Vícios e Virtudes





Capitulo 23 Vícios e Virtudes


Libertar o corpo, a alma, a mente. Tente ser diferente, deixar que tudo de ruim que tem dentro se liberte e não seja mais o seu demônio, seu pesadelo, seu passado que condena...


 


–Essa é a ideia... O que acham?


Eu estava olhando para as minhas três melhores amigas. Nossos filhos brincavam no Jardim da minha casa enquanto nós estávamos em uma reunião para decidirmos nosso futuro. Bem, vamos aos fatos. Nina queria um trabalho que não lhe tomasse o dia todo e que ela pudesse ficar com Meg e curtir sua criança.


Roxi queria continuar no trabalho dela, mas disse que precisava ocupar a mente com outras coisas, agora que ela dividia o cargo com Dominic tinha mais tempo e menos trabalho. E além de ficar com os gêmeos queria estar em movimento sempre. Depois que Scorpius se foi... Kalshe desistiu da carreira de inominável com medo de deixar Nico órfão como minha Joe...


–Eu gosto da ideia. É um bom trabalho. Uma escola de arte... –Roxi disse sorrindo.


–Eu também acho o máximo! –Kalshe disse animada.


–Eu posso gritar? –Nina perguntou e nos a olhamos sem entender – Eu vou trabalhar em uma escola de artes! – Nós três rimos com a animação dela.


–Então...


–Eu tô dentro! –As três disseram juntas.


–Então temos que começar a pensar em tudo! –Falei.


–Verdade, nenhum detalhe nos pode faltar. Professores, matérias, vagas, o lugar... Tudo mesmo! –Roxi disse e nós assentimos.


–Que tal continuamos nossa reunião mais tarde ? –Nina perguntou –Almoçamos, assistimos um filme e antes da noite voltamos a nos reunir pra falar sobre o assunto, eu estou morrendo de fome.


–Típico da Potter! –Kalshe falou rindo.


–Como se você também não fosse uma Potter! –Nina retrucou e Kalshe riu alto.


–Eu não sou uma Potter Nininha! Eu sou uma Melling Mal... –Ela não terminou, apenas me olhou de soslaio e eu me levantei.


–Vou colocar o almoço –Falei fingindo que fui para cozinha, mas fui para o banheiro.


Olhei para o reflexo no espelho, aquela não era eu. Três meses depois da iminente morte do meu Scorpius e aquela continuava não sendo eu. Eu estava tentando me recuperar, não chorava há uma semana. E só vestia preto quando não tinha ninguém por perto. Estava tentando aquilo por Joe e por todos a nossa volta. Não queria que minha mãe voltasse a se preocupar comigo, quando tinha que cuidar do meu querido sobrinho. Não queria que Astoria tentasse me convencer a morar na mansão, nem queria que as meninas tentassem me fazer falar.


E por isso e estava fingindo. Era tão mais fácil fingir e deixar que todos pensassem o que quisessem. Eu era boa nisso.É claro que haviam momentos em que meu peito se enchia de tristeza e minha maior vontade era chorar até dormir e continuar dormindo até não poder mais aguentar tanta tristeza. Não queria voltar à fase em que minha depressão era um grande problema, eu havia melhorado, por Joe e por Scorpius. Embora agora só me restasse Joe eu não a deixaria na mão, não mais uma vez.


Sorri para a imagem no espelho e escolhi um batom qualquer. Quando terminei de passá–lo refiz o caminho até a cozinha e vi em que estado estava o almoço. Coloquei a mesa e chamei todos. Além das meninas, estavam Joe, Sam, Meg, Nico, Ronald Sirius e Arthur. O sexteto bagunça. Era esse o nome que a família havia dado para aqueles seis. Tio Jorge sentia orgulho da bagunça que Sam e Arthur proporcionavam, papai dizia que seus netos estavam ai para fazer o mesmo e eles faziam. Meg era mais quietinha de todas, Nico não era um dos mais quietos, mas em comparação aos outros quatro poderia se passar por anjinho facilmente.


–Comida na mesa! –Gritei e todos apareceram rapidamente.


A mesa grande havia sido posta na cozinha, o dia estava claro e poderíamos comer no jardim, mas teria que armar uma tenda para que não ficássemos expostos ao sol e isso demandaria mais tempo e faria com que todos morressem de fome. O nosso pequeno sexteto sentou em cadeiras altas e duas de nós em cada lado da mesa.


–Que comida boa tia Ross! – Ron falou e eu sorri.


–Obrigada meu amor.


–Rose foi você mesmo quem fez ou está nos ludibriando? –Nina perguntou com uma sobrancelha arqueada e eu ri.


–Eu sei cozinhar, só não colocava em prática... Agora que estou perto de sair do profeta resolvi pedir a vovó alguns conselhos culinários. E descobri que gosto muito disso. Fiz cocadas para o jantar...


–Quem é você e o que fez com Rose Weasley? –Roxi perguntou e eu ri.


–Eu não sei o que fez, mas parece maravilhosa –Nina disse.


–E essas são as minha amigas –Ironizei e elas riram.


Continuamos o almoço naquele ritmo agitado e toda hora falávamos com as crianças. Eu me sentia bem tendo todos eles ali, mesmo não estando presente ali de corpo e alma. Passamos a tarde naquele ritmo, quando as crianças voltaram a brincar, só que na casa da arvore que Scorpius havia para Joe. Era encantada e por isso eu os deixava ali. Sentia que estando ali Joe estaria mais perto dele e isso me acalmava. Eu ainda não estava pensando num futuro próximo, mas sabia que seria um desastre se ela crescesse sem a presença de um pai.


Nunca duvidei do poder uma mulher para criar um filho, mas família é família. Estar com seus pais é tão bom, quando se é criança não se entende porque você é a única pessoa que não tem um pai para presentear no dia dos pais ou para levá–lo ao colégio e te abraçar bem forte quando você tem algum medo. Até aquele momento Joe sabia o que era aquilo porque Scorpius a mostrou, mas depois eu não saberia dizer. Tinha realmente medo de não poder dar uma boa educação a ela e não poder mostrar o que pais unidos poderiam fazer.


Tirei o assunto da cabeça por alguns momentos. Quando estive na mesa de reuniões com as meninas. Nós estávamos ali, porque não queríamos mais trabalhar da maneira convencional, a maneira com que trabalhávamos antes. Queríamos fazer algo novo, algo que nos desse prazer e que nos fizesse sentir bem. Eu propus a idéia de uma escola de arte  porque era algo que eu queria, ou melhor, sonhava, desde que era uma garotinha.


Meus filmes prediletos sempre foram os musicais, ver pessoas dançando e cantando era algo maravilhoso. Aprendendo instrumentos novos, fazendo da vida uma verdadeira arte e queria que a vida imitasse a arte. Quando eu fui para aquela peça eu soube que seria uma das melhores coisas que aconteceriam em minha vida e não digo porque conheci Scorpius e nos tornamos algo mais do que apenas colegas de peça, foi porque eu sentia toda aquela energia e eu sabia que cantar e dançar em um palco era algo que me faria feliz.


Foi com essa mesma felicidade que eu entrei no Home’ s , aquele era nosso lugar especial para nos sentirmos livres. Não era uma escola de arte propriamente dita, era um espaço de dança para garotas bruxas e que é claro marcou a minha vida, mas queria algo mais, queríamos algo mais. Se todas as pessoas que tivessem o dom e pudessem realmente dançar, cantar, tocar algum instrumento, atuar ou fazer qualquer outro tipo de arte pudesse estar em um lugar em que seu talento fosse aproveitado seria a coisa mais maravilhosa que poderia fazer por alguém. Fazer com que a pessoa siga seu sonho e que fique livre para ser o que quiser, era isso que queria. E foi isso que as meninas quiseram também.


Nos sentamos apenas com a idéia de uma escola de arte e mil duvidas em mente. Seria aquele um bom negocio ? Uma vez, me disseram que se você colocar o negocio certo, no lugar certo ele com toda certeza fará sucesso, mas se você somente achar que vai dar certo sem nenhum tipo de pesquisa, será um fiasco, perda de tempo e você terá uma enorme dor de cabeça. Por isso antes mesmo de falar isso com as meninas havia me informado. Escolas de arte existem aos montes, mas teríamos algo que as outras não teriam : Magia.


E quando digo magia, não falo da magia vinda de nossas varinhas que as tornam única. Digo a nossa magia, a que não tem nada a ver com sermos bruxas ou não , a magia que estou falando vem dos passas que fazemos, vem das notas que alcançamos com nossas vozes e dos nosso nível de atuação quando precisamos. Era disse que eu estava falando e disso que precisávamos.


–Temos que ter um logo, ou sei lá como se chama isso! –Falei , Roxi e Kalshe assentiram então olhamos para Nina. Ela cuidava da imagem do Ministro há tantos anos que deveria saber algo sobre isso.


–Ah sim, eu tenho idéia, mas preciso que a outra Sra. Potter da mesa desenhe para mim.


–Melling...E eu desenharei com todo prazer querida. –Kalshe afirmou e tirou seu inseparável bloco de notas liso para quando começássemos a falar.


–Escola de artes... Que nome daremos para uma escola de artes ? –Nina pergunto e nós nos entreolhamos.


–É realmente vai ser difícil... –Falei.


–O que acham de Accio Dreams... ? –Roxi palpitou e eu sorri.


–Gostei do nome, afinal todos estarão atrás dos seus sonhos, não é mesmo ?


–Isso ai. Então temos um nome –Kalshe começou a escrever no bloquinho enquanto continuávamos ali tentando pensar.


–Acho que tive uma idéia! –Nina disse animada.


–Diga–me o que pensa...


–Bem, não sei se conhecem... Não devem conhecer...Ou, talvez conheçam...


–Desenrola Nikolina! – Kalshe falou e nós rimos.


–Existe um feitiço , acho que é o mesmo usado em Hogwarts para saberem quais são os alunos que receberão a carta. Eu acho que poderíamos usá–lo para descobrir quem tem realmente o dom de fazer arte e que tem capacidade para isso. Ele vai mapear todos os lugares do mundo e achar pessoas assim. Faremos audições e começáramos a arranjar pessoas, professores, colaboradores e todo tipo de gente que esteja pronto para nos ajudar a fazer essa escola dar certo.


–Ual... Já notaram que quando a Nina tem uma boa idéia ela tem realmente uma boa idéia ? –Kalshe perguntou e levou um tapa de Nina –Concordo totalmente. Podemos começar então pelo lugar onde construiremos essa escola.


–Você não tem uma amigo trouxa que vende terrenos Roxi ?


–É tenho, Josh é um cara legal... E posso marcar uma reunião com ele o que acham ? Ele nos consegue um lugar  para fazemos nossa escola, com toda certeza!


–Não seria melhor um lugar já pronto ?


–Não Nina, seria difícil agradar todas nós , acho melhores realmente fazemos... Se bem, isso vai demorar um tempão. Isso me deixou tão animada que eu queria começar agora mesmo! –Kalshe falou e eu assenti.


