Amigos



Capítulo 2: Amigos


Lena abraçou seu filho com firmeza.
- Seja bom, Remus. Seja legal com as outras crianças. Não arrume problema ou entre em alguma briga. Ouça seus professores. Experimente fazer alguns amigos. E não deixe de escrever para mim! Todo dia se você quiser. - ela sorri carinhosamente.
- Eu sei, mãe. - Remus respondeu enquanto abraçava sua mãe de volta. 
Após o longo abraço, a sra. Lupin deixou o filho ir ao encontro do pai e juntos, eles atravessaram a plataforma. 
- Tenha um bom ano letivo, filho. Nos veremos no Natal - o sr. Lupin disse ao seu filho, esboçando um sorriso.
- Obrigado, papai. - Remus respondeu enquanto subia para o comboio. Sentou-se num compartimento vazio e olhou para fora da janela.


Remus viu um outro garoto com cabelo preto desarrumado e olhos castanhos, usando óculos redondos. Ele parecia ter em torno de sua idade. Sua mãe o abraçou com força e enxugou os olhos, mas a lágrimas não paravam de escorrer. O menino sorriu antes de seu pai o arrastar para longe da orelha de sua mãe. O pai piscou para seu filho e deu-lhe um pacote antes de sair despenteando o cabelo do jovem bruxo.


Ele se virou para ver outro rapaz com longos cabelos negros e olhos cinzentos discutindo com sua mãe. O garoto gritou com ela antes de pegar sua mala e subir para o comboio, decidido. Ele tinha uma expressão rebelde e selvagem no rosto. 


Um garoto tímido, com cabelos cor de rato e olhos pequenos chamou a atenção de Remus. Ele estava pulando para cima e para baixo animadamente, não conseguindo conter sua excitação.


Um apito soou e o menino tímido parou de pular. Ele correu para o comboio, juntamente com os outros que não tinham chegado ainda.


Remus suspirou e se recostou na cadeira. Seria uma longa viagem.

~~~~~~~  


- Oooooo...
James e Sirius imitaram seu tom de superioridade; James tentou fazer Snape tropeçar quando ele passou.
- A gente se vê, Ranhoso! - James gritou enquanto a porta do compartimento bateu. 
Em seguida, o compartimento se explodiu em gostosas gargalhadas por parte dos dois meninos zombeteiros.
- Eu não gosto dele - disse Sirius fazendo uma careta.
Boa parte do tempo dos garotos depois foi discutindo sobre as casas. E claro, piadinhas maldosas da parte de ambos sobre Ranhoso. Os dois meninos, depois de poucas horas, já tinham se tornado praticamente melhores amigos.

- Vamos dar uma volta? - James perguntou já se levantando, lançando um olhar travesso a Sirius.
Sirius não precisou falar; retribuiu com o mesmo olhar, cumplice.

~~~~~~~

Remus estava quase dormindo quando...

A porta do compartimento que o menino lobo se encontrava foi aberta abruptamente e por ela entra o jovem de óculos e cabelos despenteados junto com o de expressão rebelde. Eles gargalhavam alto e pareceram não notar a presença de Remus.
Ele não alterou sua expressão e continuou olhando a paisagem pela janela.
- Você viu a cara de... - começou Sirius no momento em que James fez um aceno de cabeça em direção a Remus. Sirius não deu a mínima e invadiu o compartimento. Remus os observava com o olhar vago e até, entediado. - Podemos nos sentar aqui? - ele não esperou resposta e já foi se sentando ao lado do garoto - Obrigado. 
James achou melhor começar as apresentações:
- Eu sou James Potter. - ele disse sorrindo amigavelmente - E este é Sirius Black. - ele fez com a cabeça para Sirius, que deu um tchauzinho com a mão e se espreguiçou no banco.
Remus revirou os olhos e continuou a observar a paisagem lá fora.
James olhou interrogativamente para Remus e depois para Sirius. Este, apenas deu de ombros.
James balançou a cabeça e voltou-se para Remus novamente:
- Então, qual é seu nome?


Remus deu de ombros e continuou a olhar pela janela.
- Você não sabe seu nome? - James perguntou, sorrindo.
Mais uma vez, Remus encolheu os ombros.
Sirius e James olharam para o outro e encolheram os ombros, novamente. 
- Você gosta de quadribol?
- Sim - Sirius respondeu prontamente - Artilheiro. Às vezes batedor. 
- Legal! Eu sou artilheiro, também. Embora eu mande bem como apanhador, às vezes - James respondeu sorrindo um tanto convencido. Ele olhou para Remus novamente. - E você?
Remus deu de ombros e continuou a olhar para a janela.
Sirius se virou para enfrentá-lo. 
- Você tem voz? 
Remus encolheu os ombros novamente, fazendo Sirius gritar de frustração e James a rir.
- Ele tem sim - disse James.
A porta se abre novamente e mais um menino entra.
Era o garoto gordinho de olhos pequenos que Remus tinha visto antes.


