capítulo 2
Sirius Black - VOCÊ TEM CINCO MINUTOS PARA SAIR DESSA PORRA DE BANHEIRO E IR A HOGWARTS! – a adorável Da. Walburga disse quase de arrombando a porta do banheiro. Eu cheguei alguns minutos antes do sinal bater para a segunda aula. Eu estava exausto, Hook e McCormack estavam pegando pesado hoje, e eu parecia estar recebendo um tratamento especial. Nunca, nunca se iluda achando que por você ser um dos melhores do time da sua escola, as treinadoras vão pegar leve com você, elas vão é fazer com que você se sinta um merda, isso sim. - Sai de cima de mim, porra. – eu disse empurrando McKinnon, que começou a rir debilmente. - De novo… - McCormack disse, era o que, a décima vez que repetíamos essa jogada? E as últimas saíram excelentes – Faça o que você sabe fazer de melhor, Black. – ela pediu, e eu sorri. Havia lido o livro inteiro. Certo, talvez não inteiro, eu devo ter pulado algumas partes, sabe, leitura dinâmica e essas coisas. Eu estava mais uma vez no quarto de Marlene, que era mantido com a porta aberta, como se todos na casa temessem que eu fosse atacar a princesinha deles. Marlene e eu já tínhamos terminado, mais ou menos, o trabalho por hoje. Não tínhamos feito tudo que precisávamos, mas para minha surpresa fora Marlene quem dera um basta nisso tudo, segundo ela estudar fazia bem, mas fazer o que estávamos fazendo já era doença. Então, paramos e em vez de ir para casa direto, nós começamos a conversar. N/A.: capítulo 2 repostado! Espero que tenham gostado!
capítulo 2
- Impossível ser mais delicado que você mãe. – eu disse sarcasticamente, abrindo a porta do banheiro e começando a descer as escadas rapidamente.
- Escuta aqui, Sirius Black... – ela disse no meu encalço, e me segurando pelo braço antes que eu passasse pela porta – Você pode não gostar de mim, mas eu sou a sua mãe, e enquanto você viver debaixo do meu teto você vai ter que me respeitar.
- Ah, tá bom. – eu disse com descaso, e indo buscar Violet.
- Você precisa de umas boas palmadas, Sirius Black. É disso que você precisa! – eu a ouvi gritar, quando já estava dando a volta no quarteirão.
Eu pedalava despreocupadamente, não teria como assistir a primeira aula, então por que me preocupar? Com esse pensamento em mente, eu resolvi parar no The Three Broomsticks, um barzinho a alguns quarteirões de distância da escola e que servia café da manhã.
- Olá Sirius... – Rosmerta disse assim que me vira adentrar no bar.
- Rosmerta? Eu pensei que você estava em Londres... – eu disse surpreso.
- Já se esqueceu de mim, Sirius? – ela perguntou sorrindo maliciosamente para mim, fazendo com que eu engolisse em seco.
- Hum... – eu não sabia o que dizer, se eu dissesse que sim ela provavelmente ficaria chateada, e eu não gosto de deixar mulheres chateadas.
Rosmerta olhou para os lados e quando se certificou de que estávamos sozinhos, saiu de trás do balcão, andando perigosamente na minha direção e me despindo com os olhos. Eu não estava muito confortável com a situação, mas a encarava debochadamente com um sorriso nos lábios.
- Que me diz da gente relembrar aquela noite? – ela perguntou com a voz rouca, parando a apenas poucos centímetros de mim, de modo que eu sentia a respiração dela na minha boca – Eu fui a sua primeira, não fui? Quatorze anos com corpo de dezessete... Era demais para mim. – ela disse no meu ouvindo, enquanto passava uma de suas mãos no peito, e depois mordia minha orelha – Que me diz, Sirius?
- Você não mudou nada... – eu disse rindo levemente. Eu estava sendo assediado por uma mulher seis anos mais velha – Mas hey, você só vai fazer o que eu mandar...
- Eu posso fazer só o que você mandar. – ela disse ansiosa como um filhotinho diante de uma bola.
- Primeiro, você vai se virar... – eu pedi calmamente, e ela me obedeceu – Vai se aproximar de mim... – ela me obedeceu novamente, colando seu corpo ao meu – Vai pegar minhas mãos, e colocá-las aonde você preferir... – ela obedeceu, guiando uma de minhas mãos para debaixo de sua saia, e a outra para debaixo de sua regata, eu não me surpreendi quando constatei que ela estava sem sutiã.
