA DAQUELA BULGARIADA DA PORRA! MAS PARA ISSO, VOCÊS PRECISARAM SE DEDICAR! EM CINCO DIAS, NÓS TRANSFORMAREMOS ESSE TIME! VOCÊ IRÃO MELHORAR EM DUZENTOS POR CENTO! NESSES CINCO DIAS, TODOS CHEGARÃO, ANTES DAS AULAS COMEÇAREM E FICARÃO, APÓS AS AULAS, ATÉ EU DIZER QUE PODEM SAIR! ESSA SEMANA, VOCÊS RESPIRARÃO RUGBY! CLEAR EYES, FULL HEARTS... - Cara, eu não sei se consigo continuar… - eu reclamei, enquanto Prongs e eu fazíamos flexões. - Eu estou esgotado… - eu disse no vestiário, enquanto secava meus cabelos rapidamente – Você tem aspirina ou sei lá? A semana passou relativamente rápido se compararmos com todas as outras semanas do ano, de modo que eu tenho apenas uma vaga idéia do que acontecera, já que Hooch não mentia quando dissera que nós respiraríamos rugby essa semana. Todo dia eu chegava à escola às 5h30, então nós treinávamos das 6hs às 8hs, assistia às aulas das 8h30 às 15h30, e voltava a treinar das 17hs às 19hs. - Sirius, Sirius, meu amor... Acorda. – eu ouvi uma voz distante me chamar – Sirius... - Quer dizer que a Narcissa está investindo mesmo... – ela disse quando estávamos do lado de fora da minha casa. - Pads, Pads, Sirius! – James me chamou, e eu o encarei assustado – Tá tudo bem, cara? - QUEM VAI GANHAR ESSA PORRA? – Fenwick peguntou gritando, após os últimos conselhos da Hooch. O jogo começaria em poucos segundos, caminhávamos para o campo ao som de um dos gritos de guerra da escola. A Dumstrang estava ganhando por dois pontos, e tinham feito já umas três faltas não cobradas. COMPANHEIRO, NA PARTIDA O QUE IMPORTA É A LUTA! NOSSO GRITO DE LONGE SE ESCUTA! PELO AR! PELO CHÃO! COMPANHEIRO, A TORCIDA AGITANDO A MASSA PRA MOSTRAR QUE A VITÓRIA É NA RAÇA! QUE ESSE JUIZ É LADRÃO! O jogo estava pior do que imaginávamos. A verdade era que a Dumstrang não estava jogando porra nenhuma, estava só descendo pau mesmo, e o juiz filho da puta nem pra marcar penalidade. Esse era definitivamente um daqueles momentos em que tudo acontecia numa velocidade extremamente alta, mas que ao mesmo tempo parecia demorar horas. Estávamos todos na casa do James, e quando digo todos são todos, a escola toda. Havia pessoas em todos os lugares e as leis da física, definitivamente, não se aplicavam lá. - Pads, você viu a Dorcas? – Remus perguntou afastando meu rosto da garotinha ruiva que eu beijava, Christine alguma coisa, ela era russa e não falava nada de inglês. - Que acha de irmos para um lugar mais reservado? – Victorie Bloomdayle, uma menina da Dumstrang que estava de penetra disse ao pé do meu ouvido. E eu sem pensar duas vezes, a levei para um dos cantos mais escuros da sala. Eu já havia atingido uma marca de oito garotas, quando Marlene apareceu a minha frente.
capítulo 3
- Hum... Loira, bom. – foi tudo o que eu havia conseguido dizer ao encarar a mulher com quem eu aparentemente havia dormido.
Tentei me levantar, fazendo a menor quantidade de barulho possível e sem acordar a garota, enquanto eu me lembrava de estar na despedida de solteiro de Arthur e de algumas coisas que eu havia feito ontem.
- Olha aquela, garota. – Peter disse assombradamente, e eu me virei para encarar uma das mulheres mais gostosas que eu tivera o prazer de ver. A pele bronzeada e os cabelos loiros platinados eram... Quem eu estava enganando? Vocês viram aquelas cochas?
- Essa não está nem aí para você, Pads. – Prongs disse rindo, e eu o encarei com as sobrancelhas levantadas.
- Você não sabe o que está falando... – eu disse dando tapinhas nos ombros, fazendo o rir.
- Cinquenta libras que não consegue dormir com ela. – James me desafiou, e eu pude ver Moony revirar os olhos, ele sabia que eu conseguiria.
- Odeio tirar dinheiro de você, James. – eu disse antes de ir em direção à loira, que estava na outra ponta do bar.