O menino perguntou timidamente:
- V-você se importa se e-eu me sentar a-aqui? 
- Vá em frente. - James respondeu. - Eu sou James Potter. 
- Sirius Black - Sirius disse jogando o cabelo para fora do rosto com um aceno de cabeça. 
O menino sentou ao lado de James. 
- P-Peter P-Pettigrew. 
- Prazer em conhecê-lo. - James respondeu.
Peter olhou para Remus. 
- Quem é você?
Remus deu de ombros. Ele não queria conversar com esses meninos. Ele estava com medo de se tornar amigo deles. Até eles descobrirem que ele era um lobisomem e evitá-los, então ele achou mais fácil ignorá-los agora, antes de se tornarem amigos e depois terem que evitar ele ou desprezá-lo. Ele queria ser amigo deles, mas não queria enfrentar a dor de ser evitado, se descobrissem a verdade.
- Fizemos algo que ofendeu você? - James perguntou.
Remus balançou a cabeça.
- Então porque você não está falando com a gente? - Sirius questionou, impaciente.
Remus encolheu os ombros, fazendo Sirius gritar de frustração novamente.
Remus olhou para Sirius, sério:
- O que há de errado?
Sirius parou de gritar e olhou para Remus, assombrado:
- Olha, ele fala! 
James revirou os olhos, mas não pode deixar de sorrir. Ele olhou para Remus:
- Então, o seu nome, se você gosta de quadribol, e para qual casa você quer ir?
Remus piscou e olhou para James, confuso. 
- Hein?
- Responda as perguntas - Sirius rosnou.
Remus se recostou na cadeira, irritado.
- Não sou obrigado. 
- Tudo bem, então - Sirius respondeu e virou-se para Peter. - E você?
- Eu gosto de Quadribol, mas eu não posso jogar. Eu não sou bom em esportes. - Peter respondeu e olhou para os pés, timidamente. - E, as casas, toda a casa é legal, exceto talvez Sonserina.
- Eu concordo com você, Peter. Sonserina é a casa que está cheia de estúpidos viscosos, como Ranhoso - James respondeu.
- Seboso - Sirius completou, lançando um sorriso maldoso no belo rosto.


A porta do compartimento se abriu novamente e uma bruxa com um carrinho sorriu para os meninos.
- Desejam algum doce, meninos?
Todos os garotos se levantaram e foram pedindo os doces que queriam, menos Remus. Peter olhou para ele:
- Você vai querer alguma coisa? - ele perguntou.
- Não.


Os três meninos deram de ombros no caso-Remus e sentaram-se com seus doces.


Pelo o resto da viagem, os três rapazes comeram seus doces e falaram muito. Eles brincaram com explosivos e cartas de sapos de chocolate. Tentaram, mesmo, fazer com que Remus se juntasse a eles para suas conversas e jogos. James e Sirius até ameaçaram fazer a cabeça de Remus inchar até explodir se ele não aceitasse, mas Remus simplesmente dava de ombros; continuou a ignorá-los o passeio de trem inteiro.
Mas James e Sirius não iriam desistir. Todos eles seriam melhores amigos.


A viagem tinha chegado ao fim. O trem parou, soou o apito e eles alcançaram seus pertences e seguiram a massa de alunos. 


- AQUI ESTAMOS! - James e Sirius cantavam alegremente.
Alguns alunos lançavam olhares estranhos e outros sorriam.
- Vamos - Sirius disse. - Eu realmente espero entrar para a Grifinória. Sonserina nunca!
James sorriu.
- Não se preocupe, cara. Posso lhe assegurar que você não tem nada a ver com a Sonserina.
Remus seguiu os três rapazes para fora do compartimento em silêncio.
- Eu me pergunto para onde vamos... - Peter disse.


