Capítulo 17
Acordei no sábado, com a minha mãe gritando no meu ouvido:
- Lilian Potter, acorda.
- Hm, só mais 5 minutinhos mãe. – falei, me virando na cama.
- LILIAN LUNA, LEVANTA AGORA!
- Tô indo mãe. Não precisa nem pedir de novo, sua linda. – disse, me levantando bem rápido. É tipo assim, se a minha mãe me chama por Lilian Luna, é porque a coisa tá feia.
Enfim, me levantei, escovei os dentes, penteei os cabelos, troquei de roupa e desci para tomar café. Chegando à cozinha, estranhei o fato de nem meu pai, nem meus irmãos estarem em casa. Minha mãe estava sentada, com uma revista sobre quadribol nas mãos.
- Mãe, cadê eles? – perguntei me sentando ao lado dela.
Ela olhou pra mim com um olhar divertido e sorriu.
- Mãe ...
- Eles estão na casa da sua avó. Eles e mais alguns.
- E esses alguns são ...?
- Todos os seus tios e primos, e bom, seu avô.
- Ai, meu Deus. Eles vão matar o meu namorado, manhê.
- Não vão não. – ela estava se divertindo com a minha preocupação.
- Como pode ter certeza, hein? – perguntei.
- Simples. Se seu pai sobreviveu, o Escórpio sobrevive também.
Apesar de essas palavras não terem me convencido, resolvi concordar com a cabeça para evitar maiores discussões. Assim que terminamos de tomar café, nós fomos dar uma volta.
- Mãe, onde nós estamos indo? – perguntei, enquanto colocava um cd do The Fray para tocar no carro.
- Comprar um vestido para você usar hoje.
- Mas mãe, eu já tenho tantos vestidos. – exclamei, enquanto selecionava a música You found me no cd.
- Sim, mas o de hoje tem de ser especial. – ela falou enquanto virávamos uma esquina.
- O meu pai sabe? - perguntei, erguendo uma sombrancelha.
- Ele não precisa saber. – ela olhou para mim e nós começamos a rir.
Assim que chegamos ao shopping, demos voltas e voltas, até achar o sapato e o vestido perfeito. Almoçamos por lá mesmo, e depois fomos dar mais voltas e voltas para comprar umas coisinhas, sabe. Coisas de mulher. Quando olhei no relógio, levei um susto por perceber que já eram cinco horas. Saímos do shopping e em menos de vinte minutos já estávamos em casa. O carro do meu pai também estava na garagem. Entramos em casa e meu pai estava esparramado no sofá, com os cabelos negros realmente bagunçados e com os olhos verdes vivo vidrados na televisão.
- Oiii, papi! – falei, me jogando em cima dele.
- Lily! – ele disse, rindo. - Você não tem mais três anos filha.
Ele estava ofegante.
- O quê? Tá me chamando de gorda é isso? Pode falar pai, mas fala rápido.
- Claro que não, princesa. Sou eu que estou ficando velho.
- Hm, bom saber.
Me virei para ir para o meu quarto mais o Alvo estava barrando a escada.
- Onde pensa que vai, mocinha?
- Em algum lugar que não é da sua conta, mocinho.
- Não era essa a resposta que eu queria.
- Alvo Potter, me deixa subir as escadas, pelo amor de Deus.
- Não.
- Meu Deeeeeeeeeeeeus, como você é irritante, garoto. Tem certeza de que é meu irmão?
Ele riu. Pra quem não sabe, os meus irmãos nasceram com o dom de me irritar. Não tem um dia em que eles não me irritemprofundamente.
- Tô falando sério. Me deixa subir as escadas.
- Caso contrário? – ele perguntou, me provocando.
- Caso contrário, eu conto pra mamãe o que você faz com as garotas lá no escurinho da sala precisa. – falei, entortando o pescoço, para irritá-lo.
Minha mãe, que estava vendo a cena junto com o meu pai, foi assumindo um tom de vermelho que se confundia com o tom dos seus cabelos.
- ALVO SEVERO POTTER, VENHA JÁ AQUI E ME EXPLIQUE ESSA HITÓRIA DIREITO!
- Se ferrou, maninho. – falei, enquanto subia as escadas para o meu quarto.
Assim que entrei no quarto, com duas sacolas na mão, a do sapato e a do vestido, fechei a porta e fui tomar um banho.
Fiquei uns quinze minutos sob a água, deixando meu corpo relaxar. Assim que saí coloquei o vestido, que era verde, frente única e bem curto, na verdade. Mas eu acho que ficou bonito. Sequei os meus cabelos, deixando-os completamente lisos. Fiz uma maquiagem bem fraquinha e passei um gloss, que era só um brilhinho mesmo. terminei de me arrumar e já eram 15 pras oito. Meu coração estava acelerado, por medo e por felicidade. Quando deram cinco pras oito, coloquei o meu sapato prata, salto 15 e desci as escadas, indo em direção a sala de jantar.
Meus pais e meus irmãos já estavam lá. Todos muito bonitos na verdade, e, por incrível que pareça, meus irmãos estavam lindos. Agora, eu entendo o que as garotas vêem neles. Só não deixem eles saberem disso.
