A Primeira Vítima
Depois de algumas semanas, já na noite de Halloween, Hermione recusara o pedido de Joanne para passar a noite com a mesma. Que se resumiria a apreciar uma vista que a Fiamma classificara como “privada para os sábios”, que provavelmente envolveria fugir do jantar para um lugar que só Joanne conhecia. Mas a Granger tinha uma promessa a cumprir com seus amigos e conseguiu arrastar a morena consigo.
A festa de Morte de Nick Sem Cabeça não foi muito boa para os vivos, que saíram de lá morrendo de frio e fome.
- Aqui, eu tenho algumas pastas de amendoim. – E tirou pastas de amendoim do bolso, distribuindo entre os acompanhantes. – E quase certeza que algum suco de abobora. – Disse tirando um cantil um pouco grande e gordo enquanto conjurava três copos e distribuía o suco.
- Obrigada Jô. – E então Mione deu-lhe um beijo estalado na bochecha, fazendo com que morena sorrisse levemente.
- Sempre uma honra ser útil. – disse simplesmente antes de ver Harry tropeçar nos próprios pés. – Cuidado para não sujar o piso. Argo te arranca o coro. – E então a morena deu uma risadinha, mas algo a fez quase tropeçar também. Um sibilar que fez um calafrio percorrer sua espinha.
Quando Harry anunciou que estava ouvindo uma voz Joanne quase avançou contra ele. Talvez ele... Não... Um deles nunca estaria na sua Casa. O que teria gerado aquilo? Seus olhos pararam no raio na testa do ‘menino-que-sobreviveu’ e ela entendeu, seguindo o garoto que agora subia as escadarias velozmente.
A corrida parecia pra nada, Rony e Mione alegando não ouvir nada, mas Joanne ainda seguia Harry fielmente, como um cachorrinho quando vê que seu dono precisa de ajuda.
Pararam no corredor do segundo andar.
- O que--? – Rony foi interrompido pelo grito de Mione.
- Olhem! – E a atenção foi virada para o final do corredor, para onde eles foram calmamente, temerosos.
Algo parecia cintilar, os olhos apertados para se adaptar à penumbra. Alguém parecia ter pintado palavras de uns trinta centímetros na parede entre duas janelas que refulgiam à luz das tochas.
A CÂMARA DOS SEGREDOS FOI ABERTA. INIMIGOS DO HERDEIRO, CUIDADO!
- O que é aquilo, pendurado ali? – Perguntou Rony, completamente aterrorizado, o terror completamente na voz. Ao se aproximarem Harry e Hermione quase escorregaram. Havia uma poça de água no chão Rony e Joanne os seguraram, respectivamente.
Então continuaram avançando devagar até a mensagem, os olhos fixos na sombra. Logo que perceberam o que era, o trio de ouro deu um pulo para trás enquanto Joanne corria até a figura.
Madame Norra, a gata de Argo, estava pendurada pelo rabo em um suporte de tocha. Estava dura como aço, os olhos arregalados e fixos.
Durante alguns segundos, Rony, Harry e Hermione mal se mexeram, enquanto Joanne olhava espantada para a gata, procurando um jeito de ajudá-la. Até que Rony cortou o silêncio:
- Vamos dar o fora daqui!
- Não deveríamos ajudar? – Perguntou Harry.
- Temos de ajudar! – Disse Joanne ainda olhando para a gata, sem saber o que fazer.
- Não podemos ser encontrados aqui. – Disse Rony olhando ao redor.
Mas era tarde demais. Um ronco, como o de uma moto antiga que não é ligada há anos, informou-lhes que a festa acabara. De cada ponta do corredor, onde estavam, ouviram o barulho de centena de pés que subiam as escadas e se arrastavam cansados sobre o mármore. E algumas conversas altas e alegres, outras apenas como murmúrios.
Porém, no instante seguinte os alunos bloquearam todas as saídas do quarteto. Todo e qualquer barulho morreu quando eles encontraram o quarteto e viram o gato pendurado. Harry, Joanne, Rony e Mione estavam presos no meio de centenas de alunos que se acotovelavam para ver melhor a imagem macabra.
Alguém gritou no meio da escuridão e o grito percutiu não só pelo corredor como pela cabeça de Joanne:
- INIMIGOS DO HERDEIRO, CUIDADO! VOCÊS SÃO OS PRÓXIMOS, SANGUE-RUINS! – Era Malfoy, rindo do gato pendurado pelo rabo. Os olhos frios, macabros, quase assassinos.
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