- PRIMEIRANISTAS! Primeiranistas, por aqui! - uma voz masculina gritava por cima da multidão.
James sorriu.
- Acho isso responde a sua pergunta.
Os quatro meninos olharam na direção da voz e viram um homem gigante com lotes de cabelos pretos e dois olhos negros e pequenos como besouros.
- Vamos lá, primeiranistas! Alunos do primeiro ano, sigam-me por favor! - o homem disse.
- Quem é você? - Sirius perguntou.
- Rúbeo Hagrid. Guardião e guarda-caça de Hogwarts. - o homem respondeu prontamente e orgulhoso.
Todos os primeiros anos seguiram Hagrid por um caminho íngreme e estreito.
- Por aqui, logo após essa curva, vocês terão o primeiro vislumbre de Hogwarts! - ele disse animadamente.
Todos os alunos novos ficaram admirados quando viram Hogwarts. O castelo majestoso e imponente, com suas luzes tremeluzindo no lago escuro. Inesquecível.


Hagrid conduziu-os para próximo a beira do lago, onde havia um monte de barcos esperando por eles.
- Somente quatro em cada barco! - Hagrid avisou a eles.


James, Sirius, e Peter correram para um dos barcos e subiram nele; James e Sirius com facilidade, mas Peter não. Ajudaram o garoto miudo a subir.
James olhou para Remus, que estava caminhando para longe deles, a procura de um barco, sozinho.
- James, o que você está fazendo? - Sirius o chamou, olhando intrigado.
Mas James ignorou e correu para apanhar Remus. Ele agarrou o braço do garoto e arrastou-o para o barco.
- O que você está fazendo? - Remus perguntou confuso e indignado.
- Quatro em cada barco - James respondeu. - Você pode ir com a gente. - sem dar a Remus uma escolha, os dois entraram no barco.
- Você vai dizer seu nome agora? - Sirius perguntou quando viu a subida dos dois no barco.


Remus, que estava olhando para a lateral do barco, em direção a água, levanta a cabeça:
- Se eu disser, você vai me deixar em paz?
James e Sirius entreolharam-se, em seguida:
- Não. - eles disseram ao mesmo tempo.
- Porquê? - Remus perguntou indignado.


- Todo mundo? - Hagrid gritou - Avante!


Os barcos começaram a se mover ao longo do rio por magia.
- Queremos ser amigos - James respondeu.
- Por quê?
Sirius piscou, em descrença disse:
- Nós não precisamos de um motivo para querer ser seu amigo!
Remus não respondeu, simplesmente continuou a observar a água.
- Então? - James perguntou, sempre com aquele sorriso no rosto.
Remus piscou e olhou para James.
- E daí?
James jogou as mãos para o ar, exasperado.
- Seu nome? A única coisa que tentamos arrancar de você nas últimas horas!
- Porquê? Nós provavelmente não vamos ser da mesma casa. Portanto, não há nenhum ponto em que você deva saber. - Remus respondeu. Ele olhou para a água e enfiou a mão nela. A água fria era boa depois do contato com o ar quente.
- E se formos para a mesma casa? - Sirius perguntou, astuto.
- Você vai dizer seu nome e ser nosso amigo? - James continuou.
Remus suspirou pesadamente. 
- Você não vai me deixar em paz até que eu concorde, não é? - James e Sirius assentiram vigorosamente - Feito.
James e Sirius saltaram em pé e gritaram alegremente:
- NÓS VENCEMOS!
- O que eu faço... - Remus gemeu. James e Sirius começaram a pular alegremente, fazendo com que o barco tremesse e vacilasse. - Será que dá para vocês dois pararem? Vocês vão fazer o b...
Mas Remus nunca chegou a terminar a frase, porque o barco virou e os quatro meninos caíram na água gelada.
- Maravilhoso - Remus rosnou, batendo com a mão em punhos na água.
James e Sirius riram do jeito de Remus.
- Isso foi divertido! - Sirius disse, sorrindo.
- Vocês dois tem problemas - Remus disse.
- É melhor ter cuidado. Nós estaremos compartilhando um dormitório nos próximos sete anos. - James respondeu, sorrindo amplamente.
- Isso se formos para a mesma casa - desafiou Remus.
- Eu aposto que iremos todos para a mesma casa. E não se esqueça do nosso acordo - James disse.
Remus suspirou e subiu de volta no barco.
- Eu acho que eu preferia entrar na Sonserina a ser amigo de dois malucos como vocês - Remus resmungava.
James e Sirius suspiraram e ajudaram Remus a subir no barco.
- Você não sabe o que está dizendo. Você não é um viscoso estúpido.
- Como você sabe? Você não sabe nada sobre mim - Remus respondeu.
- Você está falando com a gente e nem ao menos percebeu. Você tem tentado nos ignorar e agora...está falando novamente com a gente! E eu posso dizer que você não é um estúpido viscoso, viscoso estúpido. Absoluta certeza. - James disse com tanta convicção que Remus chegou a acreditar por algum minuto. James tinha um sorriso confiante brincando no rosto.