–Então perguntamos a ele. Podemos dividir nosso tempo entre achar um local legal para fazemos a escola e um lugar já pronto. –Falei sorrindo.


–Eu vou ligar pra ele –Roxi disse se levantando para pegar o celular.


–Estou desenhando algo e vocês me dirão o que acham.


–Eu estou tentando lembrar o feitiço. – Nina disse e eu assenti.


–Vou ver como as crianças estão –Falei e fui até a casa da arvore. Eu não podia entrar lá, nenhum adulto podia. De um certo modo aquilo me deixava mais calma. Se caso algo acontecesse eles estariam protegidos ali –Crianças...


–Dinda Rose! –Ron apareceu na porta da casinha de bonecas e me chamou para mais perto .


–Vocês estão bem meu amor ?


–Sim Dinda! –Ela sorriu e desceu a escadinha. Ficou do meu lado enquanto eu olhava tudo ao redor.


–Fico feliz que esteja aqui meu anjo –Me sentei no gramado e apenas olhei para tudo ali fora. Tudo aquilo sempre me faria lembrar Scorpius, sempre.


–Eu também.


–Você está gostando mesmo daqui ? –Eu perguntei falando da nossa casa. Ele estava passando dois dias ali, eu gostava de tê-lo por perto. Meu pequeno afilhado.


–Muito! Mas sinto falta... Da mamãe e do papai.


–Ah meu amor –O puxei para perto –Claro que sente. E eles também sentem falta de você. Só que é o trabalho deles, por isso que eles o deixaram com a vovó e com o vovô. Para que eles pudessem cuidar de você querido... Da maneira que eles cuidariam. Além disso tem a vovó Ana, a tia Sara o tio Hugo  e eu... Sua tia/Dinda –sorri para ele e Ronald Sirius me abraçou forte.


–Obrigada Dinda –Ele sorriu e eu continuei abraçando o meu pequeno.


Ron se levantou e voltou para a casinha de bonecas. Ali dentro tinha mais brinquedos do que qualquer criança poderia imaginar, tinha o feitiço extensivo e segundo Scorpius o melhor lugar para uma criança se divertir. Eu me levantei e voltei para a sala ver as meninas.


–E então como eles estão ?


–Ah, acho que bem...Ron saiu e conversamos um pouco. E então ?


–Consegui uma hora com ele na segunda –Roxi disse colocando o celular na mesa.


–Eu lembrei o feitiço e poderemos fazer a qualquer momento.


–E eu terminei o desenho, querem ver ?


–Claro! –Falei me sentando em uma das cadeiras.


Kalshe nos mostrou o desenho e todas sorrimos. Havia uma bailarina com um vestido em forma de flor e ao lado havia o nome da escola. Era simplesmente lindo, a simplicidade do nome fazia contraste com a dificuldade do desenho e da beleza da bailarina. Kalshe começou a trabalhar com a varinha e o desenho foi se colorindo até ficar perfeito, sorrimos com o resultado e eu deixei uma lágrima escapar.


–Acho que agora podemos seguir a diante...  –Falei e voltamos a falar sobre o colégio e outras coisas mais.


O resto dia foi tranqüilo. Resolvemos quase tudo e descobrimos que a escola poderia ser algo bem melhor do que para apenas a nossa “distração”. Havíamos mandado uma carta para Draco e ele ficou feliz em nos ajudar com administração e contabilidade. Algo que eu não me arriscaria a fazer e nenhuma das garotas também. Eu mexeria com a publicidade, por enquanto, Nina com toda a assistência e organização. Kalshe com design de tudo que tivesse a ver com a nossa escola e a Roxi ficaria com a parte da arquitetura e por fim nós todas faríamos o tal feitiço e depois iríamos a procura dos nossos alunos em todos os cantos do mundo.


Quando as garotas foram embora só eu Ron e Joe ficamos em casa. Eu os coloquei no banho, depois jantamos e logo depois os dois estavam na cama. A noite não estava tão bonita quanto as outras noites de verão, as duas manhã começou a chover e alguns minutos depois ouvi trovões. Assim que ouvi os primeiros raios trovões também os passas apressados e duas pequenas sombras correndo para dentro do meu quarto.


–Mamãe!


–Dinda! –Joe e Ron estavam assustados e fiz sinal para que sentassem em minha cama.


–Não precisa ter medo meus amores. Venham aqui –Os dois se deitaram, cada um ao meu lado segurando um dos meus braços. Eu sorri e contei uma história para que eles dormissem, antes da tempestade acabar os dois já haviam dormido. Eu cai no sono logo depois.


 


–Queria me ver Rita ? –Perguntei pela manhã na segunda quando entrei na sala de Rita Skeeter.


–Quero... Apesar de que ouvi que você também queria falar comigo.


–É eu quero, mas comece.


–Eu já sei que vai largar a vida de Jornalista Rose –Eu arqueei a sobrancelha surpresa, mas depois sorri. Era bem a cara dela saber de tudo, como eu não sabia, mas que ela tinha as informações que queria em primeira mão, sim isso ela tinha. – Não vou pedir para ficar, porque sei que é boa o bastante para saber o que quer ou não fazer. Mas quero que nessas suas ultimas semanas, porque sei que já está pensando em ir embora, você volte para o Profeta, precisamos de você aqui.


–Então tudo bem. Fico feliz de voltar  –Falei sorrindo –Mas... Quem vai ficar no meu lugar na Moda Bruxa ? –Perguntei e ela suspirou.


–Talvez... Você queira escolher uma sucessora... –Ela disse sugestivamente e eu sorri.


–Sim, vou avisar a ela.


–Rose. –Ela falou em um tom mais serio e eu percebi que o assunto era serio.


–O que houve ?


–Serei direta!


–Eu não esperaria outra coisa de você – Eu disse e ela assentiu.


–Daqui a dois dias vai haver uma mobilização no centro de treinamento dos aurores porque irão descobrir que o Assassino S4 foi uma fraude –Eu abri a boca para retrucar, mas Rita levantou a mão para que eu nem ao menos começasse – não me olhe com essa cara, nem me pergunte nada. Só me ouça. Na quarta feira você irá como quem não quer nada ao centro de treinamento dos aurores, irá conversar com Alvo, falar com Haniel e quando eles entrarem para prender o assassino S4 você vai estar lá. Vai levar uma câmera, vai estar com um bloco com pena de repetição caso não consiga escrever tudo que quer rapidamente e iremos ser o primeiro jornal a publicar isso. Rose a principio você vai ficar com raiva e não vai querer escrever a matéria, vai me odiar e vai achar que o Assassino S4 não é tão ruim... Mas quero que quando estiver o entrevistando se lembre de todas as mortes. De todas as garotas que morreram por aquelas mãos, da pessoa que vai estar em sua frente. Rose, será o ponto alto da sua carreira como Jornalista, mas não porque é um escândalo e porque é o que todos querem ver, é porque você estará mais forte que nunca. Quarta feira, as 08:00 da manhã no Centro de treinamento dos aurores...


–Você sabe que eu não posso deixar de perguntar, não sabe ? –Perguntei e ela assentiu –Como você sabe dessas coisas... ? Eu sempre achei que você tinha bons informantes que sabiam de tudo que estava acontecendo, mas isso é diferente... Se for verdade...


–É a verdade. Queria que não fosse, mas é. Não pense que tenho o coração mole ou algo assim. Mas isso chocou o mundo bruxo. Foi algo que fez com que todos tivessem medo... O Assassino surgiu um pouco antes de você terminar Hogwarts e continuou por um bom tempo. Mas as pessoas não faziam ideia de quem fosse...


–Não entendo nada. Não consigo...


–Na hora certa você vai entender. E respondendo a sua pergunta... Eu tenho sim, informantes em todos os lugares possíveis, mas não foi nenhum deles que me contou isso. Pra ser mais sincera, você nem imagina quem me contou isso. Até eu fiquei surpresa... Rose. Só faça o que estou te pedindo ok ? O assassino vai colaborar com você... Não porque ele quer se redimir de todos os pecados, mas porque ele quer causar dor. Agora pode ir.


–É...Eu irei. Mas Rita...?


–Sim.


–Um dia promete me contar direitinho o que é tudo isso... ?


–Prometo.


 


 


–Você demorou Rose. –Roxi disse assim que eu cheguei na mesa do restaurante em que havíamos marcado com o tal corretor. Eu respirei fundo quando vi que só haviam as garotas na mesa.


–Eu sei, me desculpem. Minha chefe  pediu que eu ficasse... –Falei e sorri das expressões de descrença das garotas –Rita Skeeter pediu para que eu voltasse a trabalhar no profeta já que eu vou sair...Meninas ao toalete e já volto...


Nem esperei confirmação delas, apenas me dirigi ao toalete , sem me importar com as regras que diziam que eu deveria no mínimo ir com uma delas. Antes mesmo de conseguir achar o toalete senti meu salto quebrar e fiz a coisa que qualquer mulher do mundo faria. Me segurei na primeira pessoa que vi antes que eu caísse. Senti os braços me apoiarem e olhei para cima. Me deparei com um par de olhos verdes claros e um sorriso encantador. O rapaz que me apoiou parecia ter mais ou menos minha idade, 25 anos , sua barba estava por favor e seus lábios eram vermelhos e seu sorriso se abriu quando notou que eu olhava intensamente seus lábios.


–E–Eu... –Me senti idiota. Eu havia acabado de fazer papel de idiota na frente de um homem daqueles... –Me desculpe–Continuei me segurando nele e levantei o pé esquerdo tirando o sapato e depois tirei o outro pisando no chão frio do restaurante.


–Sem problemas senhorita –Ele sorriu e eu senti meu rosto corar. Apenas olhei para o homem em minha frente senti uma tontura estranha que me fez largar os sapatos e que fez o homem em minha frente me segurar –Está bem ?


–Ual. Eu... Estou tonta – Continuei me apoiando nele quando ouvi a voz conhecida atrás de mim.


–Rose! O que aconteceu ? –Kalshe se aproximou e me olhou preocupada –Você saiu apressada eu resolvi vim ver o que estava...


–Ai meu Merlin! –Eu falei quando senti aquela maldita vontade de colocar tudo pra fora –O banheiro ? –Perguntei e os dois apontaram para o mesmo lado. E eu corri.


Corri feito louca até chegar ao banheiro e depositar todo meu almoço em um dos vasos. Ouvi os passos rápidos e quando levantei o rosto encontrei os olhos curiosos e espertos de Kalshe me olhando. Me levantei e lavei minha boca na pia. Ela continuava me olhando daquela maneira, estava me analisando e eu senti um frio na barriga. Aquela era a hora... Eu devia contar logo a ela e as garotas, mas estava com medo de que não fosse verdade. Olhei para Kalshe com os olhos cheios de lágrimas e ela apenas me abraçou.