- Oi, o moreno vai querer alguma coisa? – uma das “garçonetes” disse com as mãos no meu peito.
- Hoje não... – eu disse tentando me desviar, mas ela não deixou.
- Para você é de graça. – ela disse, e eu ri presunçosamente.
- Não, obrigado. – eu disse me afastando rapidamente.
Dei mais alguns passos e parei em frente ao bar.
- Um black russian. – eu pedi ao barman, ignorando a loira.
- Aqui. – o cara disse me passando o copo, e depois de eu ter lhe pagado, virei para observar Arthur recebendo uma lap dance, Molly enfartaria se visse isso.
Virei para meus amigos que riam e resistiam fortemente a todas as “garçonetes” e, de vez em quando, olhavam para mim discretamente.
- Olá. – eu ouvi alguém dizer ao meu lado, e eu me virei para me deparar com a loira.
- Olá. – eu disse indiferentemente, virando meu black russian e voltando a olhar para frente.
- Posso pagar outro para você? – a loira perguntou, e eu sorri internamente.
Ri comigo mesmo ao lembrar o que havia acontecido, vesti minha jeans escura, minhas meias, meus converses pretos e peguei minha camisa xadrez cor-de-rosa, tirei uma foto da garota que ainda dormia e saí do quarto ligando para o James.
- E aí, Pads. – ele disse do outro lado da linha, ligeiramente mal humorado, me fazendo rir.
- Cara, você não sabe onde eu estou. – eu disse, e ele soltou uma bufadinha.
- Onde você está? – ele perguntou sem animação alguma, mas eu não liguei.
- No Green Dragon, e eu preciso que você venha me buscar, senão eu não chego ao treino.
- Certo, daqui dez minutos eu estou aí...
- Ah, e eu preciso que você me empreste roupas de treino e tênis, não vai dar tempo de passar na minha casa... – eu comecei a falar, mas James me interrompera.
- Espera cara, por que você está no Dragon mesmo? Não me diga que você...
- Eu quero minhas cinquenta libras, Prongs. – eu disse presunçosamente.
- Filho da mãe... – ele disse, e então desligou.
- CAN’T LOSE! – nós gritamos em resposta.
- É isso aí pessoal, hoje o aquecimento vai ser diferente. Eu quero que vocês façam trinta abdominais, cinquenta flexões e três voltas no campo correndo, depois repitam a sequência mais duas vezes.
- Você não tomou nada para essa ressaca? – ele perguntou, e eu neguei gemendo enquanto nos levantávamos para correr pela última vez.
- Eu acho que eu vou vomitar... – eu disse, fazendo com que James arregalasse os olhos.
- Aguenta firme, Pads, se a Hooch perceber que você está mal por causa de ressaca, ela vai te comer vivo. – James disse, fazendo com que eu gemesse em sinal de insatisfação.
Nós terminamos o aquecimento antes que todo mundo, James, porque ele era, bem, o James, e eu, porque eu não via a hora daquela porra terminar.
James e eu andamos até onde Hooch estava, eu tentava aparentar estar muito bem, mas ficava um pouco difícil com o Prongs lançando olhares preocupados para mim. Mal tive tempo de tomar água, quando o maldito apito soou, e todos os outros jogadores já estavam lá ao redor de Hooch e McCormack, e, meu, como eles fedem.
- Potter, Fletcher, McKinnon, Greengrass, Huge, Taylor, Timothy e os gêmeos comigo. Vamos treinar uns scrums e tentar umas novas táticas. Fenwick, Riggins, Sullivan, Hale, Slater e Black com a Meagham. Eu quero esse ataque perfeito com as novas jogadas no fim do treino. Eu quero que o fly-half treine bastante nos chutes, assim como o fullback que também precisa pegar todos os chutes, e eu quero te ver marcando, Black! Quero os wings treinando com e contra o fullback no quesito tackle, e os centres se adaptando a todas as jogadas com passes impecáveis. – Hooch disse, e nós assentimos.
- Vamos lá, garotos. – McCormack pediu, e todos nós nos afastamos um pouco de Hooch, que começava a falar com sobre a defesa.
- Não, cara, mals. – James disse, e eu assenti, fechando os olhos e tentando reunir forças para não desmaiar a qualquer momento.
- Conseguiu fazer aqueles scrums que a Hooch queria? – eu perguntei ainda de olhos fechados.
- Fácil. – ele respondeu me fazendo rir – E você como foi?
- Dolorido, fazia tempo que a gente não bloqueava uns aos outros, estava acostumado com você e o McKinnon...