Remus estendeu a mão para ajudar James a entrar no barco. James e Remus puxaram Sirius para o barco, e depois puxaram Peter.


- Tudo bem, os quatro? - Hagrid chamou eles.
- Excelente - James gritou em resposta e logo eles retomaram o caminho com o barco novamente.


Quando chegaram ao outro lado do lago, Hagrid levou os primeiros anos a porta do castelo e bateu três vezes.


Uma mulher alta, com os cabelos negros puxados em um coque, uma expressão rígida e um olhar severo, abriu a enorme porta de carvalho.


- Aqui estão os primeiros anos, professora McGonagall. - Hagrid disse.
- Obrigada, Hagrid. Eu assumo apartir de agora. - McGonagall respondeu.


Os primeiros anos seguiram McGonagall para a entrada e até uma pequena câmara ao lado do corredor de entrada. A professora se virou para encarar os pré-adolescentes.


- Bem-vindos à Hogwarts. O banquete de boas-vindas começará em breve, mas antes de tomar seus lugares no Grande Salão, vocês serão classificados para suas casas. A classificação é uma cerimônia muito importante porque, enquanto você estiver aqui, a sua casa será como sua família. Você terá aulas com o resto de sua casa, irá dormir no dormitório de sua casa e passar o tempo livre na sala comunal... - a professora McGonagall começou a explicar.


James e Sirius se viraram para Remo e sorriram para ele. Remus começou a choramingar mentalmente.
- Não é possível irmos parar na mesma casa - ele disse.
- Ah...não seja assim - Sirius disse dando tapinhas do ombro do jovem lobo.
- Nós não somos tão maus assim - James adicionou, antes de deixar um sorriso maligno percorrer suas feições.


A professora McGonagall olhou para os três.
- Vocês três, em silêncio. - ela olhou-los de perto e suspirou. - Porque diabos que vocês quatro estão ensopados?
- Estes dois idiotas decidiram fazer uma festa no barco - Remus respondeu, apontando para James e Sirius, que sorriam inocentemente.
McGonagall deu um longo suspiro e continuou seu discurso:
- As quatro casas são Grifinória, Lufa-Lufa, Corvinal e Sonserina. Cada casa tem sua própria história e cada uma produziu bruxos e bruxas extraordinários. Enquanto você estiver em Hogwarts, os seus triunfos irão render pontos para sua casa, enquanto sua indiciplina irá fazer perder pontos. No final do ano, a casa com mais pontos ganha a taça das casas, uma grande honra. Espero, que cada um de vocês tenha uma jornada brilhante neste castelo. A cerimônia de iniciação será realizada em um minuto na frente do resto da escola. - a professora McGonagall olhou para os quatro rapazes molhados, e saiu franzindo a testa, balançando a cabeça negativamente.


Sirius e James estavam pulando eufóricos, realmente animados.
- Eu mal posso esperar...
- Então, a pessoa cujo-nome-não-sabemos-ainda, está pronto para ser nosso irmão para os próximos sete anos? - James perguntou.
Remus olhou para James pelo canto do olho.
- Eu realmente espero não cair na sua casa.
- Ah - Sirius passou um braço pelo ombro de Remus - Assim você acaba magoando a gente.
- Vocês dois são irritantes - Remus rosnou e empurrou Sirius, que agora ria que se acabava, para longe.
James e Sirius sorriam maliciosamente.
- Este vai ser um ano divertido, especialmente se formos para a mesma casa.
Os olhos de Remo começaram a se arregalar só de pensar na ideia, mas no momento a professora McGonagall finalmente resolve voltar.
- Formem uma fila e sigam-me - ela disse.


McGonagall levou os primeiros anos para o Salão Principal.


Havia cinco longas mesas no Salão Principal. Quatro delas foram preenchidas com os alunos e ao longo do salão estava uma cheia com os professores. As mesas tinham taças, pratos e talheres de ouro. Olhando para o teto, James viu milhares de velas flutuando no ar. Centenas de rostos voltados para enfrentá-los quando os primeiros anos chegaram ao fim do percurso, de frente para a mesa dos professores.


Na frente da mesa dos professores, McGonagall colocou um banquinho, pequeno, e um Chapéu igualmente velho em cima.


James não se surpreendeu quando Chapéu começou a cantar, ao contrário da garota de cabelos ruivos e olhos brilhantes do trem. Ela, percebeu que ele a encarava e tinha um sorriso do rosto, tratou de olhar para a direção oposta. Sirius, ao perceber isso, abafou um riso.
- Acho que ela gosta de mim - disse James para Sirius, também abafando um riso.