–Eu não tinha certeza –Choraminguei e ela me olhou sorrindo.


–Não se preocupe. Vamos voltar para a mesa ok ? Mais tarde conversamos sobre isso...


–Está bem! –Tentei sorrir, mas não conseguia. Só queria chorar. –Droga. Quebrei meu salto predileto...


–Não importa, nós consertamos depois.


Eu assenti e voltamos para a mesa conversando amenidades até que eu o vi. O homem que eu havia praticamente esmagado enquanto tirava meus saltos estava sentado a mesa rindo com Roxi e Nina. Eu olhei para Kalshe e ela deu de ombros sorrindo.


–Ah Rose! –Roxi disse sorrindo e chamou o homem ao lado dela –Josh essa é a idealizadora da nossa Accio Dreams. Rose Weasley Malfoy! –Ela apontou para mim e o os dele brilharam e seu sorriso aumentou.


–Josh Crawford!


–Prazer senhor Crawford... –Falei um pouco sem graça e ele sorriu.


–Pode me chamar de Josh... –Ele disse abrindo ainda mais o sorriso, se é que aquilo era possível e as garotas trocaram olhares.


–Ér... –Eu as olhei pedindo ajuda e Kalshe riu alto –Rose. Pode me chamar de Rose... –Eu me sentei, mais constrangida que nunca. Péssimo dia.


–Nós estávamos falando de alguns lugares que o Josh tem para nos mostrar. Alguns deles já estão construídos e precisam apenas de uma reforma e algumas outras coisas e outros iríamos demorar um tempinho pra dar um jeito.


–Podemos olhar –Comecei, ainda com vergonha, mas feliz por estarmos tocando no assunto – quando podemos olhar ? –Perguntei e Josh sorriu.


–Eu tenho toda a tarde livre se quiserem garotas...


–Eu to dentro –Nina e Kalshe falaram.


–Eu também –Roxi disse sorrindo... –Rose ?


–Claro. Já pediram ? –Perguntei abrindo o menu para me esconder. Kalshe que estava do meu lado fez o mesmo e começou com sua conversa sussurrada.


–Ele é um gato, não é mesmo ? –Ela perguntou e eu a olhei da maneira mais seria que pude, tentei não sorrir.


–Nem tente –Sussurrei.


–Estávamos esperando você para pedir Rose...  –Roxi falou e eu abaixei o menu para olha. O maitre mandou um garçom para a mesa assim que Josh Crawford fez sinal. Nós pedimos e logo depois o Sommelier se apressou em ir até a mesa.


–O que desejam beber ? –Ele perguntou.


–O que desejam beber, senhoras ?


–Escolha Josh. –Nina falou e ele assentiu.


–Um vinho tinto, o vinho de Florença –Ele falou e o Sommelier assentiu.


–Eu não posso...Vou beber. –Falei –Dispenso a bebida.


–Irá se arrepender... É realmente maravilhosa.


–Não tenho duvidas, só não quero ...


–Se for pela escolha eu posso mudar para que a agrade Rose...


–Não, não é a escolha... Eu só realmente não quero beber.


–Não bebe regularmente é isso ?


–Oh não...Eu só não quero –Já estava me irritando com aquele bate papo desnecessário. Roxi , Nina e Kalshe nos olharam como se estivessem assistindo ao jogo de ping pong.


–Ah prove... Não vai te matar...–Josh brincou.


–Eu realmente não posso –Tentei sorrir, mas vi que estava fazendo uma careta terrível. E só soube que estava chorando quando os quatro me olharam daquela maneira... Aquela que as pessoas fazem quando estão com pena de você.


–Me desculpe Rose... Não queria que chorasse... Realmente não deveria...


–Não precisa –Falei limpando as lágrimas e mais uma vez tentando sorrir –Não é sua culpa... É...


–Rose... –Nina me chamou e eu respirei fundo.


–Tudo bem. Só estou emotiva... Não posso beber,mesmo assim obrigada.


–Está tomando algum remédio... ? Se for algum remédio... AI! –Nina começou e Kalshe chutou seu tornozelo eu sorri.


–Não se preocupa Nina. Me diz uma coisa... Josh ? É, onde é o lugar que vai nos mostrar hoje ? –Perguntei e ele sorriu começando a nos explicar sobre o tal lugar onde iríamos. Passamos a hora do almoço falando sobre a Accio Dreams e sobre boas coisas até o tal Josh tocar em um assunto “delicado”.


–O que eu faria para ser sócio dessa escola de Artes ?


–Ah Josh, entre para a família –Kalshe brincou, mas ele arqueou as sobrancelhas tentando entender.


–É um negocio de família então ?


–É sim! –Roxi assentiu e Josh ficou mais curioso ainda...


–O pior é que é mesmo... –Nina assentiu e começou a contar nos dedos como se estivesse descobrindo algo revolucionário –Rose e Roxi são primas, Roxi é casada com o primo de Kalshe, Kalshe é casada...


–Moro junto!


–Kalshe mora com o primo de Rose e Roxi que é irmão mais novo do meu marido. E a Rose é casada com o irmão da Kals... –Nina tapou a boca como se tivesse se dado contado do que havia falado e eu também.


–É, todos somos da família. –Roxi quebrou o clima estranho que ficou pelos segundos de silencio.


–Ual, estou almoçando com belas mulheres, mas todas comprometidas. Precisa me apresentar mais primas e amigas sua Roxi...


–Ainda tenho algumas primas solteiras... –Ela brincou.


–Se bem, que se formos considerar ele não teria como ficar com nenhuma delas –Kalshe falou –Molly Weasley é uma bruxa –Ela disse e nós três rimos com o trocadilho –Saro e Lily são loucas pelo Hugo, Victorie é casada, Dominique está noiva do Fred... Lucy tem algo com o Louis, eu tenho quase certeza disso e Emma também é casada...


–Alguma de vocês tem primas, irmãs ou amigas ? –Josh brincou e nós rimos –Garotas eu acho que temos que ir.


–Claro, claro...


–Meu carro está bem próximo. Algum de vocês está de carro ?


–Eu estou dirigindo –Falei e ele sorriu.


–Ah...Então por isso você não queria beber –Ele disse enquanto íamos para o estacionamento do restaurante.


–Que tal você nos mostrar o caminho  e seguirmos no carro com a Rose ? –Kalshe perguntou e Josh assentiu.


Ele foi até o carro dele enquanto entravamos no meu. O carro começou a andar e eu o segui. Não queria que as meninas falassem nada, mas era inevitável. Eu teria que tocar no assunto uma hora ou outra.


–Eu acho –Falei interrompendo o silencio confortável que havia se estabelecido por causa da mistura entre o cansaço e a vontade de chegar aonde Josh estava nos levando –que estou grávida de Scorpius...


Tentei não chorar,  mas foi impossível. Com minhas vistas embaçadas um sorriso triste e o coração batendo como um tambor eu senti o peso que era a “noticia”. Havíamos entrado em pequeno congestionamento e eu olhei as garotas.


–Merlin... –Nina exclamou de boca aberta.


–Parabéns Rose! –Roxi me deu um beijo. Ela estava do meu lado e sorriu.


–Ah minha querida –Kalshe me abraçou e também me deu um beijo.


–Eu estou pasma! Rose... –Nina me olhou com os olhos cheios de lágrimas e eu entendi na hora, nós duas rimos juntas.


–Não acredito nisso! –Kalshe falou –Você também Nina ?


–Não me diga que você também esta...


–Ah, eu não! –Kalshe falou sorrindo.


–Se eu entendi bem... Rose e Nina estão grávidas outra vez ? Juntas ? Ual... –Roxi falou sorrindo e apertou as bochechas de Nina –Isso merece comemoração. Meninas, acho que sempre há uma combinação entre nós sobre esse tipo de coisa. Nem acredito. Nós temos que comemorar isso...


–Que tal depois de olharmos o espaço para as aulas ? Eu conheço um Karaokê fantástico... –Kalshe disse e nós rimos.


–Claro.


–As mamães da vez precisam mesmo de diversão –Roxi disse sorrindo – Imagina se alguma de vocês tem gêmeos ? –Nós olhamos e rimos.


–Hermione e Astoria já sabem disso? Gina e Hannah ? –E então elas começaram a nos bombardear de perguntas e quando finalmente conseguimos sair do congestionamento nos encontramos com Josh no lugar mais bonito que eu já via visto.


Lembrava Hogwarts, mas era, de um certo modo, totalmente diferente. Era um dos lugares mais belos que eu já havia visto na vida. Era enorme, a construção era antiga, mas parecia ser bem resistente, com alguns feitiços e algumas ajeitadas o lugar seria perfeito. Roxi, Kalshe, Nina e Josh iam na frente conversando enquanto eu apenas olhava o lugar. Já imaginava tudo, as alas separadas para cada tipo de arte que seria ensinada ali e como estaria se estivesse pronto. Me adiantei um pouco e pude ouvir a explicação do Josh sobre aquele lugar.


–É chamado de Céu de fadas porque o teto parece mostrar as estrelas a noite... Eu nunca consegui vender a mansão por causa disso. Nenhum ricaço quis comprar o lugar porque é impossível remover isso do teto, quis mostrar a vocês por isso. Se vai ser uma escola de arte, acho que poderia ser algo legal para mostrar aos estudantes...


–Esse lugar é perfeito –Falei sorrindo e olhando para o teto enfeitiçado para parecer o céu a noite.


–Eu concordo plenamente –Roxi disse sorrindo.


–E eu já estou até vendo como isso vai ficar –Kalshe agitou as mãos animada.


–Então vamos comprar ela ? –Nina perguntou quase pulando de animação.


–Temos que falar em negócios então –Josh falou e nós assentimos.


–Que tal uma reunião na quarta ? –Ele perguntou e eu lembrei do que Rita disse.


–É, pode ser amanhã Josh ? Eu não posso na quarta. Tenho que fazer a entrevista do século –Brinquei e ele riu.


–É jornalista Rose ?


–É sou... Mas logo deixarei de ser. A escola me espera... –Levantei os braços e olhei para aquele lugar maravilhoso. –Agora preciso ir, preciso pegar a Joe na creche... Meninas ? –As chamei. Nina olhava encantada uma planta ali perto. Ela havia crescido com o pai e sua paixão por Herbologia, então sempre que tinha chance admirava alguma planta rara. Kalshe e Roxi olhavam a estrutura e não me ouviram.


–Ual... Tem uma filha ?


–É... Uma filha e um bebê a caminho. Joe tem 4 anos –Eu disse sorrindo orgulhosa da minha pequena. –Tem filhos também ?


–Oh, não, eu ainda não tenho filhos...Nem tenho namorada, ainda mais filhos.  –Ele sorriu pra mim e depois bateu na testa como se lembrasse de algo –Então foi por isso que estava emotiva na hora do almoço... Me desculpe Rose, eu sou um grande idiota.


–Esta desculpado, você não é idiota. Só um pouco chato –Eu brinquei e ele se fingiu de ofendido.