- Nossa, senti um desprezo. – James disse rindo, e eu revirei os olhos.
- Claro que não, larga de bichisse, é só que eles treinam muito mais tackles que vocês...
- Eu sei, saudades do tempo em que eu era fly-half e o McKinnon inside. – ele disse sorrindo.
- Eu não tenho saudades... – eu disse, relembrando como era muito mais dolorido ser tackleado pelos dois quando eles treinavam.
- Depois eu que estou com bichisse... – ele disse me dando um soco, e eu lhe dei o troco com outro soco.
- Você pensa em voltar a ser fly-half? – eu perguntei, enquanto nos dirigíamos a porta do vestiário.
- Nem fodendo, estou mais feliz e com menos hematomas como hooker. – James disse abrindo um sorriso que quase não cabia em seu rosto.
Nós estávamos indo em direção ao carro de James, quando ele parou e acenou para alguém que estava há poucos metros da gente. Alguém que depois eu identifiquei ser Marlene.
- E aí, Lene! – ele gritou, e Marlene acenou de volta.
- Hey meninos, vocês sabem onde o Kyle está? – ela perguntou mostrando sinais de irritação.
- Ele estava terminando de se arrumar, quer que eu chame ele? – James perguntou prestativamente, mas ela negou.
- Pode ir indo, Prongs... – eu disse dando um tapinha nas costas de James – Eu vou falar com a Marlene.
- Beleza, se cuida. – James disse indo ao seu carro, enquanto eu corria rapidamente para onde Marlene estava com o carro dela.
- E aí, Lene... – eu disse parando a sua frente, e beijando-lhe a bochecha, fazendo com que ela corasse.
- Hey... – ela respondeu sorrindo – Nossa, você está com uma cara péssima!
- Admiro sua sinceridade. – eu disse rindo levemente, me apoiando no carro dela.
- Você não comeu nada antes de vir pro treino? – ela perguntou levantando uma sobrancelha, e eu a encarei rindo.
- Também. – eu disse, perguntando-me se gatorade contava ou não como comida. É acho que não.
- Como assim também? – ela perguntou desconfiada.
- Ressaca. – eu respondi dando nos ombros.
- Sirius... – ela me censurou.
- Marlene... – eu disse, imitando o tom de voz que ela usara.
- Não pode Sirius, você vem a esse treino punk da Hooch de estômago vazio e de ressaca? – ela disse brava, e eu apenas a ignorei.
Ela bufou levemente e abriu a porta do banco do passageiro do carro, para logo depois fechá-la e me estender algo.
- O que é isso? – eu perguntei.
- Aspirina... – ela disse me dando dois comprimidos e uma garrafinha d’água.
- Obrigado. – eu disse, e ela revirou os olhos para depois rir.
- Não aprendeu a beber água, Sirius? – ela perguntou rindo, passando a mão na minha bochecha para tirar a água que lá estava, fazendo com que eu, por algum motivo, ficasse mais tenso assim como ela.
Eu olhei para os olhos dela tentando decifrar o que eles me diziam, mas acabando por imergir naquele mar castanho.
- Algum problema? – eu ouvi a voz de Kyle dizer, me despertando de onde eu estava.
- Nenhum. – Marlene disse sorrindo, e eu me surpreendi com a capacidade de reação dela – Estava apenas dando um pêssego para o Sirius. – ela disse, entregando-me um pêssego – Vamos?
- Aquele pêssego era meu? – Kyle perguntou entrando no carro, me fazendo rir.
- Vamos, Kyle. – ela disse novamente. É, o pêssego era dele – Tchau Sirius.
- Tchau. – eu respondi, me virando, mas ainda a tempo de ouvir Kyle dizer quando ela entrara no carro:
- Eu não acredito que você deu meu pêssego para ele!
É, a semana foi meio punk. Nem as informações que repassam na escola nós sabemos direito, parece-me que uma garota da Beauxbatons fez um vídeo sexy seduction nojento para o ex-namorado, daí o dito cujo colocou no youtube e a mina foi expulsa, porque ela vestia o uniforme da Beauxbatons no começo, no entanto esse foi o máximo de informação que eu peguei, normalmente a essas alturas, eu já saberia até o tipo de sangue da garota (certo, não é pra tanto), mas não... Eu não sei de mais porra nenhuma que acontece naquela merda de escola, porque aqueles treinos são o cu do inferno e eu chego em casa tão acabado, que precisei pagar o Regulus para fazer uns exercícios de álgebra que eu precisava entregar só para eu ter uma hora e meia a mais de sono. Isso é deprimente, um absurdo! Nem sei mais se quero mesmo tentar ser profissional, atleta é saudável o cacete... Saudável só se for na puta que pariu! Eu estou revoltado mesmo, eu quero mais é que a Hooch se foda, estou nem aí se ela é uma baita de uma treinadora, a velha não deve fazer sexo há anos e fica descontando na gente, e ainda tem a cara de pau de dizer que está sendo boazinha por nos liberar dez minutos mais cedo para que possamos dormir mais para estarmos descansados para o jogo de amanhã! DEZ MINUTOS, OBRIGADO HOOCH! VOCÊ É MESMO UMA SANTA, MAS, DEVERAS, ESSE TIPO DE GENTILEZA, EU DISPENSO!