Quando o Chapéu terminou sua canção, todos no Grande Salão explodiram em aplausos.


- Quando eu chamar seu nome, você vai colocar o chapéu e se sentar no banco para ser classificado. - McGonagall disse, segurando um longo rolo de pergaminho.
"Adams, John!"

"LUFA-LUFA"
A professora chamou mais um garoto. Este tinha quase a altura de James, Sirius e Remus. Ele tinha um brilho maníaco nos olhos castanho escuros.
"SONSERINA"
O garoto sorri e salta do banquinho em direção a mesa que o recebia com aplausos. A única mesa que aplaudia.
"Black, Sirius!"
Sirius andou confiantemente até o banquinho e sentou-se. McGonagall colocou o chapéu na cabeça de Sirius e tudo ficou escuro.
"Um Black, hein? Eu sei tudo sobre sua família. Todos os sonserinos."
"Não se atreva a me colocar na Sonserina." Sirius pensava.
"Relaxe. Eu posso dizer com toda certeza que você não tem nada da Sonserina. Agora vamos para outra perspectiva. Leal, mas não é só isso que basta para entrar na Lufa-Lufa. Você não se importa em aprender, por isso está fora da Corvinal. Sim, você tem um coração valente. Eu sei onde para onde você deve ir. GRIFINÓRIA!"


Sirius saltou do banco feliz e deu o chapéu para McGonagall antes de se sentar à mesa, todos aplaudindo loucamente.

"Evans, Lily!"
James, não entendendo o motivo e nem querendo, de repente encarou o banquinho e a garota a sua frente, realmente interessado.
A garota de cabelo ruivo ardente e olhos verdes muito vivos caminhou lentamente até o banquinho. Ela respirou fundo e sentou-se.
O Chapéu mal encostara em sua cabeça vermelha quando anuncia...
"GRIFINÓRIA!"
E Lily sai do banquinho sorridente, passa por James e ele pode vê-la lançando um olhar quase como "me desculpe" para o garoto de cabelos negros ensebado, Ranhoso. 
James vê Sirius escorregando pelo banquinho para dar espaço a Lily. Ela senta, relutante, pois o reconhece do trem. Ele lança um sorriso amigável mas ela lhe dá as costas e cruza os braços no peito firmemente e, levantando o nariz levemente, ela acompanha a seleção novamente.
"Jones, Hestia!"
Uma garota com lisos cabelos negros e olhos castanhos escuros sobe animadamente no banquinho. Minutos depois...
"CORVINAL!"
E a garota salta e corre para sua mesa, que a recebe em meio a aplausos.
"Longbottom, Frank!" 
Um garoto miudo, mas não tanto quanto Peter, sobe no banco. Ele não parece nervoso, e sim ansioso.
"GRIFINÓRIA!"
"Lupin, Remus!" - McGonagall o chama depois de alguns nomes.


Sirius olha ansioso e lança uma piscadela para James, que fazia sinal positivo com o polegar e tinha um sorriso confiante, como sempre, no rosto.


Remus sentou no banquinho e deixou seu mundo ficar preto após a professora colocar o Chapéu.
"Um lobisomem, hein? Nunca tive que classificar alguém como você antes."
Remus se ajeitou no banquinho, desconfortável.
"Não se preocupe. Ninguém vai saber. Agora, onde devo colocá-lo? Não muito confiante, então Lufa-Lufa está fora. Definitivamente não é um Sonserino..."
O estômago de Remus deu gostosas reviravoltas.
...Muito inteligente e gosta de aprender. Poderia ser da Corvinal...
"Vá com Corvinal, então!" Remus pensou rapidamente.
...O que é isso? Um acordo com alguns rapazes sobre ser amigos. - O chapéu deu uma risadinha. - É, definitivamente, corajoso para vir sendo um lobisomem. Tem muito da Grifinória em você, garoto...
"Não se atreva a me colocar na Grifinória." Remus rosnou.
O chapéu deu outra risadinha.
...Aí dentro, você realmente quer ser um grifinório. Você realmente quer ser amigo deles...
"Não. Eu não!" Remus teimou.
...Sim, você quer...


James olhou para Sirius na mesa da Grifinória e levantou uma sobrancelha. Sirius encolheu os ombros e olhou para Remus.
Peter se virou para olhar James.
- Acha mesmo que ele vai para a Grifinória?
- É melhor ele ir. Ele vai ser nosso irmão - James sorriu.
Peter riu e balançou a cabeça.
- Eu estou quase com pena de Remus. É esse o nome dele, não é?
- É o que McGonagall disse - James respondeu.