–Nossa estou altamente ofendido. Rose me diz uma coisa ?


–Sim...


–Você é uma bruxa ? –Eu arregalei os olhos levemente e ele começou a rir como um bobo.


–E-eu...


–Porque você enfeitiçou meu coração... –Josh falou depois de um tempo e eu reconheci aquilo como mais uma daquelas cantadas trouxas e então ri. Gargalhei mesmo. E é claro, as garotas vieram para perto de nós dois.


–A conversa entre vocês rendeu em ?


–Josh é um cara legal! –Afirmei.


–E Rose não é uma bruxa...–Voltamos a rir e nos despedimos.


Quando entramos ali as garotas começaram a perguntar e eu só contei a conversa que tivemos. Levei cada uma delas em casa e depois fui buscar Joe no colégio. Não tinha que voltar para o profeta, mas tinha que arranjar um tempo para falar com Mabi logo. Eu a colocaria como Editora Chefe do Moda Bruxa... Era algo que nem pensaria duas vezes. No tempo em que trabalhei na revista ela foi meu braço direto por entender de moda e sempre fazer algo para ajudara revista e Dominique também. Eu “devolvi” Dec para o profeta quando notei que seria melhor para ele voltar ao ambiente que o acolhera melhor. O que foi bom, porque agora ele fazia o meu antigo trabalho e estava na minha sala. Estava escrevendo sobre esportes e pelo que vi era algo que agradava muito.


Nem ao menos passei em casa. Fui com Joe direto para a casa dos meus pais. Encontrei mamãe conversando com Hugo e com Ron na sala. Papai ainda não havia chegado do trabalho. Senti o cheiro da comida de Hugo e fiquei feliz por estar na casa dos meus pais. Eu e mamãe não éramos realmente bons exemplos de boa culinária, mas Hugo era. Ele trabalhava como Chef em um restaurante, gostava da profissão e sempre nos salvava quando estávamos sem saco para cozinhar.


–Boa tarde família! –Falei animada. Joe correu para mamãe.


–Boa tarde! –Ela disse animada começando a pular... –Vovó, mamãe achou a escola. Ela achou a escola. Tio Hugo! –Ela pulou em Hugo que estava sentado jogando vídeo game com Ron. –Ei Ronzinho... –Joe cumprimentou Ronald Sirius e eu ri.


–Oi Joe. –Ron falou e ela se sentou ao lado dele. Os dois começaram uma conversa animada sobre vídeo games e eu fui me sentar com mamãe para conversarmos.


–O que a traz aqui querida ?


–A mamãe...Estou confusa.–Falei simplesmente .


–Porque querida ?


–A gravidez... Os planos da escola, a falta que Scorpius me faz, uma matéria que Rita quer que eu faça e o medo de deixar o bebê e Joe na mão... –Mamãe me olhou por um tempo e colocou sua mão sobre a minha.


–Que tal andarmos um pouco pelo Jardim ? –Ela me chamou e eu assenti. Caminhamos em silencio por alguns minutos até chegarmos a sombra de um arvore que meus pais haviam plantado juntos... A amendoeira. –Vou lhe contar uma coisa que não contaria em qualquer outra circunstancia... Quando eu tive você senti medo. Havia acabado de ganhar um cargo especial no ministério, estava insegura. Havia finalmente conseguido reverter o feitiço que lancei em seus avós e descobri que estava com uma doença grave, você não tinha nem seis meses quando descobri que estava com câncer. Foi desolador. Eu senti medo de não poder vê–la crescer... De não conhecer meus netos, de deixar você e Ron sozinho. Eu tive fé Rose... Foi uma das únicas coisas a que pude me apegar, eu queria viver, queria ver você crescer, te levar para a estação pela primeira vez quando estivesse com 11 anos, queria ouvir sua primeira palavra e te ver andar... E quando eu me curei só pude agradecer. Porque eu havia ganhado outra chance, a chance de continuar com a minha família.  Você tem a nós todos querida, todos os problemas um hora serão solucionados e nós continuaremos aqui, com você. O bebê vai nos trazer mais alegria, a escola vai ser um sucesso, você vai conseguir tirar de letra a matéria que Skeeter lhe pediu para fazer, vai estar com as sempre... Sobre Scorpius... Rose ele está olhando por você. Ele se foi, mas deixou com você os melhores presentes que ele poderia ter te dado. Joe e o bebê são presentes e Scorpius sabe que você cuidará muito bem deles...


–Obrigada mamãe. – Abracei mamãe e fechei os olhos fazendo uma prece silenciosa. Fé. Era o que eu precisava.


O resto da noite foi boa, eu e Joe dormimos na casa dos meus pais e quando acordei na manhã seguinte encontrei apenas Hugo em casa. Meus pais haviam ido para o trabalho e haviam levado as crianças para a creche. Me sentei na mesa do café e sorri ao ver o café que o Hugo havia feito. Haviam biscoitos que eu amava, um doce feito de coco, pães, geleia de amora e de goiaba, sucos de abobora e manga.


–Eu acordei e fui para o céu...


–Não querida irmãzinha. Você apenas veio para a cozinha da mamãe...


–Que é mais sua que dela.


–Fazer o que ? As mulheres dessa família não tem talento para a cozinha.


–Falando em mulheres e dessa família... –Eu comecei e Hugo me olhou como se lesse meus pensamentos.


–Nem vem Rose!


–Eu nem disse nada... Ainda.


–Se está falando das garotas Potter...


–E estou. Hugo... –O olhei severamente –Tem que se decidir irmãozinho. Ou Lily ou Saro... Não importa qual das duas goste mais de você, você tem que decidir qual das duas você gosta mais...


–Olha eu não sei se quero conversar sobre esse assunto...


–É melhor conversar agora...Quando você perder as duas...


–Ok, entendi. Eu não sei Rose. Lily é a garota ideal sabe ? Linda, engraçada, simpática...Era a garota mais popular do meu ano em Hogwarts e eu me encanto com ela... Saroaise é o oposto. É tímida, meiga, é sensível... Elas são como sol e lua... Me confundem, eu não sei com qual das duas ficar. Eu sei que você vai achar horrível o que eu vou dizer, mas eu não sei quem escolher, porque acho que gosto das duas.


–Hugo!


–Eu sei... Não é só indecisão, é idiotice pura...


–Sabe o que eu acho ?


–Não, o que você acha ?


–Que você deveria conversar com elas duas. Devia explicar o que está sentindo antes que alguém se machuque e todos saiam perdendo. Olha maninho eu queria muito ficar, mas tenho reunião com o corretor que vai nos vender a mansão onde a nossa Accio Dreams vai ficar.


–Tudo bem Rosinha...Obrigada –Eu dei um beijo na testa dele e sai apressada.


Havíamos decidido que a reunião seria na minha casa, por ser o lugar mais trouxa de todos. Na minha vizinhança todos usavam carros, os vizinhos nem ao menos sabiam que éramos bruxos, então seria muito mais fácil levar Josh lá. Eu cheguei em casa e em poucos minutos a deixei impecavelmente arrumada. Fiz algo para que eles comessem enquanto me arrumava. Havia acabado de vestir uma saia preta de pregas quando ouvi a campainha tocar. Olhei em volta para ver se não estava nada fora do lugar e fui atender a porta.


–Bom dia Rose! –Josh Crawford disse assim que eu abri a porta.


–Dia, Joshe – Dei espaço para que ele entrasse e fechei a porta. –Pode ficar a vontade. As garotas ainda não chegaram...


–Ual, sua casa é linda...


–Quer fazer um tour ? Kalshe tem a chave, ela já deve estar chegando ai, se quiser posso te mostrar...


–Tudo bem... –Ele se apressou para ver os porta–retratos da sala. Haviam alguns meus e de Scorpius. Muitos de Joe e um grande meu e de Scorpius e no dia do nosso casamento.  –Esse é o sortudo ? –Josh perguntou brincando e eu sorri.


–Sim. Scorpius Malfoy...


–Vocês formam um belo casal.


–É o que todos dizem...


–Não quero te ofender nem nada do tipo... Mas a garota de vocês tem olhos azuis... –Eu ri alto. –Ela é incrivelmente parecida com os dois, mas... –Enquanto ele falava eu apontei para um dos porta–retratos, os da direita eram os que haviam as fotos dos meus pais e dos pais de Scorpius. Ali havia também fotos de Hugo, Emma e Kalshe.


–Meu pai...


–O ruivo ? Ual...


–Isso. E o ruivinho do lado dele é o meu irmão e a mais alta da foto é minha irmã. Eu puxei a minha mãe e Scorpius a mãe dele. E a Joe tem os olhos do meu pai.


–Joe ?


–Joanne. Ela está na creche agora... É aqui perto.


–E quem são esses ? –Ele perguntou para uma foto tirada algumas semanas antes de Scorpius morrer.


–O garoto moreno de cabelos curtos é meu sobrinho e afilhado, Ronald Sirius. A menininha morena de olhos castanhos é a Meg, filha da Nina. O menino de cabelos loiros é o Nicholas, meu outro afilhado e filho da Kalshe. A garotinha de cabelos cacheados é a Samanta filha da Roxi e o menininho ao lado dela também, Arthur é o nome dele, são gêmeos. E tem a Joe...


–Ual. Que família grande...


–Você ainda não viu o nada. –Me sentei no sofá e começamos a conversar sobre a minha família e a de Scorpius. As garotas chegaram um tempo depois então começamos a reunião.


Falamos sobre o preço do imóvel que compraríamos, falamos sobre os trâmites legais, sobre a legalidade dos documentos, quando poderíamos comprá–lo,  falamos até sobre as construções e mudança que faríamos a propriedade. Quando, enfim,  a reunião acabou eu estava exausta e eufórica. Eu peguei Joe e Ron no colégio e os levei para casa da mamãe, mas não fiquei. Eu tinha que me preparar para a entrevista que teria. E foi isso que eu fiz.


Passei  o dia escrevendo e apagando perguntas que eu faria ao Assassino. Estava nervosa, como nunca estive em minha vida, nem mesmo com a minha primeira entrevista de emprego... Era algo novo pra mim, estar nervosa por uma entrevista... Eu já havia entrevistado o Assassino S4. O falso... Mas agora eu sabia que se o falso era terrível... O verdadeira seria pior ainda. E pra piorar a situação Rita havia feito todo aquele suspense. Mal dormi aquela noite... Preocupada com Joe, meus pais, Hugo... Cheguei a sonhar com Scorpius. Quando acordei na manha seguinte a primeira coisa que fiz foi me arrumar para ir ao ministério. Tomei um café apressado e segui para a lareira. Antes mesmo de jogar o pó de Flu no chão da lareira e dizer “Ministério da Magia” eu senti meu coração acelerar de maneira desesperada.


