O jogo vai começar
À meia luz da lareira que crepitava na sala comunal da Solserina, três colegas isolavam-se dos demais alunos. Com o barulho dos raios do lado de fora e a risada dos rapazes da Casa, mal notavam o que ocorria no canto próximo ao calor.
Com os olhos vidrados no fogo o mais atlético dos três planejava cada passo do que pretendia fazer nos próximos dias.
-- Draco! Não sei se é uma boa idéia! – Goyle falou um pouco receoso. – Não vai ser fácil fazer o que você quer...
-- Se não está dentro dessa sai agora e fica de bico calado! – o loiro retrucou sem se alterar.
Goyle se calou e afundou o corpo na poltrona já prevendo que ele se daria mal caso saísse da jogada. O silêncio reinou até que Crable se manifestou.
-- Como pretende atraí-lo?
-- Pegando no seu ponto fraco. Seqüestraremos quem ele mais gosta...
-- Mas como ele vai conseguir chegar aonde queremos. Você vai se gabar do que fez? Isso implicaria em expulsão! Nem o próprio Snape nos tiraria dessa!
-- Não preciso me gabar para ele saber que algo está errado. O santo do Potter vai descobrir de algum jeito, ele sempre consegue... – Draco encurvou os lábios com desdém.
Crable ficou um pouco aliviado com a resposta e começou a gostar da sensação de poder que o invadia. Sua mente começou a trabalhar nos possíveis empecilhos para confecção do plano até que resolveu se pronunciar novamente.
-- Não vai ser fácil pegar o Weasley! Ele está sempre cercado de gente, principalmente do Potter. Sem falar que ele está bem mais forte do que nos primeiros anos...
-- Quem falou em Weasley?
Os dois amigos ficaram eretos na cadeira! O olhar de Draco tornou-se mais perspicaz e um sorriso sarcástico aflorou em seu rosto. As sombras formadas pelo fogo brincavam em seu rosto, tornando sua expressão mais sombria.
-- Quando meu pai me deu essa missão, imediatamente pensei que uma vingança pessoal poderia ser encaixada nas necessidades dos Comensais. Já faz três anos que eu estou querendo esmagar um rato de laboratório!
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