...Sim, eu acho que essa é a melhor casa para você...
"Não. Não faça isso. Eu não quero ser amigo deles! Eu não posso!"
...Sim, você quer e não me faça repetir. Você está apenas com medo de fazer amigos. Confie em mim. Você vai me agradecer por isso mais tarde."
Remus reprimiu um grito de raiva.
"GRIFINÓRIA!"


Quando a mesa da Grifinória explodiu em aplausos, Sirius, James e Peter gritaram em sua aprovação, enquanto Remus suspirou em derrota e olhou para os três. Sirius sorriu quando Remus sentou ao lado dele.
- Não começa - Remus rosnou.
Sirius se fingiu de ofendido.
- Sua rejeição dói, Remmy - ele disse rindo por dentro - Mas não se preocupe. Estou disposto a deixar todas as desavenças para trás. Seremos bons irmãos.


Remus empurrou Sirius para longe e bateu a cabeça na mesa. Os alunos mais velhos observaram os dois em confusão antes de voltarem sua atenção para a classificação.
"Macdonald, Mary!"
Uma garota loira e baixinha se aproximou nervosa do banquinho. Com os olhos arregalados de medo, ela deixou a professora posicionar o Chapéu em sua cabeça.
"GRIFINÓRIA!"
"Meadowes, Dorcas!"
A jovem bruxa de cabelos castanho nem tão claro nem tão escuro, de olhos muito azuis e claros, senta no banquinho, com um sorriso brincalhão no rosto. 
"GRIFINÓRIA!"
A professora McGonagall chamou mais alguns alunos: mais seis para a Lufa-Lufa, mais cinco para a Sonserina...
"McKinnon, Marlene!"
A menina que subiu o caminho desta vez, foi sem dúvida, a mais despreocupada. Cabelos longos levemente ondulados nas pontas, olhos castanho escuros muito brilhantes. Ela tinha uma postura confiante e decidida.
"GRIFINÓRIA!"
Mais alguns para a Corvinal, e uma garota de face redonda e olhos muito azuis, escuros e brilhantes que foi para a Grifinória, e mais aplausos no Salão...


"Pettigrew, Peter!" Foi chamado depois de um tempo.
"Hmm. Onde devo colocá-lo? Não para Sonserina ou Corvinal. Poderia ser da Lufa-Lufa. Hmm. Não, não é leal o suficiente para Lufa-Lufa, certamente que não! Talvez Grifinória. Sim...GRIFINÓRIA!"
Peter desceu do banquinho e foi sentar-se próximo a Sirius.


"Potter, James!"
James foi até o banco e sentou-se. O chapéu mal tocou em sua cabeça quando gritou: "GRIFINÓRIA!"


James sorriu e pulou do banquinho. Ele sentou ao lado de Peter e sorriu para Remus.
Remus suspirou e começou a bater continuamente sua cabeça sobre a mesa.
- Vamos, Remy - eles insistiam em usar aquele apelido só para irritar Remus - Nós prometemos ser bons garotos. Temos que ser irmãos agora. Não somos tão ruins. - James disse.
Remus levantou a cabeça e olhou para James.
- Não me chame assim. É Remus. E não são tão ruins? Vocês nos atiraram num lago! Posso dizer já que vocês dois vão ser problemáticos...
- Hmmm... - James disse - Caras da travessura.
- Transgressores! - Remus disse.
Sirius, Peter e James sorriram com esse nome.
- Oh não - Remus gemeu. - Vocês são mais do que eu pensava...
- Vamos lá, Remus. - Sirius ia dizendo - Vai ser divertido, você vai ver.
- Dá pra vocês quatro ficarem quietos? - a garota de cabelos vermelhos se virou, tinha uma expressão nada amigável no rosto.
James sorriu encantadoramente para ela.
- Oi, sou James Potter. E você seria...?
Remus revirou os olhos enquanto Sirius ria da cara de bobo que James tinha naquele momento.
Lily balançou a cabeça negativamente e se afastou dele.
James franziu a testa e virou-se para Sirius, confuso. Sirius riu e balançou a cabeça.
"Snape, Severo!"


- Ei James, é o Ranhoso! - Sirius disse.
James olhou para Snape com completo desgosto.
- Odeio esse cara.


"SONSERINA!"


- O que ele fez pra você? - Remus perguntou franzindo a testa.
James simplesmente encolheu os ombros.