- Hum... – eu resmunguei.
- Acorda, querido. – a voz disse mais uma vez, e eu abri meus olhos para me deparar com a minha mãe ali.
WTF?! A velha está de MUITO bom humor hoje!
- A senhora está bem? – eu perguntei receoso, e ela apenas sorriu para mim.
- Desça logo, Sirius... Suas primas estão lá embaixo e você precisa tomar um café da manhã reforçado. – ela disse beijando minha testa e saindo do meu quarto.
WTF?! Eu esqueço como a minha mãe fica feliz quando a Bellatrix e a Narcissa vem aqui, ela gosta mais dessas duas do que mim e do Regulus juntos.
Com isso em mente, coloquei Red Hot Chilli Peppers no meu aparelho de som e fui tomar banho. Depois do banho, eu passei um creme no cabelo, me barbeei e passei minha loção pós barba Armani Black Code. Então, lá estava eu todo lindo, perfeito e cheiroso saindo do banheiro e encontrando uma Andromedra no meu quarto.
- Caralho, Andy! – eu reclamei, eu estava apenas de toalha, caramba. E ela riu!
- Deixa de frescura Sirius, não é como se eu nunca tivesse visto nada disso aí. – ela disse risonhamente, e eu revirei os olhos.
- Quando eu era criança não conta... – eu disse emburrado, pegando uma boxer preta, uma calça jeans escura qualquer e uma camiseta preta do Batman da Junk Food e indo me trocar no banheiro.
Troquei-me rapidamente e calcei umas havaianas pretas antes de sair do banheiro e não encontrar o que eu esperava. Eu esperava ver a Andrômeda mexendo nas minhas coisas, procurando... “Coisas” com luz negra ou revistas rudes debaixo da minha cama, mas não... Andy estava sentada comportadamente na minha cama.
- Está tudo bem? – eu perguntei receoso, claro que não estava tudo bem.
- A gente conversa sobre isso depois, vamos tomar café da manhã primeiro. – ela disse se levantando, e eu a olhei com a minha melhor cara de cachorro sem dono – Depois, Sirius!
- Quando você fala assim até parece que eu sou cachorro... – eu disse indignado, enquanto ela fazia um sinal de “junto” – Vai pro inferno...
- Ah, para de reclamar, mimadão. – ela disse me abraçando pela cintura.
Nós descíamos as escadas com um pouco de dificuldade, já que Andrômeda insistia em tentar me derrubar com aquelas rasteiras nojentas que ela tentava me dar, mas felizmente nós conseguimos chegar à cozinha sem ossos quebrados.
- Bom dia família... – eu disse sorrindo e recebendo sorrisos amarelos.
- Senta do meu lado, Sirius... – Narcissa pediu, e eu assenti. Então após ter me servido de algumas torradas com geléia de morango e suco de laranja, sentei me ao lado de Cissa.
- O Sirius só comerá isso, Wal? Não é de se admirar que ele esteja tão magro. – minha tia Druella disse, e eu não me contive em revirar os olhos, ela já olhou alguma vez para Bellatrix? Nem bunda a garota tem.
- Ele não gosta de comer frituras no café da manhã, e de certo modo eu prefiro que ele não o faça. – minha mãe disse me defendendo, fazendo com que eu risse comigo mesmo. Eu nunca me acostumaria com isso.
- Então, é verdade que você está com a McKinnon? - Regulus me perguntou fazendo com que eu engasgasse.
- Não, por que você está me perguntando isso? – eu perguntei o fuzilando com os olhos.
- Nada demais, é só que o Bones comentou no teatro que vocês andavam muito próximos... – ele disse com descaso.
- Nós estamos fazendo o trabalho final de inglês juntos. – eu expliquei sem saber ao certo porque o fazia.
- Mas vocês nunca...? – ele perguntou.