Minha mãe estava usando um vestido vermelho, tomara que caia e um sapato preto, estava linda. Meu pai usava uma calça jeans escura, um sapatenis e uma camisa branca. Thiago usava uma calça jeans mais clara, com uma camisa preta, com alguns botões abertos e um tênis muito lindo, que eu havia comprado pra ele. E Alvo, bem, Alvo estava usando uma bermuda xadrez, com uma camiseta branca, um all star e estava com os cabelos extremamente bagunçados.
Assim que deram oito horas, em ponto, a campainha tocou. Meu coração parou. Minha mãe sorriu para mim e meu pai foi abrir a porta. No momento em que vi meu namorado, parado na porta, mais lindo do que nunca, eu me esqueci de tudo e de todos que estavam a minha volta. Corri para os braços dele, lhe dando um beijo apaixonado que ele logo correspondeu. Assim que me soltei dele, senti os olhares dos meus irmãos e do meu pai fuzilando o Escórpio. Ele engoliu em seco e eu disse em seu ouvido:
- Fica tranquilo. Eu estou com você. – falei, entrelaçando nossas mãos.
Olhei para cima e vi meu sogro e minha sogra, olhando para mim e sorrindo.
- Oi, tio Draco. Quanto tempo, hein. – falei, o abraçando.
- Pois é, baixinha. – ele sorriu.
- Tia Astória! Que saudades de você! – a abracei também.
- Own, Lily. Também estava com saudades de você. – ela disse, me dando um beijo estalado na bochecha.
Assim que eles entraram, nós nos acomodamos na mesa da sala de jantar. Meu pai começou um assunto com o tio Draco sobre quadribol, enquanto minha mãe e tia Astória conversavam sobre moda. Olhei para o meu namorado, sentando do meu lado e sorri. Ele estava usando aquela calça jeans escura, que eu tanto adorava, uma camisa listrada de azul e um tênis branco. Não posso negar que essa roupa o deixava sexy. Ele percebeu o meu olhar e sorriu pra mim.
- Eu estava com tanta saudade de você, pequena.
- Eu também, loirão. – disse, bagunçando os seus cabelos.
- Lily! Eu demorei tanto para colocá-los no lugar e você os bagunça. Tsc tsc.
Eu ri.
- Seus cabelos nunca conseguirão ficar no lugar.
- Nossa! Muito obrigada pela parte que me toca.
- De nada. Pode contar sempre comigo. – falei, sorrindo travessa.
- Sua boba.
- Ahaaam. Sempre, não é?
- Tem que ser, né? – ele falou, e nós dois começamos a rir.
Foi quando meu pai pigarreou, nos fazendo olhar para ele. Senti Escórpio ficar tenso.
- Escórpio, você é tão lindo! Tudo bem que a Lily já falava isso, mas você é bem mais lindo assim, pessoalmente. – minha mãe falou, sorrindo.
- MANHÊ! – eu estava corada.
- Obrigada, tia Gina. – ele falou, sorrindo. Ele estava se divertindo com a situação. Ele ia continuar a falar, quando meu irmão o interrompeu.
- Ei, cara. Tu tem que cuidar da minha irmã, falou? E pode ir se preparando, porque depois nós vamos ter uma conversa a sós. – Thiago falou, olhando nos olhos de Escórpio.
- Pode deixar, cunhadinho.
Thiago sorriu.
- Cunhadinho, não. Hein.
Escórpio riu e Alvo olhou para ele.
- Cara, eu sou o mais tranquilo daqui, porque nós somos amigos, mas, se prepara para essa conversa a sós. Você vai ter provar muitas coisas. – disse Alvo. Ele e Escórpio já eram amigos desde o primeiro ano.
- Desde que, essas coisas, não envolvam garotas ou strippers, está tudo bem. – falei, olhando para meus irmãos.
Meu pai estava olhando para nós e sorrindo.
- Hm, Escórpio, você promete pra mim que vai cuidar da minha filha? Vai amá-la, respeitá-la e fazê-la sorrir?
- Claro, tio Harry. – Escórpio estava nervoso.
- Eu estou confiando em você, rapaz. Estou entregando o meu maior tesouro nas suas mãos.
- Pode deixar, tio Harry. Vou cuidar da Lilian, assim como você cuida da tia Gina. – ele falou, passando o braço pelo meu ombro.
- Bom mesmo.
- É verdade, e você também podia parar de olhar feito um bobo pra minha irmã, sabe. Já tá me deixando nervoso. – falou Thiago, encarando Escórpio, que corou.
Para a minha surpresa, o jantar correu bem tranqüilo. Ficamos conversando, rindo e brincando. Até que deram nove horas e campainha tocou. Thiago foi atender a porta e assim que eu vi que era, gelei e senti Escórpio ficar tenso. E foi nesse momento que eu temi pela sanidade física e mental do meu namorado.
Comentários (1)
nossa.... ja suspeito qm seja na porta.. mas o cap. ficou mt bom... adorando a fic... aguardo mt anciosa o proximo cap.p.s. se for akele idiota e bom q va para o raio q o carregue...
2012-02-09