"Vance, Emmeline!"
"CORVINAL"


Quando a classificação foi concluída, Dumbledore se levantou e sorriu.
- Bem-vindos, bem-vindos a mais um novo ano em Hogwarts! - ele cumprimentou animadamente - Antes de começarmos nosso banquete, eu gostaria de dizer algumas palavras. E aqui estão elas...Pateta! Chorão! Destabocado! Beliscão! Obrigado. - ele se sentou e novamente o salão inteiro explodiu em aplausos entusiasmados.


- Ele é louco! - Sirius disse sorrindo e aplaudindo. - Tenho certeza que ele não vai nos expulsar se fizermos algumas boas brincadeiras!
- Genial - disse James sorrindo e aplaudindo também.
Remus bateu a cabeça novamente na mesa.
- Tanto faz. Apenas me deixe fora delas.
- Agora me diga, que tipo de amigos seríamos se apenas estudassemos e fizessemos lições de casa? - Sirius argumentou, virando-se para Remus. - Você está dentro. Somos irmãos agora, esqueceu?
- Oh, não - Remus murmurou.
Sirius e James sorriram.
- Oh sim! Você é nosso amigo, Remus. Você está neste grupo! E esse grupo puxa brincadeiras. Você não vai sair delas. - James rebateu.
- E se eu não quiser fazer parte do seu grupo? - Remus respondeu.
- Você fez um acordo para ser nosso amigo se estivéssemos na mesma casa, então você está preso com a gente agora - James disse.
- Eu só fiz aquilo porque achei que iria para uma casa diferente...
James, Sirius e Peter sorriram para o novo amigo.


No final da festa, Dumbledore se levantou novamente, sorrindo.
- Apenas mais algumas palavras meus jovens, agora que estamos todos alimentados e hidratados. Eu tenho alguns avisos de começo de ano para lhes comunicar. Primeiros anos devem ter notado que a Floresta Proibida, tal como seu nome, é proibida a todos os alunos. Todos. Também o sr. Filch, o zelador, me lembrou de avisá-los que nenhuma mágica deve ser utilizado entre as aulas nos corredores. Treinos de Quadribol serão realizada na segunda semana do semestre. Quem estiver interessado em jogar por suas equipes de casa devem entrar em contato com Madame Hooch, ou o capitão do time de sua casa. E, finalmente, alguns de vocês devem ter notado a nova adição ao solo. O Salgueiro Lutador. Esta é uma árvore muito perigosa. Realmente perigosa, estou avisando. Fique longe dela. E agora para a cama, todos vocês!


Os primeiros anos da Grifinória se levantaram e seguiram os dois monitores do quinto ano.
- Por aqui, alunos novos - o monitor disse quando chegaram a uma pintura de uma senhora gorda. - A senha é Wolfsbane. Não esqueçam. Wolfsbane.
Remus ficou tenso ao ouvir a senha, mas relaxou um segundo depois.


A pintura foi aberta permitindo que os pequenos entrassem. Depois de serem direcionados para os seus dormitórios, os rapazes se apressaram a escolher uma cama. Na sala, havia cinco camas com cortinas vermelhas que cercam todas as camas. Havia um corredor entre as cinco camas que levava a uma porta no final do quarto que levavam a um banheiro com duas pias e dois boxes. Remus alegou a cama próxima à janela e James pegou a próxima a Remus. Peter, tomando a cama em frente a James e Sirius teve a frente Remus, Frank ficou com a encostada na parede, mais próxima a porta.


Remus deitou-se em sua cama com as mãos apoiadas em sua na cabeça, olhando para o teto, enquanto James e Sirius estavam sentados em suas camas conversando. Peter se sentou na cama assistindo a palestra dos dois meninos e atirando comentários tímidos as vezes, Frank ria das palhaçadas de James e Sirius e se perguntava porque Remus não se juntava a eles.


