Esperança



Não sei por que, mas me senti extremamente exausto depois dessa confusão. 

Se me lembro bem, Madame Pomfrey tinha dito que depois que eu acordasse poderia voltar para minhas atividades normais. Minha próxima “atividade normal” (ou seja, aula) seria na ilustre companhia de Snape. E, fala sério, não estou com o menor saco para ele, hoje (nem nunca, mas deixa quieto).
Então, claro, eu usaria minha exaustão para ficar mais algum tempo na Ala Hospitalar. 

Perguntei-me onde estaria Madame Pomfrey, afinal aquilo realmente tinha sido uma cena barulhenta, foi estranho o fato dela não ter aparecido para botar moral na sua enfermaria.

Sem nada para fazer, nem ninguém pra conversar (ou brigar) dormi, de novo. 

Inner da autora: Rony, meu dorminhoco preferido *-* ACORDA *grita bem perto do ouvido*
Inner da Rony: O que? O que? O que foi? Onde tá pegando fogo? *atordoado*
Inner da autora: Em lugar nenhum, fofinho.
Inner do Rony: Ah, é só você *tédio* 
Inner da autora: Sim, sou só eu... Vim aqui pra falar sobre corações partidos.
Inner do Rony: Não tem ninguém com coração partido aqui. *impaciente*
Inner da autora: Tudo bem, então... Vou mudar de assunto. A Lilá parecia gostar muito de jogadores de quadribol, dos ruins, é claro haha.
Inner do Rony: Não tô com paciência pra você. Dá o fora.

Inner da autora: Tá de pá virada hoje, hein?
Inner do Rony: Apenas saia daqui, ok?
Inner da autora: *sussurro* Tá com raiva assim só porque todo mundo de Hogwarts sabe que ele é foi traido.
Inner do Rony: Ei, eu escutei isso! Mas, quem espalhou isso? Só eu e o Harry sabíamos.
Inner da autora: Lalá *saindo de fininho*

Quando acordei, senti algo de estranho na minha mão. Abri os olhos lentamente, e vi Hermione do meu lado. 

Ela percebeu que eu estava acordado e rapidamente tirou sua mão de cima da minha, ficando corada em seguida. 

-- Está tudo bem com você? Fiquei preocupada quando não foi pra aula do Snape. Harry havia me dito que você seria liberado hoje. E que daria tempo de assistir a última aula. – Ela ficava me encarando, como se em um piscar de olhos seu eu fosse desmaiar.
-- Oh. Desculpe ter te preocupado. Só não estava afim de ir pra aula do Snape. – confessei, meio constrangido.
-- Estou surpresa por sua “cão de guarda” não está aqui. – ela disse e riu da sua própria piada. 
-- Hum, nós terminamos. Harry não lhe contou? 
-- Não. – Notei um brilho novo em seus olhos. Seria esperança? 

Ficamos em silêncio. 

Alguns segundos depois, ela andou rumo à porta.

-- Preciso ir. Tenho que terminar um trabalho. 
-- Hermione... – disse, enquanto sentava na maca – Harry me disse uma coisa, que não saí da minha cabeça. 
-- O que ele disse? – ela estava tensa. 

Antes que eu pudesse perguntar, Madame Pomfrey entrou. Depois de algum tempo, percebeu que Hermione e eu estávamos ali. Nos encarou com surpresa.

-- O que ainda faz aqui, moleque? 
-- Eu dormi demais. 
-- Dormiu demais? Meu caro, você dormiu quase um dia inteiro! Já são 18h30min. Anda, levanta essa bunda daí e saia.

Essa mulher é assustadora. 

Hermione e eu corremos imediatamente para fora da Ala hospitalar. Ninguém teve coragem de voltar ao assunto anterior. Conversamos banalidades até chegarmos ao Salão Comunal. 
 

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