Cheguei cedo na sala dos aurores e só havia Alvo ali. Eu me aproximei sem que ele percebesse. Ele estava debruçado sobre uma pilha de papeis e estava mais serio que o normal. Alvo quase sempre estava rindo por isso estranhei e tossi levemente para que ele pudesse me ver ali. Alvo se virou um pouco assustado e não ficou aliviado por ver que era eu, sua melhor amiga.


–Alvo...


–O que está fazendo aqui Rose ?


–Tenho uma entrevista para fazer...


–Ah sim...


–E você ? –Perguntei olhando sugestivamente para os papeis, mas ele fingiu que não viu.


–Eu trabalho aqui Rose!


–Muito engraçado. Sou sua melhor amiga e você não me engana tão fácil assim Severo Potter!


–Não tem nada acontecendo Rose, pode ficar tranquila.


–Alvo...


–Rose Weasley ! –Eu sorri quando vi papai vindo até mim. E deixei Alvo de lado para abraçá–lo. – Estava preocupado com você...


–Eu tenho um problema pra resolver hoje, aqui.


–E que problema seria esse querida ? –Meu pai perguntou e eu não sou se respondia ou não.


Olhei para ele e Alvo sem saber o que dizer. Afinal que história maluca era aquela que Rita havia me contado ? Eu não contaria aquilo aos dois, fingiria surpresa...Ouvi as vozes alteradas e olhei para a porta. A primeira coisa que fiz foi tirar a câmera mais tecnológica da minha bolsa e segurei a o Caderneta de anotação com a minha pena normal. Caso eu não conseguisse anotar algo usaria a de repetição. Papai e Alvo me olharam sem entender até Haniel e Matthew entrarem segurando “o réu” e Tio Harry logo atrás falando algo que eu não entendi a principio. Mais outros aurores entravam na sala e meu pai se juntou a tio Harry para saber o que estava acontecendo ali enquanto eu apenas me juntava a grande roda que havia ali.


Não precisava ser muito inteligente para saber que ali aconteceria no mínimo uma primeira confissão junto com todos os aurores para que não houvesse chance para que fosse negado. Peguei meu gravador também, nunca havia participado de nenhum interrogatório ou algo do tipo, mas já havia ouvido falar meu pai tanto neles enquanto eu, Emma, Hugo e mamãe escutávamos empolgados que até sabia o que aconteceria. Primeiro todos os aurores ficariam naquela roda que eu estava e Tio Harry protegeria a sala contra qualquer tipo de magia. E explicaria o que estava acontecendo.


–Descobrimos que... Rose? –Naquele momento eu me senti uma grande intrusa ali, mas não sorri, nem tentei parecer algo. Apenas olhei para meu tio que me olhava surpreso e para Alvo que parecia querer vir em minha direção para me levar para longe.


–Oi Tio... –Eu disse.


–O que você....?


–Vim interrogar o Assassino S4! –Os olhos do meu tio se arregalaram e meu pai e Alvo olharam sem entender.  –Deixarei as explicações para depois titio... –Falei quando ele pensou em abrir a boca –Se permitir que eu fique na sala...


–Rony ?


–Rosinha o que...


–Isso serve para o senhor também papai. Só me deixem ficar –Meu pai olhou para meu tio e os dois trocaram olhares cúmplices , que parecia significar algo, apenas para os dois é claro.


–Tudo bem. Descobrimos que o Assassino S4 nos enganou e foi totalmente por acaso. Um aborto fez uma denuncia há alguns meses sobre um grupo fazendo atividades ilícitas, praticando magia negra perto da casa dele e nós demoramos um tempo e então resolvemos averiguar. E o que encontramos nos deixou preocupados. Por isso resolvemos aprofundar a investigação. Só que nem todos sabiam dessa investigação. Eu, Rony, Alvo e Haniel...Apenas nós quatro tínhamos acesso a pasta da missão e pegamos o culpado.


–E já se sabe a identidade dele ?–Um novato perguntou e meu tio negou.


–O pior é que nem ao menos sabíamos que era o Assassino S4, achávamos que era um grupo fazendo magia negra, mas chegamos a tempo de uma das cerimônias. E foi horrível. Primeiro todos os que estavam lá conseguiram controlar o numero de participantes e todos estão em celas, mas o Assassino trouxemos... Quero começar com a ordem de interrogação.


A segunda coisa que fariam para que o interrogatório desse certo era encurralar o Assassino S4 para que ele nos dissesse tudo. Não pense que eu sabia quem era  o desgraçado, ou que qualquer um daqueles aurores sabiam, ele estava encapuzado até Alvo dar uma passo a frente. Tio Harry não havia dito, mas eu havia lido um pouco sobre a seita dele e sabia que todos usavam capas em seus rituais, não sei qual foi a ideia do meu tio a deixá–lo com capa, mas tirei uma foto dele assim. Não soube o porque de meu coração estar batendo naquele compasso até Alvo tirar a capa do Assassino S4 e eu ver aquelas feições tão conhecidas ali em minha frente.


Não vi como os outros estavam porque eu estava em choque. O sorriso maldito estampado nos lábios, os cabelos ruivos e o sobrenome da minha família ali. Em ninguém menos que Molly Weasley. Senti as lágrimas queimarem em meus olhos. Alvo deu alguns passos para trás chocados e tio Harry parecia ter entrado em um mundo paralelo ao nosso. Meu pai olhou tudo aquilo como se a qualquer momento alguém fosse dizer que era apenas uma piada de mau gosto, mas não era.


–Chame Percy Weasley, aqui e agora ... –Ouvi tio Harry gritar para o garoto novato que saiu esbaforido da sala.


–Eu não acredito nisso... –Alvo falou enquanto eu apenas olhava ela em minha frente –Não pode ser... Molly...


Eu entrelacei minhas mãos levando aos lábios enquanto deixava minhas lágrimas caírem. Soltei uma mão da outra e dei alguns passos até Molly. Essa era a terceira parte do interrogatório, alguém na sala tinha que andar até o acusado e começar a interrogá–lo, mas não era isso que eu queria. Eu só queria entender o que era aquilo. Antes que eu pudesse falar algo a Molly tio Percy entrou na sala e todos nós o olhamos enquanto ele andava até ela. Seu olhava era tão... Decepcionado.


Ele olhou para papai como se pedisse uma negativa, mas não houve. Ele olhou para sua filha em sua frente e chorou. Papai foi até seu irmão e o abraçou por um tempo depois o levou para fora da sala. Então ficamos todos nós sem saber o que fazer. Tio Harry não poderia soltá–la e declarar que ela era inocente quando sabia que não era verdade e ela era culpada. Aquilo pesaria em nossa família, talvez tanto quanto eu fazer aquela matéria. Eu estava sentida, triste... Eu não queria que fosse assim, mas só daquela maneira minha família poderia se retratar publicamente por tudo que Molly fez, com dezenas de bruxas em todo o mundo bruxo.


– Porque fez isso senhorita Weasley ? –Até eu mesma me surpreendi com a minha voz , ela estava tão fria que alguém poderia morrer congelado apenas por ouvir a dor em minha voz.


Tio Harry me olhou, mas pareceu achar certo minha pergunta e talvez tenha até ficado aliviado de ter sido eu a perguntar. Molly sorriu. Simples assim. Como se não houvesse matado todas aquelas bruxas... Algumas trouxas e feito misérias. Eu senti vontade de cuspir nela, de xingá–la, mas tudo que meio no momento foi apenas a raiva, que estava entranhada em mim e pronta para ser solta. Ela não disse nada, apenas ficou nos encarando da maneira mais sínica que pode. Haniel pegou o pequeno frascos e eu soube que a 4 coisa precisa estava ali... Se Molly não responderia nossas perguntas por livre e espontânea vontade aquele pequeno frasco de Veritaserum ajudaria. Alvo ajudou Haniel a fazer Molly beber a poção e então o brilho dos seus olhos se tornou perverso.


–O que queria perguntar mesmo ? –Ela sorriu falando com sua voz enjoativamente arrastada, como se quisesse prolongar tudo que tinha para dizer – Eu fiz porque achei certo. Porque eu gostava de ver as malditas desgraçadas implorarem por suas vidas... Todas elas, cada uma, para mim, tinha uma grande significado.


–Como ? –Alvo perguntou abismado.


–Sharon Jacobins, me insultou em meu quinto ano de Hogwarts e então eu roubei a varinha do nosso professor de Transfiguração e eu mostrei a ela quem eu era. Molly Weasley II. A matei e a escondi na casa dos gritos –O sorriso dela cresceu –Acho que nem os ossos dela restam mais.  Eu descobri ali que eu mereceria ser quem sou hoje, a mais poderosa assassina de bruxas do mundo. Matei todas elas com a maior satisfação que pude ter. Enganei todos a quem pude enganar, destruí vidas como se fossem brinquedos e tudo isso debaixo dos olhos de todos vocês. Eu ganhei muitos aliados... Nunca tive uma causa realmente. Não queria deixar os trouxas extintos, nem queria dominar o mundo bruxo...Só queria que soubessem quem eu era. E todos sabem. Se vocês acham que isso não é bom, vocês não sabem o que é ser amados e temidos por todos, a todo momento. Quando eu ainda estava com o poder em minhas mãos todos se curvavam a mim, por medo.


–Você nunca sentiu remorso...Você nunca se arrependeu Mo...Senhorita Weasley ?


–Se eu me arrependi ? –A gargalhada delas nos atingiu em cheio. –Se me dessem a oportunidade eu faria tudo de novo. Porque me arrependeria.... ?


–Você não pensou em seus pais... ? Na vovó...No vovô...Em como...


–Não. E porque pensaria ? Desde os 7 anos eu fui internada, trocada de lugar em lugar... Eu os odeio. Todos vocês. Meus pais são os piores... Sabe de uma coisa Rose ? –Ela sorriu de maneira animada, como se estivesse preste a me contar um bom segredo –Eu não sou filha de Audrey Weasley –Ela riu alto –Isso ai, a vagabunda não é minha mãe. É só uma madrasta idiota o suficiente para deixar que seu marido colocasse a filha da amante na casa dela. E seus avós, concordaram com isso... Minha mãe era trouxa e seu tio não mediu esforços para conquistá–la, ele já estava com a mosca morta da Audrey, ele iludiu minha mãe, a engravidou e me deu de presente a esposa dele. Como se eu fosse um objeto pronto para ser comprado em qualquer loja. Ela não conseguia engravidar e eles tiveram que “Dar um jeito”. Minha mãe se matou quando  me tomaram dela e eles continuam vivos, os desgraçados! Malditos! Malditos...


–Meu Merlin... –As lágrimas rolaram pelos meus olhos, todos estavam espantados, Molly gargalhou mais uma vez e sorriu maldosamente para mim.


–Não sinta pena de mim Rosinha... –Ela parou de falar para gargalhar mais uma vez –Porque eu nunca senti de você, VADIA! Foi por sua culpa Rose, por sua culpa que eu descobri todas as desgraças da minha família. Esses malditos podres que eu preferia nem sabe...


–Minha...