- E agora? – ela perguntou lascivamente, e eu ri de seu desespero.
- Agora... – eu disse em seu ouvido – Agora você vai rebolar para mim...
- E aí Hagrid... – eu disse o cumprimentando ao entrar na escola.
- Atrasado, de novo. – ele comentou rindo, e eu dei de ombros também rindo.
- Bom dia, Sirius.
- Bom dia, loira. – eu disse sorrindo para loirinha, que suspirou.
- Sih... – uma menina de uns 13 anos disse, e eu sorri em resposta.
- Oi lindo...
- Tudo bom? – eu disse para a garota de cabelos castanhos.
- Hey Sih. – eu a ouvi dizer no meu ouvido.
- Aaaah! – eu disse me assustando e me afastando dela, ela está por toda parte!?
- Sentiu minha falta, Sih? – ela perguntou fazendo uma voz infantil, e se aproximando de mim.
- Hum... Para ser sincero não. – eu disse tentando me virando, mas, ahá, quando eu me virei ela estava na minha frente – Dá pra você parar de fazer isso?
- Fazer o que? – ela perguntou se fingindo de inocente, e tentando passar os braços pelo meu pescoço.
Eu arregalei meus olhos em desespero, me livrei dela e voltei a seguir meu caminho para a próxima aula.
- Ô Black... – uma voz mais grossa me chamou, e eu vi que McComarck, a auxiliar de técnico meio andrógena me chamava.
- Oi... – eu disse me aproximando.
- Eu quero que você fique até mais tarde no treino hoje, a gente precisa treinar seus tackles. – ela disse séria.
- Mas eles estão ótimos... – eu disse inconformado.
- Você não quer ser o próximo Serge Blanco, então? – ela perguntou desafiadoramente.
- Certo, certo... – eu disse por vencido, retomando meu caminho.
- Cara, você perdeu uma aula ótima do Flitwick. – Remus disse sorrindo.
- Bom, eu tive outro tipo de aula de física nesse horário. – eu disse presunçosamente.
- Ew, eu não precisava saber disso. – Lily disse com nojinho, fazendo com que todos nós ríssemos.
- De quem é a próxima aula mesmo? – eu perguntei.
- Slughorn. – James disse com uma careta, porque Slughorn dava em cima da Lily.
- E as outras meninas? – eu perguntei ao me dar contar que Emmeline e Dorcas não estavam com a gente.
- Mais pra trás, elas estão conversando com a McKinnon. – Peter explicou com descaso – A propósito, elas a adoraram... No começo da primeira aula não paravam de falar de como ela era legal e tal.
- Mas ela é legal. – Lily disse alegremente – Não sei por que nunca saímos com ela antes.
- Verdade... – concordou Remus – Nunca pensei que ela fosse tão legal, antes de conversar com ela, eu a achava meio esquisita.
- Uma esquisita muito gata. – Peter disse rindo, fazendo com que Lily o olhasse feio – O que foi, Lils? É a verdade.
- Agradeçam a insistência do Prongs aqui. – James disse convencidamente, enquanto entrávamos na sala.
Estávamos todos nos acomodando em nossos devidos lugares, quando vi Héstia se aproximando para se sentar na cadeira desocupada a minha frente.
- Posso me sentar aqui, Sih? – ela perguntou enjoadamente, e eu não podia simplesmente dizer não... Coitada da garota.
- Na verdade, esse é o meu lugar Jones. – eu ouvi alguém dizer.
- Eu não estou vendo seu nome nele, McKinnon. – Héstia disse abrindo um sorriso, e eu quase comecei a rir quando vi que era a McKinnon que tinha falado isso. Uma McKinnon ladeada por Emmeline e Dorcas.
- Eu não preciso do meu nome numa carteira para dizer que ela é minha. – ela disse sentando-se na cadeira.
- Ora sua... – Héstia começou escandalosamente.
- Ora sua o quê? Puta? – ela perguntou com descaso – Pelo menos termina o que for falar.
- Ora sua vadia! – ela disse brava, fazendo com que Marlene começasse a rir.
- Sente-se melhor agora? – ela perguntou sarcasticamente, e Héstia saiu batendo o pé pela sala.