- Regulus! – minha mãe disse o repreendendo, fazendo-me rir.
- Ah mãe, não tem nada demais... – ele se defendeu.
- Realmente, não é como se o Sirius não ficasse com qualquer vadia que aparecesse na frente dele. – Bellatrix disse, fazendo com que eu gargalhasse.
- Certo Bellatrix, eu realmente fico com qualquer putinha que apareça na minha frente... – eu disse acidamente, mas ainda rindo.
- Vá a merda, Black! – ela disse brava saindo da cozinha, e eu comecei a rir ainda mais.
Digamos que Bellatrix e eu tivemos um passado do qual eu muito me arrependo. Garota chata do inferno...
- Mas então, você e a McKinnon? – Regulus perguntou novamente.
- Por que você quer saber? – eu perguntei, sentindo o pé de Narcissa roçar na minha perna e ignorando o mesmo.
- Por nada, a garota é boa... O Edgar ainda não superou o pé que levou dela. – Regulus disse, e eu o encarei interessado.
- Você sabe por que ela terminou com ele? – eu perguntei, tirando discretamente a mão de Narcissa da minha cocha.
- Por que você quer saber? – ele me perguntou erguendo uma sobrancelha, e eu dei nos ombros para depois censurar Narcissa com o olhar, já que a mesma colocara a mão de novo na minha cocha – Ela terminou com ele sem nenhum motivo aparente, acho que enjoou. Só isso...
- Hum... – eu disse compreendendo, sentindo a mão de Narcissa se aproximar cada vez mais da minha virilha.
O QUE ESSA GAROTA TEM AFINAL? CARALHO!
- Andy, que acha de ir comigo a casa do James? – eu perguntei a minha amada prima, que riu ao ver o desespero nos meus olhos.
- Mas o que você quer fazer lá? – ela perguntou só de sacanagem, viada.
- Ele está com um cd meu... – eu menti com uma naturalidade que só eu conseguia ter.
- Certo, vamos lá. – ela disse se levantando.
- Você tem problemas. – eu disse baixinho para que apenas Narcissa ouvisse e então me levantei.
- Posso ir junto? – Narcissa perguntou para Andrômeda.
- Não. – eu respondi secamente.
- Você sabia que ela ia fazer isso? – eu perguntei indignado, e Andrômeda confirmou com os olhos brilhando.
- Ela disse abre aspas “vou fazer o Sirius subir pelas paredes ao gritar meu nome”.
- Ela disse? – eu perguntei rindo, mas extremamente ruborizado.
- Yep, segundo ela você fica mais interessante a cada ano e que essa sua bunda redonda faz com que ela tenha orgasmos múltiplos.
- Essa garota tem problema! – eu disse indignado – Eu não durmo em casa hoje, nem fodendo que eu durmo lá... Dormir lá pra ela me estuprar, se ela não fosse minha prima, beleza...
- Isso não lhe impediu de ficar com a Bella...
- Meu passado me condena, eu sei... Não precisa jogar na cara. – eu disse contrariado, e ela riu me abraçando pela cintura.
Nós passamos quase que a manhã toda andando pra cima e pra baixo, conversando sobre banalidades, falando mal de nossa família e outras coisas.
Já estávamos na praça de Hogsmeade, quando ficamos sem assunto, sendo que o silêncio apenas era quebrado por algum comentário que Andy fazia a respeito de como ela esquecera como era andar ao meu lado e sentir ser odiada por todas as mulheres da rua.
- O que aconteceu? – eu perguntei quebrando o silêncio antes que ela abrisse a boca para falar da mulher de vestido preto que não parava de me encarar.
- O que aconteceu o que? – ela perguntou confusa, mas eu sabia que ela estava fingindo.
- Você sabe... – eu disse, fazendo com que ela suspirasse baixinho.
- Vem, vamos sentar. – ela disse me puxando para um banco.
Então quando sentados estávamos, antes mesmo que eu abrisse a boca para falar algo, ela começara.
- Você se lembra do Ted, certo? – ela perguntou, e eu confirmei. Ted Tonks é o namorado da Andy, o qual a minha tia odeia apenas pelo fato dele ser músico e ter que trabalhar para pagar as contas dele, já que não teve nenhuma herança absurdamente grande como o namoradinho de Bellatrix – Bom, Ted e eu... Nós... Ahn... Eu... Eu estou grávida.
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- Sirius, fala alguma coisa. Pelo amor de Deus... – ela pediu, e eu finalmente parecera ter assimilado o que me fora dito.
- Isso é maravilhoso, Andy! – eu disse a abraçando e rindo sem parar – Caralho, isso é coisa grande! Quem mais sabe?