–Sua queridinha. Seu aniversário de 9 anos, foi na toca. E estávamos fazendo uma brincadeira. Um daqueles joguinhos trouxas de desafio que você adorava. A roda girou e você mandou que eu procurasse uma Verjonare* amarela...Eu procurei por todo o jardim e quando achei a flor eu os ouvi. Dei um jeito de me esconder para que ninguém soubesse que eu havia saído de perto de vocês... Eles falavam de mim. Audrey e Percy mais uma vez discutiam minha vida como se eu fosse uma boneca, quando ela deixou escapar que se arrependia de mim... –A risada de Molly foi alta e me fez sentir medo – De ter concordado com a ideia de ter uma filha que não fosse dela. Eles já estavam com a pirralha da Lucy e eu não servia para mais nada. Eu os odiei tanto naquele momento. Mas eu não teria ouvido se não fosse você Rose. E por isso eu a odeio mais até do que os odeio... Por isso todas as cartas na sua adolescência, se estiver surpresa me mande parar querida –Ela riu  –Cada carta me dava um prazer maior... Eu amava infernizar sua vida sempre que podia. Mas Percy descobriu e fez com que eu parasse. E então eu descobri seu quase secreto relacionamento com Scorpius Malfoy... E quando eu descobri que ele viria trabalhar aqui eu tratei de conquistá–lo. Qualquer hora você nos veria e você nos viu. Mas Malfoy resolveu não colaborar tanto assim... Idiota. Nem acredito que o desgraçado só cooperou mesmo depois que me acabei de mandar aquelas cartas, foram tantas ameaças que até em clinica de loucos você foi parar priminha. Eu achei tão divertido, já estava preparando algo para sua volta... Mas não deu tão certo como achei que daria porque antes mesmo de você sair descobriram que eu enfeiticei o idiota do Matthew... E então só me restou pegar mais uma vez no seu ponto fraco... Eu sabia da missão de Scorpius, sabia porque estava na mesma missão que ele... Ah Rose, foi tão fácil distrair os outros e levá–lo para perto do portal... E quando ele finalmente notou que não havia nada de errado ali eu dei meu golpe final. E então... Ele morreu!


E então ... Ele morreu!


Eu poderia dizer que estava em choque, mas não estava. Eu estava chocada, mas não estava paralisada. Eu estava com raiva e sedenta pelo sangue de Molly Weasley. Alvo notou aquilo porque se posicionou atrás de mim e naquele momento eu fiz o que tinha que fazer. Acertei ele em cheio no olho com o cotovelo e o empurrei para ir até ela.


–VADIA! –Minha mão acertou em cheio seu rosto, mas seu sorriso não se alterou.


Não consegui me controlar e a segurei pelos cabelos enquanto a empurrava. Molly reagiu e me empurrou também, mas eu estava cega de raiva, ouvi a voz de Tio Harry dizer que não deveríamos nos meter... Não por enquanto.


Eu sinceramente não estava ligando nem um pouco para o que faria com ela, Molly havia destruído minha vida duas vezes... E eu não deixaria que a terceira chance chegasse para ela. Com uma das minhas mãos eu segurei com força seu cabelo e com a outra apertei seu braço e fez com que ela olhasse pra mim. Os olhos verdes não estavam mais calmos quando antes e ela havia perdido o sorriso de deboche quando notou que ninguém a ajudaria, afinal porque ajudariam uma assassina ?


–Você vai se arrepender de ter nascido Molly Weasley ! –Não dei muito tempo para que ela pensasse e entendesse o que eu havia dito.


Meu chute em seu estomago foi certeiro e o grito de dor fez com que eu me sentisse aliviada. Puxei seu cabelo com mais força e a empurrei. Molly caiu de costas e me olhou assustadoramente. Aquilo me fez sentir mais raiva... Como Scorpius deveria ter se sentido quando ela o matou ? Não, eu não a mataria. E nem poderia. Estava em uma sala cheia de aurores e eu só queria bater nela... Até minhas mãos cansarem e minha mente parasse de tentar entender aquilo.


Molly se levantou rapidamente e veio para cima de mim, ela tentou segurar meus cabelos como eu havia feito com os dela, mas apenas conseguiu um murro no estomago e um chute daqueles assim que ela caiu. Ela puxou minha perna e eu cai por cima dela, aquela foi a minha deixa para montar em Molly Weasley. Eu segurei o cabelo dela com força para trás e pressionei meus joelhos sobre seus braços. Não hesitei em meter minha mão na cara dela. Aquilo estava me dando um prazer novo.


–Isso... –Falei ofegante enquanto dava um tapa no rosto de Molly –É por ser uma vadia desgraçada – Isso... –Dei outro tapa em seu rosto e puxei seu cabelo para que ela me olhasse –Foi por manchar o nome da nossa família sua miserável  –Eu desmontei de Molly e a puxei pelos cabelos, ela levantou cambaleando e vi que todos nos olhavam. Eu dei um chute em suas costelas –Isso é por ter matado todas aquelas garotas... –Eu estava ofegante, lutando para não chorar na frente dela – Isso é ter me feito parar em um hospício sua filha de uma ... –Não terminei o que iria falar, mas soltei os cabelos dela e a empurrei para longe, quando Molly fez menção em avançar para cima de mim eu lhe dei um murro, eu estava em fúria eu sabia. A puxei pelos cabelos e a joguei no chão –Isso.... –Mais uma vez montei nela e desferi mais alguns tapas sobre ela –É por ter matado meu marido... –Tive tempo apenas para dar mais um tapa nela.


Fui puxada pra cima, por meu pai. Eu tentei me desvencilhar dele, mas só consegui dar um chute em Molly. Não relutei muito, não queria machucá–lo como havia feito com Alvo. Mas foi com grande raiva que me acalmei para que ele me soltasse e olhei para todos ali e depois para Molly que estava sendo “protegida” por dois aurores. Um deles sorriu cúmplice e piscou para mim.


–Se você voltar a se meter em minha vida Molly, se você se meter com a minha família mais uma vez  eu não vou te matar sua desgraçada, mas vou infernizar a sua vida até que você mesma prefira a morte! –Disse isso sim, sei que foi algo cruel de se dizer, mas eu disse. Olhei para Alvo e vi que o olho dele estava roxo –Me desculpe Alvo...


–Tudo bem Rose... –Ele veio até mim e me deu a mão.


–Rose... Querida... –Meu pai me chamou e tentou segurar em meus ombros, mas eu apenas segurei sua mão por algum tempo, ainda segurando a mão de Alvo e as apertei.


–Eu quero ficar sozinha papai. Infelizmente eu tenho uma matéria para escrever... –Falei recolhendo minhas coisas, não me despedi dos aurores como deveria, apenas acenei com a cabeça e sai dali o mais rápido que pude.


 


 




Remorsos se acumulam como velhos amigos


Aqui para reviver seus momentos mais sombrios


Não vejo uma saída, não vejo uma saída


E todos os fantasmas saem para brincar


Eu estacionei o carro no lugar que Scorpius havia me ensinado. Só havíamos tentado aquilo uma vez... E eu estava ali parada apenas tentando fazer aquela dor passar. Me sentei em uma pedra pertíssima do penhasco. Olhei para as arvores ao redor, elas balançavam no ritmo do vento, o sol brilhava e céu estava tão lindo que parecia uma grande ironia... As lágrimas escorriam pela minha face, eu não sabia ao certo o que estava fazendo ali, mas sabia que queria me livrar daquilo, daquele sentimento ruim que estava me consumindo, da raiva que sentia por Molly, aquele ódio que mata, que fere ... Que destrói. Eu queria me livrar dos momentos sombrios que pairavam em minha mente e queria me livrar de tudo que não me fizesse bem.


E cada demônio quer seu pedaço de carne


Mas eu gosto de guardar algumas coisas pra mim


Gosto de deixar minhas questões importantes afogadas


É sempre mais escuro antes do amanhecer


Eu estava vivendo todos aqueles meses como se ele fosse voltar a qualquer momento. Minha mente dizia aquilo... Eu pensei tantas vezes nisso, eu sabia que ele voltaria.... Até aquele dia.  Ter ido entrevistar Molly fez com que minha mente ficasse confusa, quando eu ouvi aquelas palavras cruéis saírem da boca dela, quando eu a ouvi confessar que fez tudo o que fez comigo por algo que eu nem ao menos fazia ideia... Ela matou o meu Scorpius, ela fez com que eu ficasse separada da minha filha em uma das épocas em que eu deveria estar ao lado dela. Mas eu não havia falado nada. Quando Scorpius morreu eu me fechei em um mundo de dor... Meu mundo de dor, eu não deveria falar nele, não deveria ouvir sobre ele, mas deveria pensar nele. Como se os meus pensamentos ajudassem Scorpius a voltar, eu não queria acreditar, não queria mesmo. Estava sendo infantil, estava enterrando meus sentimentos sem ao menos tentar me libertar dos mais tristes deles.


E eu fui tola e cega


Nunca consigo deixar o passado pra trás


Não vejo uma saída, não vejo uma saída


Estou sempre carregando esses peso nas costas


 


Por isso depois de andar por todos os lugares que podia resolvi ir para casa. Eu fui, troquei de roupa, peguei as chaves do carro, e dirigi até aquele lugar. Não pensei em como seria voltar ali e observar aquele lugar de tirar o fôlego sem Scorpius... Apenas fiz o que tinha que fazer. Olhei para o céu mais uma vez e me levantei. Andei até a ponta do penhasco e olhei tudo dali de cima. Era algo tão maravilhosamente esculpido  que parecia ser uma miragem... Mas não era. Eu fechei meus olhos e senti o vento tocar meus cabelos presos e balançarem o meu vestido.  Tentei sentir aquela paz que todos diziam sentir quando iam ali. As lágrimas caíram mais uma vez e eu respirei fundo.


 


Todas as suas perguntas, soam tão tristes


Essa noite eu enterrarei esse peso na terra


Pois gosto de deixar minhas questões importantes afogadas


É sempre mais escuro antes do amanhecer


–EU TE ODEIO MOLLY! –Foi a primeira coisa que eu gritei... –MAS TE AMO PRIMA! –Foi impossível controlar as lágrimas. A cada momento eu entendia mais toda a confusão dentro de mim. Eu não queria que fosse assim... Não queria descobrir que minha prima era uma assassina, que me odiava e por algo tão ilógico quando aquilo, mas descobri e isso doía. –SCORPIUS EU NÃO POSSO MAIS MEU AMOR, NÃO POSSO FINGIR QUE VOCÊ ESTÁ VIVO E QUE VAI VOLTAR... PORQUE NÃO VAI. EU QUERIA ACREDITAR, MAS NÃO POSSO FAZER ISSO COMIGO, COM VOCÊ, NEM COM JOE E TODOS AO NOSSO REDOR. ME PERDOE! –Gritei e senti as folhas das arvores se agitarem mais.