- Odeio essa garota, odeio mesmo! – Dorcas disse estressadamente e potencialmente mais cheia de ódio para dar para a dupla e do trabalho de inglês do namorado dela.
A aula parecia se arrastar, todos estavam fazendo alguma coisa menos eu, uns ouviam música, outros jogavam no celular, outros prestavam atenção, e eu... Eu não fazia nada, exceto me empenhar em ignorar Héstia e sorrir casualmente para a indiana que não parava de me encarar. Eu ficava um pouco intimidado ela, eu sentia que era como se ela atingisse o nirvana só de olhar para mim pelo jeito que as pupilas dela se dilatavam, e isso me dava arrepios.
- O pessoal pareceu gostar de você... – eu comentei me aproximando da McKinnon, que terminava o último exercício da aula, sendo que o professor nem havia resolvido o primeiro com a gente ainda.
- Eu gostei deles. – ela disse sucintamente.
- Você só vai dizer isso? “Eu gostei deles”? – eu perguntei curioso, e ela se virou para mim rindo levemente.
- O que você quer que eu diga?
- Faz sentido... – eu disse pensativamente.
- Eles são simpáticos, acolhedores e engraçados... Melhor assim? – ela perguntou sorrindo.
- Esses são meus amigos... – eu disse orgulhosamente, fazendo com que ela risse.
- De verdade Black, aquela garota vai me matar. – ela disse seriamente.
- Quem? A Héstia? – eu perguntei sem entender, mas quando virei para Héstia, ela continuava a me olhar bobamente, como fazia há cinco minutos.
- Não, Ketut ali... – ela disse indicando a indiana, e, de fato, ela parecia que ia matá-la com o olhar.
- Ela me dá arrepios... Sério, aquela garota me dá arrepios. – eu admiti.
- Num bom sentido? – ela perguntou, enciumada? Provavelmente não.
- Só se eu fosse masoquista... Nem ferrando que eu ficava com o bicho feio daqueles, McKinnon. – eu disse verdadeiramente, fazendo-a rir.
- Posso te pedir um favor? – ela perguntou, e eu a encarei como quem diz “fala” – Não me chama de McKinnon, você parece o Dumbledore quando faz isso.
- Nossa, acho que nunca fui comparado ao Dumbledore antes... – eu admiti, e ela abriu um sorriso de desculpa – Mas eu não quero te chamar de Marlene ou Lene também, sem ofensas, mas eu não gosto muito do seu nome.
- Bom, eu não daria o nome de Sirius para o meu filho também. Então, acho que estamos quites. – ela disse despreocupadamente.
- Nós precisamos de apelidos... – eu conclui, e ela concordou.
- Caso não saibam, o jogo contra a Durmstrang é daqui duas semanas... – começou Hooch, como se ela nos deixasse esquecer disso – Durmstrang sempre foi a nossa maior adversária, e no último jogo eles saíram como vencedores... Mas, dessa vez, nós teremos a vantagem, nosso campo, nossas regras... E nós mostraremos para os Búlgaros* do que são feito os Leões! – ela disse aumentando o tom de voz, fazendo com que vários dos meus colegas de time começassem a urrar – Vamos lá... Clear eyes, full hearts...
- CAN’T LOSE! – todos nós gritamos, e com isso o treino acabara para alguns.
- Isso aí garotos, podem ir para os chuveiros menos Black... Potter, McKinnon, Hale e Riggins, vocês também; vamos dar ao Black algo para fazer. – McCormack disse, e James me olhou como quem diz: se fodeu.
Eu suspirei profundamente, e olhei para as arquibancadas. Um número considerável de garotas estavam lá, todas olhando para nossas pernas como se elas fossem as coisas mais desejáveis do mundo, bom, as minhas deveriam ser.
- Saca isso... – eu disse para James, e então acenei para as garotas, que começaram a pular, acenar e gritar histericamente, para depois embarcarem na discussão de “para quem ele estava acenando?”.
- Você não presta... – James disse rindo.
- Não tenho culpa se você foi fisgado e não pode mais se aproveitar dos prazeres da vida. – eu disse dando nos ombros.
- Sabia que pessoas comprometidas fazem mais sexo que as solteiras? – James perguntou, e eu comecei a rir.
- Não se a pessoa solteira for Sirius Black. – eu disse com um sorriso de ponta a ponta.