- Só você... – ela admitiu ressentida, e eu a encarei buscando respostas – Eu não quero contar para os outros, nenhum deles gosta do Ted... Você sabe como nossa família é; um inferno na terra.
- Eu sei, mas e o Ted? – eu perguntei sério, fazendo com que um sorriso se abrisse nos lábios de Andy.
- O Ted é maravilhoso, ele está adorando a ideia de ser pai... Eu sei que nós somos novos, mas eu realmente sinto que nós podemos fazer isso. – ela disse feliz.
- Você pode fazer tudo, Andy. – eu disse orgulhoso.
- Tem outra coisa que eu preciso lhe contar, Sirius... – ela disse, e eu a encarei sem entender. Como assim ela tinha MAIS coisa para me contar? – Ted e eu vamos fugir para a Irlanda. Queremos nos casar e ter o bebê lá...
- Irlanda? – eu disse chocado, tudo bem que é perto, mas mesmo assim, eu nunca fiquei mais de um mês sem ver a Andrômeda, e com ela na Irlanda... Eu... – Caralho, Andy, Irlanda?
- Relaxa, Sirius... – ela disse sorrindo – Você não vai se livrar de mim tão fácil, quero você lá do meu ladinho quando eu casar e quando o bebê nascer, você é a família que eu escolho, Sirius.
- Você é minha família, Andy. – eu disse a abraçando fortemente. Eu tenho sentimentos, ok?
- Tá sim... – eu disse passando a mão pelos meus cabelos – Só alguns problemas em casa...
- Certo... – James disse sem realmente saber o que dizer.
O jogo começaria em quarenta minutos, e tudo em que eu conseguia pensar era no que Andy tinha me contado. Eu não sabia direito como reagir a tudo isso pelo que ela passava, ao mesmo tempo que isso era surpreendentemente bom, isso era ruim. Eu não estou acostumado a ter as mulheres da minha vida saindo de perto de mim. Hoje mesmo para entrar no vestiário fora o cu do inferno, era como se eu fosse um cara famoso de alguma banda que as adolescentes adoram, eu perdi cabelo tentando entrar nessa merda.
- Kyle! – eu ouvi a voz de Marlene, e instintivamente me virei para encará-la.
Marlene adentrava no vestiário como se fosse alguma espécie de cavalo puro sangue, ela sabia que era igual, ou melhor, a todos no vestiário. Os cabelos castanhos estavam presos num rabo de cavalo alto, os olhos castanhos que devido a lente de contato os deixavam ainda mais brilhantes.
- Pelo amor de Deus, Kyle... Não esquece mais essa droga. – ela disse brava, entregando qualquer coisa ao irmão, para depois beijar-lhe a bochecha – Ganha esse jogo.
- Opa... – Kyle disse, abraçando a irmã, tirando-a do chão.
Marlene sorriu e começou a se afastar do irmão, ela vestia um shorts jeans preto mais curto dos que ela normalmente usava, uma regata larguinha bordô com um enorme leão dourado na frente e os mesmos converses de sempre. Eu assistia ela interagir com os caras com certo interesse, parecia que ela era um deles algumas vezes. Observei-a desejar sorte a James, beijar-lhe a bochecha e dizer-lhe para sair inteiro do jogo ou Lily o mataria.
- E eu Marlene? – ouvi alguém dizer, chamando a atenção dela. Era Slater que sorria maliciosamente. Espero que ele não ache isso sexy... Não sei como as garotas gostam dele.
Certo, ele não era feio, eu admito, mas cara, era o Slater.
- Você o que? – ela perguntou curiosa, observando-o pegar sua mão.
- Eu não ganho beijo de boa sorte?
- Se enxerga, Slater. – ela disse rindo ao tirar sua mão da dele para depois se virar para mim, acenar e começar a andar na minha direção.
- Hey... – eu disse a cumprimentando.
- Hey... Você está bem? – ela perguntou desconfiada, e eu a encarei sem entender – Você tá estranho...
- Sua falta de tato é comovente... – eu disse rindo, mas ela me lançara um daqueles olhares maléficos de mãe – Não é nada demais...
- Você não me engana. Sirius. – ela disse cruzando os braços me fazendo rir. Eu estava levando uma bronca?
- Não é nada com que você deva se preocupar, mas se você quiser depois eu lhe conto. – eu disse por fim.
- Conta mesmo? – ela perguntou para confirmar, e eu assenti. Então ela fez algo que eu não esperava, ela me abraçou – Por favor, não quebre nada nesse jogo.
