Capítulo 15
POV Escórpio
Era incrível o poder que aquela garota exercia sobre mim. Desde quando nós éramos apenas bons melhores amigos, eu me sentia totalmente arrepiado quando ela dizia que me amava, ou quando me abraçava de surpresa. Eu ficava todo bobo com o fato de que as minhas camisas favoritas ficavam muito melhores nela do que em mim. E eu simplesmente não conseguia ficar irritado com ela quando ela bagunçava meu cabelo. Acho que isso é amor não é? Essa sensação de dependência que você tem, de precisar daquela pessoa 24 horas por dia ao seu lado. É, acho que é amor.
Eu havia acabado de sair do banho, quando ouvi a porta abrir e minha mãe gritar:
- Príncipe! Chegamos!
- Tô descendo, mãe.
Desci as escadas correndo e chegando no andar de baixo, dei um abraço bem apertado na minha mãe, estava com saudades dela. Abracei meu pai também, porque ele era o meu velho, aquele companheiro para falar sobre garotas, e ele estava fazendo falta. Agora mais do que nunca, porque apesar de eu já ter sido muito galinha, a Lily era a minha primeira namorada séria. De verdade.
Esperei eles se acomodarem, tomarem um banho e assim que a Irene serviu o jantar, resolvi contar.
- Pai, mãe, eu tenho algo para contar.
- Ai, meu filho, não me diga que você engravidou uma garota. Não é possível. Eu te criei tão bem! – falou minha mãe, toda dramática, e pela cara que o meu pai fez, eu percebi o motivo. Ela estava naqueles dias.
- Não, mãe. Fica tranquila. Eu não engravidei ninguém. – falei, tentando ao máximo não rir.
- Então fala, filhão. O que aconteceu? – meu pai estava olhando para mim.
- Bem, é que ..., é que eu estou namorando.
Pronto. Meu pai parecia estupefato, minha mãe engasgou com a comida.
- Quem é a garota, Escórpio? – meu pai perguntou, ajudando a minha mãe com o engasgo.
- Lilian Potter.
Mais um engasgo, desta vez por parte do meu pai. Mas a minha mãe estava sorrindo.
- O que foi, mãe?
- A sua escolha. Não esperava isso de você.
- Como assim? – perguntei, confuso. Meu pai estava se recuperando do engasgo.
- Sinceramente, achei que você fosse escolher uma piriguete qualquer, com corpo, mas sem cérebro. Eu estou surpresa, mas muito feliz com a sua escolha. A Lilian é uma garota de outro. Cuida bem dela.
Eu sorri.
- Eu sei, mãe. Ela é o tipo de garota que vale a pena, não é? Aquela que faz você querer lutar sempre, só pra colocar um sorriso no rosto dela. Ela é mágica mãe. E eu a amo tanto.
- Ama mesmo, filho? – foi a vez de o meu pai perguntar.
- Amo sim, pai.
- É bom mesmo meu filho, porque apesar de ter as minhas diferenças com o Potter, eu não quero ver a filha dele sofrendo pelo meu filho. Entendeu? – agora ele estava me olhando bem nos olhos.
- Entendi pai. Até porque, mesmo se eu quisesse, eu não tenho forças para machucá-la.
Meu pai sorriu.
- Estou orgulhoso de você, filho. – ele me deu um tapinha nas costas.
Foi quando o celular da minha rainha tocou. Ela atendeu, colocando no auto-falante.
- Astoria! Quanto tempo hein, minha gorda.
Eu juro, que um dia eu espero encontrar um livro que explique a mente feminina.
- Gina! Minha coisa feia, estava pensando em te ligar agora mesmo. Escórpio acabou de me dar a noticia.
- AHH! Eu fiquei tão feliz quando a Lily me contou e eu liguei justamente por causa disso.
- Aconteceu alguma coisa?
- Não, não. Eu só queria, sei lá, marcar um jantar para os dois, sabe, para a família se apresentar e tudo o mais.
- Sim. Eu estava pensando nisso agora mesmo. Quando pode ser?
- Sábado que vem, está bom para vocês?
- Claro. Na sua casa ou na minha? – minha mãe, do nada dispara a rir.
- Hmmmm, gatenha, na minha. Tem que ser na casa da garota. – Gina, minha sogrinha (*-*) começou a rir também.
Meu pai e eu nos entreolhamos confusos.
- Então tá combinado, sábado que vem, na sua casa, as 20 horas. – falou a minha mãe.
- Isso mesmo. E mande o Escórpio vir preparado porque o Harry, e os meus dois filhotes não estão vendo isso muito bem. Mande ele treinar feitiços defensivos.
- Pode deixar. – ela olhou para mim e eu me arrepiei.
- Agora eu vou desligar, porque a Lilian tá aqui no meu pé porque quer falar com o Escórpio. Mande um beijo pra todos ai.
- Outro pra ai também.
- Tchauzinho, morena.
- Tchau, ruivaa.
E a minha mãe desligou. Nesse momento eu estava sorrindo feito um idiota porque a minha ruivinha estava querendo falar comigo. Mas ai eu me lembrei que os homens da família dela estão querendo me matar e o sorriso desapareceu do meu rosto.
Meu pai deve ter percebido isso, porque ele veio falar comigo. Minha mãe tido ido para o quarto, provavelmente estava começando a organizar preparativos para o jantar.
- Fica tranquilo, filhão.
- Pai, ela tem seis tios, um pai que matou um dos bruxos mais poderosos de todos os tempos, dois irmãos que são ótimos em feitiços e poções e sei lá quantos primos que sabem usar da força bruta. Mas tirando esse pequeno fato, eu estou tranquilo sim.
- Acredite, filho. Se você a ama de verdade, nada disso, nada do que eles fizerem vai atrapalhar nesse amor.
- É, e você vai estar lá também.
- Mas isso não altera em nada. – ele estava sorrindo, zombando com a minha cara.
- Como assim, pai?
- Você vai ter que passar por tudo o que eu passei quando me apresentei a família da sua mãe.
- Isso quer dizer ...
- Que você vai enfrentar essa sozinho. – ele riu mais ainda. E dizendo isso, subiu as escadas para o quarto, me deixando meio estupefato, meu bravo para trás. Pela primeira vez, eu estava com pena de mim.
Comentários (1)
kkkkkkkk.... nossa adorei esse cap. a parte do telefone foi a melhor... ri mt do jeito que elas se tratam...(gatenha, ruiva, gorda, feia...)... amei..aguardo mt anciosa o proximo cap
2012-02-05