- Certo, deixem de papo, garotas. – McCormack disse batendo palma – Vamos tentar algo diferente hoje, James eu quero ver um garryowen pro Sirius, e, Sirius, em vez de devolver a bola com chute, eu quero que você marque. – eu arregalei os olhos em surpresa, e vendo que eu iria protestar – Serge Blanco, Black, Serge Blanco.
- Tanto faz... – eu disse suspirando, e indo para a minha posição.
- Catorze, Treze e Um... Façam-no suar. – ela pediu, e os caras riram.
Eu estou fodido, cara, muito fodido.
- Eu não gosto de você perto da minha irmã. – ele me avisou antes de sair, e eu arregalei os olhos.
Eu adorava quando ela me dava abertura para fazer o que eu quisesse.
Era isso, James chutou a bola para mim, e eu a peguei sem dificuldade, o chute fora perfeito. Tanto Hale quando Riggins vinham em minha direção, eles não seriam meu maior problema, o problema era McKinnon que tinha o tamanho de um elefante e a agilidade de um jaguar.
Desviei de Hale e de Riggins, McKinnon vinha em minha direção, eu precisava me livrar da bola, o mais rápido possível, eu poderia passá-la para James, mas não. Eu faria um drop goal, eu havia decidido.
Com isso eu chutei a bola, e assim que o fizera, sentira o corpo de McKinnon se chocar contra o meu, fazendo com que eu rolasse na grama.
Eu olhei para cima e...
- RÁÁÁÁÁ! É ISSO AÍ, EU SOU O CARA! – eu comemorei me levantando, e ouvindo gritinhos vindos da platéia.
- Bom trabalho, Black. – McCormack disse visivelmente impressionada, e eu sorri.
- Nossa, Pads... Animal! – James disse empolgado dando um tapinha nas minhas costas.
- Você já sabe o que vai fazer na faculdade? – Ewan perguntou alegremente.
Sim, eu havia me esquecido de mencionar que Ewan estava no quarto de Marlene conosco.
Enquanto Marlene e eu estávamos sentados na cama dela fazendo algumas anotações sobre as partes do livro que achamos que deveriam ser mencionadas, Ewan estava aumentando a memória do computador de Marlene, organizando as músicas dela e instalando uma série de programas que eu nunca ouvira falar.
- Não sei direito, penso em tentar jogar profissionalmente. – eu disse, e o ouvi soltar uma bufadinha.
- Ewan! – Marlene o repreendeu, segurando o riso.
- O quê? – ele perguntou ultrajado.
- Você sabe o quê. – ela disse o censurando, fazendo que tanto ele quanto eu ríssemos.
- Deixa o garoto fazer o que ele quiser. – eu disse, e ela me olhou feio – Quem dera meu irmão fizesse pra o que ele está fazendo pra você.
- Viu, Marlene... Agradeça por você ter um irmão como eu. – Ewan disse convencidamente, e Marlene revirou os olhos, fazendo com que eu segurasse o riso.
- Você vai corromper o meu irmão. – ela disse estreitando os olhos e me dando um soquinho.
- Nossa, morri com esse soco agora. – eu zombei, e ela riu levemente.
- Quer levar um soco que doa? – ela perguntou erguendo uma sobrancelha, e eu olhei para Ewan.
- Não, você não quer. – Ewan disse tão convencidamente, que eu arregalei os olhos – Lembra no começo do ano, uma semana em que o Kyle estava mancando e não parecia fazer outra coisa senão gemer de dor?
Eu assenti, eu me lembrava disso. Parecia que o Kyle tinha sido atropelado por um ônibus ou sei lá.
- Culpa da Marlene. – ele disse simplesmente.
- Certo, acho que eu consigo terminar essas coisas do computador sozinha. – ela disse tirando Ewan da cadeira e, literalmente, o carregando para fora do quarto dela – Ahn, apenas esqueça isso, certo?
- UAU! – eu disse surpreso – Foi realmente você que fez aquilo no Kyle?
- Foi. – ela perguntou sorrindo de soslaio, me fazendo rir.
- E ele não revidou?
- Claro que revidou... – ela disse rindo, e eu arregalei os olhos.
É insano pensar que Kyle bateria na Marlene. Primeiro, ele tem o triplo do tamanho dela em todos os sentidos. Segundo, ele é um super protetor do caralho com ela.