- Pode deixar, mamãe. – eu disse abraçando-a de volta.
- É sério... – ela disse se afastando um pouco de modo que pudesse me encarar.
- Eu sei... – eu disse rindo, então ela me abraçou mais forte.
- Acaba com a bulgariada. – ela disse beijando minha bochecha e saindo do vestiário.
- NÓS!
- QUEM SOMOS NÓS?
- OS LEÕES!
- E QUEM VAI GANHAR?
- OS LEÕES!
EU ESTOU EM HOGWARTS, VOCÊ NÃO É NADA DEMAIS. E AINDA VEM DIZER, QUE EU SOU FRACASSADO, MAS EU TENHO O DUMBLEDORE AQUI DO MEU LADO... BASTARIAAA! AI, MEU DEUS ERA TUDO QUE EU QUERIAAA! BULGARIADA DA PORRA VAI... VAI TOMAR NO SEU CU!
- Cara ou coroa? – o juiz perguntou, mas não consegui ouvir o que Benjy havia dito, mas aparentemente nós havíamos ganhado.
- É FALTA, PORRA! – eu gritei indignado tirando o suor do meu rosto.
- EU EXIJO UM PONTAPÉ DE PENALIDADE! – Hooch dizia ao juiz vermelha de raiva.
- Vamos continuar com o jogo... – o juiz disse sério.
- O 14 DA DUMSTRANG BLOQUEOU O MEU SEGUNDO CENTRO, QUANDO ELE NÃO ESTAVA COM A BOLA!
- CARALHO, É PENALIDADE! – James disse alterado ao meu lado.
- PENALIDADE PORRA NENHUMA, O CARA TAVA COM A BOLA! – um carinha da Dumstrang disse.
- SÓ SE FOR AS BOLAS DELE, PORQUE A DO JOGO ESTAVA COMIGO! – Sullivan disse.
- VAMOS VOLTAR AO JOGO! – o juiz gritou mais uma vez, Hooch aceitou, mas eu sabia que amanhã esse cara não teria mais emprego.
Todo o time já tinha uma coleção gigantesca de hematomas. Kyle tinha sangue na boca, James tinha um rasgo grotesco no super cilho, Fabian sentia umas fisgadas animais na perna, todo ataque (o que me inclui) já havia levado uns quinhentos pescotackles, eu mancava devido um tackle muito mal feito, e Benjy jogava com o nariz quebrado desde o fim do primeiro tempo.
- Nós temos pouco tempo, eles estão ganhando por três pontos, mas a gente consegue. James quero o scrum mais lindo que você já fez; Gideon você precisa recuperar a bola rápido, muito rápido e fazer um passe perfeito pra mim, então eu vou passar pro Sirius que vai marcar o try. – Benjy disse rapidamente com uma voz fanha, e todos nós confirmamos – Todos os outros dêem o melhor de si para a jogada sair perfeita... Leões no três. Um, dois, três...
- LEÕES!
Eu não ouvia mais os gritos da torcida, era como se um vácuo tivesse se instalado em meus ouvidos. Eu observava atentamente James pinçar a bola para fora do scrum, então Gideon a pegou, passando-a mais que rapidamente para Benjy, então antes que eu pudesse pensar em algo mais, eu corria com a bola em minhas mãos, minha perna já não doía mais, eu apenas corria. Desviando dos adversários, correndo o máximo que eu podia, parando apenas quando eu fora derrubado, já no in-goal quando o apito soou indicando o final da partida soara.
Eu só conseguia rir comigo mesmo. Eu havia conseguido, porra!
- UHUUUUUUUUUUUUU! – eu gritei rindo, enquanto ouvia outros gritos vindo de todas as direções.
- Cinco pontos, Pads! – James disse estendendo a mão para me ajudar a levantar, e então me abraçar – Você é foda cara, te amo, porra...
- Também te amo, seu viadinho... – eu disse dando um soquinho no braço dele, e virando para frente para me deparar com uma Hooch com lágrimas nos olhos.
- Meus meninos! – ela disse abraçando nossas cabeças e depositando beijos em cada uma delas – Vocês são maravilhosos!
Então, quando Hooch se afastou, vi James se aproximar de uma Lily que corria em sua direção e que pulara em cima dele, o derrubando e lhe dando um beijo bastante indecente, mas quem se importa?
Eu olhei para frente e vi o grande número de pessoas que se aglomerava ao meu redor, os caras me parabenizando pelo ótimo jogo, algumas meninas também, mas a maioria apenas estava a espreita de alguma oportunidade para encostar em mim.
