Capítulo 13

Entrei no meu quarto e tomei um banho bem relaxante. Sequei o meu cabelo, e coloquei um short jeans (como sempre, eu amo shorts jeans *-*) e uma camisa, que era do Escórpio. Na verdade, agora era minha, porque ele havia me dado aquela camisa listrada. Desci as escadas e todo mundo já tinha chegado.

- E ai, galerinha Weasley. – falei, assim que terminei de descer as escadas.

- Oi, Lily. Você tá taaaaão linda. – exclamou Rose, piscando para mim. Provavelmente, tia Hermione havia contado pra ela.

- E ae, Lils.

- Huguito!!!!!!

- Sempre essa emoção, toda vez que vê o Hugo. Tá afim dele, Lily? – perguntou Thiago, assim que eu me sentei a mesa.

- A sua irmã só está afim de um garoto, Thiago. – falou minha mãe, como se nada tivesse acontecido. – E foi esse garoto que deu essa camisa linda pra ela.

Nesse momento, todo mundo encarou a minha camisa. Rose exclamou “own”, tia Hermione e minha mãe sorriram, tio Rony ficou olhando meio bobo, e bom, meu pai e meus irmãos estavam vermelhos.

- Que garoto é esse, Lilian Luna? – perguntou meu pai, calmo demais.

- Pai, fica calmo, é só ...

- LILIAN. Quem é esse garoto? – ele perguntou novamente.

- Ai, pai, você ia descobrir de qualquer jeito.

- Manda logo a bomba, Lilian.

- Eu to namorando. – falei, fechando os olhos e respirando fundo.

- VOCÊ TÁ O QUE? COMO ASSIM, LILIAN LUNA? QUEM TE DEU PERMIÇÃO PARA ISSO?

- Harry, querido, se acalme, é só um namoro. – falou minha mãe, tentando amenizar a situação.

- Gina, ela é a minha filha caçula. Não pode estar namorando. Não tão nova. – falou meu pai, que estava se acalmando.

Por incrível que pareça, eu estava mais preocupada com Thiago, com Alvo e com Hugo. Eles estavam quietos demais.

- Thiaguinho, Alvinho, Huguinho, vocês estão bem? – perguntei.

- Como bem, Lilian? Quem é o idiota que quer te roubar da gente? Hein? Vou ter uma conversinha sobre isso com ele. Me fala quem é, Lily. To me arrependendo agora de não ter conversado sobre rapazes com você. – falou, Thiago.

- Bem, sobre quem é o meu namorado, tem um pequeno problema. – falei, abaixando a cabeça e mordendo os lábios.

- Qual problema, Lily? – perguntou Alvo, que até então estava quieto.

- O problema é que ele é o Escórpio. – corei totalmente.

- AH, VÁ. ESSE CARA JÁ TE ROUBAVA DIZENDO QUE ERA TEU MELHOR AMIGO, AGORA VIROU TEU NAMORADO? CACETE, HEIN LILY. NÃO PODE NÃO. DE JEITO NENHUM, ELE VAI TIRAR VOCÊ DE NÓS. – falou Hugo se levantando.

Agora quem estava quieto era o meu pai.

- Hugo, menos drama, por favor. – pediu Rose.

- Filha, Escórpio Malfoy, meu amor? Não tinha ninguém melhor?

- Pai, assim você me ofende e ofende ao meu namorado. Você fala tanto dessas pessoas que julgam as outras pelo sobrenome, mas você está fazendo igualzinho. Já está tacando pedra, apenas por ele ser um Malfoy. Você devia conhecê-lo antes de julgar. Isso é errado, sabia?

- Desculpa, filha, é que ...

- É que nada pai. Você achou que eu nunca fosse namorar? Achou que eu fosse virar freira?

- Era o que eu queria. – murmurou ele, baixinho.

- Harry, cara, eu sei como você tá se sentindo. Parece que estão roubando sua princesinha, não é? Mas fica calmo, pelo menos hoje. No dia em que ele vier aqui, se apresentar, a gente têm uma conversinha com ele. – falou tio Rony, dando um tapinha no ombro do meu pai.

- Tem razão, vou ter uma converse séria com ele, e com o Draco também.

- E nós podemos participar dessa conversa? – perguntaram Thiago, Alvo e Hugo.

- Devem. – responderam meu pai e tio Rony.

- Agora que está tudo bem, a gente pode jantar? Eu to com fome. – falei.

Começamos a nos servir e não pude deixar de perceber os olhares dos homens sobre mim. Estava com pena do Escórpio. Tomara que eles não o matem.

- Agora nos conte, Lily. Como foi o pedido? – perguntou tia Hermione, carinhosa como sempre.

- Bom, a gente tinha dormido junto no dia em que eu cheguei e ...

- VOCÊS O QUÊ? – gritou meu pai.

- Calma,  pai. A gente só dormiu. – falei, revirando os olhos. – Agora continuando ... o pedido foi a coisa mais fofa do mundo. Ele disse que queria passar as tardes de domingo comigo, me mandar sms de madrugada e ser meu, completa e oficialmente.

- Owwwwn. – exclamaram as mulheres.

- Grande coisa. – murmuraram os homens.

- E ai, você aceitou? – perguntou Rose com os olhos brilhando.

- Sim, é claro. Eu disse que aceitava ser totalmente dele. Mais do que eu já era.

- Que fofo, prima. Queria que o Gabriel fosse romântico desse jeito. – Rose fez bico.

- Nada a ver, Rose. Ele te ama do mesmo jeito, mesmo que seja meio torto.

- Tem razão. – falou ela. – Ai que lindo, não é? Agora a gente pode sair como casais, eu e o Gabri e você e o loirinho.

- Rose, olha a intimidade com o meu namorado. – falei, emburrada. Ele era o meu loirinho. – Mas, sim, a gente pode sair como casais.

- Calma, menina ciumenta. – ela falou, rindo.

Passamos o resto da noite assim, conversando, rindo e eu, ouvindo conselhos sobre namoro e coisa e tal. Pena que o tempo passou rápido. Logo deu meia-noite e eles foram embora.

- Lilian, filha, a gente pode conversar? – chamou meu pai, assim que meus irmãos e minha mãe tinham subido para o quarto.

- Claro pai. – falei, me sentando no sofá.

- Promete pra mim que vai tomar cuidado? Promete, filha? Os meninos nessa idade não tem juízo.

Eu ri.

- Pode deixar, eu sei me cuidar.

- Eu sei que sabe, e eu confio em você. Mas é difícil confiar no cara que está tirando a minha princesa de mim.

- Pai, eu vou continuar sendo a sua princesa.

- Vai nada, vou ter que te dividir com o seu namoradinho.

- Ah, pai, mas você sempre vai ser o meu pai e eu sempre vou te amar.

- Eu também te amo filha, mas se ele te machucar, se eu ver você derramando uma lágrima por causa dele, eu castro ele, entendeu?

- Pode deixar, pai.

- Então me dá um abraço, vai.

Eu o abracei e logo nós fomos para o quarto, dormir.

 

 

Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.