- Eu gostaria que os primeiros anos pudessem jogar pelo time das casas - ia dizendo James.
Sirius sorriu.
- Eu também. Nós podemos tentar no próximo ano.
- Se houver vagas - James resmungou. Ele se virou para olhar para Remus - Você não respondeu antes, então, você gosta de quadribol?
- Não, na verdade. - Remus respondeu pensativo. - É só um monte de pessoas voando em suas vassouras atirando bolas. Parece realmente inútil.
James e Sirius se engasgaram, horrorizados e atingidos duramente pelas palavras de Remus.
- Realmente inútil? - James repetiu, incrédulo.
- Você está nos insultando, Remy - Sirius disse dramaticamente.
- Eu tenho direito a minha opinião. - Remus respondeu, embora não houvesse uma pitada de diversão em seus olhos; em suas reações.
James balançou a cabeça e suspirou.
- Odeia quadribol? Isso não é certo. Isso não é coisa de gente normal. - ele diz enquanto se vira para Sirius - Ele é pirado. Nós vamos ter que consertar isso, Sirius.
- Eu não disse que odeio! - Remus disse - Só falei que não gostava muito.
Nenhum dos garotos ouviu realmente aquilo, pois estavam infiltrados em suas próprias ideias.
Sirius assentiu com a cabeça a sério.
- Sim, nós vamos. Não podemos ter um companheiro de quarto que odeia quadribol.
Remus suspirou:
- Eu não disse que odeio.
Os dois fanáticos de Quadribol ainda ignorando Remus. Sirius se levantou e começou a andar para trás e para frente entre as duas camas. James permaneceu sentado em sua cama, mas tinha uma expressão muito séria no rosto.
- Galera, eu não disse que odeio! - Remus repetiu.
James voltou-se para Remus:
- Então, você gosta do jogo?
- Eu não disse isso. Eu não disse que odeio, mas também não amo. Só não gosto. Para mim é...indiferente. - Remus tentou explicar.
A boca de James se abriu em um perfeito O, de assombração. Sirius parou de andar e colocou as mãos no peito, antes de se jogar teatralmente na cama.
Peter e Frank riram da expressão no rosto do rapaz enquanto Remus revirava os olhos.
- A aversão é tão ruim quanto o ódio. As vezes até pior. Teremos que corrigir isso. Nós não vamos passar os próximos sete anos em um dormitório com um inimigo de Quadribol. - Sirius disse mais sério do que nunca.


Remus olhou para Sirius estranhamente, mas apenas balançou a cabeça. Ele pegou o pijama para fora de seu malão e puxou as cortinas; fechando em torno de sua cama. Puxando a capa, a camisa e colocando o pijama, Remus olhou para o seu peito e braços. Seu corpo inteiro estava coberto de cicatrizes por causa das transformações que ele mesmo fez, sem ter ninguém para atacar, Remus arranhou e mordeu-se, deixando-se coberto de cicatrizes. Algumas realmente profundas. Cicatrizes cobertas de dor, de agonia. Remus passou a mão sobre uma de suas mais recentes cicatrizes. Ainda era rosa a partir de quando ele se coçava horrivelmente há algumas semanas. Remus tratou de se vestir logo antes deles terem chance de ver alguma dessas horríveis cicatrizes. Eles iriam fazer perguntas, obviamente. As perguntas que o jovem não seria capaz de responder e ele não poderia mentir para eles, já que ele era um mentiroso horrível.


Quando terminou de se trocar, Remus jogou suas roupas no malão e viu que só estavam no quarto Frank e Pedro.
- Onde é que eles se meteram? - Remus questionou, franzindo a testa.
Frank e Pedro deram de ombros, antes de Peter responder:
- Sirius disse que estava entediado, então James pegou algum pacote do malão e eles saíram.
- Disseram que iam explorar Hogwarts - completou Frank, rindo. 
Remus balançou a cabeça em desaprovação.
- É a primeira noite deles aqui. Não quero nem imaginar como será o resto do ano. - Remus disse se escondendo por entre as cortinas e desejando um boa noite para os novos companheiros de quarto.
Frank e Pedro sorriram e logo seguiram os passos de Remus, acabaram adormecendo.


Algo me diz que neste ano, nada será como antes.

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Comentários (8)

  • Annabeth Lia

    QUE MARAVILHA! Uma injeção de animo essa fic, estou realmente ansiosa para continuar a leitura! 

    2012-08-31
  • leenee Black Orion

    MAAAARAAAVIIIIIILHOSOOOO !!!!! VC ESCREVE MUITUO

    2012-04-16
  • i luv the marauders

    CARALH* ISSO TA FODA DEMAIS???????? PARECE Q EU TO LENDO UMA COISA ESCRITA PELA PROPRIA JK ROWLING!!!!! velho...ta de parabens MSM, a fic ta mmtmtmtmto bem escrita...nunca vi igual!! 

    2012-04-05
  • Lunna Evans

    Nunca vi fic mais bem escrita! PARABÉNS!

    2012-04-04
  • li li k wood

    E parabéins, você escreve bem por demais

    2012-04-04
  • li li k wood

    uma hiistoria tão real quese virasse livro eu seria a primeira a compra *-*

    2012-04-04
  • Lunna Evans

    Amicã, que fic maravilhosa que eu descobri! *-* Você escrve superbem, eu to adorando, você tá de parabéns, eu quero sempre acompanhar este fic! Nossa ñ demora pro próximo capitúlo!

    2012-04-01
  • Nanda.phelps

    Tá realmente muito bom. Paabéns!!!

    2012-03-31
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