Desesperadas.
- UHUUUUUUUUUUUU! – eu gritei de novo. Eu estava muito feliz, caralho!
- Hey Sih... – alguém disse me abraçando pela cintura, colocando a mão por debaixo da minha camiseta. Então, eu me virei e me deparei com os grandes olhos azuis de Héstia e a beijei.
Hoje eu podia beijar Héstia Jones, não estava nem aí que ela fosse me perseguir e dizer que namorávamos. Eu havia ganhado o jogo! Por isso prensei Héstia de encontro a parede, fazendo com que ela arfasse levemente em meu ouvido antes de se apossar do lóbulo da minha orelha. Eu passeava minhas mãos por toda extensão do corpo dela sem me preocupar em ser gentil. Não que ela parecesse não gostar, ela não parava de sussurrar sacanagens no meu ouvido, fazendo com que eu me perguntasse aonde ela aprendera tanta coisa.
- Com a Emmeline. – eu disse sem saber se aquilo era verdade para então voltar a me ocupar os seios de Christine, que tremia com qualquer coisa que eu fizesse.
- Hey Sirius... – ela disse sorrindo, e eu lhe sorri de volta.
- E aí, Lene?
- Eu só vim lhe dar os parabéns, é difícil encontrar você livre... É muito requisitado. – ela disse, e eu me perguntei se haveria ciúmes no seu tom de voz.
- Obrigado. – eu disse sorrindo, mas antes que eu pudesse dizer algo mais.
- Olá Black… - uma voz rouca disse no mesmo instante em que sentia duas mãos em meus ombros. Eu reconhecia aquela voz rouca, era por causa daquela voz rouca que eu havia tomado banho na casa do James depois do jogo.
- Me ajuda. – eu sibilei de modo que só Marlene entendera.
- Para com isso, Narcissa! – eu pedi tirando as mãos de minha prima de mim. Como ela chegara aqui?
- Qual é Sirius? Você já pegou a Bella... – ela disse colando o corpo dela ao meu, eu tentava afastá-la de todas as formas, mas a menina parecia ter super bonder no corpo.
- Humhum... – Marlene pigarreou, fazendo com que Narcissa a medisse de cima abaixo.
- O que você quer? – Narcissa perguntou com nojo, fazendo Marlene sorrir vitoriosamente.
- Isso... – ela disse me puxando para ela – Sorry.
Antes que eu pudesse assimilar o pedido de desculpas antecipado, eu sentira os lábios de Marlene nos meus. Então sem saber realmente se devia, coloquei minhas mãos em sua cintura a trazendo para mais perto de mim e a erguendo levemente a fim de evitar uma futura dor nas costas. Senti os braços dela entorno do meu pescoço, permitindo que eu aprofundasse o beijo, sentindo certo arrepio atravessar meu corpo todo.
Não sei ao certo quanto tempo ficamos ali, não sabia se tudo acontecera muito rápido ou muito devagar.
- Hum... – Marlene disse quebrando o beijo, que eu terminei com um leve selinho nos lábios dela – Acho que ela já saiu.
- Acho que sim... – eu disse rindo levemente – E obrigado.
- Disponha. – ela respondeu, mas logo corou ao perceber o que tinha falado – Não foi isso que eu quis dizer...
- Eu sei, relaxa... – eu respondi sorrindo.
- Hum... Quer dar uma volta? – ela perguntou, e eu a olhei com as sobrancelhas levantadas – Daí você me explica isso de agora e a sua cara de merda de antes do jogo.
- Beleza... – eu disse sorrindo. Ela era curiosa como eu; e isso era um pouco estranho.
- Eu prefiro quando você está com essa cara... Parecendo um bobo alegre. – ela disse meigamente, e eu ri.
- Vem, vamos conversar então. – eu disse abraçando-a pela cintura, mas ela desfizera meu abraço – O que foi isso? Acha que eu vou lhe morder é?
- É, aham... – ela disse sarcasticamente – Você devia ter medo que eu lhe mordesse...
- Ah, se você me mordesse, eu ia gostar. – eu disse rindo, levando um tapa dela – Meu Deus, que bruta!
- Você não presta... – ela disse rindo, e eu a puxei de novo para perto de mim, mas agora com mais força impedindo que ela desfizesse o abraço.
N/A.: capítulo 3 repostado! Espero que tenham gostado, esse é um dos meus capítulos favoritos dessa fic!
Vai pessoal, comentem, votem e divulguem; mas, especialmente, DIVULGUEM! Quero voltar a ter meus views!
Miss Laura Padfoot.
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