Liberte-se, liberte-se


Liberte-se, liberte-se, oh whoa


Liberte-se, liberte-se


Liberte-se, liberte-se, oh whoa


É difícil dançar com um demônio nas costas


Então liberte-se dele, oh whoa


Continuei com meus olhos fechados enquanto apenas sentia tudo aquilo vir ao meu encontro... Lembranças de momentos que eu pensava que nem existiam mais, mas aqui ali, naquele momento minha mente lembrava com vivacidade.


***


 


Depois que acabou de cantar sorriu pra mim, e eu fechei os olhos quando nossos lábios se aproximaram, sentia que o mundo poderia parar agora. Eu era a garota mais feliz da galáxia, tudo isso por descobrir que amava ele...


–Quer namorar comigo? –ele perguntou e eu sorri – tipo apresentar a família, receber presente no dia dos namorados e ser inspiração das minhas futuras musicas – disse como se fosse um produto e eu o abracei.


–Sim – disse baixinho, e ele me beijou mais uma vez.


E nesse dia eu senti que sempre seria sua garota....


Já cansei desse meu coração sem graça


Essa noite vou acabar com essa história e recomeçar


Gosto de manter minhas questões importantes


Está sempre mais escuro antes da madrugada


–Você sentiu minha falta?–falei quase cansando meus olhos tentavam se abrir e achar os dele.


–Por favor não me peça pra responder isso –ele disse magoado enquanto tocava minha cintura com uma mão e brincava com meu cabelo com a outra. Toquei seu rosto e o trouxe pra mim. Ele não resistiu ao beijou e eu novamente senti aqueles lábios que pensei que morreria sem beijá–los novamente.


–Você sentiu minha falta ? –perguntei mais uma vez meu coração ia a mil e eu queria abraçá–lo mais que tudo.


–Eu senti... –ele falou enquanto roçava seus lábios nos meus. E mais uma vez o beijei. Capturei seus lábios e senti o doce gosto do meu amor. Era um beijo faminto e com sabor de saudades.


Liberte-se, liberte-se


Liberte-se, liberte-se, oh whoa


Liberte-se, liberte-se


Liberte-se, liberte-se, oh whoa


É difícil dançar com um demônio nas costas


Então liberte-se dele, oh whoa


 


–Conheço. Todos os 5 – ele disse e olhei curiosa.


–Opa... Eu tenho 5 tipos de sorriso? –perguntei e ele acenou afirmativamente com a cabeça. –Então comece.


–Seu segundo sorriso é aquele do canto dos lábios, só dá ele quando está tendo uma grande ideia ou quando quer fazer algo que ninguém quer. Seu terceiro sorriso é aquele que dá quando realmente está feliz. Seu quarto sorriso é aquele riso que acontece quando está brincando e...


–E...?                             


–Seu quinto sorriso.


–O que tem ele? –perguntei.


–É quando você olha pra mim – sem querer reprime um sorrisinho.


E é difícil dançar com um demônio nas costas


E com metade de uma chance


Eu tomaria alguma coisa de volta?


É um desastre final, mas me deixou tão vazia


É sempre mais escuro antes do amanhecer


 


Oh woah, oh woah


Assim que abri a porta tomei um grande susto, mas estava tão chocada que não falei nada. Só dei espaço para que ele entrasse. Ele não falou nada só ficou me olhando como se fosse a primeira vez que me visse. Eu não disse nada, não porque quisesse manter o silencio do momento, era mais por não saber o que dizer mesmo. Então ele venceu a distancia entre nos dois. Me beijou tirando–me do chão. Entrelacei minhas pernas em sua cintura e minhas mãos foram parar em seu pescoço.


Eu demorei um pouco para entender que estava ali, na minha casa, aos beijos com ele. Não parei de beijá–lo só quando procurávamos um pouco de ar. Senti suas mãos estudando meu corpo, como se conferisse se tudo estava no lugar como ele deixou. Acho que fiz o mesmo com ele, puxei seus cabelos enquanto meus lábios procuravam os seus, meu coração poderia sair pela boca a qualquer momento e eu não notaria. Porque eu só pensava nele e em como me sentia bem em seu braços.


E eu estou condenado se eu fizer


E eu estou amaldiçoado se não


Um brinde às bebidas na escuridão


No final da minha estrada


E eu estou pronto para sofrer


E eu estou pronto para esperar


–Sabe, eu acordei há alguns dias atrás com uma vontade enorme de dormir com você todos os dias, essa vontade já existia, mas eu queria mais sabe ? Queria que todos soubessem que eu te amo e queria que todos estivessem aqui para ver nosso amor, toda nossa família –ele disse e eu sorri.


–Eu te amo muito sabia disso ? Eu te amo demais, amo tudo em você até mesmo quando você fica emburrado , te amo quando não quer me ver e te amo mais ainda quando briga comigo...


–Hum...A senhorita por acaso quer que eu brigue com você aqui e agora é ? –ele falou e eu ri.


–De jeito nenhum senhor Malfoy.


–Ainda bem Senhora Malfoy porque eu não poderia nem se quisesse.


 


É um tiro no escuro apontado direto pra minha garganta


Porque olhando para o céu, encontrei o diabo em mim


Olhando para o céu, encontrei o diabo em mim


Mas por que diabos


Eu vou deixar isso acontecer para mim


 


Ele veio até mim e me abraçou fortemente. Eu não entendia como ele poderia me amar, ele era tudo aquilo que eu não era. Ele estava me perdoando mais uma vez mesmo sabendo que eu estava os deixando. Eu o olhei nos olhos e ele tentou sorrir. Enxugou as minhas lágrimas e acariciou meu rosto. Mais uma vez nossos olhares se encontraram e ele beijou meus lábios levemente.


–Existem ex maridos que podem ser bons amigos –Ele disse e eu tentei sorri –Podemos ser um desses. Eu quero apenas que tudo fique bem –ele me apertou um pouco em seu abraço e eu tentei não chorar. Apenas tentei.


 


Liberte-se, liberte-se


Liberte-se, liberte-se, oh whoa


Liberte-se, liberte-se


Liberte-se, liberte-se, oh whoa


É difícil dançar com um demônio nas costas


Então liberte-se dele, oh whoa


 


–Mas eu quero você aqui Scorpius... –Eu enlacei o pescoço dele –Não quero que vá pra essa missão!


–Vamos ter bastante tempo quando eu voltar... –Ele falou beijando minha mão e eu tive um péssimo pressentimento.


–Promete? –Perguntei e ele riu.


–Prometo !–Beijou meus lábios depois minha testa.  –Quando eu beijo seus lábios... Eu sinto como se estivesse beijando uma rosa! –Ele sorriu. E saiu pela porta.


***


 


Liberte-se, liberte-se


Liberte-se, liberte-se, oh whoa


Liberte-se, liberte-se


Liberte-se, liberte-se, oh whoa


É difícil dançar com um demônio nas costas


Então liberte-se dele, oh whoa


Abri meus olhos e vi que a paisagem havia ficado ainda mais bela com o por do sol. E foi ali que eu abandonei todos os meus demônios. Esqueci todas as magoas passadas, os medos e as angustia. Os libertei... Me libertei. E sorri. Porque eu sabia que aquela era a coisa certa a se fazer...


***


 


–Você fez o que era certo...


–Fiz. Se eu continuasse alimentando raiva de Molly acabaria como ela... E isso seria o pior dos fins para qualquer pessoa.


–E que fim essa garota levou Rose ? –Ela perguntou nem um pouco curiosa, mas eu sorri. Parecia que havia mesmo um jornal de Arvores...


–Você sabe qual foi o fim dela.


–Sei. É isso que as pessoas pagam por serem malvadas, um dia você acha que é tudo aquilo que poderia querer, mas quando vê o que se tornou e o que as pessoas que você ama se afastam de você, você descobre que o crime não compensa, fazer a miséria alheia é algo ruim, que ser mentiroso e hipócrita não faz ninguém ser feliz. Alguns tem tempo para mudar... Outros não. Você deveria aprender com os erros Rose.... –A arvore disse tão seriamente que eu fiquei imaginando o quanto ela já havia visto da vida. Ela havia me dito tantas verdades... Não verdades do tipo que machucam, mas aquelas que ensinam. Querendo ou não, aquela arvore estava me ensinando muito sobre a vida, algo que eu não consegui aprender antes, nem mesmo com meus erros.


Fim do capitulo 23


 

N/a :  Esse capitulo é só o começo de tudo. Espero que gostem. Obrigado meninas, pelos comentários e pra quem está acompanhando a fanfic. Beijoos!


 


Carolzinha Gregol:Bem... Você vai ter mais um capitulo pra "refletir" sobre Scorpius, porque ele não está nesse. Esse é um capitulo, também de revelações. E eu não gosto de fazer vocês sofrerem. Sim sim, podem alimentar esperança, porque tudo pode acontecer ai. Nossa... Isso ai foi outro tipo de transição para Rose, porque com a morte de Scorpius ele teve que voltar a "vida", teve que cuidar da Joe e tocar a bola pra frente. Obrigada Carolzinha pelos elogios e muito obrigada flr por estar acompanhando a fanfic. E ai esta um capitulo novo, prometo tentar atualizar logo da próxima vez.


 


Beijoos!