- Doeu? – eu perguntei, voltando a sentir as dores que Kyle me causara no treino do fim da semana passada.
- Muito. – ela respondeu rindo, e eu ri nervosamente – Mas ele não me bateu tão forte quanto ele bateria num cara, é mais coisa de irmão mesmo.
- A relação fraternal de vocês é meio conturbada. – eu disse, e ela confirmou.
- Você fala como se a sua não fosse. – ela disse ao se sentar na cama novamente.
- Touché. – eu disse, e ela abriu um sorriso.
- Vamos continuar?
- Estou aqui apenas para seguir suas ordens. – eu disse brincando, e ela revirou os olhos.
- Certo, você gosta de Guns, mas não gosta de The Beatles... – ela disse incrédula passando as mãos pelos cabelos – Que tipo de pessoa é você?
- Do tipo que as mulheres adoram... – eu disse convencidamente, e ela me encarou ceticamente, estava crente que ela iria me bater, mas não.
- Você não presta. – ela disse rindo levemente, e eu sorri, aliviado por não ter apanhado – Não, sério... O que você não gosta neles?
- Não é que eu não goste deles... – eu disse explicando – É só que meus pais os adoram.
- E? – ela perguntou sem entender.
- E eu adoro fazer qualquer coisa que os deixe irritados. – eu expliquei com um sorriso no rosto, fazendo com que ela abrisse a boca em sinal de ultraje – Não me olha assim, você não conhece os meus pais... E quanto o mais cedo eu sair de casa, melhor pra mim.
- Você está brincando, certo? – ela perguntou sem acreditar, mas eu neguei – Meu Deus, Sirius... Sério?
- Sério... – eu respondi dando nos ombros – Já estou procurando um lugar, é só fazer 18 anos e sair de casa.
- Você é inacreditável... – ela disse me repreendendo, e antes que eu pudesse me defender a Sra McKinnon apareceu na porta.
- Sirius, querido, quer jantar conosco hoje à noite? – ela perguntou simpaticamente, entrando no quarto e colocando as mãos nos meus ombros.
Eu olhei para Marlene como quem pergunta “posso jantar aqui hoje à noite?”, e ela dera de ombros dando a entender que era eu quem deveria tomar a decisão.
- Eu adoraria, Sra McKinnon. – eu disse sorrindo carismaticamente, ela sorriu de volta, e eu tive a impressão de que ela se segurava para não apertar minhas bochechas.
- Mairi, querido... Quantas vezes eu ou ter que repetir isso? – ela perguntou fazendo carinhos nos meus ombros – Mas então, já que você vai comer aqui, tratem os dois de lavar as mãos e descer, porque o jantar já está pronto.
- Nós já vamos, mãe. – Marlene disse, quando a mãe dela começara a se afastar.
- Sua mãe me adora. – eu disse convictamente, e Marlene revirou os olhos – É verdade...
- Eu sei... – ela disse ligeiramente inconformada, levantando-se da cama, e eu a segui.
- Isso lhe incomoda? – eu perguntei calmamente.
- Sinceramente... – ela disse abrindo a torneira do banheiro e começando a lavar as mãos – Não.
- Que bom... – eu disse sorrindo, fazendo-a rir, e eu a olhei sem entender.
- Minha opinião a seu respeito é tão importante para você ficar aliviado com a minha resposta? – ela perguntou enxugando as mãos enquanto eu lavava as minhas.
- Eu diria que é importante o bastante. – eu disse para depois fechar a torneira e roubar a toalha dela.
- Importante o bastante? – ela perguntou rindo, e eu confirmei rindo também.
Nós descíamos as escadas para sala de jantar sem fazer muito barulho, apenas rindo de algumas besteiras totalmente sem sentido que falávamos.
Quando chegamos a sala de jantar, Kyle e Ewan já estavam sentados.
- E aí cara, já terminaram o trabalho? – Kyle perguntou visivelmente entediado por ter que esperar a comida.
- Na verdade não, resolvemos dar um tempo por enquanto. – eu disse, enquanto Marlene me indicava o lugar em que eu deveria sentar.
- Eu vou ver se a mamãe precisa de ajudar. – ela disse avisando os irmãos ao colocar uma das mãos em meu ombro, e depois saindo.
- Quer que eu vá também, Lene? – Ewan perguntou já se levantando prestativamente, mas Marlene negou com um sorriso – Mas e então, estão ansiosos para o jogo contra a minha escola?
- Cara, verdade... Você estuda na Durmstrang. – eu disse rindo – Como é confraternizar com o inimigo, Kyle?
- Depois de um tempo você acostuma... – ele disse rindo, e empurrando o irmão levemente, mas o levemente de Kyle era capaz de derrubar qualquer um.
- Cuidado... – Ewan protestou se ajeitando melhor na cadeira.
- Ah, para de reclamar ferrugem. – ele disse bagunçando os cabelos do mais novo – Mas e então cara, fiquei sabendo de você com a Rosmerta semana passada...
- As notícias correm mesmo naquela escola...
- Quem não gostou muito do que ouviu foi a Jones, o que aquela garota tem com você afinal? – ele perguntou sem entender, mas eu não podia culpá-lo, nem eu entendia.
- A Jones é uma vadia. – Marlene disse ao colocar risoto de champignon na mesa, sendo censurada pela mãe – Mas é a verdade, mãe.
- É feio para uma moça falar essas coisas, Marlene. – disse Mairi, colocando uma travessa com frango na mesa.
- Está bem, desculpe. – Marlene disse com um tom de voz normal, mas era possível perceber que ela achava o que a mãe acabara de falar ridículo.
Nós esperamos alguns minutos até a chegada do Sr McKinnon.
- Olá família. – ele disse ao cumprimentar todos lá, e eu me levantei educadamente.
Mairi com um selinho, os filhos com um abraço rápido e Marlene...
- Hey princesa... – ela disse abraçando-a fortemente e beijando-lhe a testa, para depois se voltar para mim curiosamente.
- Pai, este é Sirius, um amigo da escola... Sirius, esse é meu pai Tavish McKinnon. – ela disse sorridente.
- Prazer, senhor. – eu disse apertando a mão dele firmemente.
- Igualmente, meu rapaz. – ele disse sem demonstrar nada.
Tavish McKinnon era tão alto quanto o filho, tinha olhos castanhos escuros e cabelos ruivos também escuros curtos. Ele era a mistura dos dois filhos, mas diferentemente deles, tinha um semblante mais sério, intimidador.
Marlene se sentou ao meu lado e sorriu para mim, fazendo com que eu me acalmasse, o pai dela realmente me deixava Tenso. Todos comiam tranquilamente, e eu elogiava a comida da Sra McKinnon como um garoto educado, mas o fato era que a comida estava realmente ótima.
Durante o jantar havíamos conversado sobre futebol, sobre o trabalho do Sr McKinnon, sobre como Ewan queria que os pais comprassem um gato, e outras banalidades.
Estávamos prestes a comer a sobremesa, torta de limão com chocolate branco, quando o Sr McKinnon me fez uma pergunta que me deixou branco e quase me fez engasgar.
- Então, você e a Marlene estão namorando? – ele perguntou numa falsa tentativa de parecer casual.
- Não! – Marlene e eu negamos ao mesmo tempo, fazendo com que os irmãos dela rissem, e o pai parecesse mais tranquilo.
- Eu gostaria que eles namorassem... – Mairi disse, fazendo com que eu corasse.
- Mãe! – Marlene a repreendeu, enquanto estava muito mais vermelha que eu.
- Mairi... – o Sr McKinnon disse em advertência.
- Mas eles fariam um casal tão bonito. – ela disse suspirando, fazendo com que tanto Marlene quanto eu ficássemos ainda mais vermelhos.
Aparentemente, ela e Ewan pareciam ser os únicos a estarem à vontade com esse assunto. Ela falava disse sonhadoramente, Ewan sorria, talvez pensando na possibilidade de me ter como cunhado, enquanto Kyle parecia querer me matar com os olhos enquanto apertava a mesa, tentando reprimir o ciúmes e os instintos super protetores irracionais dele, o Sr McKinnon aparentava ter acabado de engolir uma caixa de pregos só por pensar em sua princesinha como a minha garota, e Marlene e eu... Bom, nós nos afundávamos cada vez mais em nossas cadeiras, apenas querendo desaparecer, sentindo nossa própria vergonha nos consumir junto com a vergonha alheia que sentíamos um pelo outro.
Miss Laura Padfoot
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