Luhna: Em primeiro lugar, Bem-Vinda Luhna. Fico super feliz que esteja lendo a fanfic. Eu adorei ler seus comentários, eu fiquei até meio espantada com alguns e com a sua capacidade de adivinhar algumas coisas, menina, joga na loto que você ganha! Sim, Molly é uma vadia - deu pra ver bastante durante os capitulos e não para por ai não... - se Scorpius loiro é um pedaço de mal caminho o moreno é o mal caminho inteiro... É, a pessoa pra precisar da árvore tá mal... Mas você vai descobrir isso no futuro... Também amo musical *-* Apostas nunca prestam e a Rose ficou pilhada, mas não devia. Scorpius não faria isso. E sim, Sirius tem um filho galã, maravilhoso e que implica com Emma por algum motivo... kkkkk Quando eu li seu comentário eu me toquei disso, realmente é meio estranho tentar escolher a musica do casal dessa maneira, e existem tantas musicas na fanfic que definiriam o casal, faltou algo mais roântico nessa escolha de Rose e Scorpius. Essa arvore é um dos grandes, ou talvez o único, misterio da fic. Ela pode ser alguém... Vocês descobriram futuramente se ela é ou não alguém e se a senhorita está certa. Eu também gosto bastante das musicas dela...E eu pensei realmente em colocar todo mundo cantando... Mas é tão mais Nina cantar algo assim. Ela é a mais romântica das quatro com toda certeza. kkkkk depois do capitulo 8 todo mundo passa a odiar Molly...A chance dois ainda não foi perdida... Sim sim. Kalshe e Alvo vieram de outros "carnavais" e a Molly é tudo isso ai... Rose tendo trabalhado com Rita tanto tempo aprendeu... Ela não fez nada ainda. Ahhh você vai conhecer mais do Ron Sirius *-* kkkkkkkkkk James é uma coisa... E eu também amo colocar o Brasil na história *-* Se fosse com um Scorpius da vida eu até que iria querer um casamento surpresa... Ron é um amor *-* kkkkkkkkkkk É correr risco mesmo.. Imagina se a Rose diz não ? Ele ficaria com cara de tacho e todo mundo ficaria chocado... Mas acho que isso a Rose queria muito. kkkkkkkkkkkkkkkk eu fiquei besta com seus comentários por isso... Você acerta é coisa. Acertou da maioria dos casais. Kalshe é orgulhosa demais e Alvo não fica por menos... Ahhh Ron é coisa fofa mesmo *-* Emma quis homenagear o pai... Provavelmente falou com o tio Harry mesmo. Eu tinha pensado em fazer apenas duas delas grávidas... Mas fiquei, poxa, porque não todas ? Elas são amigas, ia ser algo emocionante ai foi kkkkkkkkkk e essa ainda era a segunda chance... Nossa, fiquei feliz quando disse que tinha rido com a fanfic, porque eu não sou boa escrevendo coisas engraçadas...Não tenho esse dom. E eu amo Draco e Ron discutindo, porque os dois voltam para o momento em que estavam em Hogwarts, esquecem que são adultos... Ahhh eu amo isso, é o unico capitulo assim que tem a Toca e todo mundo reunido, me lembra minha familia quando minha avó ainda era viva e é ótimo. Roxi e Rose foram as mais corajosas na hora de contar sobre a grávidez...kkkkkkkk olha que esse nome da irma da Lily foi um mal entendido, eu vi um nome entendi e escrevi outro kkkkkkkkkkkk Tenho outro "destino" para o Huguis...Amanda não é alguém que a Rose devesse confiar tanto... kkkkkkkkkkkkk eu ficaria meio cismada com Alvo, ela ainda sente, mas logo esses dois se resolvem...Até Alvo fazer outra burrada. Todo mundo pergunta isso, o que acontece com esses dois para acabar assim... Vocês verão. KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK Você cismou com a Rit mesmo. kkkkkkkkkkk Nina é dramatica sim... Mas James é um amor *-* kkkkkkkkkkkkkk as roupas são um sonho de consumo... E essa casa... Nossa, parece um palácio de conto de fadas mesmo. Poxa, eu fico pensando, como você adivinha algumas coisas... Sibila que se cuide ou você toma o lugar dela em Hogwarts. Eu gosto bastante do Dominic... Ele é um personagem bonzinho... Ele realmente passa cantada demais na Rose, mas é um cara bem legal, você vai ver isso daqui a alguns capitulos. kkkkkkkkkkkkkk fez igualzinho mesmo. Mas vai por mim, esse assassino foi de fachada ... Eu não sei como o Chapéu Seletor do Pottermore me mandou pra Grifinória, tipo eu não me encaixo na Corvinal...E acredito que também não na Sonserina. Eu acho que seria Lufana, ou realmente Grifinória, só nisso ai eu não teria também essa coragem da Rose não. Eu não sei se aguentaria sozinha... Kalshe e Alvo ainda terão seu momento *-* Realmenteo Scorpius deu umas pisadas na bola. Até eu fico com vontade de puxar a orelha dele nesse capitulo... A Rose precisava se sentir protegida, e ele não fez isso. KKKKKKKKKKKKKKK Eu tenho uma cisma com o nome Agnes... E parece nome de fofoqueiram mesmo. Bem... Rose sofreu bastante, acho que não se sentiu nem um pouco suficiente para a familia que ela tinha :/ Só que Scorpius foi maravilhoso com ela... O negocio é que ela realmente estava doente :( E isso é triste. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk Sim, tô começand oa achar que é sorte mesmo Salvador ficar distante de Minas... Foi só essa vez que Kalshe deixou a Rose fumar (coisa que eu também não gosto de jeito nenhum) Keep holding on é tipo perfeição e quando você falou eu reli o capitulo e combinava muito. Eu vou The Outside também e amei a musica :) Ahh flr... Era meio que preciso Rose ter que ir embora, é algo que tinha tinha que trilhar. Não. eu não odeio vocês... Isso também foi preciso. E você é boa em adivinhação viu ? Ahhh Joe é um amor... Penso nela sim coitada...Bem, você está totalmente certa... Bem, sobre Molly. Agora sobre a Árvore... E eu espero que goste desse capitulo. Amei seus comentários e obrigada mesmo por estar aqui, lendo a fandic.


 



Beijoos!





Trecho do próximo capitulo :


"Rose

Esse é um péssimo habito. Não sei quanto tempo depois de eu ter ido embora você está lendo isso...Nem poderei saber...Espero que não tenha demorado tanto a pegar o nosso livro para ler. Sei que deve estar se perguntando se isso é uma brincadeira de mal gosto... Mas não é. É desse péssimo habito que estou falando...Nunca te disse, porque não achei que fosse preciso, mas eu sempre escrevo uma dessas cartas antes das minhas missões. É como uma despedida antecipada...Acho que apenas tenho medo de não poder vêlas novamente e dizer o quanto as amo. As mulheres da minha vida...Você, Joe, Mamãe e Kalshe...Minhas garotas. Essa carta foi escrita por isso, eu as amo. Queriam que soubesse disso...Se estiver lendo essa carta eu provavelmente estou morto. Querida você mudou minha vida de uma maneira inacreditável, eu não estaria vivendo tudo que vivi se não fosse por sua causa...Você é a mulher mais perfeita do mundo...Perfeita pra mim. Seu sorriso ilumina meu dia e mesmo nessa fase em que estamos...Mesmo nessa fase em que eu terei que reconquistála e fazer com que nossa família fique junta de novo. Rose! Pare de chorar por favor, eu te amo amor, estarei com você pra sempre, em todos os pensamentos em todas as lembranças e em tudo que foi nosso.


Ps. Eu te amo"











Beijoos, Lana! 

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Comentários (2)

  • Carolzinha Gregol

    velho, não sabia se lia ou se chorava de depressão com esse capitulo, estou até sem palavras, esse capitulo estava divino, maravilhoso, estava dos Deuses! Vou dividir em partes meu comentário (hahahah): Primeira parte, vou bater na Molly, ela merecia que quebrassem o nariz dela que nem com plastica resolveria, essa mulher merece sofrer de todas as formas, ela matou o Scorpius. Segunda coisa, amei a ideia da escola de artes, fiquei encantada, vai ser tão bom para Rose, ela vai aprender tanto. hahahah Terceira coisa: Eu sinto que o Scorpius NÃO esta morto, mas tem um lado que fala que ele esta. Porque você matou ele? porqu? O que você fez pra ele? porque deixar nós assim? porque? Scorpius as vezes é um completo idiota, mas ele é perfeito quase sempre poxa :( Quarta coisa: ROSE GRÁVIDA? DIVEI, AMEI, QUERO MAAAAAAAAAAIS! HAHAHAH espero que seja menino, e seja a copia do scorpius para ser uma lembrança do mesmo, mas ele esta vivo né? espero que sim! "Rezando" Ultima coisa, juro juradinho que é a ultima coisa, QUE HISTÓRIA É ESSA DO JOSH ESTAR DANDO EM CIMA DA ROSE? ELE QUER MORRER? HAHAHAHAHAHHA não quero ninguém dando em cima dela. u.u se não vou ai dar um soco nele, sou brava u.u Não era ultima, mas essa é a ultima, E ESSA ARVORE? É O SCORPIUS? provavelmente, eu errei, mas vai saber né, eu nunca acerto e outra, vou ficar surpresa de qualquer jeito mesmo. Bom, vou indo, você é foda, sou apaixonada por sua fanfic, espero para ler ela, quando vejo atualização falo que não vou ler porque sempre acabo mal, mas é impossivel, mas logo eu melhoro, porque eu sempre lembro que tem alguém com um coração atrás da história, então ela pode ser mudada a qualquer momento. Rezando para o scorpius estar vivo, se ele não estiver vou sofrer bastante, mas muito mesmo, mas um dia eu recupero. HAHAHAHAHAHA NÃO DEMORA.  

    2013-07-10
  • Luhna

    LANAAAAAAAAAAAAAAAA, CHEGUEI! Não sei por que eu disse isso. Esse capítulo não é nada feliz. Enfim. Ah, eu tinha razão sobre a Molly/assassino S4/Scorpius. E você fica aí falando que eu podia jogar na loto e tals, mas foram tantos palpites nesses 23 capítulos que eu nem lembro direito o que mais. E tem fraude na loto, viu? Acho que é por isso que eu nunca ganhei. :P TANTO FAZ, isso não é importante. COMO ASSIM, LANA? A MOLLY MATOU O SCORPIUS MESMO? Covarde. Vadia. Idiota. Louca. (a Molly, viu? MOLLY WEASLEY) Caramba, essa mulher é louca mesmo. Agora, quanto a ela não ser filha da Audrey... BAPHO! Principalmente porque eu nunca achei que o Percy fosse fazer uma coisa do tipo. Porque é o Percy, pfv. Certinho, almofadinha, um pouco irritante, e Weasley. Weasleys tem caráter. E O QUE FOI AQUILO? UFC ROSE WEASLEY-MALFOY? O.O Acho que eu faria o mesmo no lugar da Rose, BEM FEITO PARA A MOLLY! NÃO É NEM UM DÉCIMO DO QUE ELA MERECE. Mas do resto Deus cuida. E como assim, Rose grávida de Scorp? É lindo, mas... tão triste. A criança não vai conhecer o pai gatão e lindo e educado e tudo de bom. Tomara que seja um menino que seja a cópia fiel do Scorpius. Como uma lembrança para a Rose. Mas o ideal, mesmo, era o Scorpius voltar, né? Porque vai que ele não está morto. Nem teve funeral nem nada. ELE PODE, SIM, ESTAR VIVÍSSIMO! E eu gostei da ideia da escola de artes. Vai ser legal. E a Nina tá grávida também, né? Que fofa ela. *_* E WHAT????????????? Josh dando em cima de Rose? o.O Não sei. Pode não acabar bem, se quer saber minha opinião. E esse momento "retiro" da Rose? Com todas as lembranças? GUENTA CORAÇÃO!!!!!!! :( O dela e o meu, né. Principalmente com essas lembranças e essa carta a la PS. Eu te amo. Por que você faz isso comigo, Lana? POR QUÊ? O QUE EU TE FIZ, POR DEUS?????????????????????? Eu vou chorar aqui e a culpa é TODA SUA! Por que o Scorp tem que ser tão perfeito e a vida tão injusta? #profundamentechateada E a árvore é a amendoeira do quintal da Mione? Quero só ver quem é a árvore. Ou se não tem alguém escondido nela "se passando" por árvore. Ouvindo Rose chorar as pitangas. Ou seria as amêndoas? Não importa. QUERO O PRÓXIMO CAPÍTULO!!!!!

    2013-07-10
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